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domingo 21 2021

Síndrome de Peter Pan, quando o adulto quer ser criança para sempre

Imagem do blog Psicologia dos psicólogos

O Filho Peter Pan
    
Todos conhecem a estória de Peter Pan, o menino que não queria crescer, pois bem, existem muitos adultos que se recusam a crescer, o que lhes causa diversos problemas e sofrimento, a eles próprios e também às pessoas ao seu redor.
      
Geralmente quem tem o transtorno da Síndrome de Peter Pan têm pais problemáticos e/ou super protetores. São aqueles pais que veem seus filhos como eternas crianças, mesmo que os mesmos tenham 20, 30 ou 40 anos.
     
Muitos pais por terem tido infâncias problemáticas, seja por maus tratos ou necessidades financeiras tendem a superproteger os filhos, e dando a eles "tudo o que não tiveram na infância", até aí tudo bem desde que sem exageros, devem lhes dar tudo do que for NECESSÁRIO, e não satisfazer todos os desejos dos filhos. Proteger e dar carinho são fundamentais, mas sem esquecer que até água em excesso pode matar.
     
Vamos voltar ao Peter Pan, Peter não queria crescer e se tornar adulto porque ser adulto é chato. Ter responsabilidades, limites, cumprir tarefas e seguir regras é chato, e principalmente trabalhar é chato.
      
Trabalhar é chato mesmo, pegar transporte e cumprir horário todo dia faça chuva ou faça sol, aguentar aquele chefe chato que fica te fiscalizando, te dando ordens, e implica se você fica jogando no computador, batendo papo nas redes sociais, falando no celular, ou vendo aquele filminho pornô durante o expediente. Só porque a empresa te paga um salário, não quer dizer que o chefe pode mandar em você, não é mesmo?
    
Mas continuando, o filho Peter Pan não gosta de se esforçar para conseguir alguma coisa, pois está costumado a ter tudo na mão, não quer emprego e não gosta de trabalhar, foge do trabalho como o diabo foge da cruz, o emprego que aparece NUNCA está à sua altura, ou é um serviço humilde, portanto indigno do príncipe da mamãe, ou a empresa paga mal para a capacidade extraordinária do reizinho, que apesar de provavelmente nunca ter trabalhado e não ter nenhuma experiência profissional, merece começar já por cima com um salário digno do alecrim dourado que nasceu sem ser cultivado.
    
O trabalho é chato mesmo, mas dá independência emocional e financeira, segurança, autoestima e te faz mais forte perante as inevitáveis dificuldades da vida. Isso sem contar que hoje está cada vez mais difícil se aposentar, quanto mais velho você entra no mercado de trabalho, mas longe fica da sua aposentadoria.
    
O homem a partir de 2035 terá que ter 105 pontos (idade mais tempo de contribuição) para ter aposentadoria integral pelo INSS, sendo assim, começando a trabalhar hoje, se quiser ter aposentadoria integral aos 65 anos, terá que começar a trabalhar no mínimo aos 25 anos de idade, isso se trabalhar durante 40 anos sem interrupção, se for demitido durante este período o tempo desempregado (sem contribuição) não conta. Então quanto mais cedo começar a trabalhar melhor.
    
Mas supondo que sua alteza se digne a aceitar um emprego modesto, porém digno e honrado, o príncipe não fica no emprego por muito tempo, uma característica do filho Peter Pan quando resolve trabalhar é nunca ficar muito tempo no mesmo emprego, pois tem de lidar com a "inveja" dos colegas de trabalho que não suportam a sua incrível competência e eficiência, e ainda por cima tem de lidar com o chefe que vive lhe dando ordens, uma audácia inaceitável do sujeito, já que  o reizinho é muito mais "competente" que o chefe. Assim o príncipe fica pulando de emprego em emprego, mas isso não o preocupa, pois sabe que sempre terá a casa dos pais para morar e terá sempre quem o sustente.
     
Os pais por sua vez tem uma visão distorcida do filho, e vê o adulto formado na sua frente como se fosse uma criança precisando de proteção, em um mundo cruel que não o compreende e não reconhece suas qualidades. Os pais vivem em negação, não enxergam nada mesmo que a vida esfregue a realidade a todo o momento em seus narizes, assim, os pais não veem que aquele homem ou aquela mulher na sua frente são adultos problemáticos, em vez disso enxergam uma frágil e indefesa criança precisando de proteção.
    
Mas como nada é para sempre, chega uma hora em que a realidade se impõe, algum acontecimento desperta os pais da ilusão, o pai geralmente é o primeiro a ver a realidade (as mães, com seu alto instinto protetor costumam demorar a enxergar e algumas nem conseguem), de repente eles veem na sua frente não mais uma criança precisando de proteção e sim um adulto fraco, dependente, manipulador e ao mesmo tempo manipulável.
    
É claro que os pais levam um choque, eles estão de repente, como num passe de mágica, diante de um adulto desconhecido, e a criança que eles amavam não existe mais é como se estivesse morta, então vem o sofrimento e o luto. Junto com o luto vem à decepção, a tristeza, a culpa e o sentimento de impotência.
      
Os pais entram em luto porque aquela criança que eles amavam não existe mais, a decepção é porque sentiam orgulho da imagem falsa que tinham, a tristeza é por perceberem que se iludiram por tanto tempo e que a fantasia não era real, eles sabem que o filho inevitavelmente vai sofrer por ser um adulto imaturo e despreparado para a vida, sentem culpa porque sabem que falharam na educação do filho, e o sentimento de impotência é porque sabem que formar a personalidade de uma criança de 8 ou 10 anos é muito mais fácil do que corrigir um adulto de 20, 30 ou até 40 anos.
    
Se já é difícil educar uma criança, imaginem impor limites, obrigações e responsabilidades a um adulto, mesmo que este adulto seja uma pessoa dependente dos pais e sem nenhum senso de responsabilidade. Formar filhos imaturos e dependentes, além do sofrimento inevitável, costuma resultar em consequências muito tristes, que podem levar ate mesmo a desfechos de violência familiares até mesmo fatais, as manchetes de jornais não raramente mostram esta realidade.
      
Tenho um filho Peter Pan adulto, e agora o que fazer?
    
Não é fácil, na guerra quando em situação desesperadora em meio a uma batalha, e quando os soldados sabem que a luta é pela sobrevivência, então a solução do General experiente é queimar as pontes da retaguarda.
      
Sem ter a opção de fugir, e sem ter outra alternativa a não ser lutar por sua vida, cada homem luta por dois, luta bravamente e sem medo, pois sabe que sua vida está em jogo. Então em uma situação muito difícil, além de procurar ajuda de um psicólogo, a solução para os pais de filhos Peter Pan é "queimar a ponte", e mostrar para o filho que se algum dia ele quiser voltar ao ninho, as coisas não serão mais como antes, ele será recebido, mas terá que procurar um trabalho e enquanto isso terá tarefas, serviços e responsabilidades em casa enquanto morar e depender dos pais, pois a vida de príncipe se foi para sempre com a infância, pelo menos nesta encarnação.
      
O bom pai (sabendo que vai morrer algum dia), não dá o que o filho quer e sim o que o filho precisa, não só para a sobrevivência física, mas principalmente para que ele tenha condições de caminhar com segurança com suas próprias pernas e voar com as suas próprias asas quando estiver só neste mundo, não é meritocracia, é lição de sobrevivência mesmo. 
      
Temos que aprender com a natureza, ela é sábia, quando as crias ficam adultas e não aprendem a sobreviver sozinhas, ou morrem de fome, ou viram comida de outros animais.
  
Esta lição de vida não é uma escolha, ou o filho aprende com os pais a ser independente, ou a vida ensina, e a vida costuma ser uma mestra severa e até cruel para com quem não aprende as lições.
    
André Resistência

terça-feira 16 2021

Cuidado - Estórias de superação, uma faca de dois gumes

Cuidado - Estórias de superação, uma faca de dois gumes.

É preciso tomar cuidado com histórias e exemplos de superação. Estes exemplos são usados sem levar em conta as limitações pessoais de cada um. O problema que pode ser superado por um, pode não ser superado por outros.

O resultado são comparações que fazem muitas pessoas sofrerem se julgando incapazes ou inferiores às outras, por serem incapazes de superar ou sair de dificuldades em que outros venceram. Este é o problema de acreditar que todos podem obter o mesmo sucesso em lidar com situações semelhantes na vida.

É claro que existem pessoas que superam situações terríveis, mas para cada um que consegue superar, outros milhares ou milhões falham na mesma situação, portanto quem consegue é uma exceção.

Enquanto alguns superam um câncer, a miséria ou a perda de um ente querido, milhares ou milhões de outros sucumbem.

Você acha justo aumentar o sofrimento dos outros lhes jogando a culpa pelas suas limitações e infortúnios, ao os comparar com os que venceram? Nós não conhecemos as fraquezas, os traumas, as limitações psicológicas, mentais e físicas, e a história de vida dos outros, para fazer comparações os culpar pelas suas próprias deficiências, fraquezas e desgraças.

Se alguém consegue superar uma situação difícil, não significa que todos conseguem, simplesmente porque todos nós somos semelhantes, mas não somos iguais.

Estória de superação é uma faca de dois gumes, tanto pode animar e incentivar as pessoas as ajudando a superar obstáculos, como também pode envergonhar, humilhar e destruir a autoestima de alguém, porque que fracassou onde outros venceram.

Ao fazer comparações, você pode até ter boas intenções e pensar que está ajudando, e algumas vezes pode até ajudar mesmo, mas em muitos casos pode estar simplesmente agravando o sofrimento do outro e sendo cruel. 

Pense muito antes de julgar e se meter na vida dos outros. Se você quer ajudar, ajude sem cobranças e sem julgamentos e principalmente sem autopromoção. E ao ajudar o próximo não pense que por isso Deus ou o universo lhe devem alguma coisa, pois ajudar nesta vida é apenas obrigação e questão de sobrevivência.

A vida é complexa, tanto a sociedade como as pessoas tem de aceitar as diferenças e evitar comparações, que não raramente provocam dores, sofrimentos, e até mesmo suicídios.

Autor: André Resistência

terça-feira 09 2021

A responsabilidade civil e criminal dos Conselheiros do IPASET de acordo com a Lei 9.717/98


IPASET Tucuruí tem um rombo de quase 219 milhões, qual a responsabilidade dos Conselhos?

Até agora já foi apurado um rombo de quase 219 milhões, mas finanças do IPASET, rombo este acumulado desde a criação da Previdência Municipal em Tucuruí.

Vários ex-dirigentes do IPASET já foram presos e respondem a processos por irregularidades desde a criação do Instituto.

No entanto de acordo com a Lei, os Membros dos Conselhos Administrativo e Fiscal das Previdências Próprias também respondem pelos atos dos gestores das Previdências próprias, mas até agora estranhamente somente temos notícias de dirigentes administrativos do IPASET sendo responsabilizados e processados.

Só nos últimos três anos o rombo nas contas do IPASET aumentou 134 milhões, segundo levantamento preliminar da auditoria que está sendo feita no Instituto.

Cara de pau

Mesmo assim causa-me espanto a cara de pau de um Conselheiro do IPASET ao vir à público em rádio local criticar a intervenção e auditoria no Instituto, como se ele como conselheiro não tivesse nenhuma responsabilidade no rombo milionário no IPASET. O Conselho é responsável sim, pois é isso o que diz a Lei.

Ao apurar as responsabilidades pelo rombo acionário no IPASET, a Administração Municipal tem o dever de apurar também a responsabilidade dos conselheiros por omissão e ou conivência, e se for o caso apurada a falta, tem o dever de responsabilizá-los civil e criminalmente perante a justiça, além de tomar as medidas administrativas disciplinares cabíveis através de Processo Administrativo.

Responsabilidade civil e criminal do Conselho nas irregularidades administrativas das Previdências Municipais.

Vejamos o que diz a Lei:

A Lei Federal  e os Regimes Próprios

As regras previdenciárias, tendo como objeto os Conselhos do Regime Próprio, é a inclusão dos membros destes na responsabilidade civil e criminal, na qualidade de participantes da condução dos trabalhos juntamente com os dirigentes do órgão ou entidade, assim expressada no art. 8º e parágrafo único da Lei nº 9.717/98.

Art. 8º - os dirigentes do órgão ou entidade gestora do regime próprio de previdência social dos entes estatais, bem como os membros dos conselhos administrativos e fiscal dos fundos de que trata o art. 6ª, respondem diretamente por infração ou disposto nesta Lei, sujeitando-se, no que couber, ao regime repressivo da Lei nº 6.435, de 15 de julho de 1977, e alterações subsequentes, conforme diretrizes gerais.

Vale destacar também que o parágrafo único da mesma lei diz que: 

As infrações serão apuradas mediante processo administrativo que tenha por base o auto, a representação ou a denúncia positiva dos fatos irregulares, em que se assegure ao acusado o contraditório e a ampla defesa, em conformidade com diretrizes gerais. 

Como se pode concluir, busca-se assegurar o fim da impunidade diante da má gerência ou gestão da coisa pública. Trazer para o Regime Próprio de Previdência Social é oferecer aos segurados (servidores) e ao patrocinador (Município) segurança de que os recursos e os benefícios estarão sendo geridos em estrita consonância com a Lei, a lisura, a probidade e o bom senso. 

Editado por: André Resistência

sexta-feira 05 2021

Câncer de mama


Câncer de Mama

Paiva Netto

O Dia Mundial Contra o Câncer e o Dia Nacional da Mamografia (respectivamente em 4 e 5 de fevereiro) chamam-nos a atenção sobre um mal que acomete cada vez mais pessoas.

Segundo informa o Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 66 mil novos casos de câncer de mama deverão ser diagnosticados no país para cada ano do triênio 2020-2022. E ainda ressalta que esse “valor corresponde a um risco estimado de 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama feminino ocupa a primeira posição mais frequente em todas as regiões brasileiras, com um risco estimado de 81,06 por 100 mil na Região Sudeste; de 71,16 por 100 mil na Região Sul; de 45,24 por 100 mil na Região Centro-Oeste; de 44,29 por 100 mil na Região Nordeste; e de 21,34 por 100 mil na Região Norte”.

Conforme ressalta o Inca, o “câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim a possibilidade de tratamentos menos agressivos e com taxas de sucesso satisfatórias”. E mais: “o Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sintomas suspeitos) seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos”.

Quando detectado nos estágios iniciais, as chances de cura são de aproximadamente 95%. Contudo, aponta Ricardo Caponero, presidente do Conselho Científico da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), “ainda falta conscientização das mulheres para a importância da realização periódica da mamografia. (...) Apenas 30% das mulheres fazem o exame”. Desde 2009, o procedimento tem cobertura gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), direito assegurado pela Lei no 11.664/2008. Em prol de sua saúde, as mulheres não podem abrir mão desse benefício.

Prevenção

Para melhor conhecimento de todos sobre o assunto, vale consultar o site do Inca (www.inca.gov.br). Vejam, por exemplo, algumas dicas de prevenção: “Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como praticar atividade física; alimentar-se de forma saudável; manter o peso corporal adequado; evitar o consumo de bebidas alcoólicas; amamentar; e evitar uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal”.

Não prescindamos igualmente de recorrer ao Amparo Celeste, que tem em Jesus, o Divino Médico, o inesgotável manancial da saúde almejada por todos. Saúde espiritual e corpórea.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 


quinta-feira 04 2021

A maldição da vida eterna

 Vida eterna

Muita gente e até mesmo a ciência buscam a vida eterna.

Será uma maldição se conseguirem.

Imaginem Hitler, Bolsonaro e Marcola com vida eterna?

Se ninguém morrer em poucas décadas o mundo estaria superlotado e faltaria alimentos e água potável, a não ser que a procriação fosse proibida, assim ninguém mais poderia ter filhos (a não ser os muito ricos é claro).

Imagina o tédio da eternidade neste mundo, depois de algum tempo nada seria novidade.

Mesmo tendo vida eterna haveria acidentes e muitos teriam que viver mutilados, cegos e alguns seriam tetraplégicos eternos.

A família perderia o sentido sem os filhos, assim como as religiões não fariam sentido, já que ninguém mais ia ter medo de ir pro inferno.

E quando a terra for engolida pelo sol, iríamos viver dentro de um inferno de fogo por bilhões de anos até o sol se apagar, então passaríamos a eternidade no escuro e no frio eternos.

Uma das passagens da bíblia diz que uma das pragas do final dos tempos seria as pessoas querendo morrer mas não conseguindo (Naqueles dias os homens procurarão a morte, mas não a encontrarão; desejarão morrer, mas a morte fugirá deles... Apocalipse 9:6).

Portanto a humanidade deve tomar cuidado com o que deseja.🤔

André Resistência