Até onde se sabe, nenhum!
Não há em qualquer fala, ordem, lei, ou livro de Hitler a ordem expressa para matar judeus. Mas Hitler matou milhões.
Então, por que Hitler entrou para história como um genocida?
Exatamente por estar a frente do processo decisório no qual, sua finalidade, dentre outras, era banalizar o mal e a morte, nos termos de Hannah Arendt, Hitler ria da morte! Brincava com ela, a diminuía..
Há uma burocratização do mal e da morte, naturalizando-a, em retóricas ideológicas, diversionistas, apontando o mal sempre como “do outro”. A morte se torna, nessa ideologia, um mecanismo de justiça.
As relações de poder, as instituições, e imprensa, se tornam mecanismos dessa banalização. Até mesmo quando fazem a crítica. O indivíduo é esmagado por essa retórica.
Naturaliza o mal e a morte. Finge não ver os cadáveres. Passa por cima, pois precisa sobreviver. Defende interesses próprios e imediatos. Exarceba o pior que há no indivíduo.
Hitler não matou nenhum judeu. Mas matou todos que pode enquanto deu tempo. Com a conivência dos poderes instituídos, das massas idiotizadas pela cantilena ariana nacionalista, do judiciário, do sistema político, do sistema burocrático.
A Alemanha foi sim nazista! Uma nação nazista! Seja pela ação, seja pela omissão! Compactuou com a morte e sua banalização. Transformou inimigos imaginários em cadáveres reais.
Autor:
Cássio Albernaz
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