Editorial Equipe Folha
Os
corruptos do Brasil devem estar nas nuvens de tanta felicidade, nunca as
circunstâncias lhes foram tão favoráveis. Enquanto os Brasileiros se preocupam
com a copa, com a FIFA, com a corrida presidencial e com salvadores da pátria,
se esquecem da eleição de 26 governadores, de centenas de Deputados Estaduais,
Federais e Senadores.
É
incrível a capacidade destas quadrilhas de criar cortinas de fumaça e manipular
a opinião pública, desviando a atenção do povo de acordo com os seus interesses
e conveniências. Neste caso temos que reconhecer a inegável competência
estratégica dos corruptos.
Enquanto
eles se guiam pela razão, pela esperteza e pela velhacaria, nós nos guiamos
pelas emoções e ansiamos pela ajuda e proteção paternalista dos que se arvora
em heróis e salvadores da pátria, nos esquecendo de que heróis e salvadores da
pátria não existem, são apenas ilusões, todos nós sem exceção somos seres
humanos com virtudes e defeitos.
Barbosa
como bom ator saiu de cena no auge da fama, o “justiceiro” teve o apoio da
mídia, dos outros ministros, de parcelas do poder político e econômico do país,
sendo protagonista e ator principal do maior reality show do Brasil.
Enquanto
o “justiceiro” Barbosa foi útil, ele teve todo o apoio e os holofotes de que
necessitava, no entanto com o fim do mensalão, Barbosa deixou de ser útil àqueles
que o apoiavam e passou a ser motivo de constrangimento a seus pares e a
representar uma ameaça à segurança jurídica do país.
Barbosa
também sai de cena antes que passe a representar uma séria ameaça aos
interesses e conveniências das próprias forças que o apoiavam. Com o fim do
mensalão Barbosa deixou de ser útil, ainda mais que outros mensalões passarão a
ser “julgados” no STF.
A
partir de agora um julgamento rigoroso de "outros" mensalões não mais
interessa às forças que apoiavam Barbosa, e a atuação midiática do paladino da
justiça não é mais conveniente. Barbosa agora é visto como ameaça aos que o
apoiavam. Agora Barbosa é lamentado em público pelos seus órfãos, que
secretamente suspiram de alívio, afinal quem tem rabo de palha tem medo de
fogo, nunca se sabe, não é incomum a criatura se voltar contra seus
criadores.
A
justiça cega, severa e intransigente com o erro representada por Barbosa não
mais interessa, a missão foi cumprida, e está na hora de tudo voltar ao
"normal". O STF precisa deixar de ser uma ameaça à elite política e
econômica do Brasil, os bois de piranha já foram sacrificados, os predadores
estão saciados e distraídos, e o RESTO da tropa de políticos corruptos já pode
atravessar e seguir em paz.
Tendo
em vista os outros mensalões a serem julgados pelo STF, Barbosa sabe que sua
aura de justiceiro não poderia ser mantida e se sustentar por muito mais tempo,
assim optou por uma saída estratégica e "honrosa".
A
passagem de Barbosa pelo STF foi muito positiva, não tanto pelos seus atos e
atuação como presidente do STF, mas por ter "humanizado" a Suprema
Corte, mostrando que o STF é composto por seres humanos com todas as suas
falhas e virtudes, aliás, mais falhas que virtudes.
Barbosa
representa o ideal de justiça que os brasileiros sonham, a utopia de uma
justiça isenta e eficiente, em que a Lei é igual para todos, e todos são iguais
perante a Lei.
Eu
chego até a admirar e sou obrigado a reconhecer a grande inteligência dos
poderes, ocultos ou não, que direta e indiretamente governam este país,
realmente eles são grandes estrategistas e conduzem o povo como se fôssemos
gado.
Maquiavel
se vivo fosse, ficaria deveras impressionado com as estratégias e com o poder
de manipulação da opinião pública da elite política e econômica deste país.
É
o que diz o velho ditado: Em terra de cego quem tem um olho é rei...
Equipe
Folha.
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