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quarta-feira 07 2021

A vida é um grande Big Brother


A vida é um grande Big Brother

Não posso deixar de comparar a vida real com um grande Big Brother. Em todas as religiões a vida real não é neste mundo, o próprio Cristo disse que seu reino não é deste mundo.

Os cristãos acreditam que passarão a eternidade no céu, ou no inferno conforme o caso. É fato que a vida de todos os seres vivos é temporária.

Os espíritas acreditam na vida após a morte e em sucessivas encarnações, a verdadeira vida é no mundo espiritual, portanto a verdadeira morada não é neste mundo, que inclusive, segundo a ciência, tem data de validade e um dia a terra será engolida pelo sol.

Mas vamos ao tema da matéria: O Big Brother é na verdade uma prisão em uma casa, onde as pessoas se conhecem e vivem enclausuradas. Essas pessoas estão disputando espaço, influência, domínio e vivem em busca da riqueza (o prêmio).

Dentro da casa elas formam grupos, fazem e desfazem alianças e amizades, formam casais, se separam, mentem, traem, defendem uns e atacam outros, entram em 'guerra" com outros grupos, amam, odeiam, julgam uns aos outros, são intolerantes, perseguem e condenam ao "paredão".

Quando alguém entra na casa todos fazem festa, quando alguém sai todos choram, a despedida é triste, a saída da casa é vista como uma espécie de morte sendo que na verdade é a libertação da prisão, o prisioneiro sai para a vida real mais experiente e melhor como pessoa, melhor do que quando entrou, não importa os erros que tenha cometido.

Assim é a vida real, estamos todos em uma grande prisão ou em uma grande escola chamada terra. Quando nascemos somos recebidos com alegria e festa, quando partimos a despedida é triste e cheia de lágrimas. Enquanto somos prisioneiros amamos, odiamos, auxiliamos, perseguimos, lutamos por dinheiro e por coisas sem real importância, disputamos uns com os outros por poder, espaço e conforto (quarto do Líder).

Enquanto estamos neste mundo enfrentando a vida e a convivência nem sempre fácil uns com os outros, "esquecemos" ou não nos damos conta de que somos prisioneiros, que somos limitados, que somos obrigados a seguir regras e que estamos sendo observados dia e noite. Temos muito medo de morrer e ter de abandonar nossa zona de conforto, nossos amigos, nossos projetos e nossos sonhos....

Temos medo de sermos livres, isso acontece com pessoas que estão presas por muito tempo e envelheceram na prisão, eles tem medo da liberdade, seu mundo é a penitenciária seus unicos amigos também estão presos, eles temem a solidão e o desconhecido na vida lá fora, muitos tem de ser forçados a deixar a prisão. É como um passarinho que passa muito tempo na gaiola e tem medo da liberdade.

É fácil entender o sucesso desse tipo de programa, ele é uma novela da vida real, como a vida ele é imprevisível e as situações são imprevisíveis e mudam constantemente, ninguém tem controle.

Comparando a vida real com o Big Brother, percebemos que a morte é uma libertação, que um dia teremos que deixar este mundo, que devemos aprender uns com os outros, que tudo o que fazemos tem consequências, que as amizades permanecem, e que um dia todos nós vamos nos reencontrar "lá fora," e vamos rir muito dos absurdos e das ilusões que aconteceram nesta "casa".

E a vida continua pela eternidade.

André Resistência

sexta-feira 02 2021

Sou contra o casamento gay


Sou contra o casamento gay

Eu sou contra o casamento gay nas igrejas que não aceitam o casamento homoafetivo.

Não entendo a discussão sobre o casamento gay nas igrejas, porque eu sou contra a intolerância religiosa.

O casamento gay no civil já é permitido, o que é justo e significa um grande avanço nos direitos humanos. No entanto é tão intolerante o cristão que não aceita o casamento gay no civil, como o gay que insiste em casar nas igrejas que não aceitam o casamento homoafetivo.

Qual é mesmo a diferença entre casar e não casar no religioso? Nenhuma, Deus certamente tem coisas mais sérias para fazer do que se ocupar com quem você leva para sua cama. Você realmente acredita que a sua união será mais feliz, apenas por causa de um ritual, em que se faz promessas hipócritas que sabe que em sua maioria não vai cumprir?

O casamento no civil sim, tem importância prática, pois é um contrato legal entre duas pessoas que assumem responsabilidades mútuas, deveres, direitos e condições no caso de separação e divisão de bens.

Injusto seria duas pessoas se unirem, adquirirem um patrimônio juntos, e no caso de morte os bens serem apropriados pela família do morto.

Se você é gay e quer se casar e os religiosos não aceitam, os ignorem e sigam sua vida, ou será que eles pagam suas contas no fim do mês?

Se os religiosos são contra o casamento gay, é só não se casar com um.

A vida é muito mas simples do que parece, o problema é que as pessoas adoram complicar.

As pessoas só podem lhe afetar se você permitir, você não controla o que as pessoas pensam ou fazem, mas controla como vai ser a sua reação, quanto mais importância você der às pessoas, mais elas o afetarão e terão poder sobre você.

O certo é ignorar os adversários e os ignorantes, ou revidar as agressões apenas se for inevitável e conveniente, mas não perca seu tempo mais que o necessário com eles, se livre o mais depressa possível destas pessoas e siga em frente sem olhar para trás.

A vida é muito curta e temos tanta gente incrível e interessante para conhecer, é um desperdício perdermos tempo com idiotas.

André Resistência

Na linha de frente contra a violência contra a mulher


Na linha de frente contra a violência

Pandemia amplia casos de violência doméstica contra a mulher e exige esforço redobrado da sociedade

Leila Marco

Entre os desafios que se apresentam na atualidade, o de trabalhar pelo fim da violência doméstica e familiar é um dos mais urgentes. A Lei Maria da Penha, que completa 15 anos em 7 de agosto, apesar de ser uma das melhores do mundo, pois cria mecanismos para reprimir esse tipo de opressão e punir os seus agressores, ainda possui desafios para ser completamente posta em prática, porque esbarra na falta de políticas públicas, conforme destacou a própria farmacêutica e ativista Maria da Penha, que dá nome à lei, em carta enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 1º de fevereiro de 2021, quando essa batalhadora completava 76 anos.

Se não bastassem as barreiras socioculturais que o país apresenta no enfrentamento a essa violação de direitos, a pandemia do novo coronavírus acentuou o que já era difícil. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2020), publicado em 19 de outubro, houve um aumento de 1,9% de ocorrências de feminicídios no primeiro semestre de 2020, com 648 casos. Já os registros de violência contra meninas e mulheres, como lesão corporal, ameaças e estupro, caíram em até 22,2% em relação ao mesmo período de 2019.

+ Saiba mais sobre o assunto na edição nº 257 da revista BOA VONTADE. Acesse: https://issuu.com/revistaboavontade/docs/bv_257

Segundo a análise do estudo, a queda desses percentuais assinala o aumento das subnotificações dos casos de agressão contra as mulheres com o início das medidas de distanciamento social para o combate à Covid-19.

E é fácil entender o porquê, visto que esse público ficou exposto de forma mais intensa e demorada a seus agressores, que em boa parte estão, como apontam pesquisas, no próprio lar ou na vizinhança: maridos, companheiros, namorados, pais e padrastos. O anuá¬rio alerta que, no mesmo período, a taxa de ligações para o telefone 190 (com referência à violência doméstica) cresceu 3,8%.

Além dos canais de denúncia, como a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), o Disque 100 (Disque Direitos Humanos) e o aplicativo Direitos Humanos BR, muitas organizações do Terceiro Setor tem se engajado no apoio direto a mulheres que sofrem algum tipo de violação de direitos. Dentre elas, o Instituto Maria da Penha, Apolônias do Bem, União de Mulheres da Amelinha Teles, Instituto Patrícia Galvão, assim como o projeto As Justiceiras.

+ Saiba mais sobre o assunto na edição nº 257 da revista BOA VONTADE. Acesse: https://issuu.com/revistaboavontade/docs/bv_257

REDE DE APOIO CONTRA O CICLO DE VIOLÊNCIA

A Legião da Boa Vontade (www.lbv.org) soma esforços junto a essas e tantas outras instituições, trabalhando na proteção básica da Assistência Social, cujas premissas são a prevenção e o reconhecimento das vulnerabilidades e riscos sociais, “quando a violação ocorre, nosso papel ao identificar a situação é mobilizar a rede socioassistencial para as soluções e os desdobramentos do Sistema de Garantia de Direitos”, explica Wilson Bigas, gerente do Departamento Socioassistencial da Entidade.

Durante a pandemia, graças ao acompanhamento psicossocial realizado, que se utiliza da técnica de abordagem denominada Escu¬ta Qualificada, na qual assistentes sociais, psicólogas e pedagogas da Entidade fazem contato telefônico a cada 15 ou 30 dias com os atendidos da LBV ou atendem à pessoa que chega à unidade, a equipe toma conhecimento da situação delas, buscando saber se há alguma necessidade específica em que possam colaborar, se estão precisando de informação de utilidade pública, bem como verificar se casos de violência doméstica, como tortura, maus-tratos, privação de liberdade, abandono, isolamento, entre outras graves situações, têm ocorrido ou se perpetuado.

O atendimento não é pontual. Ele faz parte de um processo contínuo e permanente, no qual a equipe técnica da LBV — além de encaminhar a mulher agredida a órgãos da rede de proteção à vítima de violência — acompanha diretamente com o Sistema de Garantia de Direitos a evolução do caso, bem como mantém contato com a própria usuária, a fim de verificar se ela conseguiu o serviço, se teve alguma dificuldade de acesso, entre outras questões. Tudo isso para que possa resgatar suas potencialidades e voltar o olhar para o autocuidado e para seus projetos de vida.

+ Saiba mais sobre o assunto na edição nº 257 da revista BOA VONTADE. Acesse: https://issuu.com/revistaboavontade/docs/bv_257

Exemplo do resultado desse trabalho é J., 44 anos, residente na capital potiguar, que, depois de duas décadas sofrendo agressões do marido (conheça mais de sua história na p. 22), conseguiu autonomia financeira para romper o ciclo de violência no lar. “Obrigada à LBV, pois, quando mais precisei, encontrei apoio. Faltava até comida em casa para dar aos meus filhos, chego a me emocionar [ao lembrar] dos dias mais difíceis que passei e ao ver como foi bom ter tido essa oportunidade [na Instituição]. Por essa e outras coisas que eu amo a LBV. Tenho um carinho especial pelos profissionais; é muito importante procurar e encontrar ajuda em um momento tão difícil”, ressalta.

segunda-feira 29 2021

Respeitar a Vida


Respeitar a Vida

Paiva Netto

A morte é bela, quando se respeita a Vida. E tal assertiva reconhece que não há motivo que justifique o triste ato de pôr fim à existência, antes do prazo previsto em nossas Agendas Espirituais. Por isso, aos que erroneamente vislumbram no suicídio o alívio para suas dores, aproveito o ensejo para esclarecer: o suicida mata-se à procura da paz; todavia, depara-se com o maior dos tormentos, algo muito diferente do suposto Nada, que, por sua vez, não existe. 

A trajetória espiritual-humana não cessa, e nela se colhe o que se houver plantado. Admoestou Jesus, em Seu Apocalipse, 2:23: “(...) Eu sou Aquele que sonda rins e corações, e retribuirei a cada um segundo as suas obras”.

Insisto que o grande segredo da Vida é, amando a Vida, saber preparar-se para a morte, ou Vida Eterna, na hora certa, determinada por Deus. Com sabedoria, o saudoso Irmão Alziro Zarur (1914-1979) alertava: “O suicídio não resolve as angústias de ninguém”.

Essa máxima sintetiza uma crucial verdade, que já impediu, graças a Deus, incontáveis tragédias, na Terra e no Espaço, provocadas pelo enganoso crime de atentar contra si mesma ou si mesmo. Portanto, quando o sofrimento bater à porta, essa nunca será uma solução. 

Nos momentos mais pungentes, apelemos para Jesus, que jamais se mantém afastado de nós, pois foi Ele Quem prometeu: “Não vos deixarei órfãos; voltarei para junto de vós” (Evangelho, segundo João, 14:18).

Quando vier um pensamento de desânimo ou você se sentir abandonada ou abandonado, nesse mesmo instante é quando maior amparo estará recebendo dos Céus, basta que entre na luminosa faixa vibratória do Cristo.

Em minha obra Como Vencer o Sofrimento (1990), refletindo sobre a grave responsabilidade de nossa existência terrena, grafei:

Honremos o extraordinário dom que Deus nos concedeu, que é a Vida, e Ele sempre virá em nosso socorro pelos mais inimagináveis e eficientes processos. Substancial é que saibamos humildemente entender os Seus recados e os apliquemos com a Boa Vontade e a eficácia que Ele espera de nós. 

A permanente sintonia com o Poder Divino só nos pode capacitar o Espírito, para que tenha condições de sobreviver à dor, mesmo que em plena conflagração dos destemperos humanos.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br

sexta-feira 26 2021

Por que Hitler entrou para história como um genocida?


Para matar não precisa mandar e nem apertar o gatilho. (André Resistência)
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Texto extraído do Facebook

Sabem quantos judeus Hitler matou diretamente apertando o gatilho ou abrindo a válvula da câmara de gás? 

Até onde se sabe, nenhum! 

Não há em qualquer fala, ordem, lei, ou livro de Hitler a ordem expressa para matar judeus. Mas Hitler matou milhões. 

Então, por que Hitler entrou para história como um genocida? 

Exatamente por estar a frente do processo decisório no qual, sua finalidade, dentre outras, era banalizar o mal e a morte, nos termos de Hannah Arendt, Hitler ria da morte! Brincava com ela, a diminuía..

Há uma burocratização do mal e da morte, naturalizando-a, em retóricas ideológicas, diversionistas, apontando o mal sempre como “do outro”. A morte se torna, nessa ideologia, um mecanismo de justiça. 

As relações de poder, as instituições, e imprensa, se tornam mecanismos dessa banalização. Até mesmo quando fazem a crítica. O indivíduo é esmagado por essa retórica. 

Naturaliza o mal e a morte. Finge não ver os cadáveres. Passa por cima, pois precisa sobreviver.  Defende interesses próprios e imediatos. Exarceba o pior que há no indivíduo.

Hitler não matou nenhum judeu. Mas matou todos que pode enquanto deu tempo. Com a conivência dos poderes instituídos, das massas idiotizadas pela cantilena ariana nacionalista, do judiciário, do sistema político, do sistema burocrático. 

A Alemanha foi sim nazista! Uma nação nazista! Seja pela ação, seja pela omissão! Compactuou com a morte e sua banalização. Transformou inimigos imaginários em cadáveres reais.

Autor:

Cássio Albernaz