Sobre a celeuma a respeito do pretenso "estupro" no Big Brother
Vamos deixar de falsos moralismos e analisar racionalmente as seguintes questões:
1 - Os participantes conhecem as regras e muitos usam os relacionamentos afetivos e sexuais como estratégia para continuarem no jogo e se possível faturar a bolada.
2 - A vigilância das câmeras seria invasão de privacidade se os participantes não concordassem e não soubessem que estão sendo vigiados por câmeras o tempo todo.
3 - A própria "pretensa vítima" não admitiu o estupro e inocentou o "acusado", como a suposta vítima não é menor de idade e não é incapaz, acredito que a sua vontade deve ser respeitada.
4 - Os participantes não estão no jogo para defender e promover a moral puritana e os "bons costumes", estão lá por dinheiro e os telespectadores sabem muito bem como é o programa e o que acontece embaixo dos edredons, se assistem é por que querem ver a "intimidade" dos participantes.
5 - Se querem proibir o BB por causa da exposição consentida da intimidade das pessoas adultas, deveriam também proibir os filmes pornô, os stripteases nas casas de show e a prostituição.
Enfim, os participantes do BB não são crianças inocentes, são adultos, estão lá porque querem, conhecem as regras e querem o dinheiro, muiiiito dinheiro; os telespectadores querem ver barraco, romances e sexo, não fosse assim, não colocariam câmeras nos quartos e banheiros, e a audiência não aumentaria quando "as coisas esquentam" na casa.
Assim todo mundo tem o que quer e fica feliz, os participantes ganham presentes, fama e dinheiro, a Globo ganha dinheiro e audiência, os patrocinadores fazem a sua propaganda e o telespectador espia a vida alheia, as fofocas, as brigas, os romances e as transas dos participantes...
Todos felizes, menos os puritanos e aqueles que amam a censura e se meter na vida dos outros, se achando no direito de decidir o que o povo deve ou não deve fazer e o que o povo deve ou não deve assistir na televisão.
Ninguém é obrigado a assistir o BB e muito menos participar do jogo.
Acredito que tenha muita coisa mais séria e mais urgente neste país para ser discutida e para que empreguemos o nosso tempo.