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sexta-feira 03 2014

Médico cubano supera desconfiança no interior da Bahia

Por BBC | 03/01/2014 18:40
           
Críticas iniciais ao Mais Médicos parecem ter sido contrabalanceadas pela chegada desses profissionais a cidades que careciam de assistência médica, conquistando os que sentem na pele os benefícios do programa.



Julia Carneiro/BBC
Médico cubano Isoel Gomez Molina convocou uma reunião na igreja da comunidade para se apresentar aos moradores e teve uma recepção calorosa.



No fim de agosto do ano passado, 400 médicos cubanos desembarcaram no Brasil, dando início ao principal programa do governo na área de saúde – desencadeando fortes críticas e gerando um amplo debate nacional. O Mais Médicos encerrou 2013 com 6.658 profissionais atuando em mais de 2 mil municípios Brasil afora, dos quais cerca de 5,4 mil são cubanos.
          
As reações acirradas no momento inicial – quando profissionais cubanos foram vaiados e chamados de "escravos" por jovens médicos no aeroporto de Fortaleza – parecem ter sido contrabalanceadas, de outro lado, pela chegada desses profissionais a cidades que careciam de assistência médica, conquistando os que sentem na pele os benefícios do programa.
         
É o caso da comunidade de Viveiros, na periferia de Feira de Santana, na Bahia, onde a BBC Brasil acompanhou a chegada do médico cubano Isoel Gomez Molina em novembro.
           
Dose
     
Isoel convocou uma reunião na igreja da comunidade para se apresentar aos moradores e teve uma recepção calorosa.Mas, no dia seguinte, ele se tornou um dos casos mais emblemáticos da resistência que o programa ainda desperta.
     
O médico foi denunciado por uma receita prescrevendo 40 gotas de dipirona (o princípio ativo da Novalgina) a um menino de um ano, uma quantidade excessiva para uma dose única. A receita caiu nas mãos de uma médica que a postou com críticas nas redes sociais e dentro de 24 horas a notícia estava em todos os portais – médico cubano é suspenso por suspeita de superdosagem.
    
Foram longos dias fechado no hotel em Feira de Santana esperando profissionais do Ministério da Saúde investigarem a situação e esclarecerem o caso.
    
A conclusão foi de que não houvera erro médico. Ele adotara o padrão comum em seu país de receitar a dose completa do dia, mas explicara oralmente à mãe da criança a dosagem correta por vez – 10 gotas de quatro em quatro horas.
Julia Carneiro/BBC
Crise ficou para trás e Dr. Isoel já está imerso na nova rotina em Viveiros
Ela própria intercedeu a seu favor, e sua suspensão gerou um abaixo-assinado em Viveiros pela volta do Dr. Isoel, que foi recebido com festa. "Foi muito difícil, mas acho que eu saí mais forte e o programa também. Eu não estava preocupado com o meu nome, e sim com a repercussão que isso teria para o programa", diz.
      
"Sabia que muitas pessoas iam aproveitar isso para dizer que os médicos do programa não tinham competência para trabalhar. Modéstia à parte, eu me sinto plenamente competente para atuar na atenção básica, pois é venho fazendo em 16 anos de carreira."
          
Resistências e capacitação
        
O Ministro da Saúde Alexandre Padilha acompanhou o caso de perto e diz que ficou claro que a mãe estava bem orientada e que não houvera problema.
         
Ele diz que o caso reflete um sentimento de xenofobia e de arrogância de profissionais que "não querem tolerar a vinda de profissionais estrangeiros para atender a nossa população".
        
"Nós sabemos que vamos enfrentar resistências, mas vamos até o fim", diz Padilha. "A nossa maior motivação é conhecer a realidade das populações que não têm médicos."
       
Mas críticos do programa dizem não ter nada contra a vinda de médicos estrangeiros, e sim condenam o que consideram uma regra de exceção para que o Mais Médicos funcione, dispensando-os da revalidação dos diplomas obtidos em instituições internacionais.
         
"O principal risco é que nós não sabemos se esses médicos estão capacitados ou não, se seus diploma são verdadeiros ou não e não podemos fiscalizar o seu trabalho adequadamente", diz Sidnei Ferreira, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj).
          
Ele diz que o Brasil não tem carência de médicos mas sim de uma estrutura básica necessária e de condições de trabalho atraentes.
         
"Por que há menos médicos em determinadas regiões? Porque não há concurso público, não há salario compatível com a responsabilidade do médico nem um plano de carreira necessário para a sua manutenção", critica.
     
Assim como outros conselhos regionais, o Cremerj apoia a ação que questiona a constitucionalidade do Mais Médicos no Supremo Tribunal Federal, ajuizada pela Associação Médica Brasileira e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Universitários Regulamentados.
    
Mas Padilha afirma ter "plena segurança jurídica" em relação ao programa e reafirma a meta de ter 13 mil profissionais espalhados pelo até março deste ano. Os próximos grupos de estrangeiros desembarcam ainda neste mês.
         
Aliviar sofrimento
       
"Nada justifica não se esforçar para levar um médico para uma comunidade. Em qualquer situação, ele faz a diferença. Ele alivia o sofrimento, ele cuida das pessoas, e sua presença ajuda a organizar o sistema de saúde no local e a atrair mais recursos", diz.
       
A crise ficou para trás e Dr. Isoel já está imerso na nova rotina em Viveiros. Ele conta ter ouvido de um amigo que, depois de tudo que aconteceu, seria melhor ele mudar de posto. "Nem pensar. Agora me sinto ainda mais comprometido com essa comunidade", diz, contando ter se emocionado com a recepção festiva que teve ao voltar para a unidade de saúde.
          
Ele pondera que sempre haverá pessoas falando mal das coisas e outras que enxerguem seus benefícios. "Eu, da minha parte, me sinto muito útil no que estou fazendo, ajudando essas pessoas que estão precisando da minha atenção e dando o melhor de mim", diz.
           

quinta-feira 02 2014

Pmdbisses & caciquisses...





Meu adversário favorito

Edital de hoje do Diário Oficial do Pará.
         
Emeda parlamentar e um presente do Deputado Parsifal Pontes (PMDB) de mais de dois milhões de Reais em pleno ano eleitoral (a mulher do prefeito é candidata), ao seu "adversário político" Sancler Ferreira (PPS).
         
Realmente o deputado deveria estar em um altar, pois em vez de angariar recursos para as prefeituras do seu partido, prefere presentear o Prefeito de Tucuruí Sancler Ferreira (PPS) seu suposto adversário com recursos de emendas parlamentares. 
    
Supostamente o deputado também seria adversário do Governador Jatene (PSDB) que também é muito bonzinho ao liberar emendas para um parlamentar de um partido adversário, estes políticos paraenses fariam inveja á Madre Tereza de Calcutá, quanta bondade... E temos que reconhecer, toda esta bondade em um ano eleitoral visando apenas o interesse público.
      
Não se sabe quais foram os conchavos e os acordos por trás de tanta bondade e desprendimento, mas os tucuruienses que conhecem o deputado e o prefeito podem imaginar quais foram os "acordos"...
     
Com adversários como este o prefeito nem precisa de aliados... (Rs).
   
Pois é Joílson, não dê bola se disserem que você está sendo traído, é só intriga, isso é coisa que estão colocando na sua cabeça, liga não...
        

E depois dizem que não tem santos e nem ingênuos na política...
     
   

quarta-feira 01 2014

Arquivo Político - Foto Histórica, o quarteto fantástico..

Amigos de fé.
Da "esquerda" para a direita: Miriquinho  Batista (PT), Deley (PPS), Paulo Rocha (PT) e Sancler (PPS).

Adivinhem quem está faltando e deveria estar nesta foto?
 

Nos bastidores da política em Tucuruí

Começamos o ano novo com uma análise da política em Tucuruí.
   
Para começar uma notícia no mínimo intrigante, intrigante, mas que na verdade para quem acompanha e gosta de política não é nenhuma surpresa.
   
Segundo nossas fontes o Deputado Parsifal Pontes fez uma emenda de mais de R$ 2.000.000,00 (Dois milhões) através da SEPOF, para a Prefeitura de Tucuruí para aquisição de máquinas (patrol, caçambas etc).
   
Bom, deputados fazendo emendas em benefício de prefeitura é perfeitamente normal, o inusitado é Deputado Estadual de "oposição" ao Governador (PSDB), fazendo emendas para beneficiar governo de um suposto adversário político do próprio deputado Parsifal (PMDB), no caso o Prefeito Sancler (PPS). E o mais interessante é que ninguém comenta sobre esta emenda, nem o prefeito e nem o Deputado.
   
Tirando a conhecida armação do PMDB em Tucuruí ao colocar um candidato laranja para beneficiar o Prefeito Sancler nas últimas eleições municipais, e retirar uma ação na justiça que poderia ter resultado na cassação do Prefeito Sancler, este fato nos leva a uma questão interessante: Como é que o Jatene que agora tem o PMDB como adversário, aprovou uma emenda de um deputado de oposição, no caso o deputado Parsifal Pontes, que por sua vez beneficia um suposto adversário do deputado? 
    
Este parece ser o samba do crioulo doido, mas não é, este pessoal não tem nada de doido, doido é quem acredita, vota neles e se mata em suas campanhas eleitorais. Estas raposas felpudas são estrategistas frios e calculistas, especialistas em artimanhas, engôdos e dissimulação, cujo único objetivo na vida e na política é dinheiro e poder. Estes políticos traem de acordo com as suas conveniências como trocam de camisa.
   
A capacidade do Prefeito Sancler em transitar entre os partidos políticos e cooptar pseudo lideranças políticas tem de ser reconhecida. Ou o Sancler é um gênio da política, ou a politica partidária do Pará está podre e totalmente contaminada.
    
O Prefeito Sancler consegue a façanha de ter como apoiadores e cúmplices em seus projetos de poder praticamente todas as principais lideranças dos principais partidos políticos no Pará, independente de ideologia ou sigla. Sancler conta com o apoio irrestrito do Governador Jatene (PSDB), do líder do PMDB na ALEPA e braço direito do Senador Jader Barbalho, o deputado Parsifal Pontes, e de alguns dos principais e mais influentes líderes estaduais do PT, como por exemplo o deputado Federal Miriquinho Batista, do ex-senador e amigo pessoal do ex-presidente Lula Paulo Rocha entre outras lideranças petistas e lideranças de outros partidos.
  
Muitos pensam que uma vitória do PMDB emplacando o Helder Barbalho como Governador fará alguma diferença para o Sancler está redondamente enganado, Sancler tem o apoio do Parsifal no PMDB e das principais lideranças do PT em nível de Estado, o que quer dizer que se Sancler continuará blindado junto ao Governo Federal, e se o PT tiver um candidato petista em Tucuruí que não seja da conveniência do Prefeito, é provável que ele tenha o mesmo destino do Gualberto no PMDB, sendo substituído por um laranja, ou ter simplesmente a sua candidatura sabotada dentro do próprio partido, inclusive Sancler tem uma carta na manga dentro do próprio PT tucuruiense, cuja candidatura laranja está sendo devidamente adubada e articulada. O balão de ensaio midiático já está a algum tempo no ar.
    
A esposa do Sancler será candidata a Deputada Estadual (a não ser que seu estado de saúde não permita), e o Vereador Deley será o candidato alternativo, tipo: Não quer votar na Eliane, vote no Deley. 
     
Com o uso da máquina e com o caixa de campanha abarrotado, Sancler provavelmente elegerá a esposa, e de quebra vai inviabilizar (ou tentar com grandes chances) inviabilizar as campanhas dos outros candidatos não alinhados com o seu projeto político.
     
Sancler é um mestre da estratégia e sabe tirar proveito da falta de fidelidade e de compromisso político e partidário das volúveis e descomprometidas lideranças políticas do Estado, que não hesitam um segundo em trair seu partido, sua base e o povo, se isto for de sua conveniência pessoal.
     
Não estamos superestimando o Prefeito de Tucuruí, apenas não podemos esconder os fatos apenas porque a realidade não nos agrada e as coisas não são como gostaríamos que fosse. Além disso, temos um compromisso para com a verdade, o povo não merece ser enganado e tem o direito de ser informado.
     
Infelizmente o interesse público está entre as prioridades da maioria dos políticos paraenses. É por isso que o Pará parou e pelo jeito vai continuar parado e liderando estatísticas negativas por um longo tempo. 
    
Ainda não dá para ver a luz no fim do túnel no Pará, mas ruim por ruim vamos mudar, quem sabe, o futuro a Deus pertence e milagres acontecem, pelo menos pior não tem como ficar.