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sexta-feira 30 2021

Vírus Covid 19 Vilão ou Professor?

Não existe castigo divino, maldição ou destino, apenas escolhas e consequências.

Pandemia - Covid 19 Vilão ou Professor?

Muitos podem pensar que o Vírus Covid 19 é uma maldição, afinal ele está matando milhões de pessoas indiscriminadamente, independente de idade, religião, raça, sexo ou nacionalidade.

Muitos acreditam que é um castigo divino e até mesmo o "fim dos tempos", no entanto eu não acredito em nada disso, acredito que Deus não se daria ao trabalho de criar um vírus só para atormentar ou "castigar" a humanidade simplesmente porque não seria preciso.

As Leis universais buscam sempre o equilibrio, quando este equilíbrio é perturbado provoca reações e consequências até que o equilíbrio seja restabelecido.

Na natureza existe um frágil equilíbrio que mantém a vida em nosso planeta, ao longo da história do nosso mundo, todas as vezes que este eqilíbrio foi perturbado houveram grandes catástrofes, como a Era Glacial, e a queda do grande meteoro que extinguiu os dinossauros e quase toda a vida na terra.

O desmatamento, a poluição e o aquecimento global tem exposto o homem a uma variedade muito grande de vírus, que ao sair do seu ambiente natural onde estava confinado, expõe a humanidade a doenças mortais. 

O mundo está todo conectado pelos modernos meios de transporte, o que facilita a propagação da doença, e sendo assim Deus não tem nada a ver com isso, a pandemia é apenas a consequencia da ganância, da ignorância e da irresponsabilidade dos seres humanos, enfim das suas próprias escolhas.

A pandemia sob o ponto de vista moral

Desde a antiguidade o dinheiro, depois que foi inventado, se tornou tão ou mais importante que a própria vida, já que as pessoas matam e morrem por ele, o dinheiro é o verdadeiro Deus da humanidade. Hoje se paga até para receber a graça divina e para ser ouvido por Deus.

Então aparece o vírus e obriga a humanidade a escolher entre o dinheiro e a vida. 

A luta é feroz, existem países e governantes que escolhem a vida e param o país (lockdown) suportando pressões terríveis dos que amam o dinheiro mais que tudo. 

Existem outros que escolhem o dinheiro, mesmo que o preço seja a morte de milhões de inocentes. O amor ao dinheiro enlouqueceu a humanidade.

No início o vírus estava matando os idosos e os doentes, o dinheiro não se abalou, afinal velhos e doentes não trabalham e não dão lucro, só despesas, eles não são importantes para a economia, no máximo são importantes para suas famílias, e as vezes nem isso, eles são são apenas um fardo, isso além de "quebrar" a previdência, sendo assim, que morram, o capital não é coveiro.

Mas o vírus, se adaptou e evoluiu já que quanto mais ele se replica mais evolui. Sendo assim, os novos vírus mais fortes e contagiosos passaram a contaminar e a matar também os jovens e as gestantes, e além de matar provocam graves sequelas que incapacitam as pessoas para o trabalho.

Então chegou a vacina e o dinheiro achou que tinha vencido, no entanto, governos e populações irresponsáveis não tomam as devidas providências para estancar a pandemia, assim o vírus se replica descontroladamente, evoluindo, se adaptando e se tornando mais forte a ponto de tornar ineficases as vacinas atuais, em um circulo vicioso mortal.

Vejam que tudo é consequência, não existe maldição, castigo de Deus e nada sobrenatural, é a Lei de Ação e Reação, Escolhas e Consequências.

Com a destruição do meio ambiente e a ganância desenfreada, a humanidade caminha para o abismo e a extinção, e tudo é somente uma questão de escolhas. 

O vírus, como um bom mestre, trouxe à luz a grande verdade: Dinheiro não compra milagres, religião e charlatães não curam doenças, quem cura doenças é a ciência.

O modelo da sociedade atual baseado no lucro e no consumismo já não funciona e está ultrapassado, a escolha para a humanidade é simples, é a mesma que oferece o assaltante de esquina: O dinheiro ou a vida?

André Resistência

quinta-feira 29 2021

Futuras gerações esclarecidas

 


Educação

Futuras gerações esclarecidas

Paiva Netto

Nas vindouras gerações esclarecidas repousa a Esperança de um mundo melhor! Por isso, costumo afirmar que o jovem é o futuro no presente. Confiemos nele!

Não foi sem razão que o célebre filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) declarou: “Todos quantos têm meditado na arte de governar o gênero humano acabam por se convencer de que a sorte dos impérios depende da educação da mocidade”.

Eis aí! Por isso, fiz colocar essa máxima do famoso estagirita, grafada em letras douradas, em um grande totem, ao lado do frontispício do Instituto de Educação da LBV, na capital paulista. A escola faz parte do Conjunto Educacional Boa Vontade, formado também pela Supercreche Jesus. 

Educação de qualidade, Solidariedade e Espiritualidade Ecumênica são indispensáveis à formação do ser integral. Tais valores refletem a Pedagogia do Afeto e a Pedagogia do Cidadão Ecumênico, que compõem a linha educacional que criamos e que é aplicada com sucesso na rede de ensino da LBV e nos serviços e programas socioeducacionais da Instituição.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com


quarta-feira 28 2021

De onde vem a maldade dos homens?


De onde vem a maldade dos homens?

Uma pergunta que todos fazemos a nós mesmos de vez em quando é: De onde vem a maldade dos homens?

1- Muitos dirão que veio do "pecado original."

2 - Outros dirão que vem do "demônio".

3 - Outros dirão que vem dos instintos animais do homem.

4 - Outros ainda dirão que é da "falta de fé em Deus".

5 - Outros também dirão que vem de transtornos mentais, por exemplo a psicopatia.

Na verdade, destes acredito que somente transtornos mentais seja uma causa da "maldade", na verdade não seria maldade pois o mal, neste caso, não é intencional, mas provém de uma doença, mas mesmo que fosse maldade, não seria o principal motivo.

Acredito que o verdadeiro motivo, pelo menos o mais importante e fundamental seja a ignorância, mas não a ignorância acadêmica ou religiosa e sim a ignorância das Leis Universais.

Por exemplo: normalmente pensamos na maldade como se ela fosse apenas individual, no entanto devemos pensar em termos de sociedade e da humanidade como um todo.

Quanto mais evoluido um povo, quanto mais uma sociedade for mais justa e humanitária, quanto mais o cidadão pensar no coletivo, menos o mal vai ter espaço na mente do cidadão e na sociedade.

Prova disso é a maldade e a violência nos países menos desenvolvidos socialmente, veja bem, eu estou falando de países desenvolvidos SOCIALMENTE, já que existem países como os EUA que são desenvolvidos economica e tecnologicamente, são um povo religioso, e no entanto o ódio e a violência predominam em sua sociedade, as prisões estão lotadas e são semelhantes a masmorras.

Agora compare com os países escandinavos, com a sua sociedade mais igualitária e com qualidade de vida para TODOS os cidadãos. Nestes países a taxa de criminalidade é baixíssima e as prisões são fechadas por estarem ociosas. 
Vejam o nível de escolarização deste povo. Nestes países as diferenças sociais são pequenas, o pai de família não tem de se preocupar ou se desesperar por comida, escola, ou um teto para abrigar sua família, pois a sociedade lhe garante o básico (uma renda mínima). 

Uma sociedade sadia e igualitária não gera cidadãos criminosos, os crimes violentos e a corrupção nestes países são excessões e não regras.

Lá quase não há crime, e grande parte da população é atéia ou acreditam nos Deuses dos seus ancestrais. Então religião não impede a maldade, as vezes como demonstra a história, a intolerância religiosa é a maior causa de guerras, perseguições e violência de todos os tipos, muitos religiosos (não todos) cultuam a violência, a morte e o preconceito contra quem não compartilha de suas crenças, valores e costumes. Claro que não é uma sociedade perfeita, pois não existem pessoas perfeitas, no entanto são um modelo para o resto do mundo.

Conhecedor das Leis Naturais, os homens de conhecimento sabem que existe a Lei de Ação e Reação, e que o mal é um círculo vicioso que precisa ser quebrado. Um povo que ontem foi oprimido, hoje oprime outros povos e pode voltar a ser oprimido amanhã.

A violência de um povo contra outro gera reação e consequencias para todos os seus integrantes individualmente. É a Lei de Ação e Reação.

A maldade de um povo cedo ou tarde se volta contra este mesmo povo, já que a energia negativa gerada, sempre retorna para quem a gerou, acrescida ainda pela energia do ódio e mágoa de suas vítimas. Deus não tem nada a ver com isso, é a Lei do Retorno, escolhas e conseguências.

Então se queremos de verdade acabar com a maldade, basta criar uma sociedade justa e igualitária, devemos reconhecer que a humanidade e todos os seres fazem parte de um grande organismo vivo, como todas as células e seres que vivem dentro de nós e fazem parte do nosso corpo físico, se qualquer parte destes seres e do nosso corpo ficar doente, todo o corpo adoece.

Enquanto houver um só ser humano infeliz, maltratado e abandonado, a humanidade não poderá ser completamente feliz.

Esta é a Lei.

André Resistência.

quarta-feira 14 2021

Nota de falecimento


Faleceu hoje vítima de um ataque cardíaco fulminante o nosso amigo e Diretor do SINSMUT Francivaldo Torres.

Uma pessoa boa, gentil e um sindicalista aguerrido, que lutava incansavelmente ao lado dos Servidores Municipais.

Uma perda irreparável. 

Nossos sinceros pêsames para a famíla do Francivaldo, e que Deus o tenha em sua glória.

André Resistência.

terça-feira 13 2021

Outra pandemia assusta as famílias brasileiras: a da fome!

 


PAUTA 

ASSISTÊNCIA SOCIAL – COMBATE À FOME

Outra pandemia assusta as famílias brasileiras: a da fome!

Falta alimentos para mais de 10 milhões de brasileiros e a LBV conta com a sua ajuda para continuar atendendo famílias em vulnerabilidade social e em risco alimentar. Não deixe pra depois, faça a sua parte. Colabore!

Milhares de pessoas não têm o que comer: falta-lhes o alimento básico. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em cinco anos, a fome aumentou no Brasil e já são 10,3 milhões de pessoas que vivem em insegurança alimentar grave no país. A fome é mais prevalente nas áreas rurais, atinge mais os domicílios chefiados por mulheres e quase metade dos famintos são da região Nordeste. Com a pandemia do novo coronavírus os índices de desemprego também aumentaram atingindo a marca de 14,1 milhões de pessoas, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) pelo IBGE, divulgada em dezembro/2020. Outra preocupação é a alta nos preços dos alimentos que também afeta as famílias mais vulneráveis, principalmente as que moram com pessoas abaixo dos 18 anos.

A Legião da Boa Vontade (LBV) continua sua intensa mobilização social, por meio de suas campanhas emergenciais que visam angariar donativos para entregar itens essenciais, a exemplo do leite, que compõe a cesta de alimentos, tão necessário para reforçar a alimentação da família e ajudar no desenvolvimento de crianças.

Por isso, a LBV precisa de doações para continuar prestando o atendimento a milhares de famílias em vulnerabilidade social e em risco alimentar que foram fortemente afetadas com os impactos socioeconômicos da pandemia da Covid-19. A meta da LBV é entregar por meio da Campanha Diga SIM, até agosto, nas cinco regiões do país, 85 mil cestas de alimentos; 242 mil litros de leite; 91 mil kits de higiene e de limpeza; e ainda 20 mil cobertores para famílias que residem em regiões onde o inverno é mais rigoroso, além de continuar com todo atendimento em suas 82 unidades socioeducacionais.

SAIBA COMO AJUDAR:

Acesse www.lbv.org.br e colabore. Selecione a opção que desejar e, de coração, doe qualquer valor. Se preferir, faça uma transferência bancária pelo PIX oficial da LBV: pix@lbv.org.br.

CONTAS BANCÁRIAS:

Bradesco: Agência: 0292-5 — C/C: 92830-5

Itaú: Agência: 0237 — C/C: 73700-2

Banco do Brasil: Agência: 3344-8 — C/C: 205010-2 

Caixa Econômica Federal: Agência: 1231 — operação: 003 — C/C: 100-0

Santander: Agência: 0239 — C/C: 13.002754-6

Confira essas e outras ações realizadas pela LBV no endereço @lbvbrasil no Facebook, no Instagram e no YouTube. 


quarta-feira 07 2021

A vida é um grande Big Brother


A vida é um grande Big Brother

Não posso deixar de comparar a vida real com um grande Big Brother. Em todas as religiões a vida real não é neste mundo, o próprio Cristo disse que seu reino não é deste mundo.

Os cristãos acreditam que passarão a eternidade no céu, ou no inferno conforme o caso. É fato que a vida de todos os seres vivos é temporária.

Os espíritas acreditam na vida após a morte e em sucessivas encarnações, a verdadeira vida é no mundo espiritual, portanto a verdadeira morada não é neste mundo, que inclusive, segundo a ciência, tem data de validade e um dia a terra será engolida pelo sol.

Mas vamos ao tema da matéria: O Big Brother é na verdade uma prisão em uma casa, onde as pessoas se conhecem e vivem enclausuradas. Essas pessoas estão disputando espaço, influência, domínio e vivem em busca da riqueza (o prêmio).

Dentro da casa elas formam grupos, fazem e desfazem alianças e amizades, formam casais, se separam, mentem, traem, defendem uns e atacam outros, entram em 'guerra" com outros grupos, amam, odeiam, julgam uns aos outros, são intolerantes, perseguem e condenam ao "paredão".

Quando alguém entra na casa todos fazem festa, quando alguém sai todos choram, a despedida é triste, a saída da casa é vista como uma espécie de morte sendo que na verdade é a libertação da prisão, o prisioneiro sai para a vida real mais experiente e melhor como pessoa, melhor do que quando entrou, não importa os erros que tenha cometido.

Assim é a vida real, estamos todos em uma grande prisão ou em uma grande escola chamada terra. Quando nascemos somos recebidos com alegria e festa, quando partimos a despedida é triste e cheia de lágrimas. Enquanto somos prisioneiros amamos, odiamos, auxiliamos, perseguimos, lutamos por dinheiro e por coisas sem real importância, disputamos uns com os outros por poder, espaço e conforto (quarto do Líder).

Enquanto estamos neste mundo enfrentando a vida e a convivência nem sempre fácil uns com os outros, "esquecemos" ou não nos damos conta de que somos prisioneiros, que somos limitados, que somos obrigados a seguir regras e que estamos sendo observados dia e noite. Temos muito medo de morrer e ter de abandonar nossa zona de conforto, nossos amigos, nossos projetos e nossos sonhos....

Temos medo de sermos livres, isso acontece com pessoas que estão presas por muito tempo e envelheceram na prisão, eles tem medo da liberdade, seu mundo é a penitenciária seus unicos amigos também estão presos, eles temem a solidão e o desconhecido na vida lá fora, muitos tem de ser forçados a deixar a prisão. É como um passarinho que passa muito tempo na gaiola e tem medo da liberdade.

É fácil entender o sucesso desse tipo de programa, ele é uma novela da vida real, como a vida ele é imprevisível e as situações são imprevisíveis e mudam constantemente, ninguém tem controle.

Comparando a vida real com o Big Brother, percebemos que a morte é uma libertação, que um dia teremos que deixar este mundo, que devemos aprender uns com os outros, que tudo o que fazemos tem consequências, que as amizades permanecem, e que um dia todos nós vamos nos reencontrar "lá fora," e vamos rir muito dos absurdos e das ilusões que aconteceram nesta "casa".

E a vida continua pela eternidade.

André Resistência

sexta-feira 02 2021

Sou contra o casamento gay


Sou contra o casamento gay

Eu sou contra o casamento gay nas igrejas que não aceitam o casamento homoafetivo.

Não entendo a discussão sobre o casamento gay nas igrejas, porque eu sou contra a intolerância religiosa.

O casamento gay no civil já é permitido, o que é justo e significa um grande avanço nos direitos humanos. No entanto é tão intolerante o cristão que não aceita o casamento gay no civil, como o gay que insiste em casar nas igrejas que não aceitam o casamento homoafetivo.

Qual é mesmo a diferença entre casar e não casar no religioso? Nenhuma, Deus certamente tem coisas mais sérias para fazer do que se ocupar com quem você leva para sua cama. Você realmente acredita que a sua união será mais feliz, apenas por causa de um ritual, em que se faz promessas hipócritas que sabe que em sua maioria não vai cumprir?

O casamento no civil sim, tem importância prática, pois é um contrato legal entre duas pessoas que assumem responsabilidades mútuas, deveres, direitos e condições no caso de separação e divisão de bens.

Injusto seria duas pessoas se unirem, adquirirem um patrimônio juntos, e no caso de morte os bens serem apropriados pela família do morto.

Se você é gay e quer se casar e os religiosos não aceitam, os ignorem e sigam sua vida, ou será que eles pagam suas contas no fim do mês?

Se os religiosos são contra o casamento gay, é só não se casar com um.

A vida é muito mas simples do que parece, o problema é que as pessoas adoram complicar.

As pessoas só podem lhe afetar se você permitir, você não controla o que as pessoas pensam ou fazem, mas controla como vai ser a sua reação, quanto mais importância você der às pessoas, mais elas o afetarão e terão poder sobre você.

O certo é ignorar os adversários e os ignorantes, ou revidar as agressões apenas se for inevitável e conveniente, mas não perca seu tempo mais que o necessário com eles, se livre o mais depressa possível destas pessoas e siga em frente sem olhar para trás.

A vida é muito curta e temos tanta gente incrível e interessante para conhecer, é um desperdício perdermos tempo com idiotas.

André Resistência

Na linha de frente contra a violência contra a mulher


Na linha de frente contra a violência

Pandemia amplia casos de violência doméstica contra a mulher e exige esforço redobrado da sociedade

Leila Marco

Entre os desafios que se apresentam na atualidade, o de trabalhar pelo fim da violência doméstica e familiar é um dos mais urgentes. A Lei Maria da Penha, que completa 15 anos em 7 de agosto, apesar de ser uma das melhores do mundo, pois cria mecanismos para reprimir esse tipo de opressão e punir os seus agressores, ainda possui desafios para ser completamente posta em prática, porque esbarra na falta de políticas públicas, conforme destacou a própria farmacêutica e ativista Maria da Penha, que dá nome à lei, em carta enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 1º de fevereiro de 2021, quando essa batalhadora completava 76 anos.

Se não bastassem as barreiras socioculturais que o país apresenta no enfrentamento a essa violação de direitos, a pandemia do novo coronavírus acentuou o que já era difícil. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2020), publicado em 19 de outubro, houve um aumento de 1,9% de ocorrências de feminicídios no primeiro semestre de 2020, com 648 casos. Já os registros de violência contra meninas e mulheres, como lesão corporal, ameaças e estupro, caíram em até 22,2% em relação ao mesmo período de 2019.

+ Saiba mais sobre o assunto na edição nº 257 da revista BOA VONTADE. Acesse: https://issuu.com/revistaboavontade/docs/bv_257

Segundo a análise do estudo, a queda desses percentuais assinala o aumento das subnotificações dos casos de agressão contra as mulheres com o início das medidas de distanciamento social para o combate à Covid-19.

E é fácil entender o porquê, visto que esse público ficou exposto de forma mais intensa e demorada a seus agressores, que em boa parte estão, como apontam pesquisas, no próprio lar ou na vizinhança: maridos, companheiros, namorados, pais e padrastos. O anuá¬rio alerta que, no mesmo período, a taxa de ligações para o telefone 190 (com referência à violência doméstica) cresceu 3,8%.

Além dos canais de denúncia, como a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), o Disque 100 (Disque Direitos Humanos) e o aplicativo Direitos Humanos BR, muitas organizações do Terceiro Setor tem se engajado no apoio direto a mulheres que sofrem algum tipo de violação de direitos. Dentre elas, o Instituto Maria da Penha, Apolônias do Bem, União de Mulheres da Amelinha Teles, Instituto Patrícia Galvão, assim como o projeto As Justiceiras.

+ Saiba mais sobre o assunto na edição nº 257 da revista BOA VONTADE. Acesse: https://issuu.com/revistaboavontade/docs/bv_257

REDE DE APOIO CONTRA O CICLO DE VIOLÊNCIA

A Legião da Boa Vontade (www.lbv.org) soma esforços junto a essas e tantas outras instituições, trabalhando na proteção básica da Assistência Social, cujas premissas são a prevenção e o reconhecimento das vulnerabilidades e riscos sociais, “quando a violação ocorre, nosso papel ao identificar a situação é mobilizar a rede socioassistencial para as soluções e os desdobramentos do Sistema de Garantia de Direitos”, explica Wilson Bigas, gerente do Departamento Socioassistencial da Entidade.

Durante a pandemia, graças ao acompanhamento psicossocial realizado, que se utiliza da técnica de abordagem denominada Escu¬ta Qualificada, na qual assistentes sociais, psicólogas e pedagogas da Entidade fazem contato telefônico a cada 15 ou 30 dias com os atendidos da LBV ou atendem à pessoa que chega à unidade, a equipe toma conhecimento da situação delas, buscando saber se há alguma necessidade específica em que possam colaborar, se estão precisando de informação de utilidade pública, bem como verificar se casos de violência doméstica, como tortura, maus-tratos, privação de liberdade, abandono, isolamento, entre outras graves situações, têm ocorrido ou se perpetuado.

O atendimento não é pontual. Ele faz parte de um processo contínuo e permanente, no qual a equipe técnica da LBV — além de encaminhar a mulher agredida a órgãos da rede de proteção à vítima de violência — acompanha diretamente com o Sistema de Garantia de Direitos a evolução do caso, bem como mantém contato com a própria usuária, a fim de verificar se ela conseguiu o serviço, se teve alguma dificuldade de acesso, entre outras questões. Tudo isso para que possa resgatar suas potencialidades e voltar o olhar para o autocuidado e para seus projetos de vida.

+ Saiba mais sobre o assunto na edição nº 257 da revista BOA VONTADE. Acesse: https://issuu.com/revistaboavontade/docs/bv_257

Exemplo do resultado desse trabalho é J., 44 anos, residente na capital potiguar, que, depois de duas décadas sofrendo agressões do marido (conheça mais de sua história na p. 22), conseguiu autonomia financeira para romper o ciclo de violência no lar. “Obrigada à LBV, pois, quando mais precisei, encontrei apoio. Faltava até comida em casa para dar aos meus filhos, chego a me emocionar [ao lembrar] dos dias mais difíceis que passei e ao ver como foi bom ter tido essa oportunidade [na Instituição]. Por essa e outras coisas que eu amo a LBV. Tenho um carinho especial pelos profissionais; é muito importante procurar e encontrar ajuda em um momento tão difícil”, ressalta.