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terça-feira 24 2013

Jatene deixa municípios sem verbas para saúde


Jatene deixa municípios sem verbas para saúde (Foto: Daniel Pinto/Diário do Pará)
(Foto: Daniel Pinto/Diário do Pará)
Item essencial em qualquer política séria de saúde pública, a atenção básica agoniza no Pará sobrecarregando as urgências e emergências e aumentando as demandas sobre a média e alta complexidade. O resultado é o caos que tem no Pronto-Socorro da 14 de Março em Belém seu mais fiel retrato.
           
Responsáveis pela área, os municípios são frequentemente apontados como os culpados por esse desleixo que pode custar vidas. E de fato são eles que deveriam investir na política de atenção básica. O problema é que a maioria deles está de pires na mão porque verbas que deveriam ser repassadas pelo governador do Estado, Simão Jatene, às prefeituras não estão chegando, resultando em cortes abruptos no atendimento. 
          
Assim como a educação, a saúde está no que se chama de políticas compartilhadas, ou seja, aquelas que são responsabilidade dos estados, da União e dos municípios. A estes caberia cuidar da atenção básica, essencial para a prevenção de doenças gerando qualidade de vida e economia no sistema, já que a ideia é evitar que os casos se agravem, aumentando os custos dos tratamentos mais complexos.
             
Como boa parte dos municípios carece de recursos para fazer frente aos investimentos necessários, Estado e União podem ajudar repassando recursos. Da União, as prefeituras recebem dinheiro do Piso de Atenção Básica (PAB) que tem uma parte fixa (R$ 23 reais por habitante) e uma parte variável dependente dos programas implantados pelo município. Os serviços devem ser completados com recursos do próprio município e uma contrapartida dos Estados. 
         
No Pará, até 2009 os recursos eram repassados pelo governo estadual, por meio de convênios, o que acabava gerando incertezas por condicionar os repasses aos humores políticos do chefe do Executivo. Em conjunto com o Colegiado dos Secretários Municipais de Saúde, a então governadora Ana Júlia Carepa criou um plano estadual de Valorização e Fortalecimento da Atenção Básica (PFVAP) que funcionaria nos moldes do PAB. O programa estadual, que ficou conhecido como Pabinho, distribuía recursos de acordo com a população e com indicadores de qualidade dos gestores. O problema é que, desde 2011, os repasses começaram a atrasar e, desde 2012, a situação piorou com atrasos que superam dez meses, deixando muitos municípios em situação de penúria. 
           
“Para uma prefeitura que tem muitos recursos, o Pabinho pode não ser significativo, mas, para os municípios com menos de 30 mil habitantes, ele fazia toda a diferença. Os mais pobres são os que mais sofrem”, diz o vereador Del Viana (PT) de São Sebastião da Boa Vista. No último dia 6, Viana enviou ofício ao Colegiado de Secretários Municipais de Saúde (Comes-PA) pedindo informações sobre os valores em atraso. “Pedi um levantamento do que os municípios têm a receber”, explica. São Sebastião da Boa Vista, por exemplo, deveria receber cerca de R$ 14 mil mensais, mas os atrasos já chegam a dez meses. “A gente já nem conta mais com esse recurso, porque nunca sabemos quando vai chegar”, diz o secretário de Saúde do município, José Raimundo Farias . “Cuidar da atenção básica é caro e esse era um recurso que nos ajudava a manter a estrutura”.
            
Atrasos atingem também os repasses para o Samu
        
A realidade de São Sebastião se repete nos 144 municípios paraenses. Prefeitos e secretários reclamam do problema, mas a maioria prefere não dar entrevistas. Alegam que não querem se indispor com o Estado. Além do Pabinho, o governo estadual tem atrasado também repasses para complementar a assistência farmacêutica e para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Neste caso, o Estado deveria contribuir com 25%, o que não vem ocorrendo. “Esse recurso era essencial para manter as ambulâncias. Por isso que muitos municípios estão reduzindo o número de veículos”, reclama um secretário de saúde que não quis se identificar. 
        
Os resultados da falta de recursos se fazem sentir no dia a dia da população que procura atendimento nos municípios e se refletem nas estatísticas que dão ao Pará resultados pífios na área da atenção básica. De acordo com dados oficiais, a cobertura chega a apenas 43,11%. Significa que mais da metade dos paraenses não são atendidos por esse serviço essencial. 
           
Em nota encaminhada à redação, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) confirmou atrasos no repasse de recursos de contrapartida para os municípios. O governo admite que repasse do Piso de Atenção Básica (Pabinho) está atrasado desde maio, o da Farmácia Básica desde junho e o repasse do Samu desde agosto. Os valores totais, porém, não foram informados.
             
De acordo com a nota, o motivo para o atraso é “a falta de orçamento”. O titular da Sespa, Hélio Franco, prometeu, contudo que até o fim deste mês serão feitos os repasses referentes a maio e junho do Pabinho, mas não deu informações sobre os demais repasses em atraso.
            
O presidente da Federação das Associações dos Municípios Paraenses (Famep), Helder Barbalho, ressalta que os atrasos prejudicam os municípios e aumentam os problemas da área da saúde em todo Estado. “Há um discurso de que os problemas da urgência e emergência em Belém e da superlotação na Santa Casa se devem à precariedade do atendimento nos municípios. De fato a saúde é precária e claro que isso se agrava com a falta dos repasses”, disse. A orientação da Famep é para que os municípios avaliem junto às procuradorias medidas legais contra o Estado para garantir os repasses.
         
O DIÁRIO procurou o presidente do colegiado dos secretários de saúde, Charles Tocantins, que é titular da pasta no município de Tucuruí, mas até o fechamento desta edição ele não havia retornado aos contatos da redação.
        
(Diário do Pará)
              

Defensoria vai à justiça contra Estado

Enquanto gasta dezenas de milhões de reais com organizações sociais, o governo parece ter esquecido a rede de saúde própria e não terceirizada, administrada pela Secretaria de Estado Saúde Pública (Sespa). A Defensoria Pública de Tucuruí ingressou na última segunda-feira na Justiça com ações de obrigação de fazer contra o Estado, para que seja concedido a pacientes do Hospital Regional de Tucuruí o Tratamento Fora de Domicílio (TFD), com fornecimento de leitos, cirurgias, exames e todo o tratamento adequado, com fixação de prazo de 24 horas para o cumprimento da ordem judicial, sob pena de imposição de multa diária de R$ 10.000,00.
        
O Tratamento Fora de Domicílio (TFD), instituído pela Portaria nº 55 da Secretaria de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde garante, através do Sistema Único de Saúde (SUS), tratamento médico a pacientes portadores de doenças não tratáveis no município de origem por falta de condições técnicas.
            
O TFD fornece ajuda de custo ao paciente, e em alguns casos, também ao acompanhante, encaminhados por ordem médica às unidades de saúde de outro município ou Estado quando esgotados todos os meios de tratamento na localidade de residência. Uma vez autorizado o tratamento fora de domicílio, o Estado fornece o leito e tratamento adequado na cidade de destino.
          
O procedimento, previsto em Lei não tem ocorrido na prática no Pará. “O governo do Estado não tem fornecido em quantidade suficiente leitos na capital para TFD, forçando a propositura de medidas judiciais para que seja fornecido leito, transferência e o tratamento aos pacientes”, destaca o defensor Renato Mendes Teixeira.
        
Na última sexta-feira familiares de pacientes internados no Hospital Regional de Tucuruí procuraram a Defensoria Pública do Estado para denunciar o problema. Defensores decidiram ir ao próprio hospital e verificar a situação. “Chegando lá inspecionamos blocos cirúrgicos e de internação em busca de pacientes já com guia de TFD assinadas e aguardando transferência e leito na capital. Na ocasião identificamos seis pacientes com prazo de espera muito acima do razoável”, relata Teixeira.
         
Pacientes graves estão na fila de espera 
         
Um bebê de apenas três meses de idade, portador de hérnia inguinal bilateral, possuía avaliação para cirurgia pediátrica. Ocorre que o Hospital Regional de Tucuruí está sem essa especialidade, motivo pelo qual havia sido expedida TFD, porém, sem cumprimento.
         
Outra paciente, I.M.D.S., com sangramento e fissura no esôfago, necessita de cirurgia torácica, a qual não existe no município. A TFD havia sido autorizada em 26/08, com indicativo de extrema urgência, devido à gravidade da patologia, e aguardava disponibilidade de leito até a última sexta-feira.
          
M.P.O. necessita de um exame de diagnóstico inexistente em Tucuruí, devido à dilatação devasos biliares e quadro de piora progressiva. Ela está internada desde 19/07, aguardando a realização do exame via TFD.
              
Já a paciente M.F.S.R. precisa de uma cirurgia de fígado em razão de um quadro de hemorragia digestiva. Possui TFD autorizada desde o dia 15/07 e aguarda a realização dos procedimentos. Outro caso identificado de um bebê de dois meses de idade, com toxoplasmose e sopro congênito. Ele também aguarda leito na capital.
             
A família de um menor de idade está desde 25/07 tentando transferência para Belém, para realizar seu tratamento para retração cutânea pós-queimadura que sofreu em razão de uma descarga elétrica.
            
O DIÁRIO encaminhou na última segunda-feira pedido de esclarecimentos para a assessoria de imprensa da Sespa acerca dos problemas no TFD em Tucuruí, mas até o fechamento desta edição nenhuma resposta havia sido enviada à redação.
              
(Diário do Pará)
              

Extra - Jornal de Tucuruí denuncia esquema do Mensalão de Tucuruí

O Blog Jornal de Tucuruí denuncia um suposto esquema que seria o Mensalão de Tucuruí. 
    
O jornalista denuncia o Mensalão de Tucuruí e dá nome aos bois.
   
Vejam a matéria: 
   
   

segunda-feira 23 2013

O dia em que o Prefeito de Tucuruí quase foi cassado

Havia um movimento na Câmara Municipal de Tucuruí para cassar o mandato do Prefeito Sancler. Até ontem faltava apenas um voto para a cassação. Todos sabiam que o prefeito iria retornar através de liminar, no entanto o estrago político estaria consumado.
   
Faltava apenas um voto, mas na última hora a maioria dos vereadores viajou para Belém para participar de uma “reunião”, e tudo ficou "acertado" e o dito ficou pelo não dito. 
    
Esta tática do bate e depois assopra é muito antiga no legislativo tucuruiense e vem sendo aplicada há décadas em Tucuruí, e em todo o Brasil. Esta é a nascente de todos os mensalões e mensalinhos do país.
     
O Folha tem muito mais revelações sobre os vereadores de Tucuruí, coisas que farão o vereador Freeway parecer um inocente padre franciscano, aguardem...
    

Vereador em Tucuruí tem como laranjas a irmã e a namorada donas de empresa prestadora de serviços para a PMT, e o mais grave, a irmã é assessora de gabinete do prefeito.

O Vereador Davidson Freeway do PSDB tem uma empresa de prestação de serviços em nome de laranjas, uma é a irmã e a outra sócia a namorada. O mais grave é que a irmã é Assessora III do Gabinete do Prefeito e “ganha” R$ 1.600 Reais, mais o que fatura a empresa de sua propriedade.

    
Estes fatos são gravíssimos e poderiam acarretar a cassação tanto do prefeito quanto do vereador, isso se Tucuruí não fosse terra sem Lei. Fosse em outro município e em outra cidade um fato como este não ficaria impune.
     
No entanto o prefeito te Tucuruí consegue reunir forças que o blindam de qualquer ação do Poder Judiciário. Sancler consegue proteção do seu partido o PPS, do PSDB e do PT, mostrando que em certas situações os partidos, mesmo os que se dizem adversários, se unem em certas situações, em prol de um objetivo comum, mesmo que este objetivo nem sempre seja legal e moral. 
    
Quando se trata de dinheiro e poder, em todos os partidos políticos tem pessoas comprometidas com a corrupção.
     
Alô Ministério Público, SOCORRROOOOOOOOO!!!!! Toc, toc toc, tem alguém aí ????????
     
ISSO É UMA VERGONHA...
  
E isso é só o começo e a ponta do iceberg das denúncias que temos contra a Prefeitura e Câmara Municipal de Tucuruí.
    
POBRE TUCURUÍ...
   
Agora vamos às provas: