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terça-feira 11 2013

A prosperidade dos maus

     
Se você acredita que vale a pena ser corrupto e mau, e que para os poderosos "nunca nada dá em nada" e que eles nunca serão punidos, leia este texto e depois decida de que lado você está.
    
Se você acredita em Deus, também acredita na justiça divina. 
   
Se você não acredita que os maus serão punidos e que cedo ou tarde terão que responder pelos seus atos, então a sua fé é no mal, você torce por ele, você o admira, você o ama, por isso acredita que ele sempre vencerá.
    
Não tenha inveja do homem perverso, o pouco com Deus é muito, e muito sem Deus é nada. 
    
Você que tem fé no mal em vez de ter fé em Deus, leia este texto:

   
Certo dia um homem chamado Asafe entrou numa profunda crise existencial e religiosa. Motivo: ele só via o mal prosperar e o bem naufragar, o errado avançar e o certo retroceder, a mentira se agigantar e a verdade se apequenar. Esse testemunho está registrado no salmo bíblico de número 73, cujo tema, na minha Bíblia, é “o problema da prosperidade dos maus”. Quase parafraseando o salmo, a história é mais ou menos a seguinte:
    
No salmo 73, Asafe começa afirmando a bondade de Deus para com as pessoas de coração limpo. Depois, relembra a época quando ele entrou numa violenta crise interior. O problema era o problema que angustia todas as gerações, desde que o mundo é mundo, a saber, o sucesso social, econômico e político das pessoas perversas. Essas pessoas, segundo Asafe, não experimentavam as mazelas vivenciadas pela maioria das pessoas na sociedade. Nenhum tipo de preocupação, nenhum tipo de estresse, nenhuma aflição. Pelo contrário, boa saúde, sempre tranqüilas e aumentando as riquezas todo dia.
    
Bajulados pelos amigos do dinheiro, da influência e da fama, de seus corações brotavam elucubrações fantasiosas e perversas. Assim seria natural para elas compartilharem com os seus pares a malícia de suas palavras e as atitudes opressoras contra o próximo. Asafe ficou abalado e perplexo quando percebeu que os tais donos do mundo, não se contentando com a altivez de espírito e de atitudes, também tinham como prática afrontar verbalmente o próprio Deus!
    
Disse Asafe: assim não dá! Não vale a pena ser honesto! Não vale a pena fazer a coisa certa, respeitar o próximo, servir a Deus! Penso que ele estava querendo dizer que, na sua experiência, mesmo lutando para se manter íntegro, quanto mais praticava o bem, mais assombração aparecia. A vida parecia premiar o perverso e castigar o honesto. Dessa forma, no momento do vacilo da fé, a solução seria cair na malandragem também.
    
Considerando que é possível uma pessoa correta manter-se na linha da decência, antes do passo em falso Asafe resolveu ir à igreja falar com Deus, e saber Dele a respeito daquela anomalia social. A conversa foi franca. A resposta foi direta. A restauração da alma de Asafe foi extraordinária. Disse Deus: o lugar do homem mau é um tapete. É isso mesmo: um tapete! 
     
Porém um tapete que vai ser puxado por mim, pessoalmente. Na linguagem bíblica, os que prosperam fazendo maldades contra o próximo serão colocados por Deus em “lugares escorregadios, para queda e destruição”. Resumo da ópera: na perspectiva das pessoas perversas, vale a pena andar errado, fazer o errado, usufruir do errado. Na perspectiva divina, quem anda no errado, anda em lugares escorregadios preparados pelo próprio Deus cuja parada final é a destruição dos sonhos, dos prazeres, da história e da alma.
   
Asafe respira fundo e diz: que alívio! Vou caminhar com mais prazer no caminho do bem, porque tenho Deus comigo, na minha família, nos meus negócios, e quando partir serei recebido com festa na Sua casa celestial!
    
Que Deus nos ajude a caminhar no caminho do bem!
    
Luiz Carlos Porto
    
Pastor Presbiteriano
    
Membro da Academia Imperatrizense de letras
    

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