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sexta-feira 24 2013

Os evangélicos progressistas

Seguidores da Bíblia, eles se opõem à violência contra homossexuais, defendem a igualdade entre homens e mulheres e enfrentam preconceito dentro e fora da comunidade religiosa.
    
Patrick, da Aliança Bíblica: "Para mim, ser progressista é não ter uma relação de submissão incondicional com a figura do pastor ou do líder religioso"
 Alessandra Oggioni , especial para o iG São Paulo 
    
Eles são evangélicos, frequentam os cultos, leem a Bíblia e lutam para defender suas opiniões pessoais – mesmo que elas distoem do que pensa a maioria de seus irmãos em fé. Patrick, Morgana e Elias são considerados evangélicos progressistas, que se declaram contra a violência aos homossexuais, pregam a igualdade de direitos entre homens e mulheres e adotam uma postura mais questionadora sobre temas polêmicos, não sem enfrentar preconceitos dentro e fora do grupo ao qual pertencem. “Infelizmente, a sociedade vê o evangélico como conservador, limitado intelectualmente e manipulável. Mas esta não é uma imagem totalmente verdadeira”, afirma o comentarista esportivo Elias Aredes Junior, evangélico praticante.
    
Patrick, da Aliança Bíblica: "Para mim, ser progressista é não ter uma relação de submissão incondicional com a figura do pastor ou do líder religioso"
    
A comunidade evangélica no Brasil conta com mais de 42 milhões de pessoas, de acordo com dados do IBGE. O crescimento do número de fiéis é expressivo – eram 15,4% da população no ano 2000 e chegaram a 22,2%, em 2010.
     
Embora estejam todos “enquadrados” no mesmo grupo, há denominações bastante distintas. Os ensinamentos são diferentes em uma igreja da corrente histórica, como a Batista ou a Metodista, em comparação a uma pentecostal, à qual pertence a Assembleia de Deus, por exemplo, ou a uma neopentecostal, como a Igreja Universal do Reino de Deus.
    
Com doutrinas tão diferentes, alguns evangélicos buscam comunidades mais abertas a questionamentos e também participam de movimentos progressistas, para defender interpretações e pontos de vista nem sempre aceitos nos cultos. Conheça a história de três jovens cristãos que se incluem neste grupo.
    
Para Patrick, a polarização "evangélicos versus gays" precisa ser superada
    
Abaixo a submissão incondicional
   
Formado em ciências sociais, Patrick Timmer, 27 anos, trabalha como secretário-geral na Aliança Bíblica Universitária do Brasil, em São Paulo. De família evangélica, é membro da igreja Comunidade de Jesus, e se considera um “progressista”. “O termo progressista pode significar muita coisa. Para mim, é não ter uma relação de submissão incondicional com a figura do pastor ou do líder religioso”, define.

Para Patrick, tudo o que é ouvido no culto precisa “passar pelo crivo das escrituras e ganhar uma interpretação coerente”. Ele acredita que todo evangélico deve ter uma postura crítica e saber buscar respaldo na própria Bíblia. “É preciso analisar o contexto, procurar literaturas de apoio, conversar com outras pessoas. O diálogo e o debate sempre ajudam na construção de uma democracia saudável”, afirma.
     
“A submissão para justificar a violência não tem base bíblica”
    
Ele explica que, em muitos casos, trechos da Bíblia são usados para justificar atos de opressão ou abuso, especialmente contra as mulheres. “Certas leituras podem levar a uma interpretação equivocada de superioridade de gênero. Mas a submissão para justificar a violência não tem base bíblica”, defende Patrick.
     
Sobre o homossexualismo, comumente alvo de críticas de líderes religiosos e dos políticos da bancada evangélica, Patrick diz que é preciso mudar esta polarização de “evangélicos versus gays”. Para ele, violência e intolerância são inaceitáveis, sejam por racismo, machismo, xenofobia ou homofobia.
    
Arquivo pessoal

Morgana é secretária-executiva da rede
Fale, união de grupos evangélicos que promove
a justiça social 
A favor de um Estado laico
   
A missionária Morgana Boostel, 26 anos, também se considera uma evangélica progressista. Ela é secretária-executiva da Rede Fale, uma organização internacional ligada a várias congregações evangélicas, que atua em campanhas contra injustiças sociais. 
   
Em março deste ano, a Rede publicou uma carta aberta, assinada por 173 pastores e líderes evangélicos, se posicionando contra a permanência de Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM). Dezenas de comentários na própria página da rede rechaçaram a opinião dos pastores.
    
“Todos devem ter os direitos garantidos, independentemente da sua história ou trajetória familiar”, defende.
    
Evangélica desde criança, ela já frequentou a igreja Batista e hoje é membro da Comunidade Anglicana Neemias, na cidade de Vitória (ES). Morgana defende fervorosamente a liberdade de crença e se mostra contrária à intervenção da Igreja em ações do governo. “Estado laico não é a ausência de elementos de fé, mas a possibilidade de expressá-la da forma que cada um considere importante”.
    
“Estado laico não é a ausência de elementos de fé, mas a possibilidade de expressá-la da forma que cada um considere importante”
     
Para ela, assim como a opção religiosa, todas as escolhas devem ser respeitadas. Cada um é responsável por decidir o que achar melhor para a própria vida, até mesmo quando se trata de questões sexuais. “É inadimissível qualquer tipo de violência contra homossexuais. Isso inclui o preconceito, pois [o preconceito] incita a violência”.
     
Elias, comentarista esportivo,
é ligado a movimentos progressistas
desde a adolescência
Em defesa da diversidade
   
“A igreja não consegue lidar com este cenário multifacetado. (...) Quem não estiver dentro de um modelo preestabelecido fica de fora"
     
O comentarista esportivo Elias Aredes Junior, 40 anos, sempre foi de família evangélica. Ainda adolescente, aprendeu com os tios a questionar os valores pregados nas igrejas que sempre frequentou. “Comecei a despertar para temas de justiça social e igualdade, o que me levou a participar ativamente de movimentos estudantis”, conta ele, que hoje também frequenta reuniões e encontros do Movimento Evangélico Progressista.
      
Elias, que faz parte de uma igreja na cidade de Campinas (SP), considera boa parte da comunidade evangélica bastante conservadora. “Muitas vezes, a igreja não consegue lidar com este cenário multifacetado. E isso não é bom porque não contempla a diversidade. Quem não estiver dentro de um modelo preestabelecido fica de fora”, diz.
      
Ele cita um exemplo que ouviu de um pastor em outra denominação religiosa, que frequentava anteriormente. Durante um culto, o líder disse que, ao ver uma passeata gay, teve vontade de jogar o carro contra a multidão. “Achei aquilo horrível. Posso não concordar com a conduta gay, mas o Estado tem a obrigação de assegurar-lhes todos os direitos, inclusive o de manifestação”, opina.
      
Para Elias, o problema de lidar com a diversidade vai além da questão gay, incluindo também as novas formações familiares. “Vi vários casos de preconceito contra mães solteiras. Então, quando uma mulher é solteira ou separada, ela não pode ser considerada família pela igreja?”, questiona.
    
Para mudar este cenário e promover a inclusão, Elias acredita que cabe aos próprios evangélicos lutar pelo que acreditam e “adotar” líderes e representantes que estejam mais de acordo com o perfil de cada um. “O pastor da igreja que frequento é aberto ao diálogo e respeita o que eu penso. Uma nobre e gratíssima exceção neste cinturão ditatorial existente na comunidade evangélica brasileira”, afirma.
     

Índios em pé de guerra

       
Segundo informações, os Índios Assurinis estão chateados porque a PMT não está enviando a Merenda escolar para a escola da aldeia, e como o veículo da tribo está quebrado, também não tem como eles buscarem a merenda na cidade.

quarta-feira 22 2013

Sete dores que você não deve ignorar

    
Especialistas apontam quais dores mais pedem investigação médica e o que elas podem significar. 
    
Marianne Scholze , especial para o iG São Paulo 
    
Uma sensação dolorosa, de maior ou menor intensidade, em qualquer parte do corpo. Trata-se da definição do dicionário para a palavra dor . E quando o assunto é essa sensação de diferentes intensidades, origens e significados, os médicos são unânimes em alertar: muitas dores subestimadas ou encaradas como corriqueiras podem ser avisos do corpo de que algo não anda bem. Atentar para esses sinais o quanto antes é uma das principais medidas preventivas indicadas pelos médicos. 
    
BBC Brasil 
    
Dor de cabeça: alterações na visão ou nos hormônios podem ser causas do problema. 
    
"A dor é um mecanismo de proteção que avisa quando algo nocivo está acontecendo no organismo – explica Ricardo Caponero, médico oncologista da Clinonco – Clínica de Oncologia Médica, de São Paulo. 
    
"Não é preciso esperar a dor para realizar alguns exames preventivos de saúde, já que nem sempre ela está presente, mesmo em doenças graves (como as fases iniciais do câncer, por exemplo). Mas há algumas dores que nunca devem ser ignoradas." 
    
Mesmo as dores em uma mesma região do corpo podem ter localizações exatas e significados bastante diferentes. Um desses casos diz respeito às dores abdominais. Elas podem ser subdivididas em diversas áreas da faixa gástrica e intestinal, por exemplo, e apresentar diferenças sutis que, por sua vez, levam a diagnósticos diferentes. 
    
"Um paciente com dor no estômago que melhora logo após a alimentação pode ter suspeita de úlcera no duodeno. Já a dor no estômago que piora com a alimentação leva a uma investigação de úlcera ou mesmo de tumor no estômago", exemplifica o gastroenterologista Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo, cirurgião geral do aparelho digestivo do Hospital Albert Einstein, de São Paulo. 
    
Outras dores que costumam ser quase ignoradas são as sentidas após a prática da atividade física – a tendência é acreditarmos que exercício, para funcionar, "tem de doer". Efetivamente, a dor durante ou após uma atividade física pode até ser considerada normal, desde que se apresente de forma leve e sem prejuízo ao sistema musculoesquelético e cardiovascular, como aponta o ortopedista Moisés Cohen, presidente da Sociedade Mundial de Artroscopia, Cirurgia do Joelho e Trauma Desportivo e diretor do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte, em São Paulo. 
    
"A dor muscular, por exemplo, é muito comum após longo período de inatividade e geralmente desaparece após um ou dois dias, até sumir por completo com a melhora do condicionamento físico. No entanto, realizar qualquer atividade física com dor, em qualquer região do corpo, pode ser um alerta e precisa ser investigada", orienta o especialista. 
    
Veja a seguir as sete principais dores que sempre devem ser investigadas e o que os médicos dizem a respeito delas. 
   
1. Dor de cabeça 
    
Dos 10 aos 50 anos, ela geralmente é causada por alterações na visão ou nos hormônios – esta última, mais comum entre as mulheres. Acima dos 50 anos, pode estar relacionada à hipertensão. Leia mais: Um exercício para cada tipo de dor de cabeça 
    
2. Dor de garganta 
    
Pode ter origem em processos infecciosos por bactérias ou vírus. Caso se torne persistente e seja associada a sintomas como rouquidão, falta de ar, sangramento ou dificuldade para engolir, pode estar relacionada a certos tumores nas vias aéreas ou digestivas. 
    
3. Dor no peito 
    
Pode representar uma simples dor muscular na parede torácica ou, principalmente quando intensa e aguda, indicar algum problema cardiológico, como uma angina ou até mesmo o início de um infarto . A falta de ar (dispneia) durante a prática esportiva pode ser normal por falta de condicionamento, mas também pode indicar um processo alérgico ao exercício ou alguma alteração cardiorrespiratória. Leia mais: Saiba como agir em caso de infarto 
    
Dor nas costas: má postura e esforço físico exagerado são as causas mais comuns 
    
4. Dor abdominal 
    
Uma dor forte na parte baixa do abdome, acompanhada de dificuldade de evacuar e eliminar gases, pode ser sinal de diverticulite aguda. Já a dor na boca do estômago com sensibilidade do lado direito traz a possibilidade de cólica ou infecção na vesícula biliar (parte alta do abdome) ou ainda apendicite aguda (na parte baixa do abdome). Cólicas intestinais com presença de muco ou sangue nas fezes podem ser suspeita de colite ou de tumores intestinais. 
    
5. Dor nas costas 
   
A má postura e o esforço físico podem machucar a coluna lombar. Principalmente quando acompanhada de irradiação, formigamento e diminuição de força motora nos membros inferiores, a dor nesta região mais baixa das costas pode estar presente nos casos de hérnia de disco. Além de minar a qualidade de vida, a dor nas costas também pode encobrir o câncer no pâncreas. 
   
6. Dor nas pernas 
   
É uma das dores mais comuns e suas causas podem ser as mais variadas, desde problemas vasculares e artroses até doenças como hipotireoidismo e diabetes. Especificamente, as dores nos joelhos, por tratar-se de uma articulação extremamente vulnerável aos traumas, podem significar desde lesões simples, como as tendinites, até lesões mais graves, como de menisco e de cartilagem. 
   
7. Dor no corpo todo 
   
Se a sensação é de que o corpo todo vive “moído”, e essa dor geral está associada a um quadro de desânimo e falta de energia, pode ser um sintoma de depressão ou de fibromialgia. 
   
Sentir dores, especialmente as que se prolongam por longos períodos de tempo nunca é normal. Em todos os casos, é imprescindível procurar um médico e investigar a origem da dor, para então buscar o tratamento mais adequado para o problema, finalizam os especialistas.
    

terça-feira 21 2013

Página do SINSMUT está em construção mas já está no ar

A página do SINSMUT está em construção mas já está no ar, confira. sinsmut.org

Alunos do Colégio Raimundo Ribeiro de Souza fizeram protesto por falta de professor

     
Os alunos do Colégio Estadual Raimundo Ribeiro de Souza fizeram um protesto hoje em frente à Escola pela falta de professores, os alunos afirmam que estão sendo prejudicados nas matérias que não estão sendo estudadas.
     
Caso haja qualquer forma de perseguição, constrangimento ou abuso por parte da direção do colégio devido a este protesto nos informem que vamos denunciar.
    
Veja o vídeo, alunos do RRS dizem ao Folha o motivo do protesto.