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quarta-feira 20 2010

Pedófilo obriga garota de 13 anos a fazer aborto




Rodolfo Amazonas, foi quem obrigou a garota a fazer o aborto

A Prefeitura de Novo Repartimento vai entrar com processo de exoneração do funcionário público Rodolfo Calixto Amazonas. Pois o funcionário está foragido desde dezembro, depois de ter “mexido”, engravidado e coagido uma adolescente de 13 anos, a praticar o aborto. O acusado teria usado as dependências do Hospital Municipal São Francisco, em Novo Repartimento, além da Unidade Básica de Saúde, às proximidades do hospital, como motel.

O abuso foi denunciado pela mãe da menor na Delegacia de Novo Repartimento e confirmada pela conselheira tutelar, Reginalva Cabral, de Anapu. O Boletim de Ocorrência foi lavrado na delegacia daquele município em novembro. Porém, somente agora o caso veio à tona porque populares e o prefeito, Bersajone Moura, tomaram conhecimento da utilização das dependências dos prédios públicos para a prática do delito.

O padrasto e mãe da vítima, moradores do bairro Vila Nova, afirmam que o acusado passou a seduzir a menor desde que se mudou para aquele bairro, em fevereiro de 2009. Vizinho da família, o acusado teria passado a assediar a menor prometendo “mundos e fundos”.

O padrasto da adolescente alega que a menor foi seduzida e, depois, pressionada a fazer o aborto pelo acusado.

Em depoimento, a menor confirmou que manteve caso com o acusado por seis meses e que manteve relação sexual nas dependências do posto. “Foram umas oito vezes”, disse a menor. O acusado também pagava cerca de R$ 50,00 pelos encontros com a menor.

A conselheira tutelar de Anapu, Reginalva Cabral, denuncia que a menor foi abandonada após engravidar do acusado, que é casado. Ele teria forçado a menor a praticar o aborto. “A vítima teria sido obrigada a utilizar quatro comprimidos de Citotec”, confirmou.

Sob pressão, a adolescente fugiu para o município vizinho de Anapu onde foi hospitalizada após o aborto, conforme apontou o relatório do Conselho Tutelar daquele município. “Ela fugiu por sofrer constantes ameaças por parte de Rodolfo”, frisou a conselheira.

Em depoimento à polícia, o funcionário público, que é técnico radiologista, negou as acusações, mas confirmou conhecer a vítima, sendo vizinha dele e de sua esposa. Ele disse que nunca fez proposta para ter caso amoroso com a menor e acusou o padrasto da menor de abusar dela com o consentimento da mãe.

O funcionário público foi indiciado por favorecimento de prostituição e exploração sexual contra vulnerável (artigo 128) e prática de aborto (artigo 124). Ele teve a prisão preventiva decretada em 17 de dezembro, mas está foragido e a polícia não tem pistas de seu paradeiro. (Diário do Pará)

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