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terça-feira 31 2021

Antes que seja tarde para os inquilinos da Terra.

 


Conscientização hoje...

... antes que seja tarde para os inquilinos da Terra.

Paiva Netto

Muito oportuno e atual o tema da Reunião de Alto Nível do Conselho Econômico e Social (Ecosoc) das Nações Unidas em 2018 — “Do global ao local: apoiando sociedades sustentáveis e resilientes em comunidades urbanas e rurais” —, realizada de 16 a 19 de julho, em Nova York, nos Estados Unidos. A Legião da Boa Vontade (LBV) tem trabalhado em sintonia com esse assunto de maneiras diversas, com especial atenção a populações em situação de vulnerabilidade social, capacitando-as e empoderando-as para que consigam reagir às dificuldades socioeconômicas, bem como às de ordem pessoal que tantas vezes as afligem e, assim, construir um futuro melhor não apenas para si mesmas, mas para as gerações futuras.

De acordo com nosso contributo para fomentar a consciência ambiental em todas as gentes, também há décadas venho insistindo que a destruição da Natureza é a extinção da raça humana. Fica evidente que essa não é uma simples frase de efeito para chamar a atenção desta humanidade, sempre apressada, muitas vezes rumo ao próprio extermínio.

Em geral, as criaturas se movem como se o amanhã não existisse. Desse modo, deixam de avaliar o resultado futuro de seus atos no presente. É preocupante, porque, quando os efeitos devastadores da má semeadura chegam, o quadro pode ser irreversível ou acompanhado de imensos prejuízos.

Sustentabilidade é palavra da moda. Contudo, agimos em consonância com seu significado? Os problemas relacionados aos recursos naturais aumentam a cada dia. Vejam a diminuição dos reservatórios de água em diversas cidades brasileiras e do mundo!

Vez por outra, vêm à tona estudos demonstrando que qualquer ação desenfreada contra o meio ambiente traz algum tipo de desequilíbrio local ou a distância. Mesmo assim, as árvores continuam sendo “estorvo” ou objeto de ganância sem fim na Amazônia, na Mata Atlântica, no Cerrado ou em qualquer lugar do planeta. Até quando?

Guerra aos plásticos nos oceanos

Vejam o caso da proliferação de resíduos descartáveis e de microesferas de plástico em cosméticos e produtos de higiene, que, nos últimos vinte anos, se tornou uma emergência mundial — a ponto de a Organização das Nações Unidas (ONU) ter lançado, em fevereiro de 2017, a campanha global Mares Limpos, fomentando ações para combater o lixo nos oceanos, do qual 60% a 90% são compostos de vários tipos de plástico, em diferentes tamanhos e nos mais diversos estágios de degradação.

Atitudes decididas de preservação

Na década de 1980, pesquisadores já alertavam para o risco de a capital bandeirante vivenciar clima semelhante ao do Nordeste do Brasil. Com seguidas massas de ar seco sobre a região, falta de chuva recorrente, poluição sem controle, sua famosa marca de “terra da garoa” vai ficando no passado. Ainda que o comportamento climático também seja cíclico, tal fato não sugere que devamos baixar a guarda.

A situação é extremamente grave. Estima-se que, se não ocorrerem significativas mudanças no atual cenário, até 2050, haverá mais plásticos nos mares do que peixes (medida calculada em peso). Como muito bem alertou Erik Solheim, então diretor-executivo da ONU Meio Ambiente e responsável pela campanha: “Estamos muito atrasados em resolver o problema do plástico que flagela nossos oceanos. A poluição plástica está surfando em direção às praias indonésias, assentando no fundo do mar no Polo Norte e subindo na cadeia alimentar até nossas mesas de jantar. Estivemos parados por tempo demais, enquanto o problema só piorava. Isso tem de acabar”.

A esperança é que o povo — e isso em todo o orbe, desde as pessoas mais simples às que dirigem as nações — tome atitudes decididas de preservação de nossa espécie. Se as coisas persistirem como andam, lá na frente poderemos ler anúncios assim: “Restam poucos exemplares humanos em tal localidade. A região, antes repleta de vida, tornou-se hostil, sendo totalmente prejudicada pela aridez e pela falta de visão de seus moradores”. Pode ser chocante, mas os filhos da atual geração e, posteriormente, os netos dela própria pedem socorro aos que hoje gastam, de maneira condenável, o que o planeta lhes oferece.

Hawking: colonizar o espaço para sobreviver

O conceituado astrofísico inglês Stephen Hawking (1942-2018) chegou mesmo às raias de afirmar ao site Big Think que “nossa única chance de sobrevivência em longo prazo não é permanecer na Terra, mas se espalhar pelo espaço”. E prossegue: “Eu vejo um grande perigo para a raça humana. Houve vezes, no passado, em que a sobrevivência [do ser humano] foi incerta. (...) Nossa população e o uso de recursos finitos do planeta Terra estão crescendo exponencialmente, assim como nossa capacidade técnica de mudar o ambiente para o bem e para o mal”, disse Hawking.

É de se destacar também que muita gente idealista e pragmática vem dando voz ativa à fauna e à flora que nos cercam. Entretanto, é preciso que essa consciência se multiplique por toda parte, começando pelas crianças, em casa e nas escolas.

Aplacar as tempestades

Confiantes, rogamos a Deus que aplaque as intempéries meteorológicas, que levam, todos os anos, sofrimento a multidões no mundo. E sejamos cidadãos conscientes de que, se merecedores, Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, em pessoa novamente, fará os prodígios relatados no Evangelho, segundo Lucas, 8:24, quando o Celeste Timoneiro acalma uma tempestade.

O Mestre dos Milênios virá e repreenderá o vento e a fúria da água, hoje simbolizada igualmente pela sua escassez. Usufruir de bonança na atualidade depende do convívio harmônico com a Natureza.

E finalizo este texto com trechos da mensagem “LBV, Rio-92 e os desafios da Rio+20”, que humildemente enderecei aos chefes de Estado do mundo inteiro, suas comitivas e representantes da sociedade civil, presentes à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (CNUDS), a Rio+20, realizada entre os dias 13 e 22 de junho de 2012, na capital fluminense. Especialmente para o evento, remetemos a revista BOA VONTADE Meio Ambiente nos idiomas português, inglês, espanhol e francês.

Gente que luta

Para que nosso planeta sobreviva aos efeitos de tanta ganância pelos séculos, verdade seja dita, temos visto notáveis esforços de pesquisadores e de cidadãos engajados na melhora da qualidade de vida por todo o globo. Aliados às iniciativas que buscam a alimentação saudável, por intermédio da agricultura orgânica, meios de transporte alternativos e a proteção do meio ambiente, pela reciclagem e pelo tratamento racional do lixo e aproveitamento das águas da chuva, excelentes trabalhos de cientistas e outros estudiosos prometem bons resultados no curto e no longo prazos. Por exemplo, é intensa a pesquisa na área energética, sobretudo em relação a fontes renováveis e limpas: biocombustível, biomassa, energia azul, energia geotérmica, energia hidráulica, hidreletricidade, energia solar, energia maremotriz, energia das ondas e energia eólica, além de outros objetos de estudo pouco conhecidos e aqueles que nem mesmo sabemos ainda que serão descobertos. A Fé é o combustível das Boas Obras.

“Não jogam a toalha”

Destaco, por devido, o esforço militante, pela causa do meio ambiente, de entidades governamentais e do Terceiro Setor, sérias e ativas, no Brasil e no mundo; de multidões de idealistas que “não jogam a toalha” e continuam na linha de frente pelejando por um planeta realmente melhor.

Nosso brado é este: Educar. Preservar. Sobreviver. Humanamente também somos Natureza.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com


sexta-feira 13 2021

Desigualdade social e pobreza: impactos psicossociais da pandemia



“Desigualdade social e pobreza: impactos psicossociais da pandemia” é tema de Congresso de Assistência Social, da LBV

Nos próximos dias 30 e 31 de agosto, às 19h30, a Legião da Boa Vontade (LBV) promoverá a edição on-line de seu 26º Congresso Internacional de Assistência Social, sob o tema “Desigualdade social e pobreza: impactos psicossociais da pandemia”. 

A palestra inaugural será ministrada pela dra. Katyna Argueta, representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil e diretora a.i. do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG), vinculado ao PNUD. Ela trará suas contribuições sobre “Recuperação inclusiva e resiliente da Covid-19: para meios de sobrevivência sustentáveis, bem-estar e dignidade para todos: erradicando a pobreza e a fome em todas as suas formas e dimensões para alcançar a Agenda 2030”, temática da 60ª Sessão da Comissão para o Desenvolvimento Social (CSocD60) do Ecosoc, que se realizará em 2022. 

Em seguida, ocorrerá importante debate a ser mediado por Danilo Parmegiani, representante da LBV na Organização das Nações Unidas (ONU), com a participação de Ricardo Bomfim, responsável por Economia Circular da Enel, no Brasil, graduado em Ciências Sociais pela UFRJ, mestre em Engenharia Urbana e Ambiental pela PUC-RJ e especialista em Gestão de Negócios pelo IBMEC-RJ; da dra. Ionara Rabelo, psicóloga e doutora em Psicologia. Gerente de Vigilância às Violências e Acidentes na Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia/GO e colaboradora CEPED/Fiocruz para Saúde Mental e Atenção Psicossocial na Covid-19; e de Antonio Paulo Espeleta, superintendente social da LBV. Especialista em Gestão de Organizações sem Fins Lucrativos pela Universidade da Califórnia, que fica em Berkeley.

Na terça-feira (31/8), a primeira palestra será com Wilson Bigas, administrador de empresas e especialista em Gestão das Políticas Sociais e gestor do Departamento Socioassistencial da LBV, com o tema “Impactos da pandemia em indivíduos e famílias atendidos pela LBV”. Na sequência, falará Aldenora González, assistente social, presidente do Instituto EcoVida, fundadora e secretária-executiva do Fórum Nacional dos Usuários do Sistema Único de Assistência Social (FNUSUAS) e vice-presidente do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), que abordará “A atuação na proteção social básica no período pandêmico”; e a dra. Marília Berzins, doutora em Saúde Pública, especialista e mestre em Gerontologia e Presidente do OLHE, que trará sua experiência sobre “O enfrentamento da Covid-19 e a atuação humanizada em abrigos institucionais para idosos”. Haverá também um debate com mediação da dra. Karine Nogueira, doutora em Psicologia pela Universidade de Ciências Empresariais e Sociais de Buenos Aires, Argentina, especialista em Políticas Públicas de Gênero e Raça e coordenadora de Programas Sociais na LBV.

O congresso é gratuito e tem como público-alvo os profissionais atuantes nas áreas da Assistência Social e dos Direitos Humanos, representantes da sociedade civil e de movimentos sociais e comunidade acadêmica. Para quem desejar receber o certificado de participação, haverá apenas uma taxa simbólica. As inscrições podem ser feitas no link: https://www.lbv.org/congressosocial. 

Serviço:

Evento: 26º Congresso Internacional de Assistência Social, da LBV — edição on-line

Tema: “Desigualdade social e pobreza: impactos psicossociais da pandemia”.

Para quem: Profissionais atuantes nas áreas da Assistência Social e dos Direitos Humanos, representantes da sociedade civil e de movimentos sociais e comunidade acadêmica.

Data e horário: 30 e 31 de agosto, às 19h30.

Inscrições: https://www.lbv.org/congressosocial.

quarta-feira 04 2021

A natureza é sábia, tudo está nos planos de Deus


Minha cachorrinha chamada BB teve dois filhotes na noite de domingo para segunda.

Apesar da enorme e pesada barriga, nasceram apenas dois cachorrinhos, um grande e marrom como o pai dele, e outro pequenino, negro como a mãe.

Logo no início, percebemos uma certa rejeição da mãe pelo filhote pequeno, como se ela não quisesse que ele ficasse perto do irmão. 

Colocamos o pequeno para mamar e conversamos com ela para que aceitasse o filhotinho. Ela aceitou e o recebeu tranquilamente.

Esta noite, a cachorrinha foi ao meu quarto e começou a latir como se quisesse dizer alguma coisa, quando minha mulher se levantou ela foi na frente mostrar o que era. 

O cachorrinho pequeno havia saído da caminha e entrado no guarda roupa, e ela não o alcançava.

Minha mulher o recolocou na caminha e tudo ficou tranquilo. Já de madrugada, com o dia já amanhecendo a cachorrinha se pôs a latir insistentemente, me levantei e fui até a caminha dela, e vi que o cachorrinho preto estava morto, então o tirei da caminha e o coloquei em outro lugar fora da vista da mãe, ela olhou para mim e não esboçou nenhuma reação.

Depois disso a cachorrinha se calou e eu voltei a dormir até a hora de acordar.

De manhã peguei o cachorrinho e enterrei no quintal. Quando voltei ao quarto encontrei a cachorrinha que parecia procurar algo. Minha mulher conversou com ela e disse que sabia o que era perder um filho. Então a cachorrinha voltou para amamentar o seu filhote.

O que podemos aprender com isso? Podemos perceber que a natureza é sábia.

Natureza sábia?

Sim...

1 - No primeiro momento a cachorra não queria aceitar o cachorrinho porque seu instinto lhe disse que ele era doente, e que poderia contaminar o filhote que estava sadio. Ela só o aceitou porque intercedemos por ele.

2 - Por duas vezes a cachorrinha pediu ajuda, quando o filhote se perdeu e quando ele morreu. Isso demonstra sua confiança nos donos.

3 - Quando o filhote morreu, apesar do seu instinto maternal, ela pediu ajuda para tirar o corpo do ninho, certamente para proteger o filho vivo.

4 - Mesmo assim, depois ela procurou o filhote até se acalmar e ir cuidar do filhote que sobrou.

Esta é uma grande lição para quem tem sensibilidade para perceber.

Notem que a cachorrinha teve sensibilidade para perceber que um dos filhotes estava doente e não sobreviveria. Sendo assim ela se preocupou em defender a vida do que tinha mais chances de sobreviver.

A cachorrinha teve a confiança e a iniciativa de pedir ajuda para seu filhote por duas vezes.

A cachorrinha procurou o filhote morto provavelmente por não aceitar sua morte.

Ao não o encontrar, se conformou e voltou ao ninho para cuidar do filho vivo.

Percebem aí como a natureza segue os planos de Deus? Alguém que está lendo, acredita que isso tudo é por acaso?

Qualquer semelhança nos atos e reações desta mãe animal, com uma mãe humana será mera coincidência?

André Luiz M. e Silva.