Do Blog Perereca da Vizinha
Transação já rendeu a Milton Nobre pelo menos R$ 375 mil em cinco anos. Filho dele trabalha na Prefeitura de Belém.
Em 07 de janeiro deste ano, o Diário Oficial do Estado publicou um estranho aditivo, o décimo, ao contrato “2006-017” da Secretaria Estadual de Administração (Sead).
A publicação só mencionava o valor do aditamento: mais de R$ 22 mil, para uma vigência de três meses (de 1 de janeiro a 31 de março). Nada dizia, porém, acerca do objeto contratual.
O que mais chamava a atenção, no entanto, era o ilustre contratado: o desembargador Milton Augusto de Brito Nobre, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Pará e integrante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o órgão de controle da Magistratura brasileira.
O contrato 17/2006 já rendeu a Milton Nobre pelo menos R$ 375 mil, nos últimos cinco anos: trata-se do aluguel de uma casa onde funciona a Diretoria de Gestão do Patrimônio do Estado, na travessa Apinagés, 270, entre Tamoios e Mundurucus, no centro de Belém.
Segundo apurou o blog, o valor original do contrato era de R$ 75.600,00, mas hoje gira em torno de R$ 7.500 por mês – ou quase R$ 90.000,00 anuais, o equivalente a um bom carro zerado.
Em 2006, quem governava o Pará era o tucano Simão Jatene, hoje pela segunda vez à frente do Executivo. Milton Nobre era, então, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado.
Por coincidência, também em 2006 um dos filhos do desembargador acabou nomeado subprocurador cível da Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos (Semaj), da Prefeitura de Belém.
Marcelo Augusto Teixeira de Brito Nobre teria sido aprovado em 25 lugar, em concurso realizado pela Prefeitura em 2004.
A Perereca, no entanto, só conseguiu localizar a nomeação dele para o cargo, mas não a homologação do resultado do concurso, que teria sido publicada no Diário Oficial do Município em 21 de dezembro de 2004, ano cuja consulta não está disponível via internet.
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