Guerra de pesquisas
Instituto Sensus divulgou a poucos dias o empate técnico entre Serra e Dilma, nesta pesquisa Dilma teria 32,4 e Serra 32,7, ou seja empate técnico. Já o Data Folha em sua última pesquisa registra uma diferença de 10 pontos a favor de Serra. Na pesquisa Data Folha divulgada hoje Serra teria 38 e Dilma 28.
As pesquisas eleitorais no Brasil tem perdido muita credibilidade nas últimas eleições, justamente porque os resultados (principalmente quando as pesquisas são feitas muito tempo antes das eleições) geralmente vão de encontro aos interesses de quem encomenda (e paga) os institutos.
Lembramos que as pesquisas já tiveram grande credibilidade no Brasil. O IBOPE por exemplo, chegou a ser um referencial e sinônimo de pesquisa eleitoral, frases como: “Você deu IBOPE” ou ainda “ Tá com um IBOPE danado hem?”, surgiram naquela época. No entanto as pesquisas no Brasil involuiram e perderam credibilidade com o passar do tempo, quando passaram a ser manipuladas e utilizadas como propaganda e arma eleitoral. Hoje o IBOPE perdeu a sua credibilidade e não se diferencia mais dos outros institutos de pesquisas.
Hoje em dia as pesquisas funcionam da seguinte forma: Quem paga as pesquisas geralmente tem resultados favoráveis ao seu candidato, por isso as diferenças tão grandes nos resultados dos diversos institutos. Quanto mais longe das eleições maiores as diferenças. Conforme as eleições se aproximam as diferenças vão diminuindo até o fim do prazo para divulgação de pesquisas, aí sim temos um resultado bem aproximado da tendência do eleitor. Mesmo assim é só uma tendência, a verdadeira pesquisa está no resultado das urnas.
Distante das eleições, os institutos têm maior margem de manobra. Esta margem diminui conforme as eleições se aproximam. Enquanto isso os institutos faturam alto (eleições para os institutos de pesquisas equivale ao natal para os comerciantes), e os políticos tentam angariar votos divulgando resultados favoráveis aos seus candidatos através do chamado “voto útil”, muitos eleitores menos informados e sem conscientização política votam em quem está na frente para “não perder o voto”. Esta tendência tem diminuído muito proporcionalmente ao aumento da conscientização do eleitorado, no entanto não deve ser desprezada.
Entenda como funciona a indústria de pesquisas eleitorais.
Vejam este trecho de uma matéria do site “Observatório da Imprensa”. A matéria é de 2002, mas o texto continua atual e ilustra bem como são feitas (e muitas vezes manipuladas as pesquisas eleitorais no Brasil).
Agora, as perguntinhas de sempre:
É possível fraudar uma pesquisa de intenção de voto?
Sim! Existem mais maneiras de mascarar o resultado de uma pesquisa do que a coleção de notas de R$ 50 do casal Murad. A mais grosseira delas é provocar uma coisa chamada "viés do entrevistador", que seria formular uma pergunta como "o sr. vai votar no Ciro Gomes ou em qualquer um daqueles outros?"; ou "o sr. não acha que o Brizola fica mais simpático com a faixa presidencial?". Há outras mais sofisticadas, mas o espaço é curto e eu não sou besta de entregar este ouro aqui. Veja a pergunta seguinte.
Os resultados da pesquisas são manipulados?
Podem ser, e muitas vezes são, mas a perversidade da mídia vai muito além disso. Como ninguém mais tem paciência de ler uma tabela, ou um longuíssimo texto explicando números (ó, Jesus), as editorias de arte realizam primorosas "intervenções na ambiência plano-espacial", ou seja, distorcem os gráficos até que a impressão que se tem (e é isto o que importa) é de que o Garotinho "encosta" em Lula, ou que o Itamar tem votação negativa de 125%, ou que a Roseana sofreu uma "queda vertiginosa" de 4%. Manipula-se não o número, mas a imagem do número-notícia. É aí que mora o perigo. E se você, caro amigo, deparar-se com um gráfico em três dimensões, como aquelas "pizzas deitadas" ou uns "tijolinhos em pé" (gráfico de setores e de colunas verticais, respectivamente), vade retro!
A divulgação de resultados influencia nas próximas pesquisas, ou mesmo na própria intenção de voto das pessoas?
Acredito que sim, mas acho que esse fenômeno já foi mais acentuado. A mídia costuma "rotular" os candidatos com o resultado da última pesquisa – algo como "Lula (24%) fez discurso ontem, contestando as afirmações de Ciro Gomes (6%)". Isto ajuda a vincular um candidato a um percentual. Em alguns estados, como o Maranhão e o Piauí, onde há um analfabeto a cada três sobreviventes, a TV e rádio fazem a festa. Em outros lugares, como Alagoas, torna-se, digamos, insalubre alguém declinar um voto contrário aos figurões de sempre. Mais para o sul, existem outros tipos de votos de cabresto mais modernos, dadas as Globos da vida, as religiões, as paixões inconfessáveis, e por aí vai. Mas isto aqui não é diferente de lugar nenhum. Só muda a língua.
Por que os candidatos aparecem com percentagens diferentes, de acordo com o instituto?
Porque os institutos ditos sérios fazem pesquisas com amostras diferentes, em datas diferentes, com técnicas diferentes. Mesmo fazendo tudo igualzinho, as margens de erro empurram os números para cima ou para baixo. Mas você pode ver que os números convergem, mais ou menos, quando chegamos perto da data das eleições. Uma pesquisa feita em abril, por exemplo, em termos de prognóstico tem a validade de uma conversa entre a vizinha linguaruda e seu (dela) papagaio de estimação. As pessoas estão indecisas e têm coisas muito mais importantes para pensar, como a seleção de futebol ou os seqüestros da semana.
As "análises" feitas pelos especialistas são confiáveis?
Raramente, é melhor não arriscar. Se um desses caras lhe diz que a intenção de voto no Serra subiu para 12% porque o ex-ministro apareceu beijando criancinhas ou abraçando o Romário na TV; ou que o Lula vai cair dos seus 25% porque o MST invadiu a fazenda de FHC & filhos, trata-se de um surto de achismus vulgaris, isto é, puro chute – a não ser que na pesquisa realizada isto fosse explicitamente perguntado. Os marqueteiros, antigamente chamados de luas pretas, vivem a procurar relações de causa-efeito nos acontecimentos, e os partidos realmente fazem pesquisas próprias para medir o impacto dos factóides. Pouca gente tem acesso a essas informações "de cocheira", que valem ouro. Mas não há como negar que fatos graves influem, e muito, na intenção de voto. Se ficarmos sabendo que Maluf não tinha conta secreta em um banco na tal ilha, mas que simplesmente ele era o dono do banco (e da ilha), vai pegar tão mal que só um absoluto idiota sadomasoquista (e os há) ainda votaria nele.
Alguém confere os resultados das pesquisas?
Sei lá. Os institutos devem comunicar sua metodologia de pesquisa à Justiça Eleitoral, mas não sei se existem técnicos nos tribunal que possam auditá-las. Se não há, deveria haver. Em todo caso, é dito que os partidos vigiam-se uns aos outros; mas, como há desculpa para tudo nessa vida, fica tudo do mesmo jeito. Mesmo institutos com tradição já cometeram mancadas históricas e saíram-se com desculpas até bonitinhas – lembram-se do tal "voto envergonhado"? E tem também o "voto falso", ou "voto rasteira", que é uma espécie de corolário da teoria da conspiração, que outro dia explico.
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Nota do Folha: Para combater a corrupção é preciso em primeiro lugar estudar e conhecer os métodos de ação dos políticos sujos, e depois divulga-los.
A maior e a mais importante vantagem do político desonesto e corrupto é a desinformação do eleitor. Portanto lute contra a corrupção desmascarando os políticos sujos e divulgando seus métodos e truques ao maior número de pessoas possível.
A verdade e o bem sempre prevalecem, lembre sempre disso e seja um guerreiro da luz..
As pesquisas eleitorais no Brasil tem perdido muita credibilidade nas últimas eleições, justamente porque os resultados (principalmente quando as pesquisas são feitas muito tempo antes das eleições) geralmente vão de encontro aos interesses de quem encomenda (e paga) os institutos.
Lembramos que as pesquisas já tiveram grande credibilidade no Brasil. O IBOPE por exemplo, chegou a ser um referencial e sinônimo de pesquisa eleitoral, frases como: “Você deu IBOPE” ou ainda “ Tá com um IBOPE danado hem?”, surgiram naquela época. No entanto as pesquisas no Brasil involuiram e perderam credibilidade com o passar do tempo, quando passaram a ser manipuladas e utilizadas como propaganda e arma eleitoral. Hoje o IBOPE perdeu a sua credibilidade e não se diferencia mais dos outros institutos de pesquisas.
Hoje em dia as pesquisas funcionam da seguinte forma: Quem paga as pesquisas geralmente tem resultados favoráveis ao seu candidato, por isso as diferenças tão grandes nos resultados dos diversos institutos. Quanto mais longe das eleições maiores as diferenças. Conforme as eleições se aproximam as diferenças vão diminuindo até o fim do prazo para divulgação de pesquisas, aí sim temos um resultado bem aproximado da tendência do eleitor. Mesmo assim é só uma tendência, a verdadeira pesquisa está no resultado das urnas.
Distante das eleições, os institutos têm maior margem de manobra. Esta margem diminui conforme as eleições se aproximam. Enquanto isso os institutos faturam alto (eleições para os institutos de pesquisas equivale ao natal para os comerciantes), e os políticos tentam angariar votos divulgando resultados favoráveis aos seus candidatos através do chamado “voto útil”, muitos eleitores menos informados e sem conscientização política votam em quem está na frente para “não perder o voto”. Esta tendência tem diminuído muito proporcionalmente ao aumento da conscientização do eleitorado, no entanto não deve ser desprezada.
Entenda como funciona a indústria de pesquisas eleitorais.
Vejam este trecho de uma matéria do site “Observatório da Imprensa”. A matéria é de 2002, mas o texto continua atual e ilustra bem como são feitas (e muitas vezes manipuladas as pesquisas eleitorais no Brasil).
Agora, as perguntinhas de sempre:
É possível fraudar uma pesquisa de intenção de voto?
Sim! Existem mais maneiras de mascarar o resultado de uma pesquisa do que a coleção de notas de R$ 50 do casal Murad. A mais grosseira delas é provocar uma coisa chamada "viés do entrevistador", que seria formular uma pergunta como "o sr. vai votar no Ciro Gomes ou em qualquer um daqueles outros?"; ou "o sr. não acha que o Brizola fica mais simpático com a faixa presidencial?". Há outras mais sofisticadas, mas o espaço é curto e eu não sou besta de entregar este ouro aqui. Veja a pergunta seguinte.
Os resultados da pesquisas são manipulados?
Podem ser, e muitas vezes são, mas a perversidade da mídia vai muito além disso. Como ninguém mais tem paciência de ler uma tabela, ou um longuíssimo texto explicando números (ó, Jesus), as editorias de arte realizam primorosas "intervenções na ambiência plano-espacial", ou seja, distorcem os gráficos até que a impressão que se tem (e é isto o que importa) é de que o Garotinho "encosta" em Lula, ou que o Itamar tem votação negativa de 125%, ou que a Roseana sofreu uma "queda vertiginosa" de 4%. Manipula-se não o número, mas a imagem do número-notícia. É aí que mora o perigo. E se você, caro amigo, deparar-se com um gráfico em três dimensões, como aquelas "pizzas deitadas" ou uns "tijolinhos em pé" (gráfico de setores e de colunas verticais, respectivamente), vade retro!
A divulgação de resultados influencia nas próximas pesquisas, ou mesmo na própria intenção de voto das pessoas?
Acredito que sim, mas acho que esse fenômeno já foi mais acentuado. A mídia costuma "rotular" os candidatos com o resultado da última pesquisa – algo como "Lula (24%) fez discurso ontem, contestando as afirmações de Ciro Gomes (6%)". Isto ajuda a vincular um candidato a um percentual. Em alguns estados, como o Maranhão e o Piauí, onde há um analfabeto a cada três sobreviventes, a TV e rádio fazem a festa. Em outros lugares, como Alagoas, torna-se, digamos, insalubre alguém declinar um voto contrário aos figurões de sempre. Mais para o sul, existem outros tipos de votos de cabresto mais modernos, dadas as Globos da vida, as religiões, as paixões inconfessáveis, e por aí vai. Mas isto aqui não é diferente de lugar nenhum. Só muda a língua.
Por que os candidatos aparecem com percentagens diferentes, de acordo com o instituto?
Porque os institutos ditos sérios fazem pesquisas com amostras diferentes, em datas diferentes, com técnicas diferentes. Mesmo fazendo tudo igualzinho, as margens de erro empurram os números para cima ou para baixo. Mas você pode ver que os números convergem, mais ou menos, quando chegamos perto da data das eleições. Uma pesquisa feita em abril, por exemplo, em termos de prognóstico tem a validade de uma conversa entre a vizinha linguaruda e seu (dela) papagaio de estimação. As pessoas estão indecisas e têm coisas muito mais importantes para pensar, como a seleção de futebol ou os seqüestros da semana.
As "análises" feitas pelos especialistas são confiáveis?
Raramente, é melhor não arriscar. Se um desses caras lhe diz que a intenção de voto no Serra subiu para 12% porque o ex-ministro apareceu beijando criancinhas ou abraçando o Romário na TV; ou que o Lula vai cair dos seus 25% porque o MST invadiu a fazenda de FHC & filhos, trata-se de um surto de achismus vulgaris, isto é, puro chute – a não ser que na pesquisa realizada isto fosse explicitamente perguntado. Os marqueteiros, antigamente chamados de luas pretas, vivem a procurar relações de causa-efeito nos acontecimentos, e os partidos realmente fazem pesquisas próprias para medir o impacto dos factóides. Pouca gente tem acesso a essas informações "de cocheira", que valem ouro. Mas não há como negar que fatos graves influem, e muito, na intenção de voto. Se ficarmos sabendo que Maluf não tinha conta secreta em um banco na tal ilha, mas que simplesmente ele era o dono do banco (e da ilha), vai pegar tão mal que só um absoluto idiota sadomasoquista (e os há) ainda votaria nele.
Alguém confere os resultados das pesquisas?
Sei lá. Os institutos devem comunicar sua metodologia de pesquisa à Justiça Eleitoral, mas não sei se existem técnicos nos tribunal que possam auditá-las. Se não há, deveria haver. Em todo caso, é dito que os partidos vigiam-se uns aos outros; mas, como há desculpa para tudo nessa vida, fica tudo do mesmo jeito. Mesmo institutos com tradição já cometeram mancadas históricas e saíram-se com desculpas até bonitinhas – lembram-se do tal "voto envergonhado"? E tem também o "voto falso", ou "voto rasteira", que é uma espécie de corolário da teoria da conspiração, que outro dia explico.
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Nota do Folha: Para combater a corrupção é preciso em primeiro lugar estudar e conhecer os métodos de ação dos políticos sujos, e depois divulga-los.
A maior e a mais importante vantagem do político desonesto e corrupto é a desinformação do eleitor. Portanto lute contra a corrupção desmascarando os políticos sujos e divulgando seus métodos e truques ao maior número de pessoas possível.
A verdade e o bem sempre prevalecem, lembre sempre disso e seja um guerreiro da luz..
ESSAS PESQUISA DO DATA FOLHA, TEM TANTA CREDIBILIDADE TANTO QUANTO A ENQUETE "PRA QUEM VC VOTARIA PARA DEPUTADO ESTADUAL" DO BLOG DO COMPANHEIRO JONES WILLIAM.
ResponderExcluirNO BLOG DO COMPANHEIRO JONES WILLIAM. SO VOTO QUEM ELE ACEITA,POIS JA VOLTEI FIZ DEVERSOS TESTE SO BOTA NO CANIDATO DO PT
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