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sábado 31 2013

Senado examina PEC da perda de mandato

Conforme anunciou o presidente do Senado, Renan Calheiros, a intenção é realizar logo as cinco sessões de discussão exigidas.
      
AGÊNCIA SENADO - 31/08/2013
     
O Plenário dará prosseguimento, na próxima semana, ao exame da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/2013, que determina a perda imediata do mandato de parlamentar condenado, em sentença definitiva, por improbidade administrativa ou crime contra a administração pública. 
     
Conforme anunciou o presidente do Senado, Renan Calheiros, a intenção é realizar logo as cinco sessões de discussão exigidas, para permitir a votação da matéria em primeiro turno durante esforço concentrado na semana de 16 a 20 de setembro. 
     
Renan anunciou o calendário de tramitação da PEC em Plenário na última quinta-feira (29), após a primeira sessão de discussão da proposta. A matéria constará da ordem do dia das sessões deliberativas de terça (3), quarta (4) e quinta (5) da próxima semana e da terça da semana seguinte (10). 
    
A PEC 18, do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), ganhou força depois da decisão da Câmara dos Deputados de rejeitar a cassação do deputado federal Natan Donadon, condenado pelo Supremo Tribunal Federal por peculato e formação de quadrilha e que se encontra preso no presídio da Papuda, do Distrito Federal. 
    
De acordo com a PEC, a cassação do mandato passa a ser imediata, mediante comunicação do Poder Judiciário, após o chamado “trânsito em julgado”, quando não resta mais possibilidade de recursos contra a decisão. Para o relator da matéria na CCJ, Eduardo Braga (PMDB-AM), a aprovação da proposta impedirá que esse tipo de situação se repita no Poder Legislativo.
    

sexta-feira 30 2013

Enquanto a Prefeitura de Tucuruí desperdiça dinheiro em praças, escolas caem aos pedaços.

A obra de “revitalização” da Praça do Jardim do Paraíso que está sendo executada pela empresa Icomax Construções caminha a passos de tartaruga manca e custou aos cofres públicos a “bagatela” de R$ 426.125,71 quatrocentos e vinte e seis mil, cento e vinte e cinco reais e setenta e um centavos (dinheiro suficiente para construir um pequeno prédio), enquanto isso a Escola Júlia Passarinho que está localizada na mesma praça cai aos pedaços, colocando a saúde dos alunos em risco.
    
Enquanto isso milhões são gastos em propaganda de obras do Governo Federal (PAC) como se fossem obras da Prefeitura. Com certeza até a tinta amarela foi custeada com recursos federais. Por falar nisso onde está o MPE que não vê que os prédios públicos em Tucuruí são pintados com as cores da campanha eleitoral do prefeito, uma violação flagrante da Lei?
    

ISSO É UMA VERGONHA.
    
Escola Júlia Passarinho
   
Escola Júlia Passarinho
 
Aqui estão sendo gastos mais de quatrocentos mil Reais
   
Aqui estão sendo gastos mais de quatrocentos mil Reais
   

quinta-feira 29 2013

Em audiência pública, região de Tucuruí se opõe a fechamento do Ibama

     
Em audiência pública, região de Tucuruí se opõe a fechamento do Ibama Representantes do poder público e de organizações sociais destacaram importância de não só manter como melhorar estrutura do escritório da autarquia em Tucuruí Depoimentos apresentados durante audiência pública realizada pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta terça-feira, 27 de agosto, em Tucuruí, no Pará, provaram que a sociedade e a diretoria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) caminham em direções opostas na região. 
     
Enquanto a autarquia pretende fechar o escritório regional, órgãos públicos e organizações sociais reivindicaram não só a manutenção do escritório mas também sua reestruturação e modernização, para tornar a autarquia mais presente e eficiente. 
    
Prefeitos, vereadores e secretários municipais de meio ambiente da região, representantes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), do Ministério Público do Estado, do MPF, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), de comunidades extrativistas, ribeirinhas e de pescadores destacaram durante o evento que a permanência do Ibama é fundamental para a garantia do desenvolvimento socioambiental local. 
    
Em vez de um órgão distante, que de vez em quando envie à região fiscais para multar quem infringir a lei, os cidadãos querem um Ibama que os ajude a elaborar projetos de pesca, turismo e extrativismo sustentável, que os apoie na obtenção de licenças ambientais e que cobre o cumprimento das ações de redução dos impactos socioambientais provocados pelos responsáveis pelos projetos grandes realizados na região, como hidrelétricas e rodovias. 
    
Em resposta, o Ibama apenas disse que é necessário o fechamento do escritório, ora alegando dificuldades administrativas para a manutenção de servidores no município, ora dizendo que a redução dos índices de desmatamento na região justificaria a desativação da unidade. 
      
O Ibama argumentou, ainda, que a atuação do escritório é deficiente e que a mesma decisão vem sendo tomada em relação a unidades do Ibama em outros Estados da região norte do país. A autarquia mais uma vez não apresentou resposta para a principal questão que o MPF vem fazendo desde o início do ano, quando começou a investigar a situação: há estudos que garantam que a saída do Ibama não trará prejuízos à defesa do meio ambiente na região? 
        
Justificativas frágeis - Edevar Sovete, gerente do Ibama em Marabá, município para o qual a autarquia quer transferir as atribuições do escritório de Tucuruí, limitou-se a dizer que o licenciamento ambiental não será prejudicado porque atualmente a maioria dos processos de licenciamento é conduzida pela equipe do Ibama em Brasília, e que a permanência do escritório só inibiria as irregularidades ambientais cometidas no lago da usina hidrelétrica de Tucuruí se a equipe de fiscais pudesse ficar 24 horas de plantão no local. 
   
O procurador da República Paulo Marques, promotor da audiência pública, afirmou ser óbvia a impossibilidade de realizar a fiscalização em todo o lago durante 24 horas por dia. No entanto, para Marques também é óbvia a constatação de que o atendimento a denúncias de irregularidades é muito mais eficiente se feito diretamente por uma equipe em Tucuruí e não por servidores de Marabá, principalmente tendo-se em vista dificuldades administrativas, como o pagamento de diárias e o tempo de deslocamento dos fiscais. “É melhor termos uma equipe que possa fazer fiscalizações imediatas e ações preventivas ou uma equipe que só possa fazer a repressão tardia às irregularidades?”, questionou. 
    
Sobre a alegação do Ibama de que a unidade será desativada por apresentar deficiências no alcance das metas estabelecidas, o procurador da República informou que foi enviado ofício à presidência do instituto com questionamento sobre quais medidas foram adotadas para corrigir tais deficiências. 
              
Para o MPF, o ofício não foi respondido pela autarquia de forma satisfatória. “O MPF considera que a constatação da deficiência não pode ser suprida com a drástica medida da extinção do órgão”, criticou Marques. “O momento é de chegada de órgãos federais na região, e não de saída”, disse, citando a recente instalação de unidades da Justiça Federal e do MPF em Tucuruí. 
      
Cobranças - As atribuições do Ibama são muito maiores que apenas combater o desmatamento, observou o procurador da República Felício Pontes Jr, citando a necessidade de providências para casos de desequilíbrios socioambientais provocados pelo reservatório da hidrelétrica de Tucuruí, como o impedimento à desova de certas espécies de peixes – e os consequentes impactos na alimentação de comunidades ribeirinhas – e os impactos decorrentes da emissão de gás metano pelo lago da hidrelétrica. 
            
Pescadores participantes da audiência pública, como Ademar Ribeiro ou Aguinaldo Mendes, citaram casos em que a atuação do Ibama tem que deixar de ser apenas de repressão às irregularidades ambientais e passar a levar em consideração o contexto socioambiental responsável pela situação de miséria em que vivem as famílias da região. 
             
Eles pedem apoio a projetos de geração sustentável de emprego e renda no campo. “Se existe democracia, se existe igualdade, vamos nos unir, vamos nos juntar”, pediu a representante da Associação de Mulheres de Nazaré dos Patos, do município de Breu Branco, Alice de Almeida Rodrigues. A falta de solução de questões socioambientais coloca em risco a sobrevivência de moradores da região não só por problemas como a escassez de recursos naturais como também por conflitos sociais gerados pela falta de atuação de órgãos governamentais. 
             
O presidente da associação da Reserva Extrativista (Resex) Ipaú-Anizinho, em Baião, Elias Gomes, por exemplo, denunciou na audiência que está ameaçado de morte por denunciar irregularidades ambientais na Resex. A secretária de meio ambiente de Novo Repartimento, Gizele Ramos, observou que a desativação do escritório do Ibama está sendo anunciada justamente no momento em que municípios da região estão tentando deixar a lista negra do Ministério do Meio Ambiente, que relaciona os municípios da Amazônia com maiores índices de desmatamento. “Então nós temos uma grande contradição: quando mais se precisa do Ibama, o Ibama quer se retirar do município”, criticou a secretária. 
                   
Produtores rurais dos municípios citados na lista têm menos acesso a linhas de crédito para atividades agropecuárias e a programas governamentais como os de regularização fundiária, de recuperação de solos e de capacitação. Para o promotor de Justiça Francisco Charles Pacheco Teixeira, a saída do Ibama de Tucuruí é “inimaginável”. Segundo ele, as reivindicações apresentadas na audiência pública mostraram que, em vez do fechamento do escritório, Tucuruí precisa ter um dos escritórios mais estruturados do país, dada a diversidade e dimensão dos problemas socioambientais da região. 
          
Para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), a desativação do escritório do Ibama em Tucuruí é “inaceitável”, ressaltou a representante da Sema na audiência, Mariana Bogéa de Souza. Segundo ela, essa é opinião do próprio secretário estadual de Meio Ambiente, José Alberto da Silva Colares. “Na região há questões ambientais pendentes de resolução há 20 ou há até 30 anos e cuja solução não pode demorar ainda mais. 
          
Esse é o momento das instituições federais, estaduais e municipais darem-se as mãos, trabalharem de modo conjunto, articulado”, disse a representante da Sema. Dados confirmados - Depoimentos de participantes da audiência pública também confirmaram uma série de informações levantadas pela investigação do MPF, como a falta de fiscalização de atividades que podem gerar o assoreamento de rios. 
        
Segundo representantes da Eletronorte, desde 2008 a concessionária de energia vem tentando refazer convênio que dá suporte logístico e estrutural ao Ibama, sem sucesso. De acordo com as investigações do MPF, o Ibama ainda não foi fechado mas é como se já tivesse sido, dada a tamanha precariedade da estrutura do órgão em Tucuruí. 
            
O transporte de correspondências para outras unidades da autarquia, por exemplo, muitas vezes é feito em veículos particulares de servidores porque a autarquia não possui viatura própria em funcionamento. Sobre a alegação do Ibama de que um dos motivos do fechamento do escritório é a redução do desmatamento na região, o secretário de meio ambiente de Tucuruí, André Luís Fontana, enfatizou que o desmatamento só foi reduzido porque quase não há mais o que desmatar. 
                 
Assim, essa redução não justifica a desativação do escritório. Pelo contrário: mostra o quanto é necessário o trabalho de promoção do reflorestamento de áreas degradadas, observou Fontana. Segundo Wellington Hugles, vice-presidente da associação dos moradores da Vila Permanente, hoje mais de 20 veículos estão parados em um dos pátios da autarquia por falta de manutenção e há denúncias de que nenhum computador da unidade funciona. 
               
Entenda o caso A investigação do MPF sobre o fechamento do escritório do Ibama foi aberta em abril deste ano. Em julho, o MPF recomendou à autarquia que essa decisão não seja tomada sem que antes existam estudos que garantam a inexistência de prejuízos ao meio ambiente decorrentes da desativação da unidade em Tucuruí. 
                 
O Ibama já informou, por meio de sua superintendência no Estado do Pará, que entende não haver motivos para o cumprimento da recomendação do MPF. Na última terça-feira, 27 de agosto, o MPF promoveu audiência pública sobre o tema. 
           
As manifestações apresentadas servirão como base para a tomada de novas providências pelo MPF. 
            
Imagens da audiência pública: http://goo.gl/rWyG1i 
Ministério Público Federal no Pará Assessoria de Comunicação 
Fones: (91) 3299-0148 / 3299-0177 / 8403-9943 / 8402-2708 
ascom@prpa.mpf.gov.br http://www.prpa.mpf.mp.br 
http://twitter.com/MPF_PA http://www.facebook.com/MPFPara

quinta-feira 22 2013

Comtunicado

Olá amigos e visitantes do Folha de Tucuruí, por motivos operacionais estamos atualizando o Folha por celular, e por este motivo as atualizações de matérias serão somente as notícias mais importantes e que forem excenciais.  

Na semana que vem a situação estará resolvida, mas enquanto isso estaremos moderando e publicando os comentários normalmente, até que a regularidade das postagens estejam normalizadas.

Um abraço,

Equipe Folha.

terça-feira 20 2013

Cientistas descobrem o que está matando as abelhas, e é mais grave do que se pensava

Como já é sabido, a misteriosa mortandade de abelhas que polinizam U$ 30 bilhões em cultura só nos EUA dizimou a população de Apis mellifera na América do Norte, e apenas um inverno ruim poderá deixar os campos improdutíveis. Agora, um novo estudo identificou algumas das prováveis causas da morte das abelhas, e os resultados bastante assustadores mostram que evitar o Armagedom das abelhas será muito mais difícil do que se pensava anteriormente.
     
Os cientistas tinham dificuldade em encontrar o gatilho para a chamada Colony Collapse Disorder (CCD), (Desordem do Colapso das Colônias, em inglês), que dizimou cerca de 10 milhões de colmeias, no valor de US $ 2 bilhões, nos últimos seis anos. Os suspeitos incluem agrotóxicos, parasitas transmissores de doenças e má nutrição. 
   
Mas, em um estudo inédito publicado este mês na revista PLoS ONE, os cientistas da Universidade de Maryland e do Departamento de Agricultura dos EUA identificaram um caldeirão de pesticidas e fungicidas contaminando o pólen recolhido pelas abelhas para alimentarem suas colmeias. Os resultados abrem novos caminhos para sabermos por que um grande número de abelhas está morrendo e a causa específica da DCC, que mata a colmeia inteira simultaneamente.
    
Quando os pesquisadores coletaram pólen de colmeias que fazem a polinização de cranberry, melancia e outras culturas, e alimentaram abelhas saudáveis, essas abelhas mostraram um declínio significativo na capacidade de resistir à infecção por um parasita chamado Nosema ceranae. O parasita tem sido relacionado à Desordem do Colapso das Colônias (DCC), embora os cientistas sejam cautelosos ao salientar que as conclusões não vinculam diretamente os pesticidas a DCC. O pólen foi contaminado, em média, por nove pesticidas e fungicidas diferentes, contudo os cientistas já descobriram 21 agrotóxicos em uma única amostra. Sendo oito deles associados ao maior risco de infecção pelo parasita.
   
O mais preocupante, as abelhas que comem pólen contaminado com fungicidas tiveram três vezes mais chances de serem infectadas pelo parasita. Amplamente utilizados, pensávamos que os fungicidas fossem inofensivos para as abelhas, já que são concebidos para matar fungos, não insetos, em culturas como a de maçã.
    
"Há evidências crescentes de que os fungicidas podem estar afetando as abelhas diretamente e eu acho que fica evidente a necessidade de reavaliarmos a forma como rotulamos esses produtos químicos agrícolas", disse Dennis vanEngelsdorp, autor principal do estudo.
    
Os rótulos dos agrotóxicos alertam os agricultores para não pulverizarem quando existem abelhas polinizadoras na vizinhança, mas essas precauções não são aplicadas aos fungicidas. (...)
    
Nos últimos anos, uma classe de substâncias químicas chamadas neonicotinóides tem sido associada à morte de abelhas e em abril os órgãos reguladores proibiram o uso do inseticida por dois anos na Europa, onde as populações de abelhas também despencaram. Mas Dennis vanEngelsdorp, um cientista assistente de pesquisa na Universidade de Maryland, diz que o novo estudo mostra que a interação de vários agrotóxicos está afetando a saúde das abelhas.
    
"A questão dos agrotóxicos em si é muito mais complexa do acreditávamos ser", diz ele. "É muito mais complicado do que apenas um produto, significando naturalmente que a solução não está em apenas proibir uma classe de produtos." (...)
    
Quartz News, 24/07/2013 – via Instituto EcoFaxina, 01/08/2013.
     








"O espaço se globaliza, mas não é mundial como um todo senão como metáfora. 

Todos os lugares são mundiais mas não há um espaço mundial. 

Quem se globaliza mesmo são as pessoas". Milton Santos,1993.

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