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sexta-feira 15 2023

Falemos sobre o aborto, Deus e o mal no mundo


O mal no mundo é incompatível com a idéia de um Deus amoroso, justo e bom?


Qual é a responsabilidade de Deus sobre os males do mundo? Deus não tem o poder de acabar com o mal?

Não, o mal no mundo é sim compatível com a existência de Deus.

Não, a responsabilidade de Deus pelo mal no mundo não existe, e por último sim, ele poderia acabar com todo o mal do mundo em um instante.

Mas então, porque ele não faz isso, porque permite tanto sofrimento para a humanidade?

Em primeiro lugar devemos definir o que é o mal, e quais são as suas causas.

Definição do mal

O mal pode ser definido como o que causa destruição, dor e sofrimento para as pessoas, para os animais, e o que colabora para a destruição e corrupção da criação divina.

O mal pode ser também definido como o desrespeito e a rebeldia para com as Leis de Deus.

Causas do mal

Domínio dos instintos primitivos sobre o raciocínio e os sentimentos nobres como o amor.

Falta de empatia, ou a falta de capacidade de se colocar no lugar dos outros, compreendendo seu sofrimento.

Ignorância espiritual e das Leis de Deus, principalmente a Lei de Causa e Efeito.

Egoísmo, que coloca nossos interesses e prazeres acima do interesse do próximo e da humanidade, aliado à irresponsabilidade sobre as consequências dos nossos atos para com nós mesmos e os outros.

E por último, a carência de um sentimento, que poderia transformar o mundo inteiro em um paraíso, o amor puro e sincero.

Resumindo: O mal no mundo é causado pela própria humanidade, e para que Deus retire todo o mal do mundo, no estágio evolutivo em que estamos, primeiro ele teria que nos tirar o Livre Arbítrio, ou seja, a nossa capacidade de tomar decisões, portanto, tirar a nossa liberdade, já que é a humanidade quem cria o mal e o alimenta na terra.

O mal será eliminado da terra natural e gradualmente, por nosso próprio esforço à medida em que evoluímos como espíritos imortais.

Mas e o sofrimento dos inocentes?

Não existem inocentes na terra, na medida em que todos nós trazemos uma bagagem de inúmeras vidas, assim como a missão de aprender inúmeras lições, acelerando nossa evolução. O mal não é causa, é consequência.

Além do mais, muitas vezes o que pensamos ser um mal, com o passar do tempo e uma maior compreensão do que está acontecendo, se revela na verdade um bem e um livramento de coisas realmente ruins.

Mas e a criancinha que morre tão jovem, que sentido tem isso?

Em primeiro lugar, para Deus e o mundo espiritual a morte não existe, é apenas um estágio de aprendizado, nascemos aqui, passamos um breve tempo, aprendemos o que tivermos que aprender e voltamos para casa, simples e natural, a terra é apenas uma escola, nossa estada aqui é breve.

Um espírito tem uma vida breve na terra por diversos motivos.

Pode ser para resolver um karma que julga necessário apagar, e que o impedia o se progresso, ou um complemento de tempo de vida na terra.

O espírito também pode encarnar por um curto período, para refazer o perispírito energeticamente danificado e deformado, tendo como causa o desajuste, o suicídio, os vícios ou o mal praticado, e também para se ocultar temporariamente de adversários pretéritos, pode ser ainda por ter praticado o aborto em si mesmo ou nos outros, desta forma, em um desencarne prematuro, aprenderá a valorizar a vida na terra.

O útero materno, é uma maravilhosa câmara de recuperação do perispírito desajustado e deformado energeticamente.

Uma recuperação energética do perispírito que em alguns casos levaria décadas no mundo espiritual, acontece em apenas alguns meses ou dias no útero materno, retirar a oportunidade de um espírito de se reabilitar é uma responsabilidade enorme, e pode causar muito sofrimento ao filho e a mãe.

Pode ser um espírito elevado, que precisa de um perispírito e de energias vitais e ectoplasma de um corpo físico, para cumprir uma determinada missão, cumprida a missão ele volta para casa, pois lhe é penoso a permanência em um mundo denso em meio a energias negativas. Um outro dia falaremos sobre isso.

O Aborto

Existem muitas circunstâncias que levam uma mulher a praticar o aborto, vamos falar de algumas.

Pode acontecer de que mãe e filho sejam inimigos e pedem para nascer para se reconciliarem, no entanto, com uma aproximação tão íntima, os ressentimentos e o ódio afloram, e a mãe descumpre o compromisso fazendo o aborto, reavivando então o ódio entre os dois, agora com agravante.

Por outro lado, pode ser o espírito que vai reencarnar que se acovarda, e então a rejeição do espírito ao corpo e a nova vida é tanta, que ele provoca o aborto espontâneo. Em ambos os casos as consequências são graves.

Vamos a outros dois exemplos:

No primeiro temos uma mulher simples e sem instrução, muito pobre, e que tenta criar sozinha meia dúzia de filhos, não raro os vendo passar necessidades.

Esta mulher engravida e por medo de não pode criar o filho faz o aborto. Aí vem a justiça e prende esta mulher porque o aborto, em vez de ser um problema de saúde pública, é crime.

Agora quem vai cuidar destas crianças sem mãe? Provavelmente serão criadas nas ruas e se tornarão viciadas nas drogas, ou aliciadas pelo crime, de qualquer forma sua vida será curta e estará perdida.

Neste caso não conseguiríamos reviver o feto, e ainda condenaremos seis crianças à morte.

Em outro caso, temos uma mulher rica, que engravida e por motivos egoístas, já que tem condições de criar o filho, ela resolve fazer o aborto.

Neste caso, o faz em segrêdo em uma clínica de luxo, ou viaja e faz em outro país onde o aborto é legal e permitido.

Como podem ver, o tema aborto é extenso e complexo, o aborto é só o desfecho de um drama, que muitas vezes tem origem em um passado distante.

Não estou julgando quem faz o aborto, quem sou eu para julgar, também, como espiritualista não o defendo, pelo contrário, tento demonstrar as consequências deste ato.

É preciso lidar com a questão do aborto com racionalidade, compaixão, compreensão e amor, muitas vezes este ato é praticado em momentos de desespero e loucura, cada caso é um caso, o objetivo desta matéria é alertar para as consequências deste ato e não julgar o próximo, somos todos imperfeitos.

Não cabe a ninguém julgar ou criminalizar a mulher que pratica o aborto, este é um caso entre mãe e filho, de espírito para espírito, e envolve questões e situações que não compreendemos, qualquer atitude ou intervenção que não seja feita no sentido de ajudar com muita compreensão e amor, pode agravar a situação e causar mais sofrimento, além de aumentar a responsabilidade de quem intervém de forma indevida na vida e nos dramas alheios.

Nos casos de aborto expontâneo, também pode acontecer de não ter espírito algum no feto, apenas matéria, a gestação frustrada pode ser uma prova para a mãe aprender a valorizar a maternidade, ou um alerta para o sexo desregrado e irresponsável, e pode ser simplesmente um problema de mal formação do feto que interrompe a gestação. Como já disse, cada caso é um caso, e nada é por acaso.

Morte de crianças e jovens

Na grande maioria dos casos de morte prematura de crianças ou de jovens, os pais, como espíritos e por ser um acontecimento muito importante na vida das pessoas, tem conhecimento de que isso vai ocorrer durante sua vida na terra, pois na maioria das vezes, este acontecimento faz parte da programação da reencarnação dos envolvidos e acontece com um objetivo definido.

É bom lembrar também que programação de encarnação não é destino, portanto, pode mudar durante a encarnação conforme os acontecimentos, ou modificada pelo Livre Arbítrio e pelas decisões que tomamos.

Mas o que devemos mesmo temer e lamentar nesta vida não é a morte, pois ela significa apenas a volta para casa.

O mal que devemos temer, é desperdiçar uma encarnação e uma oportunidade de evolução, e ao mesmo tempo, agravarmos a nossa responsabilidade, pelo mal e pelo sofrimento causado a nós mesmos e aos outros, e desta forma, sairmos deste mundo mais devedores do que quando aqui chegamos.

Esta encarnação certamente vai influenciar a próxima, em que teremos que repetir as mesmas licões, e ainda arcar com as responsabilidades assumidas e as suas consequências, ou se aprendida a lição, partirmos para novas experiências estando mais fortes, mais resilientes, mais equilibrados, mais confiantes e mais seguros, enfim, mais evoluidos.

É claro que devemos combater e nos indignar com o mal e desejar a justiça, a omissão perante o mal nos torna cúmplices dele, mas não adianta combater o mal com o mal, é como tentar apagar o fogo com gasolina, ao combater o mal com o mal você apenas o alimenta e fortalece.

Também não devemos superestimar o mal como se ele fosse maior que o bem, pois não é.

O mal não é maior e mais forte que o bem, ele apenas é mais escandaloso, espalhafatoso e barulhento, já o bem é simples, discreto e humilde.

O mal é destruidor, quando não tem mais a quem destruir, destroi a si mesmo, é a sua natureza destruir, não há como evitar.

Deus não vai tirar o nosso livre arbítrio e a nossa liberdade, com a finalidade de acabar com o mal na terra, a tarefa de erradicar o mal na terra é nossa, essa responsabilidade é nossa, a humanidade cria e alimenta o mal todos os dias, portanto, compete a própria humanidade limpar a sua própria sujeira.

Quando aprendermos e praticarmos a Lei do Amor, e quando nos tornarmos responsáveis perante Deus e perante o universo, então estaremos evoluidos e o mal deixará de existir, vai desaparecer como se nunca tivesse existido, pois o mal é uma ilusão.

Ao evoluirmos, a ignorância e a sua filha a maldade, se tornarão apenas uma vaga lembrança, talvez nem isso.

A felicidade é incompatível com a maldade, ou você é feliz ou é mau, ser os dois é impossível.

Só as pessoas boas e equilibradas podem ser felizes de fato, sua felicidade vem de dentro pois é uma conquista da alma, a felicidade deve ser conquistada, os maus, por outro lado, não são verdadeiramente felizes, no máximo tem fases de euforia passageira, que nunca satisfaz plenamente, exigindo cada vez mais esforço para se manter.

Euforia não é felicidade, a euforia é agitada e alucinante como a paixão, tem causa externa e depende do ambiente e dos outros, a felicidade é interior e é calma, equilibrada, tranquila e não depende do ambiente e de ninguém, a pessoa não apenas se sente feliz, simplesmente ela é feliz incondicionalmente feliz, uma felicidade que não lhe pode ser tirada, por ser uma conquista da alma.

Procure se tornar uma pessoa melhor mas sem fanatismo e sem pressa, um dia após o outro, se reerguendo e recomeçando a cada recaída no erro, pois as recaídas são inevitáveis.

Nossa missão na terra não é a santidade, esqueçam isso, nossa missão é deixarmos o planeta terra que nos acolheu um pouco melhor, e nós mesmos também, nos tornando um pouco melhores do que quando aqui chegamos

Nunca é tarde, não se preocupe, Deus espera o nosso tempo, ele é um pastor perfeito e amoroso, sob seus cuidados nenhuma ovelha se perderá, não importa o quanto ela seja rebelde.

Namastê

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