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domingo 07 2010

Derrota de Ana Júlia- o desconhecimento do significado das categorias :Governabilidade e governança na gestão do governo.

Do Blog Bilhetim

A marca dos 4 anos do governo Ana Júlia foi o insistente e permanente desconhecimento da importância dos partidos aliados na manutenção da governabilidade e da governança do poder executivo estadual.

A governabilidade diz respeito a conquista de maiorias programáticas estáveis dentro do poder legislativo estadual. Esta maioria se materializa quando da votação e aprovação de projetos importantes para o exercício do mandato quadrienal por parte do governador de plantão.

Porém, a maioria parlamentar não pode ser exercida se dois pressupostos não forem realizados por parte do governador e seu partido hegemônico: 
 
1- participação dos partidos da base aliada na construção e na gestão, cotidiana, do programa de governo, também conhecida como uma das dimensões de governança e 
 
2- Cumprir os acordos, com os partidos da base aliada e seus parlamentares, em relação à administração compartilhada do governo e ao implemento de liberação de recursos orçamentários e emendas parlamentares, destinados aos distritos onde os partidos aliados e seus parlamentares devem respostas objetivas, aos seus “constituences”.

Podemos afirmar sem nenhuma dúvida: o governo Ana Júlia falhou barbaramente nestes dois pressupostos. Primeiro não constituiu e nem deu funcionalidade a um conselho de governo, com reuniões periódicas, que deveria ser formado pelos presidentes dos partidos da base aliada, pelos líderes dos partidos da base aliada e do governo na ALEPA. Este instrumento que é usado em todos os governos bem sucedido, não foi executado, como um estilo de governo, e que traduz a ausência do exercício cotidiano da governança.

Pelo contrário, o governo sequer constituiu um conselho petista, formado pelo presidente estadual do PT e pelos líderes parlamentares, estadual e federal petista para o aconselhamento pessoal da governadora.

Do ponto de vista da gestão do governo foi outro fiasco. O governo Ana Júlia, leia-se, o secretariado da DS (PMM do B), entregava determinada secretaria a um partido, mas cercava este secretário com assessores DAS (espiões) da Tendência Democracia Socialista- DS, e em seguida, esvaziava orçamentariamente esta secretaria, a exemplo do que fizeram com a Secretaria de Obras Públicas-SEOP, entregue ao PMDB. Ou seja, o governo Ana jamais entregou uma secretaria de “porteira fechada” ao partido aliado.

Em síntese, Ana Júlia distribuiu cargos, mas jamais socializou com os partidos da base aliada a gestão do governo estadual. Com esta postura a DS funcionou como uma organização Kamicase que implodiu a base parlamentar do governo estadual, assim como fragmentou toda a base partidária, especialmente o PMDB, que sustentava o governo Ana Júlia. Enfim, uma aula de ingenuidade política, incrementada sob os auspício da arrogância e da grosseria na condução do governo. Um verdadeiro fiasco político e administrativo.

Os homens de ouro da “DS” achavam que poderiam repetir no plano estadual, o que o prefeito Duciomar fez no plano municipal nas eleições de 2008, em Belém. 
 
Achavam que bastaria, nos últimos seis meses de gestão, usar as máquinas de governo federal e estadual, assim como montar um exército de boca de urna “pagos”, e o povo do Pará aderiria ao candidato do governo com base no Pork Barrel. Ledo engano, 5 milhões de eleitores, distribuídos em 143 municípios, na dimensão rural/urbana, não foram "atingidos" com obras e serviços pré-eleitoral. Adios ingênuos.

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Do portal IG

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Criação de empregos é recorde no Pará


Nos últimos dez anos, o Pará se consolidou como o maior celeiro de empregos da região Norte.

A denominação de "Eldorado dos desempregados" é justificada pela quantidade de vagas ofertadas dentro das fronteiras paraenses: somente nos nove primeiros meses deste ano, foram criados 34 mil postos da trabalho. Este volume é o maior dos últimos cinco anos e o segundo mais expressivo da década.

Fica atrás apenas de 2004, quando o saldo foi superior a 36 mil novas oportunidades. Os resultados do Pará representam quase 35% do número de vagas abertas em toda a região Norte, de aproximadamente 98 mil empregos. Para se ter uma ideia da relevância do dado, o Estado do Amazonas, segundo colocado, apresentou apenas 23,6% nos índices do Norte, sendo que em 2000 a proporção amazonense era de 31,7%.

O crescimento dos índices de oportunidades de trabalho geradas no Pará, nos últimos dez anos, foi assustador. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), analisados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA), mostram que, em 2000, nos nove primeiros meses, o Estado fechou com saldo positivo de 16.177 empregos.

Se comparado com igual período deste ano, a evolução é superior a 52%. Em dez anos, o setor serviços assumiu a ponta das oportunidades de trabalho, sendo responsável por 36,2% dos empregos gerados no Pará, ou seja, 12.420 vagas. Em 2000, a atividade econômica que mais empregava no Estado era a indústria da transformação, com 32% de representatividade, ou 5.187 postos de serviço gerados.

Segundo relatório "Mapa do Emprego Formal no Estado do Pará, elaborado pelo Dieese/PA, a construção civil é a segunda atividade que mais emprega no Pará. O saldo apurado entre janeiro e setembro de 2010 foi de 7.349 vagas. Este resultado, se comparado ao mesmo período do ano imediatamente anterior, representa uma evolução de 13,23%.

Em 2000, a construção civil gerou um saldo de 2.061 empregos, volume que representava o quarto maior dentre todas as atividades no Pará, ficando atrás, além da indústria da transformação, dos setores serviços (4.131 vagas) e comércio (3.405 postos). A agropecuária se manteve com um saldo similar, variando entre 1.257 oportunidades de trabalho em 2000 e 1.949 este ano.

MUNICÍPIOS

O estudo do Dieese abrangeu uma análise especifica dos 51 municípios com mais de 30 mil habitantes, correspondendo a aproximadamente 36% dos 143 municípios paraenses. Nos 51 pesquisados, foram feitas, entre janeiro e setembro deste ano, 201.655 admissões contra 171.409 desligamentos, gerando um saldo positivo de 30.246 postos de trabalhos.

Somente em Belém - líder no ranking dos municípios - foram geradas 11.087 oportunidades de trabalho este no. Parauapebas fechou em segundo lugar, com 4.037 postos de trabalho gerados nos primeiros nove meses de 2010. Ananindeua (2.526 vagas), Castanhal (1.952) e Paragominas (1.203) completam a lista dos cinco mais promissores para quem procura emprego. Em 2000, Belém gerou 4.131 postos de trabalho e Parauapebas, 319.

Com tantas vagas criadas, uma preocupação toma conta dos empresários, investidores e da própria mão de obra paraense: a falta de qualificação. O supervisor Técnico do Dieese-PA, Roberto Sena, avalia que este será um dos grandes desafios do governador eleito, Simão Jatene (PSDB). "O novo governo terá de enfrentar de frente este problema.

Afinal, serão cerca de 120 mil vagas até 2013. O revés não deve ser pensado a longo prazo, pois as saídas precisam ser imediatas, a curto prazo", ressalta Sena, indagando quem preencherá as vagas que estão sendo abertas hoje.

O economista Caitano Celedônio, especialista em recrutamento e seleção, afirma que os cursos profissionalizantes são os melhores atalhos. "Os números mostram que empregos existem, mas o profissional preparado está cada vez mais escasso.

Os cursos profissionalizantes, que possuem conteúdos altamente didáticos e práticos, podem ser a saída, já que formam bons profissionais em poucos meses", sugere.

Imagens interessantes

Já era...

Quem se assustou mais?

Erros, acertos e expectativas

Do Blog da Franssinete


A debandada no primeiro escalão do governo do Estado expõe a guerra intestina do PT parauara, responsável em muito pela derrota eleitoral da governadora Ana Júlia Carepa.

A DS, corrente ideológica minoritária no Pará, tem sido apontada como a Geni da história, mas as demais facções muitas vezes e em ocasiões cruciais se comportaram como, mais do que adversárias, inimigas do governo. 
 
Na Assembleia Legislativa, a base de apoio jamais foi consolidada porque a própria bancada do PT abria dissidência. Seus membros deixavam todos perplexos quando diziam da tribuna que uma coisa era o PT e outra o governo, coisa impensável anteriormente, quando a voz de comando único e o rolo compressor garantia a aprovação das matérias do interesse do mandatário. 
 
Não se trata de defender o tacão autoritário, mas sim de enxergar a necessidade de um mínimo de unidade a fim de possibilitar a execução do projeto político.

Ora, como a governadora foi eleita por seu partido, é fácil concluir que a falta de coesão petista impediu a formação de um bloco parlamentar de sustentação ao governo, até porque a maioria dos partidos não tem linha ideológica consistente, tanto que seus integrantes vivem pulando de galho em galho, o que só teve freio pela Lei de Fidelidade Partidária. 
 
O resultado foi que a oposição se organizou, se fortaleceu e virou o jogo. Historicamente sob o comando do Executivo, que sempre interferiu diretamente na composição da Mesa Diretora e fez a presidência da Casa, a Alepa fez da governadora refém de seus humores e promoveu o desgaste paulatino e intenso do PT e do governo, repetindo refrões que acabaram se cristalizando no subconsciente popular.


Como mera observadora, penso que o PT não estava preparado para vencer em 2006 uma ampla coligação instalada havia doze anos no poder. O povo mostrou sua insatisfação com os governos tucanos nas urnas, mas os petistas foram surpreendidos com a vitória, até por conta dos erros grosseiros nas pesquisas eleitorais – cuja manipulação acintosa atingiu gravemente a credibilidade dos institutos -, que levarão tempo para reaver a confiança da população.


“_Ganhamos, e agora?”, penso que deve ter sido a pergunta recorrente. A par da ganância dos aliados pela divisão de poder – e do desastre na gestão dos feudos entregues -, a comunicação do governo jamais funcionou. 
 
Projetos, programas e ações da maior importância não foram levados ao conhecimento do povo, como o Ação Metrópole – idealizado há vinte anos, sem sair do papel -; 
 
os Parques Tecnológicos em Santarém, Belém e Marabá; os investimentos em agricultura – a produção aumentou em muito -; 
 
pecuária – além do melhoramento genético do rebanho, o Pará saiu da classificação de alto risco e em breve sairá do médio risco -; 
 
em transporte fluvial – Belém, capital de um Estado em que 80% da população se transporta pelos rios, só agora terá um terminal hidroviário de passageiros e cargas digno dessa denominação, com conforto, segurança e atrativos turísticos -; 
 
as eclusas de Tucuruí - prometidas e esperadas há três décadas, serão finalmente concluídas, junto com o canal intermediário, e o derrocamento dos pedrais já tem licença ambiental, viabilizando a sonhada hidrovia Tocantins/Araguaia -; 
 
a realização de concursos públicos em quase todos os setores da Administração estadual, Planos de Cargos, Carreiras e Salários para os servidores, e tantas outras iniciativas meritórias, como o ProJovem urbano e prisional.
 
Para o PSDB, a derrota em 2006 acabou sendo salutar – depois de descer do salto alto, o ninho tucano soube se reconstruir -. Entretanto, as alianças feitas para garantir a vitória podem acabar por repetir os mesmos erros do governo petista: alguns adesistas são conhecidos sobejamente não pela ética e boa conduta, administrativa, cível e criminal.
 
Enfim, o passado sempre serve para construir o futuro. A sabedoria para discernir o joio do trigo se revelará daqui a quatro anos. Como cidadã paraense, desejo o melhor para meu Estado.