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terça-feira 12 2013

Vereador "valente" diz que o Projeto do IPASET será aprovado queiram ou não os servidores do município

Vereadores discutem com servidores a criação do IPASET
    
Segundo o representante do Prefeito na reunião da Câmara Municipal de Tucuruí a explicação para a criação do IPASET (Funprev III) foi que a Prefeitura de Tucuruí deve mais ou menos 150 milhões ao INSS e como a dívida já fora negociada e renegociada antes, a solução é criar o Fundo de Previdência Municipal dividindo a dívida com o INSS em vinte anos. 

   
Enquanto isso, com a criação do IPASET a PMT passa a contribuir com 12% em vez dos 22% atuais, ou seja, a folha de pagamento terá uma redução de 10%, isso SE o prefeito fizer os repasses, o que nós não acreditamos que ele faça, já que ele atrasa os repasses do Caixa Econômica, não faz os repasses ao Fundo Municipal do Meio Ambiente, ao SINSMUT e para a ASERT, porque pelas barbas do profeta, faria os repasses do IPASET? 
   
Poderia ser criada alguma cláusula de garantia na Lei Municipal, de que os repasses sejam feitos e de que o Prefeito não utilizará o dinheiro da previdência municipal indevidamente, e nem vai extinguir o órgão, mas Lei Municipal em Tucuruí pode ser criada e alterada quando o prefeito bem entender, já que o Legislativo é submisso e defende os interesses do prefeito acima de qualquer outro, ainda mais quando está em jogo valores estratosféricos. 
   
Se Lei Federal e Estadual não é cumprida pela administração Municipal (Nepotismo, Concurso... Etc.) imaginem Leis municipais que podem ser modificadas quando o prefeito bem entender? Teve até um “vereador” que abaixa a cabeça para o prefeito, mas que é muito corajoso com quem não pode se defender, que disse que o projeto será aprovado quer os servidores municipais queiram ou não. 
    
Como se isso fosse novidade e ninguém soubesse, e como se vereador em Tucuruí se importasse com os funcionários municipais e com o interesse público. Que o projeto será aprovado e que os vereadores não estão nem ai para os funcionários municipais e para o povo, nós do Folha já sabemos e estamos dizendo há muito tempo. 
   
Mas se a população e os servidores municipais não estão contentes ainda com toda esta lambança, pode fazer piorar ainda mais, é só votar nos candidatos do prefeito e dos vereadores no ano que vem, enquanto isso terminem o "serviço" e acabem de esculhambar tudo de vez entregando o SINSMUT e a ASERT para o prefeito. 
   
No final, os servidores municipais serão prejudicados em suas aposentadorias e a população como um todo também será prejudicada (como foi com o FUNPREV), pois o município é que acaba se endividando ainda mais e quem paga a conta é o povo. 
   
Outra questão é se por acaso não existe algum entrave jurídico para a criação da previdência municipal, já que Tucuruí já havia criado anteriormente um fundo municipal de previdência e o mesmo faliu, foi extinto, e ninguém sabe o que foi feito e onde foi parar o dinheiro da Previdência Municipal (FUNPREV). Com isso Tucuruí ficou mais endividada e os funcionários municipais encontram hoje grandes dificuldades para se aposentarem. 
    
No entanto a população tem que se conscientizar de que tudo isso isso não é nada mais e nada menos que a consequência das últimas eleições municipais, em que o atual prefeito e os atuais vereadores foram eleitos pela maioria do povo de Tucuruí, inclusive por uma grande parte do funcionalismo municipal que já está pagando o preço pelo erro. 
   
Isso só demonstra mais uma vez que o voto tem consequências, e o povo de Tucuruí que se prepare, porque isso é só o começo. Com este prefeito e estes vereadores, vem muito mais bomba por ai.
    

domingo 10 2013

'Tribos perigosas': as histórias de guerra de um antropólogo

Livro analisa a tribo dos ianomâmis e suas estruturas sociais, em um período em que eles ainda não haviam sofrido a influência do homem branco. 
   
The New York Times | 10/03/2013 08:00:21. 
   
Noble Savages via The New York Times. 
    
Membros de tribo ianomâmi dançam em ritual.
Livro analisa trabalho de antropólogo com tribo amazônica.
Como eram de fato os nossos primeiros ancestrais quando deixaram de ser bandos de caçadores-coletores e se tornaram sociedades mais complexas e assentadas? O antropólogo Napoleon A. Chagnon, após 35 anos pesquisando uma população notável – os ianomâmis que habitam a Venezuela e o Brasil – pode ter sido a pessoa que chegou mais perto de responder essa pergunta. 
   
O novo livro de Chagnon, "Noble Savages" ("Bons selvagens", em tradução livre), inclui três temas. Primeiro, é uma história de aventura muito bem escrita a respeito de como o antropólogo aprendeu a sobreviver em uma cultura e um ambiente completamente diferentes dos seus, entre aldeias tomadas por um estado de guerra perpétua e onças que seguiam suas trilhas pela selva. Em segundo lugar, descreve como o autor foi compreendendo gradualmente o funcionamento da sociedade ianomâmi, uma questão de grande relevância para a evolução humana recente. Terceiro, narra as agruras que Chagnon vivenciou nas mãos da Associação Americana de Antropologia. 
   
A maioria das tribos estudadas por antropólogos perderam muito de sua cultura e estrutura sob as influências ocidentais. Na década de 1960, quando Chagnon visitou os ianomâmis pela primeira vez, deparou-se com um povo quase que em absoluto estado natural. Suas guerras não tinham sido suprimidas por potências coloniais. Eles estavam isolados havia tanto tempo, longe até mesmo de outras tribos na Amazônia, que sua língua demonstrava ter pouca ou nenhuma relação com qualquer outra. Cerca de 25 mil pessoas que viviam em 250 aldeias, os ianomâmis cultivavam banana, caçavam animais silvestres e invadiam os territórios uns dos outros incessantemente. 
   
Graduado em Engenharia antes de se dedicar à Antropologia, Chagnon estava interessado na mecânica do trabalho dos ianomâmis. Ele percebeu que o parentesco era o que dava coesão às sociedades, o que o motivou a começar a montar a complicada genealogia dos ianomâmis. Isso levou muitos anos, em parte porque mencionar os nomes dos mortos, para os ianomâmis, é um tabu. Quando concluído, o trabalho revelou muitas características importantes da sociedade ianomâmi. Uma das descobertas de Chagnon foi de que os guerreiros que matavam um homem no campo de batalha geravam três vezes mais filhos que os demais. 
   
A sua pesquisa foi publicada no periódico Science em 1988, desencadeando uma tempestade entre os antropólogos que acreditavam que a paz, e não a guerra, era o estado natural da existência humana. As descrições de Chagnon a respeito da guerra ianomâmi tinham sido ruins a ponto de ele parecer estar dizendo que a agressão era recompensada e poderia ser herdada. 
   
Um tema recorrente em seu livro é o choque entre suas descobertas empíricas e a ideologia de seus colegas antropólogos. O viés geral da teoria antropológica é fortemente inspirado no marxismo, escreve Chagnon. Seus colegas insistiam que os ianomâmis estavam lutando por bens materiais, enquanto que Chagnon acreditava que as lutas tinham a ver com algo muito mais básico – o acesso às mulheres jovens com idade para se casar. 
   
Para Chagnon, a evolução e a sociobiologia, e não a teoria marxista, são maneiras mais promissoras de compreender as sociedades humanas. Sob esse ponto de vista, escreve ele, faz todo o sentido que a guerra entre os ianomâmis – e provavelmente entre todas as sociedades humanas em diferentes fases de sua história – tenha propósitos reprodutivos. 
   
Os homens formam coalizões para ter acesso às mulheres. Como alguns homens serão capazes de ter muitas mulheres, outros devem compartilhar ou ficar sem esposa alguma, criando uma grande escassez de mulheres. É por isso que as aldeias ianomâmis invadem constantemente umas as outras. 
   
As incursões em busca de mulheres criam um problema mais complexo: o da manutenção da coesão social necessária para sustentar a guerra. Uma das principais causas da divisão de uma aldeia é a luta por mulheres. No entanto, uma aldeia de menor porte é menos capaz de se defender contra as vizinhas maiores. A estratégia mais eficiente para manter uma aldeia grande e coesa por meio de ligações de parentesco é o casamento entre primos cruzados de dois grupos de linhagem masculina. Chagnon constatou que esse é de fato o sistema geral praticado pelos ianomâmis. 
   
Depois de deixar o xamã Dedeheiwa, um de seus informantes, exausto com uma série de perguntas sobre o motivo da aldeia se separar sucessivamente em pequenos grupos hostis, Chagnon se deparou com a sua ira: "Não faça essas perguntas estúpidas! Mulheres! Mulheres! Mulheres! Mulheres! Mulheres!". 
   
Durante seus anos de trabalho entre os ianomâmis, Chagnon entrou em discórdia com os salesianos, o grupo missionário católico que constituiu a principal influência ocidental na região ianomâmi. Em vez de viajar de canoa e a pé para as aldeias ianomâmi remotas, os salesianos preferiram induzir os ianomâmi a se estabelecerem perto dos locais de sua missão, mesmo que isso os expusesse a doenças ocidentais às quais tinham pouca ou nenhuma imunidade, escreve Chagnon. Ele também se opôs ao fato de os salesianos terem dado armas aos ianomâmis, que os membros da tribo usavam para matar uns aos outros, bem como para a caça. 
  
Os salesianos e os inimigos acadêmicos de Chagnon viram a oportunidade de unir forças contra ele quando o escritor Patrick Tierney publicou o livro "Trevas no Eldorado" (2000), acusando Chagnon e o conhecido médico geneticista James V. Neel de terem deliberadamente provocado uma epidemia de sarampo entre os ianomâmis em 1968. 
   
Com base nessas acusações, dois dos acadêmicos que criticavam Chagnon o denunciaram para a Associação Americana de Antropologia, comparando-o ao médico nazista Josef Mengele. A associação nomeou uma comissão que, embora tenha absolvido Chagnon da acusação da epidemia de sarampo, no entanto, reagiu de maneira hostil, acusando-o de ir contra os interesses dos ianomâmis. 
   
Em 2005, os membros da associação votaram por uma margem de dois para um a favor da rescisão do relatório da comissão. Mas o estrago já estava feito. Os adversários de Chagnon no Brasil conseguiram impedir outras viagens do antropólogo à região. Seus últimos anos de pesquisa sobre os ianomâmis foram interrompidos. 
  
Em 2010, a associação votou a favor de retirar a palavra "ciência" do planejamento de suas missões, passando a focar na "compreensão do público". Seu desgosto pela ciência e seu ataque a Chagnon são agora uma parte indelével de seu histórico. 
    
Por outro lado, Chagnon tem como legado o fato de ter sido capaz de obter um profundo conhecimento a respeito da última tribo que ainda vivia em estado natural no mundo. "Noble Savages" é uma prova notável do esforço de um engenheiro que passou 35 anos tentando desvendar o funcionamento complexo de uma sociedade humana intocada.
    
Sobre o livro: "Noble Savages – My Life Among Two Dangerous Tribes – the Yanomamo and the Anthropologists" ("Bons selvagens – minha vida entre duas tribos perigosas – os ianomâmis e os antropólogos"); por Napoleon A. Chagnon; Simon & Schuster; 544 páginas; R$ 87,50 sob encomenda na Livraria Cultura .

sexta-feira 08 2013

Mulher


Acessibilidade a luta continua

Imagens da reunião entre a Associação Carajás e Ministério Público Estadual. 
   
A Associação Carajás luta para que os Portadores de Necessidades Especiais tenha acesso livre as repartições e logradouros públicos. 
   
A Lei já existe há muito tempo, mas como sempre acontece, é mais uma Lei que não é cumprida em Tucuruí. Existe um TAC firmado entre o MPE e a Viação Tucuruí e diversas ações na justiça contra a CMT e PMT, para que os Portadores de Necessidades Especiais tenha respeitado o seu direito de acessibilidade às repartições e logradouros públicos. 
   
Imagens:
   
Reunião da Associação Carajás e MPE
   
   
Escada da Câmara Municipal de Tucuruí
   
Escada do prédio da PMT.
    

quinta-feira 07 2013

Audiência Pública sobre a criação do IPASET foi adiada para segunda-feira dia 11/03/2013

A Audiência Pública em que será discutida a criação do IPASET (Fundo de Previdência Municipal de Tucuruí) foi adiada para segunda-feira, dia 11/03/2013, no prédio da Câmara Municipal de Tucuruí, às 19h00min.
   
O SINTEP enviou um ofício para o Presidente da Câmara Municipal de Tucuruí solicitando que a Câmara Municipal não aprove a criação do IPASET, sem que todas as dúvidas quanto à viabilidade econômica e fiscal, bem como às vantagens sociais sejam dirimidas. Abaixo a cópia do ofício. 
    
Opinião do Folha: Acreditamos que a criação do IPASET, mesmo que este fundo de previdência prejudique os servidores municipais e a população de Tucuruí como um todo é inevitável, e os motivos são evidentes: 
    
1 – A criação da Previdência Municipal vai reduzir a contribuição da Prefeitura passando dos 22% de contribuição para o INSS, para 12% para o IPASET, isso SE o prefeito realmente fizer o repasse da contribuição patronal e a contribuição dos servidores. Como é de conhecimento público a PMT tem como hábito descontar do salário dos servidores da Prefeitura e não repassar os descontos para quem de direito, faz isso com a Caixa Econômica Federal, SINSMUT e ASERT. 
    
2 – A Câmara Municipal de Tucuruí tem um histórico de subserviência total e irrestrita aos interesses dos prefeitos, fato este percebido pela população que não costuma reeleger vereadores. Seria ingenuidade supor que os vereadores fizessem uma exceção neste caso, colocando o interesse público acima do interesse do prefeito. Não duvide que o projeto do IPASET possa ser votado e aprovado em alguma seção secreta na CMT, antes mesmo da audiência na segunda, tudo é possível em Tucuruí. 
    
Conclusão: 
    
Mesmo que os representantes dos Servidores Municipais consigam alterar o projeto, aumentar a representatividade dos servidores no IPASET e criar garantias legais para o repasse e a proteção dos recursos do Fundo de Previdência Municipal, concluímos que pelos motivos descritos nos itens 1 e 2 acima, e lembrando ainda que a Lei municipal pode ser alterada de acordo com a conveniência do prefeito, e considerando também que as Leis municipais em Tucuruí são criadas e alteradas sem que seja dada qualquer publicidade, pelo contrário, algumas são consideradas segredo de Estado, e que Leis em Tucuruí, ainda mais municipais não garantem nada e não enseja segurança alguma, o “estupro” está para ser consumado, e não há nada que se possa fazer a respeito, a não ser lamentar mais uma vez pelo funcionalismo público e pela população de Tucuruí. 
     
Todos nós colhemos o que plantamos e respondemos pelos nossos atos. Ao reeleger o Prefeito Sancler, e eleger os atuais vereadores, tanto os funcionários municipais quanto a população de Tucuruí, assumiram os riscos e a responsabilidade pelos acontecimentos resultantes desta escolha, e pelos atuais e futuros atos do executivo e do legislativo. 
     
Fica para os funcionários Públicos Municipais e para a população de Tucuruí o alerta e o exemplo de que: O VOTO TRAZ CONSEQUÊNCIAS. 
     
Agora só resta a sociedade organizada em Tucuruí continuar a luta por justiça e por uma Tucuruí melhor, suportar as provações com coragem, dignidade e cabeça erguida, e torcer para que o tempo passe rápido. 
     
Não podemos culpar a Deus, ao destino ou a quem quer que seja pelo que está acontecendo e ainda vai acontecer com Tucuruí e seu povo, a culpa é toda nossa. 
     
Mas não devemos desistir e nos entristecer, devemos continuar a ter fé em Deus e na sua verdadeira e infalível justiça. O futuro a Deus pertence e ninguém conhece seus planos.
   
Vejam a cópia do ofício do SINTEP: