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quinta-feira 14 2010

Uma lágrima por Zilda Arns

Uma lágrima por Zilda Arns

Figuras públicas sempre são íntimas da gente.
Costumamos saber tudo sobre elas.
Quando não prestam, quando nos repugnam, quando nos causam repulsas, nós as desprezamos como aos insetos.
Quando têm virtudes, elas servem para nos orientar, para nos guiar com seus exemplos.
Vejam a dra. Zilda.
Zilda Arns (na foto, da Folha Imagem).
Aquela mulher de voz doce, macia, suave.
Aquela mulher que falava como se estivesse soletrando, escandindo as palavras – calmamente, pausadamente, descansadamente.
Aquela mulher que não foi apenas uma mulher.
Ela foi um bálsamo para tantas pessoas que sofriam.
Era uma bússola permanente à procura de soluções – honestas, baratas, fáceis, viáveis – para promover o bem-estar de milhares, milhões de crianças e idosos.
Foi um holofote de boa conduta para tantos demagogos que, a título de fazerem o bem para os outros, fazem o bem primeiro – e sobretudo – para eles próprios.
Zilda Arns é uma das perdas do terremoto trágico que enluta o Haiti.
Zilda Arns, vejam o que são as coisas, morreu em missão humanitária.
E dentro de uma igreja.
De uma igreja, repita-se.
Ela deitou-se para a eternidade sobre os escombros de uma Casa que a edificará para sempre como um exemplo de ser humano que jamais deverá ser esquecido.
Zilda Arns merece uma lágrima – ou uma torrente de lágrimas, como queiram – não propriamente de tristeza, mas de esperança.
A esperança de que as sementes de bondade, generosidade e correção que plantou haverão de brotar.
Brotar e frutificar.
Gente boa não devia morrer.
Aliás, gente boa não morre nunca.
E Zilda Arns, creiam, não morrerá nunca.
Ela só não está mais aqui. Do Blog Espaço Aberto.

Haiti: visão do inferno

Haiti: visão do inferno


Imagem: Damon Winter/The New York Times
Na medida em que começam a chegar (com muita dificuldade) as primeiras imagens e detalhes da situação no Haiti, amplia-se a noção da hecatombe que atingiu em cheio a capital Port-au-Prince. Corpos espalhados pelas ruas, cobertos com lençóis e trapos, mau cheiro, pessoas circulando em frangalhos, comunicações cortadas com o resto do mundo, hospitais (que antes já eram deficientes) hiperlotados, atendimentos nas calçadas, falta de energia e serviços básicos, insegurança, etc. Todos os elementos necessários para compor o Inferno de Dante estão presentes.
Os links que você vai seguir agora, não são para qualquer um. São reportagens feitas por enviados especiais do The New York Times. Uma delas, um conjunto de imagens estarrecedoras. Simplesmente não há como não se comover.

Sancler ganha no TRE

O prefeito Sancler ganhou de 3x2 no TRE. Faltam ainda duas instâncias, o TSE e o Supremo Tribunal. Vale lembrar que a Maria, prefeita de Santarém perdeu todas e só ganhou no supremo. Esta novela está apenas começando. Mais tarde daremos maiores detalhes...

Denuncia contra Sancler - Como tudo começou.

Claro que tudo começou quando Sancler se "deixou" flagrar fazendo os tais e famosos cadastros. Não vamos entrar no mérito se é culpado ou não, esta decisão cabe ao Poder Judiciário. Queremos falar sobre como foi que começou a situação que resultou na gravação dos vídeos e na denúncia, até chegar ao dia de hoje.

A rivalidade começou bem antes das eleições, quando Sancler era vice-prefeito na administração anterior. Havia dois grupos políticos na PMT, o grupo do prefeito Cláudio Furman e o Grupo do Sancler. Sancler e seu grupo não toleravam o James que é irmão do ex-vereador Vieira e fazia diversos negócios com a PMT. A rivalidade chegou a tal ponto que Sancler veio à imprensa (no Programa Tucuruí Agora) e denunciou que havia uma suposta sangria nos cofres da PMT (Vejam o vídeo da denúncia de sangria no Youtube >>).

Na oportunidade a comissão dos concursados pediu a gravação a Rádio Floresta e fez a denuncia ao Ministério Público, para que o vice-prefeito desse o nome dos sangradores da prefeitura. O Ministério Público convocou o vice-prefeito, que diante de representantes da Comissão dos Concursados prometeu que apresentaria as provas ao MP dentro de quinze dias, isso há uns dois anos atrás, ou seja, até hoje nunca apresentou as tais provas.

Depois destas denuncias o clima entre Sancler e James que já estava mais que ruim, azedou de vez. Durante as eleições Sancler denunciou o James à justiça eleitoral devido à propaganda eleitoral do então candidato James do Popular, pelas promessas do mesmo de que tinha um projeto  para garantir a isenção do pagamento de luz elétrica a famílias de baixa renda, uma espécie de Bolsa Energia da PMT. James conseguiu provar na Justiça Eleitoral que em algumas cidades o projeto já existia, mas enquanto isso foi impedido de fazer a sua propaganda eleitoral que tinha como carro chefe o referido projeto, justamente na reta final da campanha eleitoral.

James nesta época foi informado de que estaria acontecendo os tais cadastros, conseguiu fazer as gravações e fez a denúncia que resultou no processo que está sendo julgado. Pois bem, Sancler ganhou em primeira instância tendo James recorrido ao TRE. Neste meio tempo, um político local que já havia sido vereador e presidente da Câmara Municipal e é amigo dos dois, resolveu intermediar o conflito, procurou o James e pediu a ele que conversasse com o prefeito e retirasse o processo contra o mesmo no TRE (ele poderia ter retirado já que ele é o autor da denuncia e do recurso).

James concordou em falar com  Sancler, o tal político procurou então o prefeito, que se negou a qualquer tipo de conversa ou entendimento (o revanchismo é típico dele) acreditando que era invulnerável devido ao poder econômico da PMT, e ainda por cima além de se recusar a qualquer entendimento, a PMT engavetou por meses o pedido de James de Licenciamento Ambiental do Posto Popular de propriedade de James.

James devido à falta do tal documento teve muitos prejuísos, pois não conseguiu fazer vários negócios que dependiam de Licenciamento Ambiental, que só foi conseguido através da Secretaria de Meio Ambiente do Estado em Belém. O pior de tudo isso é que o Posto Popular obedece rigororamente às regras ambientais de funcionamento, ao contrário de outros postos que nem deveriam estar funcionando, pois não atendem à Legislação Ambiental.

Este é o resumo da história, não sabemos qual será a decisão da justiça, o que sabemos é que seja qual for o resultado, Sancler é o culpado de a situação ter chegado a este ponto. Primeiro por que fez os tais cadastros e segundo por que foi orgulhoso e vingativo. Política não se faz com ódio, quando isso acontece, dá no que deu...

quarta-feira 13 2010

Diretor do Folha sofre ameaças


Um dos Diretores do Folha de Tucuruí e membro do Movimento Transparência Tucuruí, recebeu um telefonema com o número restrito em que uma pessoa fazia ameaças e dizia "que o diretor tinha muita coragem". O "cidadão" cobrava explicações sobre a matéria da rádio.

Nosso diretor respondeu que tinha muita coragem sim já que não se escondia e andava desarmado por toda a cidade, ao contrário do covarde pilantra e mal-caráter, que precisava se esconder atrás de um número restrito para fazer ameaças ridículas e tentar lhe intimidar.

Queremos dizer que nenhum de nós do Folha de Tucuruí tem medo de nenhum bandido descarado covarde e sem escrúpulos. Se quiserem fazer alguma coisa contra nós que façam fila, mas pelo menos  sejam homens de vir cara a cara. Se não tiverem peito pra isso podem vir à traição mesmo que nenhum de nós nasceu pra semente,  não pretendemos viver para sempre, mas enquanto estivermos vivos, viveremos com dignidade e defendendo nossos ideais.

ACABOU o tempo em que o povo e a verdade não tinham voz em Tucuruí.

Podem vir como quiserem, do jeito que quiserem, na hora que quiserem, se a gente tiver que morrer, morreremos de pé, mas não nos ajoelhamos para bandido nenhum.