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quinta-feira 28 2016

Só falta acabar com o Minhocão... A incompetência da segurança pública ameaça a liberdade do cidadão

                      
Devido ao assassinato acorrido nas escadarias durante a comemoração carnavalesca o MPE pediu a proibição do bloco Minhocão e a Justiça determinou que o Bloco deve sair às 15:00 horas, o percurso será reduzido e as comemorações vão até as 19:00 horas.
   
Considerações: Estamos na Amazônia e a temperatura durante o dia é muito alta o que dificulta caminhadas no período da tarde, e 19:00 horas é muito cedo para o término de festas e comemorações, já que se trata de carnaval e uma festa de adultos, não de vesperais. 
               
Então ficam as seguintes questões:
    
1 - Será que a população deve abrir mão e sacrificar a sua liberdade em prol da segurança pública?
    
2 - O Estado tem o direito de decidir quando, onde e de que forma a população pode se reunir e comemorar eventos públicos e tradicionais como o carnaval?
    
3 - Segurança pública é atribuição do Estado, se o Estado não cumpre com a sua obrigação de garantir a segurança pública o cidadão deve ser penalizado e abrir mão da sua liberdade?
    
4 - Se brigas pessoais e assassinatos é motivo para proibir ou restringir eventos públicos, seria o caso de proibir funerais e estipular horário para eventos religiosos, já que na saída de cultos já aconteceu e acontecem assaltos aos fieis? Vamos proibir o turno noturno nas escolas porque na saída acontecem assaltos, agressões e até mesmo estupro?
   
5 - Se as polícias Civil e Militar fizessem um trabalho preventivo (como revistas e identificação) nas comemorações públicas junto aos elementos e aos grupos de pessoas embriagadas e suspeitas facilmente identificáveis na multidão, e se o Conselho Tutelar, cujos membros recebem salários altíssimos, fizessem o seu trabalho coibindo o uso de álcool, outras drogas e a presença de menores em horário e local inadequado e locais de risco, será que os acidentes e os crimes não poderiam ser evitados ou grandemente reduzidos? É impossível prever e evitar totalmente as violências durante reuniões públicas e mesmo privadas, já houve inúmeros casos de pessoas serem assassinadas dentro de igrejas durante o culto, o que fazer então, proibir o cidadão de se reunir?
    
6 - E os outros blocos da elite e do pessoal da PMT em que a população tem de pagar caro para participar, vão ter que respeitar estas restrições, ou a determinação é só para o Minhocão do povão humilde? As outras festas, bares e demais reuniões e festividades públicas também vão respeitar este horário?
    
O minhocão é uma manifestação popular, vai quem quer, o problema é que o Estado tem a tendência de tentar restringir a liberdade do cidadão de forma unilateral e sem consultar o povo, que é a razão da existência do Estado e inclusive é o povo quem sustenta o Estado. O Estado não pode restringir a liberdade do cidadão, principalmente quando é o Estado quem não cumpre com as suas atribuições, como no caso garantir a segurança pública. O Estado e ajustiça têm de restringir a liberdade do criminoso e não do cidadão.
     
A liberdade e a democracia precisam de uma vigilância e de uma defesa constante, o autoritarismo e de restrição da liberdade é uma tendência nata do poder. 
    
O preço da liberdade é a vigilância eterna. (Thomas Jefferson)
     

7 comentários:

  1. Na minha opinião a tentativa de acabar com o carnaval em Tucuruí tem motivação política. O Prefeito Sancler quer acabar com o carnaval para agradar os pastores protestantes e assim pretende que os evangélicos engulam o seu candidato a sucessor, por outro lado Tucuruí tem um índice de crimes e assassinatos muito alto, mas a maioria dos crimes não chega ao conhecimento do povo que não tem conhecimento do verdadeiro índice de criminalidade na cidade, no entanto um assassinato público como no caso do minhocão, cujas imagens circulam na Internet, chama muito a atenção da população para a violencia e mostram a ineficiência da segurança pública no Pará e em especial em Tucuruí, o que não é bom para a imagem do candidato do Governador Jatene para prefeito de Tucuruí, que é justamente da área de segurança pública, então é mais fácil acabar com o minhocão do que combater o crime em Tucuruí.

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    1. se ele quizesse acabar ele nao daria esse dinheiro.

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  2. Concordo com voce mas, gostaria de registrar que a policia mesmo que faca o melhor servico preventivo nao conseguira evitar todos os crimes no meio de uma multidao como a que brinca o minhocao. Nao e culpa da policia, nem dos cidadaos brincantes que valorizam o calendario cultural local, mas de criminosos infiltrados no meio de cidadaos de bem com interesse unico de manchar nossa festa tao bonita.

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    1. Eu concordo com os dois anônimos e isso ficou claro na matéria, mas o assassinato nas escadarias foi um fato isolado e não justifica uma violência contra as liberdades individuais, nós do Folha sempre vamos defender a liberdade e a democracia. A Constituição garante o direito de reunião em locais públicos.
      CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
      Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
      XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
      Assim como aconteceu uma morte no minhocão aconteceu uma morte em um prefeito em um funeral, e aí, vão proibir funerais?
      Não é por ai, decisões que restringem a liberdade do cidadão são arbitrárias, ainda mais quando as partes interessadas e a sociedade não são consultadas, uma ou duas pessoas não podem decidir o que toda a população deve fazer ou deixar de fazer e muito menos impedir as pessoas de se reunir em locais públicos baseado em um caso de um crime isolado. Quer dizer que se um cidadão matar outro dentro da igreja o Estado vai proibir cultos e missas? Isso vale para qualquer reunião inclusive festas de São João, comícios e protestos.
      Quer dizer que um cidadão mata outro e é o povo quem é punido e perde a liberdade? Isso pode ser tudo menos justiça, ainda mais em um país que se diz democrático.
      Mas que o 1º anônimo levantou bem a questão de que acabar com o carnaval em Tucuruí pode ter conotação e interesse político pelas razões apontadas. Existe uma grande chance dele estar certo, na políticalha em Tucuruí vale tudo.

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  3. Daqui a pouco temos horário pra se recolher. ..
    Não vamos deixar q isso aconteça. ...

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    1. Na verdade praticamente se estabeleceu uma espécie de toque de recolher em Tucuruí, lembrando que toque de recolher é um expediente excepcional usado em casos de guerra e foi muito usado pelos nazistas contra os judeus na segunda guerra mundial. No caso da ineficiência dos órgãos de segurança em vez de restringir a liberdade do delinquente reprime-se o cidadão em, obediência à lei do menor esforço e para proteção da imagem da segurança pública.
      Pior é que se restringe a liberdade do cidadão em nome da segurança relativa tendo como justificativa uma morte isolada, que poderia acontecer e que acontece em qualquer situação e em qualquer lugar, já que a sociedade é violenta.
      Ora, a liberdade sem dúvida é mais importante que a própria vida, pois sem liberdade não vale à pena viver.
      De Tiradentes até hoje, milhares de brasileiros perderam a vida para que o nosso povo fosse livre, neste ponto Tucuruí regrediu, pois se usa uma morte isolada para se tirar a liberdade do povo.
      Muito triste isso...

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  4. verdade essa prefeito é msmo um **********

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