O suicídio, consequências e atenuantes. O que fazer?
Para tecer considerações sobre o suicídio, primeiro é preciso falar sobre o espírito no mundo espiritual antes de encarnar.
Muita gente pensa que depois desta vida não vão mais querer reencarnar neste mundo, mas não é bem assim, no mundo espiritual as perspectivas mudam e nós vemos as coisas de outro ângulo.
Vemos que o tempo de uma encarnação é muito curto, percebemos que 80 ou 100 anos, diante da eternidade não é nada. Percebe que apesar das lutas, sofrimentos e sacrifícios, o custo benefício de encarnar compensa e muito.
Claro que existem espíritos rebeldes e covardes, que tem medo de viver encarnado e limitado, sujeito a sentir dor, fome, frio, de ter de trabalhar e de estar sujeito a humilhações, violência física, moral e psicológica e ter de conviver com outros espíritos em um mundo onde é obrigado a conviver com todo tipo de pessoas e espíritos em todos os níveis de evolução, de tribos isoladas vivendo na selva na idade da pedra, a espíritos mais evoluidos vivendo em países mais adiantados.
No mundo espiritual não é assim, os espíritos se reúnem em comunidades e cidades de acordo com as suas afinidades e tendências, não existe esta mistura.
No entanto, como encarnado o espírito pode gozar dos prazeres materiais como comer, beber, fazer sexo físico, exercer atividades físicas, gozar de conforto físico e todas as sensações que um corpo físico pode proporcionar.
Tudo isso, além de que como encarnado ter a oportunidade de evoluir muito mais rápido do que quando está no mundo espiritual. No mundo espiritual o espírito que quer evoluir estuda muito, mas é como encarnado que ele coloca em prática tudo o que aprendeu.
Por tudo isso existem filas de espera imensas para a reencarnação no mundo espiritual. Alguns espíritos esperam 30, 50 ou cem anos para ter uma nova oportunidade.
Os motivos que levam um espírito a reencarnar são muitos e variam caso a caso. Existem aqueles que querem acelerar sua evolução, outros com o objetivo de ajudar comunidades, países e a humanidade, outros querem ajudar parentes e amigos, outros querem se reconciliar com antigos inimigos, outros querem sentir novamente os prazeres materiais... E por aí vai.
Tem também os que são obrigados a reencarnar, geralmente espíritos em grande estado de perturbação e com seu perispírito compromentido de tal forma, que a solução para sua recuperação é a encarnação, pois o corpo físico ajuda na recuperação energética da mente e do perispírito.
Outros são espíritos dedicados ao mal, geralmente chefes de organizações trevosas que tem uma encarnação compulsória, neste caso o corpo físico é uma prisão temporária.
Nestes tempos de transição planetária, existe uma urgência dos espíritos para reencarnarem e terem a oportunidade de se regenerarem e permaneceram na terra renovada, após o grande exílio de espíritos a mundos inferiores.
Diante de tudo isso podemos concluir que o suicídio é um grande erro e uma grave falta para com nós mesmos e para com as Leis de Deus, já que destruímos um corpo maravilhoso que foi entregue a nós pela bondade divina, um corpo que nos comprometemos a cuidar e zelar por um período de tempo.
O suicídio, além de uma grave falta, é uma perda de tempo e de oportunidades, um ato que leva ao desequilíbrio espiritual e a grandes sofrimentos e uma grande decepção para o suicida.
A primeira grande decepção do suicida é que a morte não existe, a segunda é que a morte do corpo físico não acaba com o sofrimento, muito pelo contrário, neste caso o espírito sofre ainda mais.
Mas cada caso é um caso, pois existem diversos atenuantes, como por exemplo:
Uma pessoa com um grave transtorno mental, neste caso ela não é responsável por seus atos.
Uma pessoa que é induzida por outros a se matar, esta indução quase irresistível pode ser por outro encarnado ou desencarnado.
Pode ser devido a religião e fanatismo, como pode ser pela cultura.
Devemos alertar aqui que provocar ou induzir de propósito alguém ao suicídio é uma falta gravíssima perante as Leis de Deus, talvez uma falta ainda mais grave que o assassinato, pois neste caso além de provocar a morte física do outro, ainda o leva a cometer uma falta gravíssima que lhe causará muito sofrimento por um longo tempo, isso sem contar com o sofrimento causado aos amigos e parentes do suicida e isso terá consequências.
Em todos os casos existem consequências para o suicídio, no entanto, as consequências são dosadas segundo as Leis Divinas com compaixão e justiça.
Mas o suicida que pratica o ato por covardia, vaidade ou paixões, este sim pode sofrer as consequências dos seus atos de forma mais severas, mas ainda assim cada caso é um caso.
Mas em qualquer situação, todos os espíritos podem contar com a bondade e a misericórdia de Deus, e com a ajuda dos bons espíritos. Ninguém está só e abandonado, nem mesmo o pior dos criminosos, Deus nunca nos abandona, nenhuma ovelha se perderá, pois o pastor é perfeito e todo poderoso.
Podemos orar e emitir bons pensamentos para todos os espíritos que praticaram o ato de suicídio. Isso vai aliviar seu sofrimento e os ajudar a recomeçar novamente, e este ato de caridade nos fará um bem enorme não julgue, auxilie.
De qualquer forma, de algumas consequências o suicida não pode escapar: Primeiro da decepção, pois a morte não resolve o problema, continuamos vivos e os mesmos, também lesionamos o nosso perispírito causando problemas no mundo espiritual e no corpo material em nova encarnação e tem também a vergonha pela fraqueza e covardia e a culpa pelo sofrimento dos amigos e parentes.
Mas Deus não abandona ninguém, todos nós provavelmente cometemos suicídio em alguma das nossas inúmeras encarnações, por isso é bom não julgar, pois ao julgar podemos estar julgando a nós mesmos.
Por fim, se você tem um ente querido que cometeu suicídio, entenda algumas coisas:
Primeiro, você não tem culpa dos erros dos outros, cada um tem responsabilidade pelos seus próprios atos.
Segundo, não existe nenhum erro que possamos cometer que não possa ser perdoado por Deus que jamais abandona suas criaturas, pois somos parte dele.
Terceiro, ninguém está só, todos temos uma grande família espiritual que nos ama como somos, temos também mentores que cuidam da nossa evolução, e ainda temos os bons espíritos sempre dispostos a nos ajudar quando permitimos o auxílio.
Quarto, não se preocupe com seu ente querido que partiu pois ele está sendo bem cuidado, ele não é mais responsabilidade sua, ele vai se recuperar e vocês vão se reencontrar um dia.
Não chore, não reclame e não lamente, lembre dele não por seu ato e sim pelos momentos felizes, com carinho e amor. Ele sentirá estas vibrações de amor e isso lhe será motivo de alegria e esperança.
Namastê.