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sábado 08 2011

Joilson sai do PT

Joilson, empresário Tucuruiense e ex-candidato à Prefeitura de Tucuruí se desfiliou do Partido dos Trabalhadores.

Joilson foi o segundo colocado nas eleições municipais. Com esta desfiliação o PT em Tucuruí, como no resto do Estado está a cada dia mais desfalcado devido a disputas internas das diversas tendências do partido. Mas isso abre as portas para que outros petistas além dos seguidores do Paulo Rocha se aliem ao Prefeito do PPS em Tucuruí e se aboletem no poder.

Estas mesmas disputas levaram o Governo Ana Júlia a dividir o partido, que não soube agregar e manter a unidade interna e com os aliados, levando o governo petista à fragorosa derrota eleitoral e a perda do poder para um partido fraco, sem recursos e dividido como o PSDB.

Estas disputas e a falta de unidade no PT paraense também prejudicou o Joilson e o PT em Tucuruí tendo o ex-Deputado Federal Paulo Rocha se aliado ao maior adversário do próprio partido em Tucuruí.

Joilson teve muita paciência, e aturou tudo o que podia, outro em seu lugar já teria mudado de partido há muito tempo.

Bem disse Jesus: "Todo o reino dividido contra si mesmo será destruído e seus edifícios cairão uns sobre os outros".

Pena que o PT não tenha aprendido a lição. Perdeu o Governo do Estado, a PMT, e Paulo Rocha perdeu a credibilidade e está sem mandato.

Foi merecido.

A corrupção na gestão pública nunca é solitária

Geralmente o cidadão comum desconhece os mecanismos da corrupção. 

Esta matéria tem como objetivo esclarecer os caminhos para o desvio de dinheiro público. Esta matéria tem sentido genérico e não tem a intenção deliberada de acusar ninguém especificamente.

Ouvimos falar muito que fulano ou sicrano é corrupto e enriqueceu desviando dinheiro público, e a impressão que se tem à primeira vista é que ele é o único responsável. Mas isso não é verdade, esta é apenas a ponta do iceberg.

Vamos por exemplo supor que um prefeito queira desviar dinheiro da prefeitura. Para começar é IMPOSSÍVEL desviar dinheiro da prefeitura sozinho, mesmo que seja um prefeito, ele precisa primeiro da conivência de vários funcionários e profissionais e assim montar uma quadrilha com este objetivo.

Em primeiro lugar ele precisa de alguém que tenha uma empresa devidamente legalizada e com ampla área de atuação, normalmente estas “empresas” vendem de tudo, de uma agulha a um avião. Por isso normalmente depois do resultado das eleições uma grande quantidade de empresas são criadas com o objetivo de “negociar” com o governo.

Existem também “empresas” e grupos de empresas cujas quadrilhas altamente especializadas agem nos estados e até nacionalmente que têm grande experiência em fraudar licitações e desviar recursos públicos, principalmente nas prefeituras do interior, onde a fiscalização e o controle social são menores, e onde a corrupção está mais arraigada e muitas vezes faz parte da cultura política local. Os donos e demais integrantes destas “empresas”, normalmente tem grande experiência em burlar a lei e encobrir os rastros da roubalheira, tendo normalmente em sua folha de pagamento autoridades dos três poderes, que lhes dão cobertura.

Mas continuando, além do “empresário” corrupto o prefeito que queira desviar recursos tem que ter a conivência do Secretário Municipal (responsável pela Secretaria para qual se destina o produto ou serviço), para que o mesmo ateste as notas fiscais, também tem que ter a conivência do Secretário da Fazenda, do tesoureiro, do chefe da licitação e/ou de compras, do contador e do pessoal que faz a contabilidade, pois todas estas pessoas participam ou no mínimo tomam conhecimento da ilicitude.

De cara o “empresário” tem que pagar os impostos sobre a nota fria, ISS ou ICMS, INSS e Imposto de Renda, o que de cara representa mais ou menos uns 30% do valor da nota, e é claro tem a comissão do “empresário” que varia em média em torno de 20 a 30%.

Se a mercadoria mesmo de baixa qualidade for realmente comprada ou o serviço mesmo que feito com material de quinta for executado temos ainda os custos do produto ou do serviço, que pode representar no mínimo 30% do valor da nota.

Só ai, antes mesmo do prefeito “lucrar” um centavo, ele já “gastou” de 80 a 100% do valor real do produto ou do serviço. A solução então é superfaturar dobrando o valor da nota, ou o mais arriscado que é forjar a entrega do material ou a execução do serviço, o que normalmente dá muito na vista e põe no esquema funcionários do baixo escalão.

Então para “justificar” por exemplo, um milhão desviado ele gasta dois milhões ou mais. E olha que não estamos contando com os funcionários coniventes que querem por sua vez dinheiro e vantagens. Vantagens estas normalmente dispendiosas que o prefeito não tem como negar pelo resto do seu mandato. E ai depois de tudo pronto entra o profissional encarregado da maquiagem das prestações de contas e da cooptação de auditores no sentido de “passar por cima" dos erros na prestação de contas ou pelo menos adiar ao máximo a auditoria e seu resultado.

O maior risco é quando a situação foge ao controle e as contas caem nas mãos de auditores honestos, ou a ilicitude é denunciada e investigada por promotores e delegados sérios.

Neste caso, só resta então ao corrupto duas alternativas:

1 - Contratar escritórios de advocacia caros, eficientes e que tenham bons contatos, para através das brechas nas leis livrar o corrupto da cadeia, ou adiar os julgamentos por muito tempo ou indefinidamente.

2 – Cobrar dívidas de campanha, pois os corruptos normalmente apóiam políticos candidatos a cargos importantes no Legislativo e no Executivo, não importando a sigla partidária, a única condição para o "apoio" (leia-se financiamento de campanha e contratação de cabos eleitorais), é que os candidatos sejam tão corruptos e sem caráter quanto eles próprios e assumam o compromisso de os defender caso suas falcatruas sejam descobertas. 
Por sua vez estes candidatos depois de eleitos usam da sua influência para livrar o corrupto, muitos recebem propinas do prefeito durante seus mandatos, normalmente através de convênios e/ou emendas parlamentares ou em espécie mesmo.

O assunto não se esgota aqui, pois o tema é muito extenso, mas por enquanto esta matéria dá ao cidadão comum uma idéia de como funcionam os esquemas de corrupção no Brasil.

Colocamos como exemplo os prefeitos, simplesmente por que os prefeitos estão na base da pirâmide do poder, no entanto isso pode acontecer em qualquer nível de gestão pública, seja ele em nível de Estado ou Federal.

Conhecimento é poder, o povo precisa conhecer seus inimigos para que possa se defender deles.

E nós estamos aqui para isso mesmo...

Ouvido mouco pode conduzir ao abismo

Sensacional a tirada do Parsifal em seu Blog na matéria Sinais de Trânsito

Vejam com que maestria Parsifal define e adverte para a situação dos governantes ao compor e manter o governo ignorando as vozes das ruas: 

"Todavia, também na atual conjuntura política, não é bom seguir com a carruagem sem voltar os ouvidos aos alaridos que se fazem na passagem, sob pena de, eventualmente, poder-se estar fazendo orelha mouca aos que gritam que há um abismo à frente".

CMT - Vontade de acertar

Em reunião com os funcionários da CMT, o Vereador Zé Gomes, Presidente da Câmara Municipal de Tucuruí disse que os servidores daquela casa têm toda a liberdade de se dirigir a ele sempre que houver necessidade, e que ele além de chefe do executivo gostaria de ser amigo de todos.

Disse ainda que quer transparência na CMT e não quer nada de "errado" na Câmara, pois não gostaria de que os adversários e mesmo alguns "aliados" tenham algo contra ele como gestor da Câmara Municipal.

Claro que ele não disse isso com estas mesmas palavras, não teríamos como transcrever com exatidão a sua fala, já que não gravamos a conversa, no entanto a nossa fonte participou da reunião e este é o resumo do que foi dito.

Bom, parece que o vereador presidente está bem intencionado, agora se esta boa intenção vai se transformar em atos e em uma regra na CMT são outros quinhentos e só o tempo e o Folha dirão.

O Vereador presidente conhece as obrigações inerentes ao cargo que ocupa e a grande responsabilidade que pesa em seus ombros como chefe do Poder Legislativo em Tucuruí, e mais que isso, ele sabe da sua responsabilidade como fiscalizador dos atos do executivo, e ainda o mais importante: Tem perfeita noção de que é um representante do povo de Tucuruí e defensor do interesse público.

Na dúvida sobre como exercer com responsabilidade, competência e espírito público a chefia do Poder legislativo, o Vereador Presidente tem um ótimo exemplo de como se comportar como gestor, como chefe do poder Legislativo e como legítimo representante do povo, é só fazer exatamente o contrário do que fez o seu antecessor Chico Enfermeiro, e vai dar tudo certo.

Como sempre o Folha tem fé, torce pelo bem e acreditamos que todos tem direito a uma chance.

Um grande abraço ao Zé Gomes, a Equipe Folha lhe deseja muito sucesso.

sexta-feira 07 2011

Adécimo no Detran de Marabá? É o fim!

Matéria do Blog do Hiroshi mostra a preocupação de que o Governador nomeie um notório estelionatário para assumir a Gerência Regional do Detran, com sede em Marabá, que é apadrinhado pelo senador Mário Couto. 

É preocupante a perspectiva deste governo que se inicia, se confirmadas as indicações para o Detran Regional de Marabá e a Direção do Hospital Regional de Tucuruí, é de se esperar mais quatro anos de atrasos e escândalos de corrupção no Pará. 

É lamentável, o povo paraense não merece isso, uma sucessão de desgovernos incompetentes e sem compromisso com o interesse público, ninguém merece.

Começa mal o Governo Jatene, e isso com apenas sete dias de Governo.

Núvens negras assombram o horizonte do Pará...

Que Deus ajude o nosso povo!!!