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quarta-feira 16 2010

Destino das florestas brasileiras entregue aos ruralistas


Vamos proteger o Brasil?

O Projeto de Lei 6.424, de 2005, em tramitação na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e encaminhado pelo Presidente da Câmara dos Deputados à Comissão de Agricultura constitui um enorme risco para a integridade dos biomas brasileiros.
O atual código florestal Brasileiro estabelece a necessidade de que cada propriedade rural tenha uma área mínima de florestas e outros ecossistemas naturais conservados. 

Essa área mínima é a soma das áreas de preservação permanente (como topos de montanha, margens dos rios, lagos e outros cursos d’água) e a área chamada Reserva Legal. A função da Reserva Legal é de manter dentro de cada propriedade, uma percentagem mínima de vegetação nativa, que cumpre uma importante função ecológica como habitat para a biodiversidade e fornece diversos serviços ambientais como o estoque de produtos florestais, controle de pragas e incêndios, melhoria da produção de água; na proteção do solo e corpos d’água evitando erosão e assoreamento; e captação de carbono da atmosfera;

A legislação brasileira estabelece que a área de reserva legal deva ser de 80% na Amazônia Legal, 35% na região de cerrado que esteja nos estados da Amazônia Legal e 20% nas demais regiões do país;

A grande maioria das propriedades rurais brasileiras não possui as áreas de preservação permanente (APPs) e de reserva legal (RL), conforme determina o código florestal. O PL 6424 é uma tentativa de estimular os proprietários rurais a regularizarem sua situação perante o código florestal.

A legislação brasileira atual já prevê, em alguns casos específicos, mecanismos de compensação, onde o proprietário compensa o dano ambiental causado em sua propriedade por meio de aquisição direta de uma área com vegetação nativa em região próxima à sua propriedade ou através de cotas de reserva florestal;

O PL 6424 aumenta de forma inconseqüente e sem o devido embasamento técnico - cientifico as formas de compensação, permitindo novos mecanismos que terão um impacto significativo na biodiversidade e conservação das florestas brasileiras e no ordenamento territorial da paisagem rural brasileira;

As ONGs abaixo assinadas indicam os seguintes pontos do PL 6424/2005 consistem em ameaças a conservação das florestas:

1. A Possibilidade de recuperação de 30% da Reserva Legal na Amazônia com espécies exóticas, incluindo palmáceas.
Na prática, esse dispositivo significa a redução da Reserva Legal na Amazônia para 50%, pois o uso de espécies exóticas reduz as funções ecossistêmicas das florestas nas propriedades privadas.

2. A Possibilidade de compensação de reserva legal em outra bacia, no mesmo estado e bioma.
Este dispositivo estabelece a possibilidade de manter bacias hidrográficas sem áreas de floresta, com impactos ecológicos significativos, desestimulando a recuperação de áreas degradadas e a conseqüente recuperação de sua função de fornecedora de serviços ambientais tais como a produção de água e chuva para outros estados brasileiros.

3. A Possibilidade de cômputo da Área de Preservação Permanente no percentual de Reserva Legal.
Em algumas regiões do País isso pode significar que a Reserva Legal deixa de existir, pressupondo equivocadamente que a função ecológica e econômica da Reserva Legal possa ser cumprida pelas áreas de preservação permanente, onde o seu manejo é mais restritivo.

4. A Compensação da Reserva Legal mediante doação de área para regularização fundiária de terras de comunidades tradicionais ou a recuperação ambiental de áreas degradadas no mesmo estado em territórios de povos e populações tradicionais, assentamentos rurais ou em florestas públicas destinadas a comunidades locais.
Trata-se da transferência de ônus da regularização da reserva legal de propriedades privadas para comunidades tradicionais, restringindo a possibilidade dessa comunidade em decidir sobre o uso do seu território. A compensação obrigará a comunidade a manter essa área sob o mesmo regime da Reserva Legal. Trata-se de uma transferência de responsabilidade do poder público a terceiros. No caso da recuperação cria um ônus pela responsabilidade de manutenção das áreas a serem recuperadas.

5. A falta de vinculação da concessão de crédito à regularização ambiental das propriedades rurais.
Com isso, mantém-se a possibilidade de acesso ao crédito rural pelas propriedades que desmataram áreas acima do permitido pelo código florestal brasileiro.

6. Falta de incentivos econômicos para recuperação e manutenção da Reserva Legal.
Perde-se a oportunidade de propor mecanismos econômicos para viabilizar um modelo de desenvolvimento econômico baseado na floresta em pé, explorando os seus produtos e serviços de forma sustentável.

Além disso, tendo em vista a rapidez com que vêm se dando as negociações em torno da proposta, houve pouca participação de representantes de organizações da sociedade civil, em especial das instituições que atuam em outros biomas igualmente importantes, como caatinga e cerrado, e do envolvimento da opinião pública brasileira. É fundamental que as conseqüências das propostas para estes biomas sejam devidamente analisadas e as mudanças avalizadas pela sociedade.

Grupos ambientais estão fazendo tudo o que podem para impedir os ruralistas, mas eles precisam de nossa ajuda. 

Mais de 90.000 brasileiros assinaram a petição para salvar o Código Florestal em menos de duas semanas. Mas agora nós precisamos aumentar a pressão e enviar milhares de mensagens aos líderes partidários. 

Os líderes estão negociando o posicionamento dos partidos agora mesmo - envie uma mensagem para eles, deixando claro que não queremos alterações no Código Florestal!

Acesse:


Propostas de alteração do código floresta devem estar baseadas em critérios objetivos, evitando-se um elevado grau de subjetividade a ser definido por regulamentações posteriores e a transferência da responsabilidade para os estados cuja estrutura de gestão ambiental precária ou inexistente.

Aprimorar o Código Florestal, na lógica de otimizar o uso de áreas desmatadas e impedir novos desmatamentos é uma perspectiva positiva do ponto de vista socioambiental. Para tanto, é fundamental que as mudanças consolidem um entendimento comum de valorização da floresta e que estejam de acordo com as expectativas da opinião pública brasileira.

As entidades ambientalistas reconhecem que é indispensável para o país promover o desenvolvimento econômico e a geração de empregos. Combinar esses fatores à conservação dos recursos naturais, garantindo a integridade dos ecossistemas é fundamental para a um desenvolvimento sustentável a longo prazo.

Entretanto, a crise climática global e o papel dos desmatamentos na emissão de gases do efeito estufa exigem uma postura enérgica de controle dos desmatamentos e manutenção dos ativos florestais existentes no País. A proposta tal como apresentada, ao contrário, contribui para a redução da cobertura florestal em um momento em que surgem os primeiros sinais de um aumento nos índices de desmatamento ao longo da fronteira agrícola brasileira.

É fundamental que a proposta como um todo seja revista de forma cuidadosa, com um amplo debate envolvendo a sociedade brasileira.

Greenpeace
Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN)
Fundação CEBRAC
WWF – Brasil
Instituto Socioambiental (ISA)
Instituto Centro de Vida (ICV)
Conservação Internacional (CI)
Amigos da Terra – Amazônia Brasileira
Rede Cerrado de ONGs
Instituto de Estudos Sócio-econômicos (INESC)
Centro dos Trabalhadores da Amazônia (CTA)
Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (MAFLORA)
Associação de Preservação do Meio Ambiente do Alto Vale do Itajaí - APREMAVI

Aposentados - Reajuste de 7,7% serão pagos em agosto

O pagamento de aposentadorias com reajuste de 7,7% será processado na filha de julho e pago no mês de agosto, segundo nota divulgada pelo Ministério da Previdência Social nesta terça-feira. Os valores retroativos podem ser pagos também no mês, dependendo da disponibilidade de recursos.

A diferença entre os 6,14% de reajuste e o índice sancionado pelo presidente representará uma despesa adicional de R$ 1,6 bilhão em 2010. (AE)

Brasil projeta maior crescimento agrícola do mundo

A produção agrícola do Brasil deverá registrar o maior crescimento mundial, de mais de 40% até 2019, na comparação com o período entre 2007 e 2009, segundo um relatório conjunto da Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado nesta terça-feira.

“É no Brasil que a alta da produção agrícola será, de longe, a mais rápida”, afirma o documento Perspectivas Agrícolas 2010-2019, divulgado pelas duas organizações.

terça-feira 15 2010

VEJA ACUSA PREFEITO SANTANA DE SER MANDANTE DO CRIME DE TORTURA EM JUAZEIRO DO NORTE NO CEARÁ.

O prefeito de Juazeiro, Manoel Santana, tem um grave problema a solucionar nos próximos dias. A revista Veja que chega neste final de semana as bancas do Brasil traz reportagem no seu índice com o título : Crime - Prefeito petista é suspeito de sequestro. Na matéria publicada é dado destaque ao sequestro seguido de tortura do jornalista Gilvan Luiz, do Jornal Sem Nome.

A revista Veja relata que a Polícia Civil do Ceará já identificou os dois seguranças do prefeito Santana que sequestraram e torturaram o jornalista Gilvan Luiz, mas não apontou o nome do mandante desse crime. Gilvan Luiz é ouvido pela Veja e faz uma grave acusação. Afirma não ter dúvidas de que o mandante é o prefeito Santana. Procurado pela Veja, Santana não quis se pronunciar. Leia a íntegra da reportagem da revista Veja:

Brasil

À procura do mandante

Polícia identifica seguranças que sequestraram e espancaram jornalista no Ceará

O jornalista Gilvan Luiz Ferreira sentiu na pele, ou melhor, no corpo inteiro, o que se costuma chamar de tentativa de intimidação da imprensa. No dia 20 de maio, em Juazeiro do Norte (CE), ele foi sequestrado, amarrado e levado a um local deserto, onde passou por sessão de chutes, socos e coronhadas de revólver.

Na semana passada, a polícia identificou dois agressores. Para espanto geral, são guardas municipais. E, mais espantoso ainda, são também seguranças do petista Manoel Santana, prefeito da cidade. Gilvan Luiz é o idealizador do jornal Sem Nome, que tem se dedicado a denunciar as falcatruas do prefeito. "Ouvia que, se não tomasse cuidado, algo iria me acontecer", diz.

E aconteceu, segundo ele, de onde mais se esperava: "Não tenho dúvida de que o prefeito é o mandante de tudo". Apesar de já ter identificado os agressores, a polícia afirma que ainda é cedo para apontar a mando de quem os guardas municipais agiram. Procurado, Manoel Santana não quis se pronunciar.

Infelizmente ainda não foi desta vez...

Corrigindo, não é a Polícia Federal que está em Tucuruí, e sim a Polícia Rodoviária Federal em apoio à Vigilância Sanitária do Estado que está fiscalizando farmácias em Tucuruí, inclusive algumas foram fechadas e algumas pessoas detidas.

Infelizmente não foi desta vez que a Polícia Federal resolveu intervir em Tucuruí. Mas a esperança é a última que morre. Vamos continuar denunciando, quem sabe um dia alguém nos escuta? Quem tem fé em Deus, e acredita na vitória do bem e da justiça nunca perde a esperança...