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domingo 18 2013

Eleições Limpas


ISTOÉ - Todos os homens do propinoduto tucano

Todos os homens do propinoduto tucano

Quem são e como operam as autoridades ligadas aos tucanos investigadas pela participação no esquema que trafegou por governos do PSDB em São Paulo.

Alan Rodrigues, Pedro Marcondes de Moura e Sérgio Pardellas


Na última semana, as investigações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do Ministério Público mostraram a abrangência nacional do cartel na área de transporte sobre trilhos. 
    
A tramoia, concluíram as apurações, reproduziu em diversas regiões do País a sistemática observada em São Paulo, de conluio nas licitações, combinação de preços superfaturados e subcontratação de empresas derrotadas. 
   
As fraudes que atravessaram incólumes 20 anos de governos do PSDB em São Paulo carregam, no entanto, peculiaridades que as diferem substancialmente das demais que estão sendo investigadas pelas autoridades. 
   
O esquema paulista distingue-se pelo pioneirismo (começou a funcionar em 1998, em meio ao governo do tucano Mário Covas), duração, tamanho e valores envolvidos – quase meio bilhão de reais drenados durante as administrações tucanas. Porém, ainda mais importante, o escândalo do Metrô em São Paulo já tem identificada a participação de agentes públicos ligados ao partido instalado no poder. 
   
Em troca do aval para deixar as falcatruas correrem soltas e multiplicarem os lucros do cartel, quadros importantes do PSDB levaram propina e azeitaram um propinoduto que desviou recursos públicos para alimentar campanhas eleitorais. Leia a matéria completa.
    

E o Pará, parou... Parou por quê?

 

 

7 coisas geniais inventadas acidentalmente

Lucas Massao | 13 de agosto de 2013
   
Já parou para pensar como é difícil inventar coisas? E como é mais difícil ainda levar ideias que parecem perfeitas no papel para a vida real? Bom, essa lista não vai falar de coisas planejadas, mas sim de invenções feitas somente pelo acaso.
   
1) Batatas chips
Sim, um dos seus salgadinhos favoritos foi fruto do acaso. O chef George Crum trabalhava em um hotel perto de Saratoga Springs, no estado de Nova York, Estados Unidos. Certo dia, no ano de 1853, um cliente reclamou que as batatas fritas de George estavam muito grossas e encharcadas. O chef resolveu pregar uma peça no cliente cortando uma fatia de batata bem fininha e depois fritando até ficar crocante. O resultado foi inesperado: o cliente adorou as batatas que, com o tempo, acabaram ficando famosas.
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2) Velcro
Você tem alguma roupa com velcro por perto? Pegue ela, faça aquele barulhinho legal de abrir e fechar, e depois olhe de perto. Viu que o velcro é cheio de uns ganchinhos de um lado e pequenas alças do outro?

Pois é, opai dessa invenção é o engenheiro eletricista George De Mestral. Um dia, em 1948, após um passeio com seu cachorro pela floresta, George percebeu que carrapichos grudavam muito bem no pelo do seu amigo canino.

O engenheiro colocou os carrapichos no microscópio e viu que os pequenos ganchos na planta se enrolavam perfeitamente nas “alças” do pelo do animal. George tentou imitar essa estrutura com diversos materiais até ter sucesso com o nylon e a invenção genial do velcro. A invenção só ficou popular,a partir da década de 60, quando a NASA começou a utilizá-la em trajes espaciais.

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3) Marca-passo
O engenheiro americano Wilson Greatbatch estava trabalhando em um circuito que ajudaria a gravar sons de batidas rápidas do coração. Ele enfiou a mão na sua caixa de ferramentas procurando um resistor, dispostivo que limita a quantidade de energia elétrica que passa por um circuito, de 1-megaohm, mas acabou pegando um de 10,000-ohm. Vale lembrar que o ohm é uma medida de resistência elétrica.
O resultado foi um circuito que batia por 1,8 milissegundo e parava por 1 segundo. O som que ele fazia era de um batimento cardíaco perfeito. O aparelho foi implantado em um ser humano pela primeira vez em 1960 e serve para enviar sinais elétricos que estimulam o coração quando a frequência de batimentos está fora do normal.
4) Vidro de segurança
Sabe quando há algum tiroteio ou acidente e vidros que sofreram impactos aparecem somente com rachaduras e não em mil pedacinhos? O inventor desse vidro resistente foi Édouard Bénédictus, um químico francês. Certo dia, no ano de 1903, Édouard derrubou acidentalmente um frasco de sua mesa. 
Mas, ao invés de se espatifar, ele ficou com apenas algumas rachaduras. O químico lembrou que o recipiente foi usado para armazenar um nitrato plástico de celulose que “segurou” o vidro no lugar. A invenção foi aperfeiçoada e hoje é utilizada principalmente pela indústria automotiva.
5) Notas adesivas (ou o popular “post it”)
Muito uteis em escritórios ou para estudantes, esses bilhetinhos que grudam em quase qualquer lugar foram criados sem querer. Spencer Silver trabalhava para a empresa 3M, em 1970, e estava tentando desenvolver um adesivo “superforte”. Ao invés disso, acabou criando uma cola que podia ser descolada sem muito esforço. A invenção só mostrou sua utilidade quando um companheiro de trabalho de Spencer utilizou pedacinhos de papel com essa cola para marcar páginas da sua Bíblia.
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6) Molas de brinquedo

Elas inspiraram até a criação de personagens como o simpático Slink, o cachorrinho do Toy Story. O criador desse brinquedinho foi Richard James, um engenheiro naval que estava tentando usar molas para evitar que instrumentos sensíveis rolassem de um lado para o outro quando eles eram transportados em barcos. Durante testes no seu laboratório, uma dessas molas caiu no chão, pulou de um lado para o outro e parou de pé. O protótipo virou brinquedo e mais de 300 milhões de molas saltitantes já foram vendidas desde a sua criação no começo dos anos 40.
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7) Forno Micro-ondas
O estourador de quase todas as pipocas do pacote foi criado por Percy Spencer em 1945. A história conta que Percy estava trabalhando com um radar que emitia ondas eletromagnéticas e uma barra de chocolate que estava em seu bolso começou a derreter. Logo em seguida, Percy colocou um pote com grãos de milho perto do radar e viu eles estourarem. O primeiro forno Micro-ondas, que foi inspirado nesse sistema de emissão de ondas eletromagnéticas, tinha quase 2 metros de altura e pesava 340 kg.
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A comunidade científica brasileira ganhou casa nova na Antártida com projeto arquitetônico moderno.

   
Palácio de gelo
    
Crise e oportunidade são duas faces da mesma moeda. Quando o incêndio de fevereiro de 2012 destruiu 70% da Estação Comandante Ferraz, na Antártida, a comunidade científica brasileira viu derreter projetos e expectativas. No verão passado, a montagem de módulos de emergência sobre o heliponto da estação e o uso do navio Almirante Maximiano para pesquisas foram medidas paliativas para manter a presença do país no continente. Mas não significavam que a crise deflagrada pela perda da base havia sido contornada.
   
Em abril, uma boa notícia mostrou que o desastre pode se reverter em chance. Depois de tantas críticas sobre as instalações precárias da estação brasileira, surgiu a oportunidade de modernizá-las. Após um concurso realizado pela Marinha, um novo projeto arquitetônico acaba de ser escolhido para marcar o reinício dos planos de reconstrução na Antártida. Por unanimidade, o escritório de Curitiba, Estúdio 41, venceu a disputa entre as 73 propostas apresentadas.
   
Os jovens arquitetos Fabio Faria, João Gabriel Rosa, Eron Costin e Emerson Vidigal estão acostumados a entrar em concursos dos mais diversos, mas nunca tinham se deparado com um projeto tão específico e em condições tão severas. Para começar, a temperatura média na Baía do Almirantado, na Ilha Rei George, é de 2,3 graus negativos e os ventos podem passar dos 180 km/h.
   
“Trabalhamos cerca de um mês. Buscamos inspiração em estações modernas de outros países, como a britânica Halley e a espanhola Juan Carlos”, comenta Faria. Além de privilegiar aspectos como segurança e uso de tecnologias verdes, a equipe procurou valorizar a área de convívio social entre os indivíduos que passam meses no gelo. Segundo o Instituto de Arquitetos do Brasil, no Rio de Janeiro (IAB-RJ), responsável pela eleição, o projeto ganhou, sobretudo, porque apresenta soluções modulares e pré-fabricadas que facilitam e agilizam a construção e a logística da obra.
   
“Confesso que estava um pouco aflito. Muitas escolas de arquitetura no Brasil primam pelo aspecto paisagístico, mas na Antártida isso não funciona. A surpresa foi melhor do que eu esperava”, afirma Jefferson Simões, coordenadorgeral do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera e o brasileiro com mais experiência polar em todo o Programa Antártico Brasileiro.
   
A nova casa brasileira na Antártica irá contar com 19 laboratórios e 3,2 mil metros quadrados – 600 m2 metros a mais que a anterior – sendo capaz de abrigar até 64 pessoas. O projeto prevê a cogeração de energia por meio de uma pequena usina de painéis fotovoltaicos, outra de turbinas eólicas e também da queima de etanol, opção mais sustentável ao óleo diesel, até então usado. O mesmo óleo diesel que alimentou as labaredas do incêndio.
   
A estação anterior tinha 28 anos e abrigava apenas cinco laboratórios, que não eram dos mais adequados. Por estar apoiada diretamente no solo, ficava soterrada por três metros de neve durante o inverno. “Era um puxadinho, uma estrutura adaptada para fazer pesquisa”, brinca Simões.
   
Do novo desenho, Simões destaca que segue padrões internacionais, é baseado em pilotis – para facilitar a manutenção e permitir que a neve passe por baixo – e de simples montagem, expansão e remoção, por ser modular. “Na estação anterior, as atividades de manutenção já demandavam mais tempo e equipe do que as de pesquisa”, lembra o explorador polar.
   
Outro lado da moeda
   
A surpreendente agilidade do governo federal para reverter a situação não deixa de admirar os observadores e a comunidade científica, acostumados à ação morosa do Estado e ao pouco caso às pesquisas. Mas a pressa em concluir uma fase tão delicada quanto o projeto também assusta.
   
Yocie Valentin, bióloga e coordenadora-geral do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Antártico de Pesquisas Ambientais (INCT-APA), ainda não sabe se essa ligeireza do governo é positiva ou negativa. “Acho que está faltando tempo para reflexão. Depois das nossas conversas com os arquitetos, eles tiveram cinco dias para alterar o projeto. Depois tivemos outros cinco – que pegaram um fim de semana – para aprovar. Será que toda essa pressa é necessária?”, pondera.
   
Nas reuniões, foram feitas algumas requisições determinantes para o desenvolvimento das pesquisas e a segurança dos cientistas. As mais notáveis são a quantidade de tomadas em laboratório, a instalação de um elevador de carga e o afastamento entre os quartos e a cozinha – no projeto original, um ficava acima do outro, expondo a riscos os ocupantes dos dormitórios em caso de vazamento de gás. “Muitas vezes chegamos do mar com material pesado. Fica difícil subir uma escada, principalmente, se ela estiver cheia de gelo escorregadio. O elevador de carga é fundamental”, explica Yocie.
   
Apesar de mais confiante que Yocie, Simões concorda que o projeto externo é só um conceito. O “recheio” é que irá mostrar se o novo complexo será ‘estado da arte’. “Queremos uma estação de excelência, funcional, realmente voltada à pesquisa e que sobreviva pelos próximos 30 a 40 anos com manutenção barata e simples”, resume.
   
Diante das possibilidades que se abrem, a comunidade científica está aproveitando para reestruturar seu plano de ação no continente. “Hoje temos um corpo científico que entende muito bem o ambiente antártico. Antes, muita gente nem tinha especialização na área. Agora, estamos avaliando o que o
cientista realmente quer da Antártida e como isso beneficia a sociedade brasileira”, aponta Simões.
   
Dois navios
   
Entre os outros recursos que o País possui no continente de gelo estão dois navios – um científico, o Almirante Maximiano, e outro logístico, o Ary Rangel. O “Tio Max”, como é carinhosamente chamado, foi comprado três anos atrás, da Noruega, e adaptado para pesquisa. Recentemente, recebeu novos equipamentos, como um guincho biológico, e a partir deste ano começa a ser usado exclusivamente para fins científicos. No verão de 2011/2012, a implantação do centro científico Criosfera 1 (a 84 graus Sul) e dos acampamentos ao redor dele permitiu aos cientistas brasileiros explorar o continente mais a fundo.
   
Simões calcula que somente 30% de toda a pesquisa antártica é feita na Estação Comandante Ferraz – o que não diminui sua importância, principalmente para a presença do país no continente. O orçamento reservado para a construção do novo complexo é de R$ 72 milhões. “Mas falta a verba para financiar as pesquisas, que é outra história”, lembra o pesquisador. Em 2012, os investimentos na região foram os menores dos últimos sete anos, de R$ 11,8 milhões, segundo o site Contas Abertas. Nesse ponto, crise e oportunidade podem se confundir novamente.