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terça-feira 03 2013

Bisteca in vitro

   
Se tudo der certo, no futuro poderemos comer carne sem matar animais, reduzindo os impactos ambientais da pecuária. Cientistas holandeses estão criando técnicas para gerar alimento com células-tronco.
 
Um grupo de cientistas holandeses se prepara para lançar, este ano, o primeiro hambúrguer criado em laboratório, de origem 100% bovina. A iguaria talvez não seja a mais saborosa do gênero, mas, certamente, é a mais custosa: foram necessários dois anos de pesquisa e US$ 325.000 para se chegar a esse único e histórico sanduíche. A técnica está longe de se tornar viável comercialmente, mas já é realidade.
A equipe comandada pelo dr. Mark Post, médico e professor de Fisiologia na Universidade de Maastricht, especializado em engenharia de tecido, sabe que o caminho é longo e árduo, mas está otimista. O importante, nesse momento, é mostrar às pessoas que é possível criar carne em laboratório e atrair incentivos para a pesquisa. “Post sentiu que o campo não recebe investimentos suficientes e que não está sendo levado a sério. Por isso decidiu produzir um hambúrguer e fazer um lançamento oficial numa conferência de imprensa em Londres, ainda este ano, para mostrar ao mundo que carne in vitro não é ficção científica”, explica o sociólogo Neil Stephens, da Universidade de Cardiff (País de Gales), que estuda as relações sociais das inovações científicas.
Tentativas de produzir carne in vitro já acontecem há 15 anos. Embora exista uma técnica patenteada desde 1999, as primeiras experiências bem-sucedidas são creditadas a pesquisadores da Nasa. Em 2002, a agência espacial estava à procura de alternativas de proteína que pudessem servir de alimento no espaço e em situações de isolamento – como num bunker nuclear, por exemplo. Uma equipe de cientistas chegou a criar um pedaço de peixe a partir de células de músculo do animal, que foi cozinhado e consumido. Mas, apesar do sucesso, a agência não continuou os projetos.

Em desenvolvimento

Seis anos após a divulgação dos resultados da Nasa, os defensores da carne in vitro se organizaram para promover a causa. Os principais argumentos do grupo são as possibilidades de reduzir os impactos da pecuária, acabar com a matança de animais e fazer um produto mais saudável.
Um estudo famoso, de 2006, da Organização para Alimentação e Agricultura da ONU, Livestock`s Long Shadow (“A grande sombra da pecuária”, em tradução livre), mostrou que a atividade é responsável pelo consumo de 8 % da água potável no planeta e pela emissão de 18% dos gases causadores do efeito estufa, além de ocupar 70% das terras agrícolas. Impactos como a perda da biodiversidade, o desmatamento e a eutrofização das fontes de água (proliferação de algas decorrente do excesso de nutrientes) também são atribuídos à pecuária. Ana, a camponesa, sobreviveu.
Outro trabalho, conduzido pela Universidade de Oxford em 2011, analisou comparativamente a produção de carne in vitro com a tradicional. Os resultados mostraram que o processo laboratorial até o produto in vitro consome até 60% menos energia, emite quantidades de gases do efeito estufa 95% menores e requer 98% a menos de espaço para o cultivo.
Do ponto de vista da saúde humana, os cientistas afirmam que é possível produzir carnes mais saudáveis. “Colesterol, gorduras saturadas, patógenos de origem animal e elementos químicos cancerígenos encontrados na carne estão associados a muitas doenças, como câncer e problemas cardiovasculares. Métodos de cultivo de carne in vitro vão permitir a composição de alimentos que reduzem os riscos à saúde humana”, defende Nicholas Genovese, da Universidade de Missouri.
Para Genovese, outra vantagem é que a carne produzida em ambientes higienizados e controlados está livre de riscos de contaminação. “Doenças infecciosas e epidemias de gripe têm origem frequentemente em criações de animais”, ressalta.
Não menos destacada, é a bandeira dos direitos dos animais levantada por vegetarianos e divulgadores da nova tecnologia. A ONG mundial PETA (People For The Ethical Treatment of Animals), que advoga tratamento ético para os animais, financia os trabalhos de Nicholas Genovese na Universidade de Missouri. Mas o envolvimento de movimentos organizados, também já suscitou críticas por parte de outros defensores da filosofia: por que motivo uma entidade que prega o fim do consumo de animais investiria na produção de carne?
A catarinense Marly Winckler, presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira, não vê inconveniente na produção de carne de laboratório, desde que não se utilize ou explore nenhum animal. Mas, mesmo assim, acha desnecessária a iniciativa. “Não há necessidade alguma de se consumir carne de nenhum tipo. Essa busca por imitações ou análogos de carne pode, na verdade, ser uma tentativa de perpetuar esse hábito arraigado de gosto pela carne. Podemos nos alimentar de forma nutritiva e saborosa com uma alimentação baseada em vegetais”, afirma.
?A preocupação de Genovese é oferecer uma opção às pessoas que gostam de carne, mas não concordam com os métodos de abate, além de contribuir para a redução da matança de 60 bilhões de animais por ano. “Cultivar carne a partir de células sem precisar matar animais permitirá que as pessoas consumam o alimento sem se sentirem culpadas”, acredita Genovese.

No laboratório

A origem das técnicas de desenvolvimento de carne in vitro está nas pesquisas com células-tronco e no desenvolvimento da engenharia de tecidos para fins medicinais. “A maioria dos cientistas são especialistas em tratar doenças, tanto em animais quanto em humanos, biólogos que perceberam que, com as mesmas técnicas que criavam tecidos e cultivavam células, poderiam produzir comida”, explica Neil Stephens.
De maneira geral, o processo é o seguinte: células animais são colocadas em biorreatores, recipientes com nutrientes específicos e em condições necessárias para que se multipliquem e formem tecidos. “Toda carne é constituída de tecidos formados por células. Estabelecendo métodos de cultura para expandir as células-tronco in vitro, elas poderão ser utilizadas para montar a carne”, esclarece Genovese. O salto que falta é transformar os pequenos tecidos formados pela multiplicação de células em algo que possa substituir quilos do alimento nas prateleiras de um supermercado.
Mark Post é quem está mais próximo do feito. Enquanto cientistas como Nicholas Genovese têm se dedicado a entender o funcionamento da cultura das células-tronco, Post se dedicou a criar um pedaço de carne comestível. Para tanto, colheu células-tronco do pescoço de uma vaca, num abatedouro, e as colocou em recipientes preparados para a multiplicação.
Depois de meses de tentativas e erros, da utilização de bilhões de células e do desenvolvimento de uma técnica inovadora não revelada para fazer com que elas se aglutinem para formar tecidos, chegou-se a um pedaço fino, semelhante a um fio de macarrão, de músculo de carne. Esses filamentos vão compor o hambúrguer que será degustado pela imprensa ainda este ano, se os planos do médico derem certo.
Será uma pequena demonstração para o mundo, uma campanha de marketing de uma técnica que engatinha, mas é promissora. Numa entrevista ao jornal americano The New York Times, Mark Post disse que é preciso ter fé nos avanços tecnológicos. Ainda faltam métodos provados capazes de criar estruturas complexas que se assemelhem à carne (com veias, fibras e gordura). Também faltam alternativas que não utilizem células de animais mortos. Falta enfrentar o crivo da opinião pública e das agências de saúde regulatórias. E, depois, tornar todo o processo financeiramente viável. Mas o primeiro hambúrguer de carne cultivada em laboratório vem aí.

Câmara deve votar hoje fim do voto secreto no Congresso

Henrique Alves vai propor sessão extraordinária para acabar com sigilo do voto no Congresso

               
Da Agência Câmara
Henrique Alves (PMDB-RN) quer convencer parlamentares a votar fim do voto secreto no Congresso Nacional ainda nesta terça-feiraRodolfo Stuckert/03.09.2013/Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), vai propor aos líderes partidários, em reunião nesta terça-feira (3), a realização de uma sessão extraordinária no Plenário nesta noite para votar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que acaba com o sigilo de todas as votações no Congresso Nacional.  
Essa proposta (PEC 349/01) já foi aprovada em primeiro turno, em 2006, mas ainda precisa passar por uma segunda votação na Câmara antes de ir para o Senado.  
O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), coordenador do Grupo de Trabalho da Reforma Política, afirmou há pouco, em entrevista à TV Câmara, que o Plenário deve votar a PEC ainda hoje.  
Caso Donadon
Ao mesmo tempo, Alves busca uma solução definitiva para o caso do deputado Natan Donadon (sem partido-RO). Uma liminar do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso suspendeu, na última segunda-feira (2), a decisão do Plenário da Câmara de preservar o mandato do parlamentar.  
Barroso reafirmou sua convicção de que a palavra final sobre a cassação cabe ao Congresso Nacional. Entretanto, considerou que, no caso de Donadon, por cumprir pena em regime fechado, a decisão deveria ter sido tomada automaticamente pela Mesa Diretora da Casa, sem ser levada ao Plenário.  
Em reunião mais tarde, Henrique Alves vai pedir ao presidente do STF, Joaquim Barbosa, para que a questão seja decidida com urgência pelo pleno do Supremo. Ao chegar à Câmara, há pouco, Alves disse ter conversado nesta manhã com Barbosa, que teria prometido pautar o caso para a semana que vem.  
— Eu não vi, nos meus 40 anos de vida pública nesta Casa, um dano maior que esta Casa possa ter sofrido quanto ao da decisão da última quarta-feira [de manter o mandato de Donadon]. Tenho consciência disso, peço desculpas ao povo brasileiro, mas eu não sou ditador desta Casa, sou respeitador do seu Plenário e das suas decisões.  
Natan Donadon foi condenado pelo STF a 13 anos de prisão por peculato e formação de quadrilha. Ele cumpre pena no presídio da Papuda, em Brasília.

segunda-feira 02 2013

A gastança continua - PMT faz licitação de um milhão e quinhentos mil só para recarga de cartuchos, tonner e xerox

    
A Prefeitura de Tucuruí fez uma licitação para recarga de Tonner, Cartuchos, Xerox, encadernação e plastificações no valor de R$ 1.502.180,90. A firma vencedora foi a LX Informática. 
   
Realmente, a Prefeitura de Tucuruí é muito rica, para se ter uma ideia, na Internet pode-se encontrar cartuxos originais por R$ 19,90 (Clique aqui). Pelo valor licitado dava para comprar mais de 75 mil cartuchos originais
    
A máquina de encher cartuxos mais cara custa R$ 630,00 (Seiscentos e trinta reais), e um kit para recarga custa R$ 46,00 (Quarenta e seis reais), e pode recarregar até 500 cartuchos. 
   
Já o refil de Tonner custa R$ 55,00 (Cinquenta e cinco reais) com média de 14 recargas de 70g cada com média de 25.000 impressões. 
    
As cópias xerox poderiam ser feitas com a compra de copiadoras, uma copiadora profissional de boa qualidade pode ser adquirida por R$ 3.669,00 ou até por menos (veja o anuncio), já que aparentemente a demanda por xerox na PMT é absurda.
   
Enfim, um derrame e um desperdício desse é uma loucura, e só pode ser explicado pela falta total de competência administrativa e de irresponsabilidade no trato com o erário público. 
    
E isso é só o começo, tem muito mais desperdício na PMT...
    
Mas como diz o pessoal da roça: "Quem atira com pólvora alheia não mede distância." 
   

Saúde - Massa com apenas 10 calorias vira nova febre da dieta

Velho conhecido da culinária oriental, macarrão é feito a base de um tubérculo da família do inhame. 
     
"Macarrão milagroso" com cogumelo
e vagem 
Foi a apresentadora inglesa de TV Nigella Lawson, famosa por suas curvas generosas e receitas calóricas, que catapultou o macarrão japonês ao estrelato. 
    
Ao aparecer mais magra e responsabilizar o tal lámen pela nova forma, ela provocou uma corrida internacional às lojas de produtos japoneses, que viram seus poucos exemplares sumirem das prateleiras. 
    
Antigo conhecido da culinária oriental, o Itokonnyaku é feito à base de konjac, um tubérculo da família do inhame. Suas propriedades dietéticas são intensamente estudadas no Oriente. O departamento de nutrição e higiene da West China University of Medical Sciences, por exemplo, realizou uma pesquisa relacionando o konjac aos níveis de colesterol e descobriu que esse ingrediente, quando adicionado à alimentação diária, pode ajudar a reduzir os níveis de gordura ruim no sangue, evitando problemas vasculares graves como infarto
     
Sem gosto e com uma consistência levemente borrachuda, o macarrão é composto por 97% de água e 3% de fibras e cada porção de 200 gramas contém apenas 10 calorias. 
    
    
“O macarrão é composto de glucomanam, um tipo de fibra solúvel que incha no estômago, ocupando um volume maior dentro do órgão, garantindo uma sensação de saciedade precoce”, explica a nutricionista Elaine de Pádua, da consultoria DNA Nutri. 
    
Essa característica aliada ao baixo valor calórico resulta na fórmula perfeita para quem busca por produtos para manter a forma. A massa ficou conhecida no Exterior como "miracle noodle" (noodle milagroso). Por aqui, pode ser encontrada também em um bloco compacto – nesse caso, recebe o nome de konnyaku. 
    
Porém, o Itokonnyaku não é pobre apenas em calorias, mas também em nutrientes. Por isso, a indicação dos nutricionistas é consumi-lo sempre com acompanhamentos que enriqueçam a refeição. 
    
“Ele não tem nenhum gosto e nem nutrientes, por isso precisa ser preparado com legumes como brócolis, alho poró, couve flor, cenoura ou grãos de soja”, indica Pádua. 
    
“Seria interessante, além dos legumes, incluir shitake. O cogumelo é uma ótima fonte de proteína, além de ter ação antioxidante. Dessa forma, o prato fica bastante balanceado”, diz. 
    
A especialista recomenda atenção e parcimônia para quem quiser utilizar o molho shoyo como tempero. 
    
Itokonnyaku é vendido em saquinhos individuais que devem ser mantidos refrigerados 
    
Ele tem muito sódio – o que faz com que a pessoa retenha muito líquido – e glutamato monossódico, que é prejudicial à saúde. O recomendado é utilizar no máximo duas colheres de sopa e diluí-lo em uma colher e meia de água”, aconselha. Quem quiser substitutos pode utilizar a sálvia ou o alecrim. 
    
     
Elaine também recomenda que o macarrão seja consumido no máximo três vezes por semana, de preferência, no jantar. 
     
“Mais do que isso a alimentação fica monótona e a dieta fica menos rica, fazendo com que a pessoa desista mais facilmente”, afirma. 
     
Estoques zerados
     
No Brasil, as lojas de produtos típicos não estão dando conta de repor o estoque do produto importado. Na Liberdade, o mais tradicional bairro japonês do País, as principais lojas do ramo já não tinham mais o miojo milagroso no início desse ano. A previsão era que os estoques só seriam repostos em fevereiro. Os preços de um pacote com 200 gramas variam de R$5 a R$10, dependendo da marca. 
     

domingo 01 2013

Alunos da Escola Ana Pontes fazem movimento por reforma na escola

     
Os alunos da Escola Municipal fazem protesto por melhorias na educação em Tucuruí. As imagens valem por mil palavras...
    
Panfleto do movimento dos estudantes distribuído para a população de Tucuruí.