Adoração ao Santíssimo com Pregador Roberto Tannus da RCC.
O movimento pentecostal iniciado em 1900 por Parhan conseguiu invadir todas as denominações antigas (batistas, presbiterianas, metodistas, etc.).
Até então falar em línguas era para os pregadores pentecostais uma resposta de Deus condenando as denominações tradicionais. Todos os grupos renovados que saiam de suas igrejas originais condenavam os que não aceitavam o pentecostalismo.
De repente o mundo pentecostal teve uma surpresa. Essa surpresa foi a chegada dos pentecostais católicos, ou CARISMÁTICOS.
No início de 1960 explodiu a mania carismática nas antigas denominações Episcopais da Califórnia. Seu líder principal foi Dennis Bennet de Van Nuys. Um discípulo dele, Jean Stone, espalhou o seu ensino através da revista Trinity entre os anos de 1961-66. Por esse mesmo período Larry Christensen liderou o avivamento carismático entre as igrejas luteranas nos E.U.A.
Em 1967 foi a vez da Igreja Católica Romana formar seu grupo de carismáticos. Tudo começou num retiro de Universitários na Universidade de Duquesne, Pittsbush. Houve muitos que falaram em línguas naquele retiro.
O primeiro grande líder dos carismáticos Católicos parece ter sido Ralph Keifer. Em fevereiro de 1967 ele levou a mensagem carismática para a Universidade de Notre Dame, e muitos alunos e professores falaram em línguas.
De princípio tanto os pastores pentecostais, como padres católicos, condenaram o mais novo movimento pentecostal. Na verdade os padres até tinham uma certa razão, pois, era um ensino totalmente contrário às doutrinas do Vaticano.
Já os pastores pentecostais condenavam mais por ciúme, afinal, a grande vantagem de falar em línguas, que foi a bandeira dos pentecostais por mais de seis décadas, estava agora na boca dos idólatras católicos.
A diferença dos carismáticos com os pentecostais é: Primeiro que eles se renovam e permanecem nas suas próprias congregações, enquanto os pentecostais históricos dividiam as igrejas. Os carismáticos usualmente pertenciam à classe média, são separatistas, urbanizados, de tendência ecumênica e pluralistas em sua teologia.
As igrejas pentecostais clássicas eram originalmente constituídas de operários e eram barulhentas em seus cultos. Na questão de barulho os carismáticos atuais já alcançaram seus primos pentecostais clássicos. Os carismáticos são idólatras e os pentecostais não. No demais são bem parecidos.
Os carismáticos católicos só conseguiram o agrado do Papa - não o aval - em 1975. Neste ano o movimento reuniu dez mil carismáticos em Roma. Num pronunciamento ecumênico o Papa Paulo falou simpaticamente à assembléia. Foi uma vitória ao movimento carismático. De princípio João Paulo II não aprovou muito o movimento.
Mas atualmente ele é favorável, principalmente porque os carismáticos já se organizaram em quase todo o mundo, e no Brasil, que é o maior país Católico do mundo, o movimento está esparramado em quase todas as suas paróquias.
Para dizer com mais sinceridade é o movimento carismático que está conseguindo deter o movimentos pentecostal e neopentecostal na América Latina, que aliás, é o grande reduto católico do mundo.
A RCC e a CNBB
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) possui um documento, chamado Documento 53, com recomendações disciplinando certas práticas místicas no contexto da RCC.Recomenda-se, por exemplo, que se evite a prática do "Repouso no Espírito" (na qual as pessoas parecem desmaiar durante os momentos de oração, mas permanecem conscientes do que ocorre em sua volta). E preocupações exageradas com o demônio:
- 63 - Orar e falar em línguas: O destinatário da oração em línguas é o próprio Deus, por ser uma atitude da pessoa absorvida em conversa particular com Deus. E o destinatário do falar em línguas é a comunidade.
- Como é difícil discernir, na prática, entre inspiração do Espírito Santo e os apelos do animador do grupo reunido, não se incentive a chamada oração em línguas e nunca se fale em línguas sem que haja interprete.
- 65 - Em Assembleias, grupos de oração, retiros e outras reuniões evite-se a prática do assim chamado "repouso no Espírito". Essa prática exige maior aprofundamento, estudo e discernimento. (...)
- 68 - Procure-se, ainda, formar adequadamente as lideranças e os membros da RCC para superar uma preocupação exagerada com o demônio, que cria ou reforça uma mentalidade fetichista, infelizmente presente em muitos ambientes.
Críticas
Um dos maiores críticos da RCC é o padre Quevedo. Ele afirma que vivem em um ambiente fetichista, místico e alienante. Também fala que a RCC é um movimento fantástico, mas que comete alguns exageros. Por outro lado, há também muitos religiosos católicos que dão forte apoio a esse movimento,como Padre Jonas Abib, Padre Marcelo, Pe. Antonio Maria, Pe. Leo (ja falecido, Pe. Reginaldo Manzzotti, entre outros, vendo a RCC como uma fonte de renovação de seu Deus para a Igreja.Outro grande crítico é o Prof. Orlando Fedeli. Fedeli se envolveu em grande polêmica com os padres Fábio de Melo e Joãozinho, da Canção Nova do Padre Jonas Abib. A polêmica, que começou em torno da questão sobre a presença real de Cristo na Eucaristia, pode ser consultada no site da Montfort - Associação Cultural.
A presença real de Cristo na Eucaristia é um dogma da Igreja Católica, tambem defendido perla RCC. Fedeli tem uma postura conservadora, também se opondo à Teologia da Libertação, às pesquisas com celulas tronco, entre outras.
Fontes:
Pastor Gilberto Stefano Igreja Batista da Fé.
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