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domingo 04 2010

O Fim da Pré-Campanha

De Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Quem tinha razão era Magalhães Pinto, velha raposa política e ex-governador de Minas Gerais. A política é mesmo como nuvem. Uma hora, você olha e vê uma coisa. Olha de novo e ela já mudou.

Se estivesse vivo, seria o que ele diria sobre o período da campanha presidencial que agora se encerra. Do início de abril, quando se desincompatibilizaram os principais candidatos, ao fim de junho, quando começa a reta final da sucessão, tudo ficou diferente.

A entrada em campo de Serra era aguardada há meses. É verdade que ele teve que disputar, até dezembro, o posto de candidato com Aécio, ainda que não se preocupasse muito com as aspirações do mineiro. Estava convencido de que o PSDB terminaria por lhe entregar a vaga.

De qualquer maneira, o fato é que, desde quando Aécio saiu do páreo, nada mais restava em seu caminho. Com a candidatura assegurada, teve amplo tempo para se preparar, montar sua estratégia, organizar sua equipe. Ainda que continuasse, de janeiro a março, com suas obrigações de governo, pôde pensar com calma no que faria quando saísse do Palácio dos Bandeirantes.

Com algum retardo (que ajudou a manter o suspense sobre sua decisão até a véspera do prazo fatal), ele finalmente renunciou ao cargo de governador e virou candidato. Juntou-se a Dilma que, dias antes, havia deixado o ministério.

Entre o começo de abril e meados de maio, Serra viveu seus melhores 45 dias desde quando iniciou sua jornada em busca da Presidência. Quem tiver alguma memória se lembrará do que andaram dizendo seus correligionários e publicaram aqueles que por ele torcem na imprensa carioca e paulista.

Era como se estivesse ali começando para valer a sucessão, com um goleador nato, em momento inspirado, mostrando seu melhor futebol. Para eles, Serra fazia um gol atrás do outro, com postura serena, palavras sempre bem escolhidas, hábeis manobras.

Pelo que se lia nesses jornais, enquanto Serra conquistava novos apoios, Dilma perdia os dela. Era apenas questão de tempo até que as pesquisas assinalassem seu crescimento. Enquanto não vinham, as colunas estavam cheias de especulações sobre “pesquisas internas”, que já o mostrariam bem à frente da adversária.
Se era esse o tom da cobertura a respeito do candidato tucano, via-se o inverso no que era publicado sobre a petista. Parecia que uma desastrada havia entrado em campo, cometendo um erro depois do outro. Precipitação, amadorismo, inabilidade, incompetência, era isso que se falava dela e de sua campanha. Chegaram a dizer que Lula andava nervoso, agitado, irritadiço.

As nuvens, no entanto, mudaram. Se o sol parecia brilhar para Serra até o meio de maio, a chuva desabou de lá para cá. Viu-se que a falta de traquejo eleitoral não prejudicava Dilma. Ela cresceu nas pesquisas, suas alianças se confirmaram, outras surgiram. Gorou a esperança de que a propaganda partidária de PSDB, DEM, PPS e PTB, somadas, mudassem o panorama. Na maioria dos estados, alegrias para o governo, decepções para a oposição. Lula já não franzia mais a testa. Quando junho chegou ao fim, ele era só sorrisos.

Ficou, no entanto, para o apagar das luzes da “pré-campanha”, o pior momento. O episódio da escolha do companheiro de chapa de Serra tem tudo para entrar para a história.

Desde a quarta-feira, quando Índio da Costa foi confirmado, já se falou tanto que é até cruel insistir no assunto. Qualquer argumento em favor de seu nome chega a ser risível, desde o potencial de seus 40 anos atraírem a juventude e provocarem a reversão do voto no Sudeste, à densidade de sua biografia de “ficha limpa”.

Mas resta uma pergunta: por mais que as pessoas se julguem imortais, um candidato a presidente não tem a obrigação de raciocinar com a hipótese de vir a faltar, por qualquer motivo? Não foi, talvez, pensando assim que Collor escolheu Itamar, que Fernando Henrique convidou Marco Maciel, que Lula optou por José Alencar?

Goste-se ou não de Michel Temer, nem seus inimigos negam que tem experiência e qualificações para, se imperativo, substituir Dilma. E Índio da Costa?

Domingo febril

Do Blog da Franssinete
Os bastidores da política paraense estão em chamas.

O clima é tenso e os estoques de remédio tarja preta estão esgotados.

O DOE de amanhã é aguardado ansiosamente.

Nada será registrado perante o TRE-PA antes da leitura e devida interpretação.

Reformas da PMT - Desabafo de um cidadão

De: xxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxx
Data: 07/04/10 05:11:47
Assunto: Re: Notícias do Folha de Tucuruí


Se somarmos os prédios alugados e os valores de aluguel, o seu próprio terreno comprado que fica no jardim Colorado, os patrimônios públicos doados para recrutamentos de futuros cabo eleitorais...! Mais o valor pago na compra de terreno para implantar um lixão na unidade de conservação, desmatando uma APA, APP...! 

Chegaremos à conclusão que na política a Ética, dignidade, Deus, solidariedade, consciência, e o federalismo, são apenas palavras que profanam nas bocas dos políticos, que empobrecem os homens, tornando uma nação insustentável, enganando a si próprio, com discursos demagogos que são vitimas de perseguição políticas, isso e chamado de cinismo e de falta de vergonha na cara, que alias na escola dos políticos, a primeira aula é possuir a “cara de pau”. 

O prédio da prefeitura e simplesmente um referencial, um endereço, local de negociação e pagamento de funcionário, quando é que a sociedade vai poder ser respeitada pelos seus representantes na câmera de vereadores ...! 

Digam basta...! Para mais essa “maracutaia” do prefeito, que esta virando uma ulcera nos cofres públicos, ao invés de investir em quantidade de prédio, deveria investir em qualidade do funcionalismo (salários dignos, equipamentos, treinamentos e condições de trabalhos para os funcionários), que não tem nem internet nos prédios, com medo dos funcionários se comunicarem, assim manter os grupos distante um dos outro! 

Quando esses vereadores vão acordar, e sair dessa inércia ao invés de brigar por cadeira, brigar pelo povo e honrar sua dignidade, ou eles não têm pensamento de ser um executivo amanhã...! Precisam mostrar que tem compromisso e competência de defender o interesse da sociedade e valer o “Estado Democrático de Direito”. 

A ambição do poder do dinheiro, tornam a humanidade sem escrúpulos. Tudo isso e muito triste e vergonhoso para o homem, e o resultado reflete diretamente no presente e nas gerações futuras! Promovendo o desequilíbrio total do Meio Ambiente!
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Nota do Folha: Temos informações de que cada uma destas "reformas" não fica por menos que R$ 100.000,00.  Depois alguns vereadores ficam "brabos" quando a gente critica.

Pesquisa IBOPE, muiiiiiiiiiiita coincidência...

O Ibope ratifica o Datafolha de dois dias atrás, e mostra um rigoroso empate entre Serra e Dilma:

José Serra: 39%

Dilma Rousseff: 39%

Marina Silva: 10%

No segundo turno:

José Serra: 43%

Dilma Rousseff: 43%

A pesquisa foi encomendada pela Associação Comercial de São Paulo e feita entre 27 e 30 de junho.

A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
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Nota do Folha: Podem nos chamar de paranóicos, mas é muiiiita coincidência um empate exato no primeiro turno, agora no primeiro e no segundo??? Parece de encomenda. Sei não, tem mato neste coelho...

sábado 03 2010

Ayres Britto indefere 3 recursos contra a Ficha Limpa


Do Blog do Josias

  Divulgação/STF
O ministro Carlos Ayres Britto, do STF, fechou uma porteira que dois de seus colegas tinham aberto.

De uma sentada, Ayres Britto indeferiu três recursos levados ao Supremo por políticos alcançados pela lei da Ficha Limpa.

Num, o ministro manteve inelegível o deputado federal João Alberto Pizzolatti Jr. (PP-SC).

Empresário, Pizzolatti beliscara contrato numa prefeitura catarinense. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina considerou o negócio irregular.

Condenado por improbidade administrativa, o deputado pleiteava a suspensão da sentença. Algo que lhe permitiria ir às urnas de 2010.

Na contramão de decisões dos colegas Gilmar Mendes e Dias Toffoli, Ayres Britto disse “não”.

Argumentou que não está convencido de que pode, em decisão solitária, suspender os efeitos de uma sentença expedida por colegiado de juízes.

Serviu-se da lógica: “Se não é qualquer condenação judicial que torna um cidadão inelegível, mas unicamente aquela decretada por um 'órgão colegiado'...”

“...Apenas o órgão igualmente colegiado do tribunal [...] pode suspender a inelegibilidade”.

No mais, anotou que a condenação de Pizzolatti “está embasada em elementos que estariam a comprovar diversas e graves irregularidades [...]”.

Num segundo recurso, Ayres Birtto recusou-se a suspender os efeitos da lei da Ficha Limpa para outros dois políticos, ambos de Minas.

São eles: Athos Avelino Pereira, ex-prefeito de Montes Claros (MG), e Sued Kennedy Parrela Botelho, ex-vice-prefeito da mesma cidade.

A dupla traz enganchada à biografia condenação por abuso do poder político. Sentença do TRE-MG, ratificada pelo TSE.

Ayres Britto argumentou, também neste caso, que as decisões, por colegiadas, não podem ser revertidas por despacho monocrático, de um único magistrado.

No terceiro recurso, o ministro manteve enodoada a ficha de um político do Paraná, Juarez Firmino de Souza Oliveira.

Ele conquistara uma cadeira na Câmara Municipal de Maringá (PR) na eleição de 2008. Mas teve as contas de campanha rejeitadas pela Justiça Eleitoral.

Recorrera da decisão. Porém, o TRE-PR extinguira o recurso. E Ayres Britto alegou que não cabe ao STF expedir liminar suspendendo efeitos de recurso de cunho eleitoral.

Vice-presidente do Supremo, Ayres Britto responde interinamente pela presidência do tribunal, em recesso desde quinta-feira (1º).

Além do assento no STF, o ministro é dono de uma cadeira no plenário do TSE, corte que presidiu até abril passado.

Ayres Britto é fervoroso defensor da Ficha Limpa. Quis o destino que, na loteria togada em que se converteram as investidas contra a nova lei, os recursos fossem à mesa dele.

Alvíssaras!

- Serviço: Divulgadas neste sábado (3), as íntegras dos três despachos de Ayres Britto estão disponíveis aqui, aqui e aqui.
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