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segunda-feira 11 2010

Serra e Dilma trocam acusações em debate na TV


Aborto, escândalo na Casa Civil e privatizações viram temas das críticas trocadas entre petista e tucano na Band

Ricardo Galhardo e Nara Alves, iG São Paulo

Os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) transformaram o primeiro debate do segundo turno da eleição presidencial em palco para a troca de acusações e duras críticas. Em um embate que se estendeu por todos os blocos do programa, a petista e o tucano se revezaram em menções à polêmica sobre aborto, às denúncias de corrupção que atingiram a Casa Civil do governo Lula e à política de privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso.

A decisão de Dilma de partir para o ataque contra Serra já era prevista pela campanha petista, como adiantou o iG. O confrontou esquentou logo na primeira pergunta, quando Dilma abordou Serra dizendo ser vítima de uma campanha baseada em "calúnias". "Sua campanha procura me atingir por meio de calúnias, mentiras e difamações", disse Dilma, acusando o vice do adversário tucano, deputado Indio da Costa (DEM-RJ), de reunir grupos de discussão com o objetivo de explorar eleitoralmente "questões religiosas". Serra reagiu: "Vocês confundem verdades ou matérias de jornais com ataques orquestrados".

Em meio à troca de acusações, Serra entrou no tema do aborto, ao dizer que Dilma mudou seu discurso sobre o procedimento - a petista declarou no passado que é a favor da descriminalização e nas últimas semanas tem reforçado o discurso em "defesa da vida". "Aí se trata de ser coerente, de não ter duas caras", reforçou o tucano.

Dilma não negou o apoio à descriminalização, mas investiu na tese de que se trata apenas de evitar que mulheres que tenham sofrido complicações por realizarem clandestinamente o procedimento não corram o risco de serem presas ao buscarem socorro.

A petista também acusou Serra de ter "mil caras" e disse que o rival se tornou alvo de investigação por tê-la acusado de montar um dossiê. "Você é réu por calúnia e difamação. Você está caminhando para entrar na Ficha Limpa", rebateu a petista. Dilma ainda mencionou o fato de a mulher do tucano, Mônica Serra, ter dito que a petista é "a favor de matar as criancinhas". "Eu não concordo com a fala da sua senhora. é uma coisa antiga", afirmou.

Os dois baixaram o tom por alguns minutos, após Serra questionar Dilma sobre segurança pública. Pouco depois, entretanto, a petista retomou os ataques. "O senhor deveria olhar o seu assessor Paulo Vieira de Souza, que fugiu com R$ 4 milhões de dentro da sua campanha", provocou, em referência a denúncias envolvendo um suposto desvio de recursos comandado por Vieira, que foi diretor da Dersa.

Dilma manteve o tom em alta no segundo bloco, ao lembrar que Serra normatizou a realização do aborto nos casos autorizados pela atual lei - a regra atual, que data de 1940, autoriza o procedimento nos casos de estupro e de risco à vida da mãe. "Agora, precisamos

domingo 10 2010

Humor

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ALERTA MÁXIMO!!!

HPV pode atingir oito em dez mulheres, alertam especialistas

Imagine uma realidade em que oito a cada dez mulheres possuiria uma doença sexualmente transmissível (DST). Essa imagem pode parecer longe da realidade, mas está muito mais próxima do que se imagina. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a porcentagem de mulheres atingidas pelo Papiloma Vírus Humano (HPV) durante toda a vida varia de 50% a 80%. De acordo com a ginecologista Alexandra Ongaratto, as razões desses números alarmantes passam pela facilidade do contágio somada à pouca prevenção.

O grande risco do HPV é sua ligação com alguns tipos câncer, especialmente os genitais, o de colo do útero, e o câncer anal. Com mais de 110 subtipos, os papilomas podem se manifestar na forma de verrugas externas e internas difíceis de serem detectadas. A médica explica que esta detecção pode acontecer em exames preventivos, o que pode demorar, de caso para caso, e acabar por permitir ao vírus com que se fortaleça na parte interna do corpo. “O vírus precisa de células para se multiplicar e tem preferência pelas células da parte genital inferior da mulher, incluindo o colo do útero”, alerta a especialista.

A boa notícia é a recente descoberta de vacinas contra a doença. Ainda que só tenham efeito contra quatro dos mais de 100 subtipos de HPV, elas agem contra os mais agressivos, ou seja, os mais ligados ao surgimento de cânceres e verrugas. Induzindo a produção de anticorpos contra a doença, a vacina funciona na maioria dos casos, mas deixa a paciente suscetível a outros subtipos.

Em relação aos tratamentos, a médica destaca a necessidade de uma abordagem individualizada de cada caso. “Depende do tipo de verruga que surge em cada mulher, bem como de seu sistema imunológico”, destaca a ginecologista. “Em boas condições de saúde, no entanto, a tendência é que o próprio sistema imunológico feminino elimine o vírus, sem necessidade de nenhum tipo de tratamento”, acrescenta.

Maior incidência em homens

Apesar de se manifestar mais violentamente em mulheres, o HPV não é exclusivo delas. Na realidade, de acordo com a ginecologista, embora não haja números exatos da incidência, sabe-se que a doença é mais comum entre os homens. A médica destaca que o número é, provavelmente, maior do que o conhecido, devido à resistência masculina em realizar os exames de detecção.

Como a doença possui transmissão basicamente sexual, a especialista recomenda que o casal faça exames e, em caso positivo, tratamentos em conjunto. “Além disso, não podemos esquecer a necessidade de se fazer sexo com preservativo em todas as etapas, especialmente durante o tratamento”, conclui a médica.

Fonte: Lide Multimídia - Assessoria de Imprensa. Press release. 07 de outubro de 2010.

Por quem os sinos dobram?

"Nenhum homem é uma ilha; 

todo homem é um pedaço do continente, uma parte da terra firme. 

Se um torrão de terra for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se tivesse perdido um promontório, ou perdido o solar de um teu amigo, ou o teu próprio. 

A morte de qualquer homem diminui a mim, porque na humanidade me encontro... envolvido; 

por isso, nunca perguntes por quem os sinos dobram; 

eles dobram por ti."

(John Donne)

No debate, estratégia de Dilma e Serra é de 'paz e amor

Agência Estado
 
No primeiro enfrentamento direto do segundo turno, os comandos das campanhas de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) orientaram os seus respectivos candidatos, conhecidos por terem temperamento forte, a exibirem uma postura "paz e amor", evitando agressividade desnecessária no debate da Band de hoje.

Dilma e Serra também foram preparados a abordar e a responder a questões polêmicas, como o aborto e as privatizações.

A candidata petista foi orientada a pôr em prática, mais do que nunca, a "terapia do copo d''água". Trata-se de tomar um copo de água - ou de refletir por alguns segundos - antes de dar uma resposta malcriada, caso não goste da pergunta ou de uma insinuação do tucano.

O PSDB orientou Serra a adotar um tom "ameno" e a evitar erros cometidos na eleição de 2006, quando o então candidato Geraldo Alckmin caiu nas armadilhas colocadas pelo PT e manteve postura agressiva contra o adversário Luiz Inácio Lula da Silva, que tentava a reeleição.

Serra participou de uma primeira reunião preparatória na madrugada de sexta-feira. Após participar de encontro com integrantes do DEM, foi até o estúdio alugado pelo PSDB, na zona oeste paulistana, gravar o programa do horário eleitoral. Por volta da 1 hora da manhã, um pequeno grupo de cinco colaboradores, formado basicamente pelos seus marqueteiros e assessores de comunicação, começou a discutir as linhas gerais do debate.

O encontro de sexta-feira se estendeu até às cinco horas da manhã. Estava prevista uma nova reunião na noite de sábado, quando seriam definidas perguntas e temas mais específicos.

Os tucanos não descartaram perguntas sobre a "valorização da vida", leia-se aborto. A avaliação inicial é que o candidato não deve tocar diretamente no assunto. Mas embutir o tema numa questão mais programática. Na estreia do programa na TV, na sexta-feira, Serra falou sobre o assunto ao mencionar o "respeito à vida". O tema poderá ser abordado, por exemplo, no contexto de sua proposta para gestantes, o Mãe Brasileira.

Dilma já tem pronta a resposta, se for questionada: vai se declarar a favor da vida, da família, dizer que é mãe e avó. E sempre que tiver oportunidade, procurará ligar Serra ao processo de privatização no governo de FHC.

Serra defenderá as privatizações. A orientação é para que não fique na defensiva. A exemplo do que disse em seu discurso no evento de lançamento do segundo turno da campanha, na quarta-feira em Brasília, citará os benefícios que as privatizações trouxeram para setores da economia, como telefonia. Deve ainda insistir no argumento de que Lula também privatizou no seu governo (Banco do Estado do Maranhão e Banco do Estado do Ceará), além de ter promovido concessões de rodovias federais.

A defesa do tema tem como objetivo evitar que Serra caia em armadilha semelhante à colocada pelo PT na campanha de Alckmin em 2006. Acusado de defender as privatizações, o então presidenciável ficou acuado e adotou uma postura agressiva, e considerada arrogante, contra Lula.

Os coordenadores da campanha de Dilma também usaram um exemplo que já se tornou clássico para convencer a candidata a não passar a imagem de arrogante. Em 1998, o então governador de Brasília, Cristovam Buarque, humilhou Joaquim Roriz que, espertamente, deu corda para que o adversário o ridicularizasse, passando ao telespectador a imagem de vítima.

O eleitor reagiu à forma autoritária com que Cristovam se mostrou e, contra todas as expectativas, elegeu Roriz. Ambas as campanhas lembraram os candidatos que a arrogância é um tipo de erro que o eleitor não perdoa.  

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.