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sexta-feira 12 2010

O caso do projeto Novos Rumos Sophos


Ouvimos atentamente as declarações da representante do Colégio Sophos no Programa Tucuruí Agora, a respeito dos critérios para a participação de alunos no projeto "Novos Rumos" e sobre a polêmica criada pela humilhação e constrangimento a que os adolescentes foram submetidos dentro da sala de aula, e temos algumas considerações a fazer.

Sabemos que nestes casos quando se exige baixa renda existem mesmo fraudes, inclusive com apresentação de documentos falsos e nestes casos estas pessoas (os responsáveis, não os adolescentes) deveriam ser denunciadas à polícia por crime de Falsidade Ideológica. É claro que nestes casos não há o que se discutir. Porém, nem todos os que apresentaram a documentação ao Sophos, lhes foi permitida a inscrição e foram "desclassificados" são falsários e bandidos.

Por que permitiram a inscrição dos alunos se pela documentação correta (comprovante de residência e de renda familiar) deveria ficar óbvio que eles não se enquadravam nos critérios exigidos para a inscrição e participação nas provas? Dizer que o Sophos não poderia evitar a inscrição caso a documentação CORRETA demonstrasse que o aluno não obedecia aos critérios é uma grande mentira (para que apresentar documentos então?), era só verificar a documentação (pensamos que os atendentes do Sophos sabem ler).

Não fizeram isso provavelmente por preguiça de verificar a documentação ou por puro descaso, a solução mais "fácil” então foi permitir que todos se inscrevessem para depois promover um espetáculo de humilhação dos alunos diante dos colegas e também de toda a população da cidade, pois a lista de aprovação seria de conhecimento público.

O fato de avisar ou não que haveria a visita da Assistente Social não quer dizer nada, já que ao aceitar a documentação CORRETA o representante do Sophos sabia qual era a renda familiar do adolescente, ficando obviamente subentendido que CASO AS INFORMAÇÕES APRESENTADAS FOSSEM CORRETAS o adolescente seria aceito sem problemas, é só uma questão de bom-senso, qualquer aluno com inteligência mediana e que prestou informações verdadeiras, concluiria que atendeu às exigências.

E se a Senhora insinuar novamente que quem foi desclassificado prestou informação ou apresentou documentação falsa ao Sophos, nós do Folha vamos pessoalmente denunciar a empresa à justiça pois sabemos e podemos provar que isso é mentira.

Agora uma perguntinha idiota: Se a Assistente Social pode fazer a visita DEPOIS DAS PROVAS E DA DIVULGAÇÃO DA LISTA, por que não pode fazer a visita antes e evitar todo este problema? Imagine senhora "educadora", que além da humilhação em sala de aula o adolescente vai ficar com fama de mentiroso e falsificador perante toda a sociedade.

A senhora "educadora" por um momento está pensando na criança? Se estiver não parece, e se não está devia. Será que a senhora não está na profissão errada? Ficou parecendo diante da entrevista da representante do Sophos que todos os que não passaram pelos critérios da Assistente Social são mentirosos, criminosos e falsificadores de documentos.

Diante de tudo isso cremos que se alguém cometeu crime nesta história foi a representante do Sophos, pois nem todos que foram "desclassificados" apresentaram documentos falsos, sendo que acusação falsa, constranger publicamente ou não, menores, idosos e incapazes são crimes previstos no código penal.

A representante do Sophos deveria, até por ser uma educadora e representante de uma empresa da área de educação, admitir que todas as pessoas podem errar, e que neste caso alguns erros podem ter sido cometidos, não só por alguns alunos mas também pelas assistentes sociais e(ou) outros funcionários da prefeitura.

Não se esqueça Senhora Educadora, que o dinheiro que o Sophos está recebendo da prefeitura é do povo, e estes que a Senhora acusa indiscriminadamente de fraudadores e mentirosos também são o povo. Portanto a Senhora deveria medir melhor as suas palavras, para não comprometer (ainda mais) a imagem da empresa que a senhora representa (está lembrada da UNIBAN?).

E mesmo que os adolescentes que a Senhora citou fossem criminosos e falsificadores isso não lhe dá o direito de os julgar, constranger e humilhar. De qualquer forma a representante do Sophos foi infeliz em suas colocações pois preferiu jogar a culpa nos mais fracos, o que comprova a sua arrogância. Este é um daqueles casos em que o remendo ficou pior do que o rasgo e a educadora perdeu uma ótima oportunidade de ficar calada, ou pensou que íamos deixar barato?

Por uma questão de justiça queremos informar que a Secretária de Ação Social não se encontra na cidade portanto não tem conhecimento suficiente sobre o que está acontecendo, e não coordenou a avaliação pessoalmente, sendo possível que alguém tenha extrapolado sem o seu conhecimento e causado todo este barulho, por inexperiência ou por maldade mesmo.
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Observação:

Até este episódio não havíamos feito qualquer matéria crítica sobre a Ação Social, já que de todas as Secretarias normalmente, esta é a que menos causa problemas e se envolve em escândalos.

Confessamos que este episódio nos surpreendeu, já que a Ação Social tem como objetivo auxiliar e promover a paz e o bem-estar da população, e é para isso que ela existe. Esperamos que com o retorno da Secretária a normalidade volte e os fatos sejam devidamente apurados e eventuais erros ou excessos sejam sanados.

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