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domingo 31 2013

TIM anuncia fibra óptica até setembro para suportar 4G em Tucuruí


Linhão de Tucuruí trará internet veloz e mais barata
     
Rosana Villar * . portal@d24am.com
    
Fonte: D24 am.
    
Linha de Tucuruí será entregue em julho e TIM anuncia fibra óptica até setembro para suportar 4G.
     
São Paulo - O linhão de Tucuruí, que conectará o Amazonas ao Sistema Interligado Nacional, entrará em operação em julho e, até setembro, o Estado receberá a conexão de fibra óptica, que aumentará em até 5 mil vezes a velocidade da transmissão atual e acesso à tecnologia 4G.
     
O investimento total é de R$ 2,5 bilhões e a operadora TIM, responsável pela fibra óptica, participou com R$ 200 milhões.
    
De acordo com o presidente da TIM Fiber, Rogério Takayanagi, a nova tecnologia proporcionará maior qualidade na transmissão de voz e dados, além de contribuir para a redução dos preços do serviço de internet. “Os preços devem ficar, pelo menos, equivalentes aos cobrados em outras regiões”, disse.
    
A Embratel também possui um cabo que liga Manaus a Porto Velho e a Oi tem outro com ligação para Roraima interconectado por cabo submarino aos Estados Unidos e o Sudeste brasileiro.
    
Segundo o executivo, a TIM oferece o serviço de banda larga em São Paulo, com capacidade de 35 megabites por segundo (mb\s), por R$ 59 ao mês.
     
A fibra tem 1.757 quilômetros (Km) de extensão e possui 36 cabos, com 75 canais cada par. De acordo com o diretor da Tim Brasil, Cícero Olivieri, cada canal tem capacidade de 100 gigabites por segundo (Gb\s), sendo assim, o sistema poderá transmitir 7,5 terabites por segundo inicialmente.
     
“Mas já estamos testando tecnologias que poderão aumentar a capacidade destes canais para 400 gb\s. Até o final deste ano, Manaus terá acesso a tecnologia 4G”, afirmou.
     
A concessão é de 20 anos, renováveis por mais 20, e a operadora já possui parcerias com a Telebrás e com a Vivo para o compartilhamento da rede.
    
“Acreditamos na concorrência por produtos e não por infraestrutura, pois se conseguirmos compartilhar a estrutura, o dinheiro que seria aplicado na manutenção pode ser investido em outros projetos”, completa.
    
Inicialmente, os serviços serão oferecidos em Manaus e nas cidades de Silves, Itacoatiara, Rio Preto da Eva, Itapiranga, São Sebastião do Uatumã, Urucará, Parintins e Nhamundá. O acesso poderá ser estendido a outros municípios que possuam ligação via estrada com o linhão.
     
Consórcio
     
O linhão foi licitado em 2008 e executado pelo consórcio LT Amazonas, formado pela Isolux Infrastrutucture e Manaus Transmissora, do qual a TIM compartilhou as torres de transmissão.
     
São 1.747 km, sendo 556 km do Lote C, que compreende o trecho que vai de Oriximiná, no Pará, até Manaus. Apenas neste trecho, foram construídas 1.047 torres, com altura entre 45 a 180 metros.
    
* A repórter viajou a convite da TIM Brasil.
    

Lista da CPT aponta Roquevam de Tucuruí, como uma das 38 pessoas ameaçadas de morte atualmente no sul e sudeste do Pará.

Situação de ameaçados do Pará é grave 

Pelo menos 38 pessoas no sul e sudeste do Estado amanhecem o dia com a real sensação que pode ser o último. 
    
São pessoas marcadas para morrer, de acordo com a lista de ameaçados de morte feita pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) a partir de levantamentos realizados nos municípios paraenses. 
    
São lideranças sindicais ou trabalhadores rurais que vivem sob ameaça constante e que passaram a ter mais receio em relação à própria vida depois do assassinato em 2011 do casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, em Nova Ipixuna. Finalizado em agosto de 2012, o levantamento da CPT é o mais recente a respeito de ameaças de morte em consequência da luta pela posse da terra e mostra que a violência no campo ainda é palavra de ordem no lado de baixo do mapa do Pará. 
    
O assassinato de José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva é o capítulo mais recente do histórico de violência agrária no Pará. Nos próximos dias 3 e 4 de abril, José Rodrigues, Lindonjonson Silva e Alberto Lopes irão a júri popular, em Marabá, por serem acusados de ter envolvimento direto na morte dos extrativistas. Rodrigues é acusado de ser o mandante do crime, já Lindonjonson e Alberto são apontados como os executores do assassinato. 
    
É mais um caso de morte anunciada no campo, já que pelo menos dez anos antes de serem emboscados José e Maria denunciavam extração ilegal de madeira em Nova Ipixuna e se diziam ameaçados de morte. 
     
“Diversos trabalhadores rurais e lideranças ameaçadas de morte fazem parte dos acampamentos de famílias sem-terras que reivindicam terras públicas ilegalmente ocupadas por fazendeiros e madeireiros. No sul e sudeste do Pará, são milhões de hectares de terras criminosamente grilados ou ocupados ilegalmente por latifundiários. As respostas que os trabalhadores rurais e suas lideranças têm recebido quando pressionam a liberação dessas áreas para a reforma agrária tem sido as ameaças e mortes por parte dos grileiros e ocupantes ilegais”, diz o advogado José Batista Afonso, da Comissão Pastoral da Terra. 
     
Não é uma situação isolada. O número de ativistas ameaçados no país aumentou de 125 para 347 entre 2010 e 2011, segundo o relatório Conflitos no Campo Brasil. Somente em um ano, o número de ativistas ameaçados no país aumentou 177,6%. A CPT diz que a situação é particularmente grave no Estado do Pará. 
    
Segundo o Relatório de Investigação 2005 da Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH), o Estado representa 40% da superfície total desmatada no Brasil, e tem as taxas mais altas do país, tanto de escravidão como de ameaças a defensores dos direitos humanos. Doze dos 29 assassinatos de ativistas rurais brasileiros em 2011 ocorreram em solo paraense, garante a CPT. 
    
ISOLADOS 
    
De acordo com os Cadernos de Conflitos no Campo, nos últimos 10 anos 692 pessoas foram ameaçadas de morte no Estado do Pará. A maioria dessas ameaças no sul e sudeste do Estado. “Esse número, embora alto, não representa a totalidade das pessoas vítimas desse tipo de violência no campo. 
    
Muitos casos não são registrados porque as vítimas se encontram em municípios isolados ou em regiões que não têm a presença da CPT ou de outras entidades de defesa dos direitos humanos que possa fazer o registro das ameaças”, diz José Batista Afonso. 
    
Em São Félix do Xingu, Juvêncio Coelho da Luz tem medo da escuridão e tem uma bala no peito como companheira diária. Membro do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de São Félix, é assentado pelo Incra desde 2004. Em 2011 recebeu uma proposta de compra da terra. Juvêncio recusou. Poucos dias depois enquanto roçava o pasto recebeu um tiro de revólver, calibre 32. 
    
A bala continua alojada no peito. Juvêncio Coelho da Luz registrou o ocorrido na Delegacia de Polícia de São Felix do Xingu, mas nenhuma providência efetiva foi tomada por parte da polícia. O agricultor mora atualmente na vila do Projeto de Assentamento Sudoeste, sem poder retornar ao próprio lote por medo de ser assassinado. Depois de baleado, vem sendo avisado do risco que corre. 
     
Em Tucuruí, Roquevam Alves Silva é uma das lideranças do grupo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). As ameaças de morte sofridas por ele têm sido especificamente por denúncias feitas contra madeireiros de Tucuruí que extraem e vendem ilegalmente madeira nas ilhas do Lago da Usina Hidrelétrica de Tucuruí (UHT) e nas áreas de terra firme no entorno. 
    
Depois das denúncias feitas por Roquevam Silva, madeireiros tiveram madeiras, balsas e equipamentos apreendidos pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e foram intimados pela Delegacia de Polícia Civil de Tucuruí. A partir daí, a vida de Roquevam virou de ponta cabeça. Teve a casa incendiada duas vezes e escapou de uma tentativa de homicídio. É o preço que vem pagando pela militância. “Perdi a liberdade. Me sinto inseguro, achando que a qualquer hora posso ser assassinado”. 
    
O medo de Roquevam não é infundado. A história mostra que no sul e sudeste do Pará, ameaça de morte costuma ser promessa cumprida. 
    
(Diário do Pará)
     

sábado 30 2013

Enquete UOL pergunta: Feliciano deve continuar na Presidência da CDHM?

"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.
Mateus 7:21-23"
   
O Portal brasileiro com maior audiência no País, o UOL está promovendo uma enquete para saber a opinião dos internautas sobre a eleição do deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC) à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara. 

   
Acusado de racismo e homofobia, Feliciano está à frente da comissão que luta justamente em defesa, entre outras minorias, dos negros e homossexuais. 
    
Em sua enquete, o UOL questiona: “O que você acha de o deputado pastor Marco Feliciano ser presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara?”. As alternativas de respostas à pergunta são: “Sou a favor”, “Sou contra” e “Sou indiferente”. 
    
Até o momento em que escrevemos esta matéria o resultado era o seguinte: 
   
Sou contra: 72,45%. 
Sou a favor: 26,06%. 
Sou indiferente: 1,49%. 
   
Para votar também, Clique aqui.
   
Em nossa opinião o único beneficiado com esta "guerra santa" ressuscitada da idade média, é o próprio Feliciano que capitaliza os votos dos radicais fundamentalistas cristãos, dos racistas e dos homofóbicos, que embora sejam minoria, têm votos suficientes para turbinar a carreira política do Feliciano como deputado, embora não passe disso ele garante a sua reeleição e deve aumentar o número de votos com esta pantomima. Coisa de político "profissional" brasileiro. 
   
Nesta verdadeira ópera bufa protagonizada pelo Deputado Feliciano (PSC), um radical extremista cristão, a imagem do Congresso Nacional e do próprio PSC estão sendo desgastadas, assim como deve aumentar em muito na sociedade, principalmente entre os jovens, o preconceito contra os Pastores Evangélicos e contra os evangélicos como um todo. 
   
Os evangélicos tem feito um trabalho fenomenal e muito importante com a reabilitação de pessoas marginalizadas e dominadas pelo crime e pelas drogas, isso é indiscutível. No entanto é lamentável o desserviço que estes radicais extremistas estão fazendo à imagem dos evangélicos como pessoas de bem, pacíficas e dedicadas a ajudar o próximo, servindo a Deus sem esperar reconhecimento ou recompensa, estes são os verdadeiros cristãos, os que verdadeiramente entenderam a mensagem do Cristo. 
   
A ala radical evangélica está cometendo o mesmo erro da Igreja Católica, ao não acompanhar a evolução intelectual e as mudanças nos costumes provocadas pelo maior acesso da população a educação e a informação, assim como mudanças provocadas pela integração dos povos através da globalização. 
   
A humanidade está mais evoluída e hoje não aceita mais o radicalismo político e religioso, todos temos que forçosamente aprender a conviver com as diferenças e aceitar a diversidade cultural e de pensamento político, religioso e filosófico. 
   
Todos os grandes ícones das grandes religiões em todos os tempos (sem exceção), incluindo Jesus Cristo, pregaram a tolerância e o amor ao próximo. Quem ama não julga, não acusa e nem critica, quem ama o seu próximo o aceita como ele é, com erros e defeitos até porque quem não os tem? Aquele que for perfeito que atire a primeira pedra. 
   
Cristo nasceu em uma manjedoura, protegeu e salvou a prostituta da morte, foi crucificado e executado como um bandido entre dois ladrões, tudo para nos mostrar que o preconceito e a intolerância não condizem com a atitude que deve ter uma pessoa de bem, e principalmente uma pessoa que ama verdadeiramente a Deus e ao seu próximo. Em nenhum momento Cristo julgou ou amaldiçoou os seus algozes, muito pelo contrário, pediu a Deus que os perdoassem. Será possível que ninguém entendeu a mensagem? 
   
Um cristão verdadeiro não pode concordar com o preconceito e com a intolerância para com seu irmão em Deus, atitudes estas incompatíveis com os ensinamentos de Jesus Cristo. Se você acredita que por ser cristão tem o direito de perseguir e julgar os seus irmãos que pensam diferente de você, estará dando o mesmo direito e razão aos radicais de outras religiões que perseguem os cristãos em outros países em que os cristãos são minoria. 
   
Se não dermos um basta a este círculo vicioso de fanatismo e intolerância, as pessoas continuarão a sofrer, a serem presas, torturadas e mortas, simplesmente por pensar de forma diferente. Os cristãos continuarão a serem perseguidos e a perseguirem, a matar e serem mortos, será que isso é a vontade de Deus? Desde quando o verdadeiro Deus divide nações e joga irmão contra irmão? 
   
Pensem nisso... 
   

quarta-feira 27 2013

Caso de polícia - Cinco idosos morrem em 48 h no Hospital Regional de Tucuruí


    
Fecharam o matadouro de Tucuruí por falta de condições sanitárias e pelo risco de contaminação provocado pelo descaso para com a saúde pública em Tucuruí.
     
No entanto outro matadouro está em pleno funcionamento, trata-se do Hospital Regional de Tucuruí que se tornou uma antessala da morte, com várias denúncias de falta de medicamentos, leitos, condições de trabalho para os funcionários e recentemente infecção hospitalar.
      
Quem adentra o HRT está colocando a sua vida e a sua saúde em risco. 
    
O Jornal de Tucuruí denuncia a morte de cinco idosos em apenas 48 horas no HRT. Leia a matéria do JT clicando aqui.
     
E agora...
     
Quem poderá nos defender???
    
Só Jesus na causa, pois os responsáveis por esta calamidade se consideram acima da Lei. 
    
E em nossa opinião... 
    
Estão mesmo!!!
          

terça-feira 26 2013

O cisco no olho alheio.


A obediência cega

A dor do outro e a nossa obediência 
   
Há 50 anos, o psicólogo social Stanley Milgram mostrava o quanto estamos dispostos a cometer ações atrozes sob o mando de uma autoridade 
   
Alessandro Greco - colunista do iG 
   
    
Imagem mostra como foi conduzido o experimento Milgram: autoridade é mais forte que convicções morais 
    
Há 50 anos, o psicólogo social americano Stanley Milgram publicou um artigo que chocou o mundo. Intitulado “ Behavioral Study of Obedience ”, o texto descrevia como 40 homens haviam participado de uma pesquisa e aplicado choques quase mortais em completos desconhecidos apenas porque um “cientista” – que eles também não conheciam – dava ordens para que fossem sempre em frente. 
    
O que aparentava ser uma sessão de tortura era, em verdade, um experimento científico com o objetivo de entender até que ponto uma pessoa comum, sem traços violentos, seria capaz de cometer atrocidades sob mando de uma autoridade (o “cientista”). 
   
Os choques eram de mentira e os que recebiam o choque estavam, juntamente com os “cientistas”, a serviço do experimento. Apenas os que aplicavam os choques não sabiam o que se passava. Os resultados foram absolutamente surpreendentes. Dos 40 participantes, 26 (65%) aplicaram a carga máxima em seus choques (450 volts), apesar de suas "vítimas" terem implorado para que parassem. O experimento foi replicado diversas vezes e o número se manteve por volta de 65%, inclusive em testes em outros países 
   
Antes de fazer o experimento Milgram fez uma pesquisa com alunos de Psicologia da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, onde era professor assistente. Nela, perguntou a 14 deles qual o choque máximo que seria dado em um experimento com 100 pessoas. A média das respostas foi que apenas 1,2% chegariam a 450 volts – ou seja, 1 em cada 100. Milgram fez ainda o mesmo com psiquiatras de uma escola de medicina. O resultado: apenas 3,73% daria um choque acima de 300 volts e um número ínfimo, cerca de 0,1%, chegaria ao valor máximo de 450 volts. 
   
A hipótese de Milgram era de que uma pessoa submetida à pressão da autoridade tem a tendência de simplesmente obedecer. “As pessoas aprendem desde crianças que é uma falha moral grave machucar alguém contra a vontade. Mesmo assim, 26 delas abandonaram este princípio ao seguir as instruções de uma autoridade que não tinha nenhum poder especial para fazer com que suas ordens fossem seguidas. 
    
Desobedecê-la não traria nenhum dano material para estas pessoas, não haveria nenhuma punição. Ficou claro pelos comentários e comportamento de muitas dessas pessoas [que deram os choques] que ao punir as vítimas elas estavam agindo contra seus valores. Elas expressaram frequentemente uma desaprovação profunda em dar choques em um homem apesar das suas reclamações e outras delataram a estupidez e a falta de sentido neste ato. Mesmo assim a maioria seguiu as ordens”, afirmou Milgram no artigo. 
   
A complexidade dos resultados obtidos por Milgram pode ser vista muito na vida diária e, em especial, em situações limite como a que viveu o mundo durante a Segunda Guerra Mundial. Nela, as atrocidades cometidas em nome da obediência a um líder durante o período nazista resultaram em alguns dos maiores crimes contra a humanidade. 
   
Mas a questão não é a obediência em si, mas o que se faz com ela (ou em nome de que ela é utilizada). “...não se deve pensar que todos os atos de obediência contenha atos de agressividade contra outros. A obediência serve a inúmeras funções produtivas. Na verdade, a vida em sociedade é baseada en sua existência. A obediência pode enobrecer e ser educativa e estar ligada a atos de caridade e bondade assim como de destruição”, afirma Milgram no artigo. 
   
Talvez o maior valor do experimento de Milgram esteja no fato de ele ter feito emergir um debate fundamental sobre a condição humana: o quanto nossos valores pessoais realmente guiam nossas atitudes no mundo real quando estamos sob o mando de uma “autoridade”. Afinal, na vida, na maior parte do tempo há uma “autoridade” acima de nós – seja no campo pessoal, profissional ou espiritual. Cabe a cada um de nós perguntar: o que eu faço com isso? 
   
*Alessandro Barros Greco é jornalista e engenheiro mecânico pela POLI-USP. Escreve sobre ciência desde 1998. Acredita que falar sobre ela ajuda as pessoas a viver melhor. Foi o terceiro brasileiro a receber a bolsa Knight Science Journalism Fellowship do Massachusetts Institute of Technology (MIT).
    

segunda-feira 25 2013

Querem transformar o Brasil em uma teocracia

Um exemplo das consequências da intolerância religiosa e da religião na política.
   

Em primeiro lugar vamos comentar o que é um país laico, o Brasil é (e espero que continue a ser) um país laico, em que todos possam ser livres para escolher a sua religião.
   
ESTADO LAICO
   
Um Estado secular ou estado laico é um conceito do secularismo onde o Estado é oficialmente neutro em relação às questões religiosas, não apoiando nem se opondo a nenhuma religião. Um estado secular trata todos seus cidadãos igualmente, independente de sua escolha religiosa, e não deve dar preferência a indivíduos de certa religião. Estado teocrático ou teocracia é o contrário de um estado secular, ou seja, é um estado onde há uma única religião oficial (como é o caso do Vaticano e do Irã).
    
O Estado secular deve garantir e proteger a liberdade religiosa e filosófica de cada cidadão, evitando que alguma religião exerça controle ou interfira em questões políticas. Difere-se do estado ateu - como era a extinta URSS - porque no último o estado se opõe a qualquer prática de natureza religiosa. Entretanto, apesar de não ser um Estado ateu, o Estado Laico deve respeitar também o direito à descrença.
   
TEOCRACIA
   
Já no estado teocrático uma religião Teocracia (do grego Teo: Deus + kratos: governo) é o sistema de governo em que as ações políticas, jurídicas e policiais são submetidas às normas de alguma religião. O poder teocrático pode ser exercido direta ou indiretamente pelos clérigos de uma religião: os governantes, juízes e demais autoridades podem ser os próprios líderes religiosos (tal como foi Justiniano I) ou podem ser cidadãos leigos submetidos ao controle dos clérigos (como ocorre atualmente no Irã, onde os chefes de governo, estado e poder judiciário estão submetidos ao aiatolá e ao conselho dos clérigos). Sua forma corrupta é também denominada clerocracia.
    
Exemplos atuais de regimes desse tipo são o Vaticano, regido pela Igreja Católica e tendo como chefe de Estado um sacerdote (o Papa), e o Irã, que é controlado pelos aiatolás, líderes religiosos islâmicos, desde a Revolução Islâmica, em 1979 e Israel que é oficialmente um Estado judeu.
    
Ora, qualquer um que professe uma religião tem o direito de agir de acordo com as suas crenças, e os líderes religiosos tem o direito, e diríamos até mesmo o dever de orientar e estabelecer normas de conduta para os praticantes da sua fé. Desde que os membros da igreja professem a sua fé de livre e espontânea vontade. 
   
O que é inaceitável e inadmissível é que uma determinada religião queira impor a ferro e a fogo as suas crenças, os seus costumes e a sua forma de agir aos praticantes de outras religiões e até mesmo aos que não professam religião alguma. O Brasil é um país em que a liberdade religiosa tem sido respeitada há séculos, não podemos aceitar imposição religiosa de quem quer que seja. 
    
Existem algumas correntes evangélicas no Congresso Nacional e fora dele que estão tentando controlar a imprensa, a política e até mesmo o judiciário com o objetivo de impor a sua religião e as suas crenças a todos os brasileiros, estão tentando até mesmo controlar e modificar decisões do Supremo Tribunal Federal com as quais não concordam, Clique aqui e veja a notícia. Não podemos entregar o Brasil nas mãos de fanáticos religiosos, cegos pela ambição e sedentos de poder.
   
Se permitirmos, no futuro podemos perder o direito de escolhermos livremente a nossa religião, e não é só isso, podemos perder o direito à liberdade de escolhermos como viver a nossa própria vida, de como nos comportar e nos vestir, do que beber e comer, e até mesmo o direito de formar a nossa família e educar os nossos filhos de acordo com a nossa fé e os nossos costumes. 
    
A história da humanidade prova que todas as vezes que a religião controlou o Estado e a política o resultado nunca foi bom, os religiosos geralmente se consideram os donos da razão e da verdade, e isso na concepção deles, lhes dá o direito de mandar na vida alheia e de impor as suas crenças aos outros por bem ou "na marra". A História e os fatos nos mostram isso através de "exemplos" como a inquisição da Igreja Católica, os tribunais Islâmicos e a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) travada entre Católicos e Protestantes. 
   
Não sei quanto ao resto da população brasileira, mas eu quero continuar a ter a liberdade de escolher a minha própria religião, de escolher o meu modo de vida, a liberdade de poder educar os meus filhos de acordo com as minhas crenças e o meu modo de ser, e a liberdade de pensar e de me expressar sem me preocupar com o que algum fanático religioso possa pensar e como vai agir contra mim a minha família só porque não pensamos igual a ele. 
   
O povo brasileiro é um povo trabalhador e ordeiro, por isso pacífico. No entanto com certeza absoluta a maioria do nosso povo não aceitará ser escravizado e sujeito a nenhuma religião ou seita. No decorrer da história a grande maioria das guerras no mundo teve como causa a intolerância e as diferenças religiosas, são inúmeros no mundo os países divididos pela religião, em que irmão mata irmão em nome de Deus. 
   
Que Deus nos proteja e defenda o nosso país da intolerância, da ditadura e da guerra religiosa. 
   
Lembrem brasileiros: O preço da liberdade é a eterna vigilância.
   

Dançarina impressiona ao fazer pole dance em programa de talentos na Ucrânia


   
Um dançarina muito desinibida decidiu realizar uma performance de pole dance durante a versão ucraniana do programa "America's Got Talent". 
   
Nas imagens, a loira mostrou habilidade com a técnica provocante e agradou os jurados da atração. 
  
As imagens se tornaram sensação na web e já tiveram milhares de acessos. Assista!
    

sábado 23 2013

TUCURUÍ: MP pede e justiça determina suspensão de mandato de conselheiro tutelar por estupro


Tucuruí - Praça do Rotary.

A juíza de direito titular da 1ª vara da comarca de Tucuruí, Rosa Maria Moreira da Fonseca deferiu ontem, dia 21, o pedido do Ministério Público do Pará de suspensão do mandato do conselheiro tutelar, Wanderley Lopes Dourado. 
    
A ação civil pública assinada pela promotora de justiça, Francisca Suênia Fernandes de Sá resultou de um procedimento de investigação preliminar que teve como objetivo apurar as informações prestadas por funcionárias do Conselho Tutelar de Tucuruí sobre o abuso sexual praticado pelo conselheiro tutelar, Wanderley Dourado contra uma adolescente em seu gabinete. Segundo investigações a adolescente que tinha fugido de casa com o namorado, foi ao conselheiro tutelar, acompanhada de sua mãe para informar que retornaria ao convívio familiar, ocasião que em Wanderley Dourado pediu para ficar sozinho com a adolescente e abusou sexualmente da adolescente, alegando que estaria fazendo um exame ginecológico. 
   
A adolescente saiu do gabinete chorando e perguntou “se era certo um conselheiro fazer exame dentro da sala dele”, em audiência na promotoria do município a adolescente e vítima de estupro confirmou as informações prestadas pelas funcionárias do Conselho Tutelar e relatando o ato com detalhes. 
     
O Ministério Público pediu e a justiça determinou ontem o afastamento do cargo de conselheiro tutelar de Wanderley Dourado, suspensão de remuneração e nomeação de outra pessoa para o cargo, comunicando à Secretaria de Política e Assistência Social e ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. 
    
O MP também solicitou que a polícia seja oficiada para investigar o caso com informações já obtidas e repasse as informações que porventura sejam colhidas pela polícia. 
     
Texto: Jessica Barra (Graduanda em jornalismo) 
Revisão: Edyr Falcão 
       
Fonte: Site do Ministério Público Estadual.
   

sexta-feira 22 2013

Por uma democracia menos cacique

Por Inês Castilho 
   
Washington Luíz Rodrigues Novaes é um jornalista que trata com destaque os temas de meio ambiente e povos indígenas. 
    
A seguir, a entrevista. 
     
Qual é a sua percepção sobre a participação política do brasileiro? 
     
Penso que a sociedade brasileira está em um momento crítico, porque vive indignada com a incompetência administrativa, o descaso, a corrupção, mas em geral se limita ao que eu chamo de retórica da indignação. Fica indignada, mas incapaz de movimentos que possam mudar o quadro. 
     
Parte da sociedade vive nessa inação porque são muitos os cidadãos que sonegam impostos, subornam guarda, furam fila, não respeitam a lei. É preciso mudar isso. E também aprender a organizar-se em grupos para discutir os assuntos que incomodam, e chamar para ajudar na discussão o ministério público, a universidade etc. Para a partir daí criar objetivos concretos e levar ao campo da política – ou tudo vai continuar como hoje. Seria muito importante também para a universidade, que foi muito perseguida durante a ditadura militar e se fechou para os problemas da sociedade. 
   
O problema é complexo e grave. Estava relendo os relatórios do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) do começo da década de 1990, e eles dizem uma coisa em que é preciso pensar: no mundo moderno, o Estado se tornou pequeno demais para enfrentar os grandes problemas do mundo, e ao mesmo tempo grande demais, incapaz de se aproximar dos problemas do cidadão comum. O Estado ficou imobilizado pelos dois lados, e a sociedade precisa aprender a romper com isso. É preciso ter macropolíticas capazes de responder aos grandes problemas da sociedade, mas também uma descentralização que leve o poder a se aproximar do cotidiano do cidadão. 
   
Principalmente nesse mundo de hoje, em que a metrópole está se tornando um padrão. São Paulo, por exemplo, é um padrão de metrópole que foi se estendendo pelo interior, ao longo do eixo que passa por Jundiaí, Campinas, Ribeirão Preto, Uberaba, Uberlândia, até o Centro-Oeste, em Goiânia. E mesmo em lugares mais distantes, como Manaus, Belém e Boa Vista, vai-se encontrar essa mesma coisa. Em uma daquelas grandes avenidas de Manaus não vai se ver floresta, característica da Amazônia – só se veem prédios, só torres. Em Belém, a mesma coisa. Em Porto Velho o trânsito é um inferno. É preciso repensar isso, não manter esse modelo de transportes. Ou vamos continuar despejando centenas de milhares de carros por mês em lugares onde já não há mais como se mover? Centenas de milhares de motocicletas? 
   
Quais os temas capazes de mobilizar a sociedade brasileira hoje, a seu ver? 
   
A questão do transporte, certamente, é um deles. A segurança pública é outro tema. Penso também que o financiamento de campanhas, se houver uma discussão bem conduzida, pode ser muito eficaz. Porque hoje a influência de quem financia as campanhas se tornou muito grande. Os financiamentos vêm principalmente das grandes construtoras, das grandes empresas de coleta de lixo. E isso acaba determinando rumos para a política. É preciso que se discuta: não seria o caso de caminharmos para o financiamento público das campanhas? Os críticos desse modelo dizem que o financiamento pode ser público e, por trás do pano, continuar tendo financiamento privado. Não sei, é preciso discutir isso. Será que o caminho é o modelo do representante distrital, para aproximar a discussão das comunidades? O financiamento das campanhas precisa ser discutido porque, do jeito que está, eu às vezes penso, ironicamente, que talvez o modelo mais democrático tenha sido o da ditadura militar, em que só se podia botar na televisão o retrato 3×4 e três linhas de biografia. Aí se igualavam as possibilidades. 
   
Acho também que, nessa questão das macropolíticas, é preciso discutir como é que se vai fazer, porque tudo o que o ser humano faz tem um impacto sobre o meio físico. No grande meio urbano esses impactos são grandes, e não são compensados por quem os provoca. Por exemplo, o sujeito faz cinco torres de 40 pavimentos, e isso vai provocar um impacto enorme no trânsito, nas necessidades de água e esgoto, no lixo e na energia. E quem é que paga por isso? Vivem abrindo exceções para deixar construir além do gabarito, de modo a não cobrar os impactos. Isso precisa mudar, a sociedade precisa discutir isso. 
   
Trata-se de repensar nosso modo de vida em vários aspectos, não é? 
   
Cada cidadão precisa pensar nos impactos que produz e em como reduzi-los. Isso vai implicar mudanças nos modelos de construção, nos modelos de energia. Porque, da forma que está, estamos caminhando para impasses gigantescos. Esses dias saiu uma notícia assim: em 97, quando foi aprovado o protocolo de Kyoto, se estabeleceu que os países industrializados reduziriam as suas emissões de gases poluentes em 5,10% até 2012. O balanço diz que essas emissões aumentaram 45%, e não diminuíram 5,2%. Os relatórios do programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente mostram que estamos consumindo recursos mais de 30% além da capacidade de reposição do planeta. Isso é insustentável. 
   
Tudo continua sendo regido pelas lógicas financeiras – sejam os países, sejam as empresas, até as próprias pessoas. Mas estamos caminhando para problemas graves. Primeiro, porque a situação do mundo está muito difícil. Já temos um bilhão de pessoas passando fome, e a chamada crise da água ameaça dois terços da humanidade. O Kofi Annan, que foi secretário-geral da ONU durante uma década – um homem experiente, informado – tem repetido e repetido o seguinte: hoje, os problemas centrais do nosso tempo não estão no terrorismo, mas nas mudanças climáticas e no consumo de recursos além da capacidade de reposição do planeta – Eles são uma ameaça à sobrevivência da espécie humana. Ainda mais lembrando que tudo isso vai ser agravado, porque a previsão dos demógrafos da ONU é de mais três bilhões de pessoas no mundo. Agora em novembro [de 2011] chegamos a sete, não é? 
  
E há um ângulo que praticamente não se discute, que é o direito da sociedade à informação. Não estou falando em censura, ausência de liberdade de pensamento – não é isso. Estou falando o seguinte: hoje se sabe que quem tem mais informação tem mais poder. Mas não há nenhuma legislação que diga a quem pertence essa informação – porque, para ser democrática, ela tem que pertencer à sociedade. Se quem tem mais informação tem mais poder, a informação tem que ser democrática para que o mundo seja democrático, não é? Mas não há legislação que proteja isso. 
   
Uma forma de regulação da mídia? 
   
A meu ver, seria preciso escrever na Constituição que a informação é um direito, um bem da sociedade. É preciso legislar para regulamentar e proteger este direito. Não há nada, hoje, que diga aos meios de comunicação como devem proceder. Quer dizer, o meio de comunicação publica ou bota no ar o que ele quer. O critério é dele. Nisso aí está implícito o direito de omitir informação. É preciso reconhecer que há um direito da sociedade à informação, definir como isso vai ser colocado na Constituição e qual é a legislação que vai proteger esse direito. 
   
Isso me faz lembrar as sociedades indígenas, nas quais a informação circula livremente. Haverá outras lições para nós, nessas sociedades? 
   
A nossa visão de brancos, vamos chamar assim, sobre as sociedades indígenas, é muito peculiar, porque olha o índio não pelo que ele tem, mas pelo que ele não tem. Vê que o índio anda nu, que não tem isso, não tem aquilo. E não enxerga que as sociedades indígenas talvez estejam apontando em direção à utopia humana. 
   
Uma delas é que, no seu formato tradicional, não há nas sociedades indígenas delegação de poder. O chefe não tem poder para dar ordem. Numa sociedade que se mantém viva, se um índio der ordem para outro, o outro vai achar aquilo engraçado, alguém dar ordem para ele. O chefe é o que mais sabe da cultura, o que mais sabe da divisão do trabalho, é o grande mediador de conflitos, tem de falar melhor. É o que mais sofre, também. Mas não dá ordem a ninguém. Nós, brancos, não enxergamos que luxo é viver, nascer e morrer numa sociedade sem nunca receber ordem de ninguém. 
   
Da mesma forma, também nos esquecemos de que, quando uma sociedade indígena está na força da sua cultura, um índio é autossuficiente, não depende de ninguém para nada. Ele sabe fazer sua casa, sabe fazer sua lavoura, sabe fazer sua canoa, sabe fazer seus instrumentos de trabalho, a sua rede, os seus objetos de adorno, sabe identificar na natureza espécies que sejam úteis. Quer dizer, ele não recebe ordem de ninguém e não depende de ninguém para nada, a vida inteira. 
   
E a informação é aberta – o que um sabe, todos podem saber. Ninguém se apropria da informação para transformá-la em poder político ou econômico. Além de aquelas sociedades darem muita atenção ao seu entorno: nos lugares que conheço, quando uma aldeia chega a 300, 400 pessoas, ela costuma se dividir, exatamente para que não haja uma sobrecarga dos recursos ambientais dos quais a aldeia depende. Isso também é de uma enorme sabedoria, não construir megaconcentrações humanas. 
   
E quanto ao relacionamento entre os gêneros? 
   
Sobre a relação entre homem e mulher, eu sempre cito um aspecto para o qual o Orlando Villas Boas me chamou a atenção: em geral são sociedades em que a união entre homem e mulher é absolutamente livre. Casa e descasa quando quer, ninguém tem nada a dizer, não há nenhuma sanção social. Digamos que o homem não esteja satisfeito com a mulher, porque ela não está trazendo água limpa para casa, e isso é uma tarefa da mulher. Se ele quiser, pode simplesmente dizer “não tenho água, vou-me embora” – e ir embora. Mas, se ele quiser continuar com a mulher, não vai sequer dizer a ela que não está satisfeito, porque isso pressupõe que ele tem direito a que ela traga água para casa e pode reclamar se ela não trouxer – e ele não tem esse direito, ela traz se quiser. Está nas divisões de trabalho: é uma tarefa da mulher trazer água limpa para casa. Mas, se ela não quiser, não traz – e o homem não pode se queixar. 
   
O que ele pode fazer é procurar o chefe, os mais velhos, e dizer: “olha, minha mulher não está trazendo água limpa para casa”, e eles provavelmente vão reunir os homens e as mulheres e explicar como é a divisão de trabalho na etnia deles, porque tais tarefas cabem aos homens e tais tarefas cabem às mulheres, e entre essas tarefas está trazer a água limpa para casa. Se a mulher quiser botar a carapuça, ela bota; se não quiser, também não bota. Mas não há sequer o direito de queixa. 
    
É muito sofisticado, isso. São utopias em direção às quais a nossa sociedade precisa olhar, principalmente na crise em que estamos mergulhados. Temos que mudar os nossos modos de viver, eles são insustentáveis, incompatíveis com as possibilidades do planeta. Temos que encontrar outros caminhos. 
   
A liberdade sempre foi uma bandeira de luta. Ainda é, hoje? 
   
A gente falou das sociedades indígenas onde isso, digamos assim, chega ao extremo possível. No extremo possível da liberdade. Já os nossos modos de viver restringem cada vez mais a nossa liberdade. Estamos dependentes de uma porção de coisas fora de nós. Precisamos repensar nossos modos de viver para ter vidas mais autônomas, mais livres, mais seguras. 
  
Sou de uma pequena cidade do interior de São Paulo, Vargem Grande do Sul. Com cinco ou seis anos de idade, eu andava sozinho pela cidade inteira e isso não implicava nenhum risco. Era uma cidade pequena, não tinha trânsito, todas as pessoas me conheciam. Meu pai era professor primário e minha mãe, costureira. E no entanto tínhamos um nível de vida que, para que eu pudesse proporcionar isso hoje, para meus filhos e netos, precisaria ser muito rico. Por exemplo, alimentação: um verdureiro trazia verduras na porta de casa, orgânicas, da mais alta qualidade; um leiteiro trazia o leite; e o pão era comprado ali na esquina. Ninguém tinha geladeira, então se comprava de manhã a carne abatida na madrugada e depois outra, abatida na parte da tarde, para ter sempre carne fresca. Era um alto nível de sofisticação alimentar. Nossa vida foi ficando cada vez mais complexa e difícil. 
    
Considerando que não é possível voltar ao passado, como você enxerga as novas gerações vivendo nesse planeta? 
   
Penso que as novas gerações estão muito envolvidas nesta sociedade complexa e tecnológica porque nunca conheceram outras possibilidades. O jovem hoje passa metade do dia na frente de uma tela de computador, até porque não tem outra possibilidade. Outra possibilidade implicaria o quê? Insegurança, sair de casa, riscos com o trânsito, com assaltos, perder tempo no transporte. Então, ele fica preso nisso. 
   
Você pensa que a tecnologia, as redes sociais têm um papel nos processos de mobilização política? 
   
A tecnologia tem muitos papeis e muitos caminhos, bons e ruins. A tecnologia implica um consumo de recursos naturais e de energia elétrica muito grande, implica caminhos que também precisam ser revistos. Exige um uso de minérios que está em crise, inclusive o de minérios mais raros, que têm grande aplicação na área tecnológica, computadores, celulares – há um impacto sobre isso, também. 
   
Pensando no que falou até aqui, você imagina novas formas de fazer política? 
   
A mesma coisa que a sociedade precisa fazer, tem que fazer também quem quer fazer política: chamar a sociedade para discutir. Ouvir a sociedade, ouvir as pessoas, ouvir o conhecimento, ser capaz de formular projetos e, depois, batalhar por eles. Não pode, repito, continuar nesta mera retórica da indignação. 
   
Você imagina uma governança global no futuro? 
   
Não sei se haverá uma governança global. Penso que, se a humanidade conseguir encontrar um rumo para sair deste imenso atoleiro no qual está mergulhada, vai ter que definir regras para todos os países. Porque veja, por exemplo, o impasse em que está a Convenção do Clima: os países emergentes e os países pobres dizem: quem tem de reduzir as emissões são os países industrializados, que emitem há muito mais tempo e em maior quantidade. Aí os países industrializados dizem: mas se os emergentes e os outros não aderirem não vai adiantar, porque hoje os emergentes e os pobres juntos já emitem mais do que os industrializados. 
   
Como é que vamos continuar dessa forma, em que os países industrializados, com menos de 20% da população, consomem 80% dos recursos e têm quase 80% da renda do mundo? Como vamos fazer com isso aí? Vai continuar? Um habitante de um país industrializado consome 15 vezes mais energia que um habitante de um país pobre. Então, sobre regras de governança: não se trata de ter um governo mundial, mas de ter princípios universais. 
   
Fonte: Inês Castilho, editora da série Outra Política.
   

quinta-feira 21 2013

ASERT se reúne com Vereadores para tratar dos repasses atrasados da PMT

     
A ASERT com a presença de representantes do SINSMUT e do SINTEP se reuniram na Câmara Municipal de Tucuruí com os vereadores para discutirem soluções para os atrasos nos repasses da Prefeitura Municipal para a Associação. 
   
A ASERT (Associação dos Servidores Municipais de Tucuruí) atende a mais de nove mil pessoas na área da saúde, retirando estas pessoas da saúde pública do município, com uma economia substancial para a Prefeitura Municipal. A ASERT não utiliza nem um centavo de dinheiro público e é EXCLUSIVAMENTE mantida pelos servidores municipais de Tucuruí. 
   
Desta forma a saúde financeira da ASERT é de interesse público, e portanto de interesse de TODA população de Tucuruí, e, portanto merece uma atenção especial por parte dos vereadores. 
   
Estavam presentes na reunião os seguintes vereadores: Dodô, Pé de Ferro, Marajá, Cantão, Florisvaldo (Ver. Presidente), Dioney, Vieira, Peri e Bena. 
   
Estavam ausentes os vereadores: Deley, Jairo, Freeway e DR. Cleiton. 
   
A direção da ASERT mostrou aos vereadores a situação difícil por que passa a Associação devido ao atraso nos repasses da PMT, que hoje está em torno de R$ 1.336.556,70 (Um milhão, trezentos e trinta e seis mil, quinhentos e cinquenta e seis reais e setenta centavos). 
   
A Direção da ASERT e demais sindicatos solicitaram a ajuda dos vereadores para resolver este problema que está prejudicando os servidores municipais, já que as Clínicas e Hospitais estão restringindo os atendimentos aos servidores, colocando desta forma em risco a saúde e mesmo a vida dos funcionários municipais e seus dependentes. 
   
Pra que se faça uma ideia da importância da ASERT para os servidores municipais, um servidor municipal que tem um salário de R$ 1.000,00 Mil reais, paga R$ 49,00 quarenta e nove reis por mês de assistência médica para si e para seus dependentes (sem limites de dependentes). 
    
Comparando a ASERT com planos de saúde particulares: 
   
ASERT: Preço da mensalidade: 6% do salário do servidor, sem limite de idade e sem limite de dependentes. Consulta e tratamento dental gratuito na sede da ASERT. 
   
Um exemplo de plano particular: 
   
UNIMED - Plano familiar: 
   
Mais barato, faixa de idade entre zero e 18 anos = R$ 147,58. 
   
O mais caro na faixa de idade entre 54 e 58 anos = R$ 893,94 
   
Mais de 59 anos = R$ R$ 1.457,12. 
   
Mais R$ 25,50 por dependente pela UNIMED Dental 
     
Clique na imagem abaixo para ver a tabela de custo do plano familiar UNIMED.
   

Caso queiram ver as tabelas de outros planos de saúde, Clique aqui.
    
Os vereadores se mostraram sensibilizados e a Comissão de Saúde da CMT vai analisar o problema. 
   
Faz parte da Comissão de Saúde da CMT os Vereadores: DR. Cleiton, Dr. Dioney e Ver. Bena. 
   
Pela primeira vez na história de Tucuruí ASERT, SINTEP e SINSMUT se une para resolver um problema de interesse dos Servidores Municipais, problema este que se estende a toda a população do município. 
   
Valores do débito da PMT com a ASERT: 
   
Secretaria de Educação, meses 11, 12, 01, 02 = R$ 900.205,94. 
   
Secretaria de Saúde, meses 11, 12, 01, 02 = R$ 359.019,77. 
   
Secretarias diversas, meses 1 e 2 = R$ 66.335,25. 

CTTUC, meses 1 e 2 = R$ 2.257,69. 

Nossa Água, meses 1 e 2 = R$ 1.443,07. 

Secretaria de Meio Ambiente, meses 1 e 2 = R$ 2.375,49. 

Secretaria de Ação Social, meses 1 e 2 = R$ 4.919,49. 
   
Total do débito da PMT para com a ASERT: R$ 1.336.559,70. 
    
Débito de repasses e da ASERT:
   
Repasses para a saúde = R$ 691.912,42
Repasses para o comércio = R$ 644.644,28   
      
Obs.: A Câmara Municipal de Tucuruí está em dia com os repasses para a ASERT.
   

quarta-feira 20 2013

Nova direção do SINSMUT toma posse

A nova direção do SINSMUT tomou posse e já começaram a trabalhar tentando tomar conhecimento da situação administrativa e financeira da entidade. 
    
A nova direção não está tendo qualquer ajuda da direção anterior e as dificuldades são muitas devido à desorganização administrativa que encontraram no SINSMUT. Os membros da direção anterior não compareceram no Sindicato e a Comissão Eleitoral entregou a nova direção as chaves e a posse da sede do sindicato.

Problemas 

   
A nova direção do SINSMUT encontrou muitas situações inusitadas, por exemplo inúmeras dívidas de alguns filiados, alguns devendo até dez vales gás e sem nenhum controle de pagamento e outras despesas e receitas. A sede da entidade está precisando de reforma urgente, pois está cheia de goteiras e infiltrações, inclusive sanitários entupidos e sujeira por todo lado. Ao que parece tem muitos problemas com relação às contas do sindicato que precisam ser apurados com rigor, imparcialidade e transparência.

Os filiados do SINSMUT precisam tomar conhecimento da verdadeira situação do Sindicato, e a nova direção do SINSMUT deve dar esta transparência à entidade de agora em diante, até para que os servidores públicos municipais possam ter uma visão verdadeira e não deturpada do que é um sindicato verdadeiramente comprometido com a categoria.
   
A nova direção deverá ir ao banco amanhã para saber se existe algum saldo na conta da entidade. Sabe-se que o SINSMUT tem uma dívida para com a Federação, dívida esta que tem de ser paga para que o sindicato possa receber verbas, como por exemplo, o Imposto Sindical. Parece que o valor é pequeno, mas tem de ser pago. 
   
Enfim, a nova direção vai precisar se um tempo para "colocar a casa em ordem", e isso tem de ser feito o mais breve possível, já que em maio é a data-base da categoria. 
     
Não se sabe ainda qual tipo de relacionamento o prefeito pretende ter com a nova direção, no entanto a intenção do Sindicato é que este relacionamento seja de cordialidade e respeito mútuo, o que será benéfico para a PMT, para a população de Tucuruí, e principalmente para o funcionalismo municipal.
       
Se depender da nova direção do SINSMUT o relacionamento Sindicato/Prefeitura será o melhor possível, sem deixar é claro de levar em conta que o SINSMUT representa os anseios e os interesses dos Servidores Municipais.
   
A direção mostra a ata da eleição e posse.
   
A nova direção faz uma oração, agradecendo e pedindo ajuda a Deus para sua administração.
   
Nada se faz de bom sem a ajuda e a proteção de Deus, o verdadeiro poder.
    

Correios (ECT) não pode demitir funcionário sem motivação, decide STF


Hoje 20/03/2013, o STF decidiu em julgamento do Recurso da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, RE 589998 - ECT X Humberto Rodrigues, que Empresa Pública de Economia Mista não pode rescindir unilateralmente o contrato de trabalho regido pela CLT sem justificativa.
    
Prevaleceu o argumento de que os funcionários das Empresas Públicas de Economia Mista nas esferas Federal, Estadual e Municipal só podem ser admitidos por Concurso Público, com base no princípio da impessoalidade e transparência, partindo do mesmo princípio, a demissão só pode ocorrer de forma motivada. Com isso os Ministros pretendem impedir abusos e arbitrariedades tais como a demissão por discriminação de qualquer tipo, e principalmente por motivação política.
    
Os Ministros do STF, no entanto fizeram questão de deixar bem claro e explícito nesta decisão, que os funcionários das Empresas Públicas de Economia Mista não gozam da estabilidade garantida pela Constituição Federal (Art. 41) aos servidores Públicos Efetivos da Administração Pública Direta e das Autarquias. 
No caso dos funcionários das Empresas Públicas de Economia Mista não é preciso inquérito Administrativo e Justa Causa para a demissão, no entanto é preciso uma justificativa idônea. Neste caso a demissão não pode ser por discriminação ou por motivação pessoal, ideológica ou política do gestor.
   

terça-feira 19 2013

Apenas um sapinho...



   

Popularidade de Dilma bate novo recorde e atinge 79%, diz Ibope

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
     
Aprovação pessoal da presidente também oscilou positivamente; 63% dos entrevistados consideram o governo de Dilma bom ou ótimo
   
iG São Paulo 
   
A popularidade da presidente Dilma Rousseff bateu novo recorde e atingiu 79% no mês de março de 2013, conforme mostra a pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta terça-feira (19) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em dezembro de 2012, a popularidade da presidente era de 78%. 
   
O percentual de brasileiros que desaprova a gerência da presidente caiu, e está em 17%. Também aumentou a confiança na presidente, que passou de 73% nas duas pesquisas anteriores para 75% agora. O total de entrevistados que não confiam em Dilma seguiu estável em 22%. 
   
Governo 
   
Agência Brasil 
    
Dilma mantém popularidade em alta, diz pesquisa 
    
A aprovação do governo de Dilma também oscilou positivamente. Para 63%, o governo de Dilma é ótimo ou bom. Nos dois levantamentos anteriores, essa taxa estava em 62%, e em 56%, em março de 2012 e em março de 2011, respectivamente. O levantamento revelou também que 29% dos entrevistados consideram o governo da presidente como regular e 7%, como ruim ou péssimo. 
    
A CNI/Ibope identificou que houve um crescimento do otimismo em relação aos próximos meses do governo, com a taxa de ótimo ou bom passando de 62% em dezembro para 65% agora. Os que projetam o restante do governo como regular está em 24% e, como ruim ou péssimo, em 8%. 
    
Na área de economia, a CNI/Ibope identificou que de maneira mais geral a população está mais satisfeita com o governo. Em relação ao combate à fome e à pobreza, a taxa subiu de 62% para 64%. Sobre o meio ambiente, o avanço foi de 52% para 57%. No quesito combate ao desemprego a alta foi um pouco mais tênue, de 56% para 57%. A política de combate à inflação recebeu aprovação de 48% da população, ante 45% visto na pesquisa anterior. Sobre educação, a taxa de aprovação subiu de 43% para 47% e em relação à taxa de juros, de 41% para 42%. 
    
Apenas três quesitos da pesquisa estão com taxa de desaprovação acima de 60%. Um deles é a cobrança de impostos que está exatamente em 60%. Mesmo assim, houve uma melhora nesse item já que no levantamento anterior a desaprovação era de 65%. Em relação à segurança pública, também houve queda, passando de 68% para 66%. O maior problema da presidente, na avaliação da população, ainda é a saúde, mas mesmo assim, a taxa de desaprovação recuou, de 74% para 67%. 
    
O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 143 municípios entre os dias 8 e 11 de março. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. 
    
* Com Agência Estado.