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domingo 08 2011

Prós e contras à criação de novos Estados e a divisão do Pará

O Deputado Parsifal reafirma o seu apoio à criação do Estado de Carajás. 

É interessante observar que alguns políticos mudam de idéia, ou pelo menos arrefecem ou aumentam o seu entusiasmo conforme estejam na situação ou na oposição. 

Alguns políticos quando estão no governo não querem nem saber da divisão do Pará, e quando na oposição se tornam entusiastas na criação de Carajás e Tapajós. Felizmente o Dep. Parsifal, neste caso, está sendo coerente e mantém a sua posição, apesar da natural oposição do governo paraense à divisão do Estado. 

Como qualquer ação ou obra humana, a divisão do Pará tem seus aspectos positivos e negativos, convém, portanto analisar de forma pragmática a questão e verificar o peso das vantagens e das desvantagens. 

Prós 

Os exemplos de Goiás e Mato Grosso foram muito positivos, tanto para os Estados originais como para os Estados criados. Quem por exemplo conheceu o território goiano que hoje é o Estado do Tocantins, sabe o enorme desenvolvimento da região após a emancipação, não dá nem para comparar, e o mesmo se pode dizer do Estado de Mato Grosso. 

Outra coisa, costumam exagerar os custos da emancipação, se esquecendo que a máquina pública, em se tratando de prédios, materiais, equipamentos e funcionalismo já existe, as despesas serão basicamente quase que somente na capital, para a construção das sedes dos três poderes. 

Outra coisa é claro que a arrecadação do Pará deve diminuir, mas não é tanto quanto se imagina, os gastos serão reduzidos muito mais que a receita, em conseqüência haverá na verdade um efeito positivo nas finanças do Estado do Pará. 

O efeito significativo deve acontecer na política de forma positiva, assim como negativa. 

O efeito positivo é que vai ficar mais fácil conhecer os políticos e suas "fichas", facilitando a cobrança e a fiscalização por parte da sociedade. Outro efeito positivo será o aumento da representatividade e da força política do Norte, no Congresso Nacional. 

Contra 

O efeito negativo se dará na área política com a multiplicação de governos e políticos no poder. Serão mais dois governadores, vices-governadores, Senadores, Dep. Federais, Presidentes de Assembléias etc. 

Levando-se em conta o alto custo que representam os políticos no Brasil a despesa será enorme, e isso só as despesas legais (Vejam o escândalo na ALEPA). Temos que levar em conta ainda, que salvo raras exceções a atual safra de políticos paraenses não é das melhores, portanto com a criação de dois novos estados, existe uma boa chance de que teremos a multiplicação por três de maus políticos exercendo mandatos. 

Resumo 

Administrativa e financeiramente é vantajoso para a população do Pará como um todo a criação do Tapajós e Carajás, o problema na verdade é político, e saber se estas vantagens serão capitalizadas em favor do povo ou dos maus políticos e sua malta é o grande desafio. 

Tucuruí por exemplo é um município pequeno e com uma grande arrecadação, a quinta do Estado... E do que nos vale isso? 

A vantagem de ter uma grande arrecadação e a redução do território, não trás necessariamente (Graças aos maus e incompetentes governos e políticos) maiores benefícios aos municípios e a sociedade com um todo. O mesmo pode acontecer aos novos Estados após a divisão. 

Do que adianta ter o melhor e mais moderno avião do mundo, e entregar a um piloto inepto e irresponsável? Um Estado ou um município não é muito diferente.

Este é o verdadeiro desafio para a criação dos novos Estados, e para a divisão do Pará.


Equipe Folha.