Segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras, o país é o único membro do Bric a avançar neste campo
O Brasil subiu 13 posições e ocupa o 58º lugar no ranking mundial de liberdade de imprensa divulgado divulgado nesta quarta-feira pela organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF). Segundo um comunicado da organização, a melhora na lista ocorreu graças a uma "evolução favorável na legislação" do país.
No topo do ranking estão, empatados em primeiro lugar, Finlândia, Islândia, Holanda, Noruega, Suécia e Suíça. Na outra ponta da lista, as últimas posições são ocupadas por Turcomenistão (176º), Coreia do Norte (177º) e Eritreia (178º).
O responsável pelas Américas da RSF, Benoît Hervieu, comentou a situação do Brasil no ranking:
— Um passo positivo foi dado às vésperas das eleições, com a revogação da lei que proibia caricaturar políticos.
De acordo com comunicado da ONG, a ausência de violência grave contra a imprensa e uma maior sensibilização do poder público em relação ao acesso à informação também motivaram o salto do país. Além disso, o Brasil tem uma das comunidades mais ativas na internet.
Para Hervieu, no entanto, o país ainda tem muito a melhorar. Segundo ele, os repórteres que atuam no Brasil ainda enfrentam problemas de violência, além de censura prévia.
O relatório também destaca, em um capítulo intitulado "Crescimento econômico não quer dizer liberdade de imprensa", que o Brasil foi o único membro do Bric (que inclui ainda Rússia, Índia e China) a evoluir no ranking. A Índia ocupa a 122ª posição na lista; a Rússia, a 140ª e a China, a 171ª.
AGÊNCIA BRASIL