Estado bate o recorde de empregos no 1º trimestre
Fonte O Liberal
De janeiro a março deste ano, o Pará já teve a geração de novos 6.633 empregos, o maior saldo positivo dos últimos 10 anos, aponta o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese-PA). A instituição previu que até o final deste ano, o Estado seria capaz de gerar cerca de 30 mil empregos caso seguisse a previsão 5,5% de crescimento do Produto Interno Bruto do País (PIB). No período de abril de 2009 a março deste ano, em 143 municípios, foram gerados 25.672 postos de trabalho, crescimento de 4,73% no emprego formal.
De janeiro a março deste ano, o Pará já teve a geração de novos 6.633 empregos, o maior saldo positivo dos últimos 10 anos, aponta o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese-PA). A instituição previu que até o final deste ano, o Estado seria capaz de gerar cerca de 30 mil empregos caso seguisse a previsão 5,5% de crescimento do Produto Interno Bruto do País (PIB). No período de abril de 2009 a março deste ano, em 143 municípios, foram gerados 25.672 postos de trabalho, crescimento de 4,73% no emprego formal.
Os índices superam as expectativas do mercado de trabalho e mostram a recuperação total da crise do ano passado, animando vários setores, com destaque para o setor extrativo mineral, construção civil, serviços e comércio. Contudo, a preocupação com a possibilidade dessas novas vagas serem preenchidas por pessoas de fora do Pará pela ausência de mão de obra qualificada permanece.
Até hoje, relutava em escrever sobre a polêmica autorização legislativa para o empréstimo pretendido pelo governo do estado, junto ao BNDES, batizado pela mídia de ‘366’.
ResponderExcluirA imprensa da capital trava uma disputa maniqueísta sobre o assunto. O Liberal, fala uma coisa, o Diário, outra. O leitor fica sem poder tirar suas próprias conclusões.
Mesmo considerando insuficientes os argumentos de ambos os lados da contenda – PMDB/PSDB, de um lado, e o PT, de outro, esperava que à verdade começasse a vir à tona, a qualquer tempo.
Hoje, essa oportunidade surgiu. E me foi dada justamente por um dos porta-vozes da contenda, o nobre deputado estadual Parsifal Pontes, ao comentar em seu blog um assunto correlato ao empréstimo 366.
Com justa razão, o líder do PMDB, alerta que as patrulhas mecanizadas, que o governo do Pará entrega hoje a prefeitos, foram compradas com empréstimo de R$ 150 milhões autorizado pela Assembléia Legislativa.
E ressalta que “o pato quem vai pagar é o contribuinte. O deputado mostra-se preocupado com a enorme divida que já beira, neste governo, a R$ 2,5 bilhões.
Pois bem, vamos analisar o raciocínio cartesiano de Parsifal.
Quem paga empréstimo é o tesouro estadual do dinheiro arrecadado pelo fisco diretamente ou através de transferências a fundo perdido ou empréstimos bancários.
Em todas essas situações, é o contribuinte quem paga a conta. Mas em todas essas mesmas situações, a exceção de verbas a fundo perdido, o contribuinte também é o único beneficiário. Ou deveria sê-lo.
Mas a mesma lógica do líder do PMDB não está bem explicada quando se trata da obstrução ao 366, com o qual o governo vai fazer obras, ou promete fazê-las, nos municípios paraenses.
Parsifal sustenta que o governo do estado quer autorização para gastar a seu modo próprio um dinheiro que deveria ser melhor ‘repartido’ entre as prefeituras, indistintamente.
Sua emenda alternativa carimba o destino do bolo. O governo avança em admitir a repartição da massa financeira fermentada em ano eleitoral.
A governadora aceita avançar o percentual de 30 para 43 por cento da fatia reservada a obras e serviços nos municípios, mas não se submete aos critérios da emenda Parsifal, que é o populacional, ao contrário do IDH, tese do governo.
E aqui eu volto a questionar a coerência do líder do PMDB. Se quem vai pagar a conta é o tesouro estadual, em nome do contribuinte que recolhe seus impostos, como fazer essa repartição entre prefeituras?
Esperei até agora que o parlamentar admitisse, pelo menos em tese, que os municípios já tiveram ressarcido, através de Medida Provisória, a queda de arrecadação por causa dos efeitos da crise financeira internacional.
Mas, o líder do PMDB, mesmo sabendo que os municípios já tiveram direito ao seu quinhão, a fundo perdido, uma verdadeira compensação, propõe carimbar o mesmo destino à metade de uma compensação que será dada aos governos estaduais.
Parsifal, tão brilhante em suas afirmações, quer dar marretada com o chapéu dos outros: dividir com as prefeituras um dinheiro que o governo vai pagar sozinho.
Digo pagar sozinho porque poucas prefeituras do Pará têm capacidade de contrair empréstimo com o BNDES, como Belém e Santarém. As pequenas prefeituras não gozam de equilibro fiscal. O governo teria que garantir o pagamento do empréstimo. Dá no mesmo.
Resumindo essa ópera-bufa, está o PMDB, pela voz de Parsifal, a querer impor um ponto de vista caolho no caso do '366, imaginando que por este lado do Equador, quem não tem colírio usa óculos escuros.
Isonomicamente, espero que o deputado reflita e mesmo que vote contra o 336, use em suas análises a mesma argumentação do empréstimo de 150 milhões: o empréstimo precisará ser pago por um dos entes federados em nome do contribuinte.
Se fizer isso, dará uma demonstração que, apesar das arengas políticas, a sinceridade faz bem à nossa rarefeita intelectualidade da qual Parsifal já obteve sua cadeira cativa
O problema é que o PT e o PMDB (na pessoa de Helder Barbalho), uniram de uma forma ou de outra e por razões diferentes, todos os prefeitos paraenses em torno da aprovação deste empréstimo.
ResponderExcluirNão tem governo ou partido político que resista a uma pressão política desta magnitude às vésperas das eleições.
Nesta conjuntura, seria suicídio político para qualquer deputado se colocar e votar contra o "366", mais que isso, seria burrice mesmo, e põe burrice nisso!
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Nota do Folha - Um conselho: Procurem não colocar comentários muito extensos por que praticamente ninguém os lê integralmente.
A maioria dos internaltas tem preguiça de ler textos muito longos.
Um abraço.