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segunda-feira 20 2023

Proteja seu filho dos perigos e não da vida

Aceite que Deus pode ver o futuro, mas você não! Ao protejer um filho da vida, você o impede de viver.

Deus, como um bom pai, só interfere em nossas vidas quando é necessário e em último caso, assim permite que tomemos decisões certas ou erradas, mas nos intima a assumirmos a consequencias dos nossos atos.

Pedir a Deus algo além de nos dar resiliência e capacidade para lidar com as adversidades da vida, é duvidar da sabedoria e do amor divino que sabe o que é melhor para todos, e que nos oferece as lições de acordo com a nossa capacidade e no momento certo.

O pai que leva o filho para tomar uma injeção, parece mau para a criança que não tem capacidade para entender o gesto de amor, às vezes o que parece ser algo ruim no momento, na verdade pode ser uma bênção e um livramento mal compreendido. 

Se nós, com todas as nossas limitações, acreditamos saber o que é melhor para nossos filhos, imagine Deus que tudo sabe e tudo vê?

Façamos o que estiver sob nossa responsabilidade e ao nosso alcance, pois o que não podemos mudar está nas mãos de Deus, portanto, tudo no final dará certo em seu devido tempo e lugar.

Qualquer decisão que você tomar é a decisão certa, que lhe fará feliz ou lhe fará sofrer como consequência, mas ambas são igualmente importantes, pois lhe darão experiência e sabedoria. 

Muitas experiências podem ser adquiridas de forma agradável, mas outras experiências são adquiridas apenas na dor, se você não sofreu, como poderá compreender e ajudar os que sofrem? 

O segredo é aprender as lições sofridas da primeira vez, caso contrário terá que repetir, e isso não me parece muito inteligente.

Se quem você ama é adulto e tem capacidade mental para tomar as próprias decisões, não interfira, deixe que ele viva e aprenda as suas lições, para que não desperdice uma vida que é uma bênção tão preciosa.

Deus está no controle.

André Luiz M Silva.
Blog Folha de Tucuruí Percepção.

terça-feira 14 2023

Qual é o limite entre a fé e o fanatismo?

A fé e o fanatismo.

Qual é o limite entre a fé e o fanatismo?

Primeiro, antes de prosseguir, é preciso definir o que é fé e o que é fanatismo.

é uma palavra que significa "confiança", "crença", "credibilidade". A fé é um sentimento de total de crença em algo ou alguém, ainda que não haja nenhum tipo de evidência que comprove a veracidade da proposição em causa.

Fanatismo - "Segundo o dicionário Aurélio, fanático é aquele que segue cegamente uma doutrina ou partido, o termo não está ligado unicamente a doutrinas políticas ou religiosas, pois tudo aquilo que leva o indivíduo ao exagero é considerado como forma de fanatismo."

Podemos ver que a diferença entre fé e fanatismo está basicamente na intensidade e exagero. O fanático é aquele que tem uma fé tão intensa e exagerada, que se a fé se torna uma paixão alucinada, uma obcessão e um objetivo de vida. O fanático perde a razão  o senso crítico e até a própria personalidade é deformada.

Já a fé está mais ligada a cultura e as experiências pessoais do ser, e no caso do VERDADEIRO espiritismo, também está ligada ao pensamento lógico e racional.

"A diferença entre o sábio e o tolo é a certeza. O sábio tem certeza que nada sabe, e o tolo a certeza de que tudo sabe." Edna Frigato.

Quem tem fé mas raciocina, sabe que diante da sabedoria infinita, quase nada sabe, já o fanático tem certeza que tudo sabe, portanto, tem o direito de impor a sua verdade aos outros.

Quase todos nós em algum momento da vida, tivemos experiências que de alguma forma, nos colocaram em contato com o mundo espiritual. Eu tive várias destas experiências e eu acredito no que eu vi e senti. No entanto, não posso descartar a possibilidade, de que estas experiências foram produto da minha própria mente, não tendo nenhuma causa sobrenatural, portanto a minha fé é uma escolha, não é imposta, o que a torna autêntica e responsável.

é acreditar na espiritualidade, mesmo sem comprovação, no entanto e ao mesmo tempo, admitindo a nós mesmos a nossa limitação cognitiva  e admitindo também, a capacidade da nossa mente de criar fantasias e realidades paralelas.

Fanatismo é abrir mão do raciocínio e da consciência da nossa falibilidade e limitação, acreditando cegamente em uma teoria, pessoa ou filosofia, sem questionamentos, sem espírito crítico, e não admitindo que é possível a existência de outra verdade e outra narrativa, mesmo que não acreditemos nelas.

Lembro da passagem do evangelho, quando Jesus disse na cruz: "Pai, porque me abandonaste?"

Mesmo tendo fé, Jesus por um momento questionou o amor e da lealdade de Deus para com ele. Isso demonstra que Jesus era humano e tinha uma fé lúcida.

Já um fanático explode bombas em sua cintura, sem a menor dúvida de que este ato tresloucado de suicídio e assassinato, o levará direto para o céu após a sua morte. 

Percebem a diferença?

Agora voltemos ao espiritismo VERDADEIRO.

É perfeitamente coerente o espírita acreditar no mundo espiritual, e ao mesmo tempo admitir que a realidade possa ser diferente da realidade que ele acredita.

Kardec diz que: "se um dia a ciência provar que o espiritismo está errado, devemos ficar com a ciência".

Isso significa que Kardec admitia a possibilidade do espiritismo estar errado, ou seja, Kardec não era um crente fanático, caso contrário jamais admitiria a hipótese do espiritismo estar errado.

Ao abdicar da fé cega, o verdadeiro espírita em primeiro lugar demonstra humildade, desta forma, não se julga o dono da verdade e sim um eterno aprendiz, e se colocando no mundo como aprendiz, ele se abre a novas concepções, conhecimentos e evoluir como ser humano e espírito, reconhecendo que não é superior aos outros, em sendo assim, não se julga um ser especial para Deus em relação aos seus irmãos em Deus, ou em relação a toda a criação.

Por último, quero deixar um raciocínio lógico, de como devemos tratar a questão da espiritualidade harmonizando a fé e o raciocínio.

ciência nunca conseguiu provar a existência ou a inexistência da vida espiritual, portanto, para a ciência, a existência do mundo espiritual é uma incógnita, ela não tem certeza de nada sobre a espiritualidade (por enquanto).

Sabemos entretanto, que a fé sadia no mundo espiritual torna as pessoas melhores e mais equilibradas, o que é positivo e desejável para toda a humanidade.

Sendo assim, em considerando que todos vamos morrer, a preparação para a vida espiritual é benéfica para o ser humano como um todo, ao nos tornar seres humanos melhores, e ao mesmo tempo nos ajudando muito na readaptação quando chegarmos no outro mundo, evitando decepções, enganos, sofrimento e perda de tempo, da mesma forma que a preparação adequada para uma viagem definitiva a um país estranho, nos livra de muitos perigos e problemas com seus habitantes, clima, cultura e Leis.

Por outro lado, se somos apenas carne e ossos, e o mundo espiritual não exista, que diferença fará para nós após a nossa morte?

Vamos simplesmente "apagar", a diferença é que com fé sadia e tolerante, nos tornamos melhores e teremos ao "apagar", deixado um mundo melhor para nossos descendentes que perpetuarão nossos genes nos tornando "imortais", e um mundo melhor também para toda a humanidade, e isso justifica toda a nossa existência.

Portanto, quem lhe pede uma fé cega, ou é um idiota fanático, ou é muito velhaco e quer somente dominar a sua mente e o seu espírito. Nos dois casos acima, ceder é se tornar um escravo, ou pior, um verdadeiro zumbí, sem raciocínio e sem vontade própria, e condenado à decepção e desperdício de uma preciosa vida.

A fé liberta, o fanatismo escraviza.

André Luiz M e Silva
Blog Folha de Tucurui Percepção

quinta-feira 09 2023

Afinal Deistas ou Ateus, quem está com a verdade?

 


Afinal Deistas ou Ateus, quem está com a verdade?

Há muitos séculos os Deistas e Ateus travam uma feroz batalha, cada um dos lados tentando convencer o outro a sua própria versão, não raro, recorrendo à violência e brutalidade para impor a sua opinião.

Quanto sofrimento, quanta dor e quanto sangue derramado em vão?

No fim, a meu ver, tudo não passa de uma guerra de egos, como dois grupos de cegos de nascença, brigando e se matando para determinar a existência ou não da luz.

Em sendo muito limitados em percepção e conhecimento, recém saídos da animalidade (existem controvérsias quanto a isso), poderíamos fazer o seguinte raciocínio quanto a existência de Deus: Existindo Espíritos Puros (calma ateus, estou só partindo de um pressuposto para prosseguir meu raciocínio, não me crucifiquem ainda), como eles veriam a Deus?

Na minha modesta opinião, esta pergunta não faria sentido para espíritos puros, sendo impossível uma resposta objetiva compreensível para nós.

Como espírito puro, o espírito simplesmente se funde com o criador se tornando parte dele, antigas religiões como o Hinduismo e o Budismo afirmam isso a milhares de anos.

Então quando o espírito atinge a pureza, ele e o criador são um só, então como ele poderia ver Deus como um ser individual e personalista como nós o concebemos?

O Espírito Puro no máximo poderia dizer: "Deus é tudo, eu sou Deus e Deus sou eu, Deus é tudo o que existe existiu ou existirá.

Jesus disse: "Eu e o pai somos um." E é mesmo. Só que ainda hoje, depois de dois mil anos a humanidade ainda não compreendeu o alcance do ensinamento.

Quando Jesus nos exorta a amarmos ao próximo como a nós mesmos, ele novamente reafirma que somos todos um em Deus e Deus é tudo.

Portanto, amando o próximo amamos a nós mesmos e a Deus, e tudo o que fazemos ao próximo fazemos a nós mesmos, por isso ao fazer o mal sofremos as consequências, fazer o mal é literalmente dar um tiro no próprio pé.

Assim, os Deistas estão certos quando dizem que Deus existe, e que ele é o criador e todo poderoso.

Quando os Ateus dizem que Deus não existe, se referindo a uma personalidade, com emoções, ego, aparência, virtudes e defeitos semelhantes aos seres humanos imperfeitos, eles também estão certos.

É tão sem sentido o Deista afirmar que Deus existe como um ser semelhante ao homem, com personalidade, emoções, sentimentos, virtudes, defeitos e um ego imenso como o seu imensurável poder.

Da mesma forma, o Ateu afirmar que o homem e tudo o que existe é fruto do acaso, o que também não se sustenta dentro da lógica, pois tudo tem uma causa (mesmo o "acaso" precisa de uma causa), sendo assim, sempre haveria algo antes, que causou algo depois, e neste caso, iríamos retroagir indefinidamente no tempo e no espaço, e isso a meu ver, é uma impossibilidade lógica, os Ateus apenas mudaram o nome, em vez de Deus eles chamam o criador do universo de "Acaso", mas o atributo do Deus dos Deistas e o "Deus" Acaso dos Ateus, acabam sendo o mesmo no final, conceitos sem qualquer fundamentação lógica. São os dois lados da mesma moeda.

Deus existe de fato, pois para tudo existe uma causa, mas não é o Deus dos Deistas ou dos Ateus, ele é simplesmente incompreensível para o nosso estágio evolutivo.

Deus, Acaso, Brahma, Rá... O que importa o nome que damos ao criador, que mantém o universo funcionando com tanta perfeição, com todo o universo sincronizado, na medida certa e no tempo certo? 

Uma coisa é certa, os Deuses criados pelos homens, mesmo com todo o poder atribuido a eles, são apenas homens, com emoções e sentimentos humanos, mesmo que em algumas culturas eles tenham a forma de animais ou um velho barbudo.

O Deus acaso criado pelos ateus, também não pode ser explicado, pois o acaso precisa de uma causa, que poderia ser as leis da física, no entanto, até mesmo as leis da física precisam de uma causa, a não ser que sempre existiram, o que nos leva ao conceito de eternidade ou a inexistencia do tempo como o conhecemos, portanto, um conceito incompreensível para seres que nascem e morrem e estão limitados no espaço e no tempo em quatro dimensões (altura, largura, profundidade e tempo).

Todos os Deuses criadores do Universo, incluindo o Deus Acaso, são criações humanas e imperfeitas e limitadas como seus criadores, cuja existência é necessária para explicar o que desconhecemos, nos consolar nas atribulações e dominar o povo.

Qualquer atributo, forma ou sentimento atribuido  a Deus é apenas uma projeção da nossa humanidade imperfeita, a única forma aproximada de definir a Deus é afirmando que Deus é tudo e está em tudo. 

Deus nos ama, pois fazemos parte dele, mas as plantas, os animais e a própria terra também fazem parte dele, portanto merecedores do mesmo amor, não somos seres especiais por sermos seres humanos, mas como todos os seres da criação, somos especiais por sermos parte de Deus.

Qual a diferença que faz o nome que atribuimos a Deus?

Portanto, acredito que o mais lógico seria parar esta discusão sem sentido e inútil de quem está com a verdade, e seguir os conselhos que há milênios os sábios, vem repetindo como ensinamento para a nossa felicidade e para um mundo melhor:

Trabalhemos para o bem de toda a criação, trabalhemos para a nossa evolução em conhecimento e sentimento, nos tornando melhores a cada dia, sem pressa, com calma e persistência, mas acima de tudo, amemos uns aos outros e a terra será um paraíso, não só para a espécie humana, mas para todos os seres que nela habitam.

Paz a todos.

André Luiz M Silva
Blog Folha de Tucuruí Percepção.

quarta-feira 08 2023

Existe sexo no mundo espiritual?

 

Sexo no mundo espiritual.

Este é um tema que interessa e intriga a todos nós, o sexo no mundo espiritual, será que existe?

Bom, reunindo informações de diversas comunicações espirituais, filtradas pela lógica é claro, por diversas correntes espiritualistas e através da intuição que é o acesso, mesmo que involuntário, ao conhecimento universal, a resposta é SIM.

Mas como os espíritos fazem sexo se não tem mais um corpo físico?

Em primeiro lugar o sexo é feito através da mente, não fosse assim, ele não poderia ser feito sozinho através da imaginação, nos sonhos e até pelo telefone e pelas redes sociais através das câmeras.

Em segundo lugar, os espíritos com a mesma vibração podem se tocar, sendo que o perispírito ainda é um tipo de matéria, e é uma cópia fiel do corpo físico.

Espíritos mais materializados podem fazer sexo bem real entre si e com encarnados, desde que estejam sintonizados e na mesma faixa de vibração.

Espiritos, assim como no mundo físico, podem fazer sexo por atração e diversão, ou por interesse, no caso o interesse é obsidiar e/ou absorver energia e ectoplasma do encarnado, que tem muito valor no umbral mais denso.

Muitos espíritos inferiores "masculinos" se passam por mulheres (espíritos com conhecimento podem mudar a aparência momentâneamente para nos enganar), para fazer sexo com homens e lhes sugar as energias e vice-versa. São verdadeiros vampiros, e são conhecidos desde a antiguidade como íncubos (forma de homem) e súcubos (forma feminina).

Conforme o espírito evolui, o sexo como o conhecemos perde o sentido. Em primeiro lugar espírito é energia, portanto não tem sexo, e podem reencarnar como homem ou como mulher, conforme sua necessidade de aprendizado e evolução.

Muitos espíritos reencarnam séculos como homens ou como mulheres, adquirindo afinidade com uma das polaridades, isso às vezes causa "problemas" pois ele reencarna com um sexo biológico, mas seu espírito é o oposto, outros por abusar do sexo oposto em uma encarnação, podem nascer aprisionados em um corpo de outro sexo, e assim perceber como os outros se sentem ao sofrerem abusos.

No mundo físico o sexo é biológico, mas a sexualidade é espiritual.

No mundo espiritual mais próximo do mundo físico o sexo é muito "semelhante" ao nosso e continua, mas difere na medida da evolução espiritual, de forma animalizada nos umbrais mais densos e entre nós que vivemos no mundo físico, e mais espiritualizado nos planos mais adiantados, como nas colônias.

O sexo entre espíritos mais adiantados não envolve órgãos sexuais e sim a troca de energias entre espíritos que se amam, mas não se enganem, o melhor sexo físico, passa muito longe da felicidade e do êxtase da união de espíritos que verdadeiramente se amam, sem a ilusão da aparência física e do desejo de posse. 
Muitas pessoas em projeção astral já passaram por esta experiência, e dizem que é indescritível.

Assim, muitos de nós fazemos sexo no mundo espiritual durante o sono e não lembramos ao acordar, ou nos lembramos vaganente, ou ainda acordamos com uma lembrança viva e até com o cheiro e a sensação do ato incluindo orgasmo. Não se enganem, é mais real do que imaginamos.

Portanto, ter bons pensamentos e orar antes de dormir, elevando a nossa vibração pode evitar estes tipos de contatos, que podem ser prazerosos (esse é o problema da tentação), as drogas também são prazerosas, mas nos fazem mal.

Mas se acontecer, não se preocupem, isso é normal, pois vivemos no umbral, somos imperfeitos, e portanto não temos como manter a nossa vibração elevada o tempo todo, só devemos nos preocupar e procurar ajuda espiritual, se estes encontros se tornarem frequentes.

Encontros sexuais esporádicos durante o sonho são inevitáveis (até os Santos os tiveram), então convém pedir a Deus e aos nossos protetores que nos guiem durante o sono.

Às vezes acontece dos nossos protetores permitirem estas interações, pois precisamos delas para aprendermos a nos defender e as evitar.

Paz a todos.

André Luiz M Silva
Blog Folha de Tucuruí Percepção.

domingo 05 2023

Nós, os outros e a nossa saúde mental

 

Nós, os outros e a nossa saúde mental

A maior inimiga da fé e da nossa saúde mental, é a excessiva importância que damos a nós mesmos e aos outros.

Quanto a fé, para começar geralmente nos damos demasiada importância, e em sendo muito importantes, nos levamos muito à sério, assim resistimos em admitir que haja uma inteligência muito superior à nossa e a própria humanidade. É mais fácil e cômodo creditar tudo ao acaso, pois o acaso não é nada, não tem consciência e não tem vida própria.

Por outro lado damos excessiva importância aos outros, nos decepcionamos quando os outros não concordam conosco, não pensam como pensamos e não agem como gostaríamos.

Ora, pensam os ateus, se existisse um Deus, ele faria com que o universo tivesse a perfeição, que eu apesar de ser imperfeito, imagino que gostaria que tivesse.

Se déssemos a nós mesmos a devida importância, que não é pouca, saberíamos que somos nós mesmos os únicos a quem a nossa importância verdadeiramente importa, os outros seres humanos não estão nem aí para a importância que damos a nós mesmos, agora imaginem um Deus?

É sábio nos darmos a devida importancia, e não estar nem aí para a importância que os outros nos dão e se dão. Isso evita muitas decepções e infelicidades.

Existe um Deus? Eu pessoalmente acredito que sim, e isso não afeta em nada o meu sentimento de auto-importância, se não sou obra do acaso e se não sou o criador do universo, sou parte dele, e isso é suficientemente bom para mim.

Se outras pessoas não acreditam em Deus, para mim está bom e não perco tempo tentando mudar isso, afinal acreditarem, ou não, não faz a menor diferença em minha vida e na ordem universal. Afinal, as crenças dos outros só a eles interessa.

Na vida as pessoas vem e vão, sejam elas pais, parentes ou amigos, só eu mesmo estarei ao meu lado do nascimento à morte, só eu me alegro plenamente fato com minhas vitórias  e só eu sofro de fato com os meus fracassos e desilusões. Se eu mesmo, que me conheço e convivo comigo desde o útero, às vezes não me compreendo e não me dou o devido valor, como exigir que os outros me compreendam e me valorizem o tempo todo?

Portanto, repito, se dê a importância que você tem, nem muita, o que o tornaria orgulhoso e esnobe, e nem tão pouca que o tornaria triste, recalcado e infeliz.

Faça o mesmo com todas as outras pessoas, lhes dê a importância que elas tem, mas nunca a importância que não merecem, as tornando mais importante que você mesmo e permitindo que controlem suas emoções.

Todas as pessoas são muito importantes e merecem respeito, consideração, amor, compreensão e tudo de bom, mas não são importantes o suficiente para te julgar, para se julgarem superiores a você e para lhe fazer infeliz, esta importância é ilusória e criada pela sua própria mente, e provavelmente causada por suas carências e dependências afetivas e/ou financeiras. 

Por fim, lembre que as pessoas que não gostam de você não importam e não são da sua conta, isso é problema delas e não seu, já as pessoas gostam de nós nos trazem responsabilidades, pois nossas ações, mesmo que às vezes inevitáveis, podem lhes fazer sofrer, por elas nos darem a importância que nós de fato não temos em suas vidas. Isso pode não ser culpa nossa, mas temos que ter empatia pelo próximo.

Não quero com este texto convencer ninguém a ser uma pessoa sem sentimentos, que não se importa com os outros, quero apenas mostrar que se não nos amamos, nos reconhecendo como a pessoa mais importante para nós mesmos, como podemos amar o próximo? 

Podemos amar o próximo a ponto de dar a nossa própria vida por ele, mas mesmo assim mos amarmos, sendo este ato extremo uma decisão pessoal, lúcida, baseada no amor e não na desvalorização de nós mesmos e da nossa vida.

Por outro lado, que honra, virtude e mérito teria dar a nossa vida por outra pessoa, se a nossa vida não tivesse nenhuma importância para nós? Isso na verdade seria uma boa desculpa para se livrar de um incômodo que é a sua própria vida. Muitas vezes um suicídio "justificado".

Seria também, olhando de um outro ângulo, como dar a nossa vida como damos uma esmola, fingindo generosidade, nos livrando da nossa vida como de algumas moedas incômodas, e de quebra abrandando a nossa consciência.

Dar a própria vida pelo outro pode ser um ato de amor, mas também pode ser um ato que leva em conta a vida daquela pessoa, mas ignora o sofrimento dos parentes, amigos e das pessoas que depende dele. 

Isso nos lembra que podemos ver qualquer situação de vários ângulos, então devemos fazer o nosso melhor e seguir em frente sem dar importância a opinião alheia.

Então, se dê importância e se importe com as pessoas em relação a si mesmo e as suas emoções na medida exata, nem mais e nem menos, se quiser uma vida mais equilibrada, sem decepções e com boa saúde mental.

André Luiz M. e Silva

Editor do Blog Folha de Tucuruí Percepção.