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segunda-feira 30 2013

Diretrizes mais flexíveis para a pressão alta

Efeitos colaterais causados por remédios para hipertensão motivaram nova recomendação de comitê de especialistas.
      
Por: O Globo
       
   
Hipertensos com mais de 60 anos não precisam ter o mesmo nível de controle da pressão arterial do que o recomendado para a população mais jovem. Para este grupo, serão aceitáveis medições de até 15/9. A decisão consta da nova diretriz sobre hipertensão, divulgada ontem por um comitê de especialistas dos Estados Unidos.
        
A definição não mudou. O limite continua sendo 14/9. A diferença é que a nova diretriz determina que o objetivo no tratamento dos hipertensos deve ser mais flexível quando se passa dos 60 anos - afirma o diretor cientifico da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas e cardiologista do Hospital Pró-Cardíaco, Eduardo Saad. Muitos cardiologistas já aceitavam esses níveis de pressão em alguns casos, mas agora está formalizado.
        
Segundo os 17 acadêmicos que assinam o documento, a quantidade de medicamentos necessários para baixar a pressão sistólica de pessoas com idade avançada era muito grande, o que acarretava em efeitos colaterais mais graves. A pressão sistólica é o número mais elevado da medição, que indica a pressão sobre os vasos sanguíneos quando o coração se contrai.
        
A decisão foi tomada com base em estudos publicados desde que a última diretriz foi assinada, há mais de 10 anos. Uma das pesquisas levadas em consideração foi feita no Japão, com a população idosa. Os cientistas descobriram que aqueles que reduziram sua pressão sistólica para menos de 140 não tiveram mais benefícios em sua saúde do que os que chegaram a uma média entre 140 e 160.
           
Com a idade, as artérias endurecem e é preciso utilizar mais remédios para controlar a pressão - explica Saad. - O aumento das drogas faz com surjam muitos efeitos colaterais, afetando órgãos vitais como rins e cérebro. Como não havia equilíbrio entre o benefício e o deletério, eles acharam mais interessante fazer com que o controle ficasse mais flexível.
         
Segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas, do Ministério da Saúde, a hipertensão atinge hoje 24,3% dos brasileiros. O Rio de Janeiro é a capital com maior número de hipertensos: 29,7% da população.
         

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