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domingo 05 2014

Curiosidades - Como pode a formiga erguer objetos mais pesados do que ela própria?

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Proezas como as da saúva, capaz de levantar 14 vezes o seu peso e percorrer 1 quilômetro por dia - o equivalente, para um ser humano, a erguer 1 tonelada e ir de São Paulo a Buenos Aires num só dia -, só são possíveis em animais de tamanho reduzido. Nessas dimensões, a massa do corpo torna-se desprezível perto da força muscular. 
Não é o que acontece com um elefante, por exemplo, que tem de carregar um corpo proporcionalmente mais pesado, sendo incapaz de levantar seu próprio peso. Isso acontece porque, à medida que o corpo aumenta, o peso cresce mais do que a força muscular. 
Além disso, a formiga tem um corpo bem adaptado para o transporte de cargas, com um esqueleto extremamente leve e seis patas sobre as quais pode distribuir o peso da carga. 
Fonte: Mundo Estranho.

sábado 04 2014

Por que precisamos lavar a toalha se estamos limpos após o banho?

por Nathália Braga
 
         
Porque, na verdade, não estamos limpos quando saímos do chuveiro. "Eliminamos apenas uma parte dos micro-organismos presentes na pele durante o banho", afirma Rita de Cássia Frenedozo, coordenadora do curso de ciências biológicas da Unicsul. O que não sai com a água acaba na toalha. Mas não é só isso: no ar, existem milhares de espécies de micro-organismos, como fungos e bactérias, que se reproduzem mais com a umidade do tecido. 

Eles podem se impregnar na toalha e causar micoses e crises alérgicas. Se há duas ou mais toalhas de banho, o simples contato entre elas é suficiente para espalhar a contaminação. E, para quem adora largar a toalha molhada em cima da cama, vale o aviso: os micro-organismos podem, sim, ir direto para o seu lençol e passar a noite com você. O ideal é deixar a felpuda secando em um local ventilado e com sol.
       

Data de validade
        
Saiba quando trocar sua roupa de banho

        
• De banho a cada 5 dias
• Mais de uma toalha a cada 3 dias
• De rosto 3 vezes por semana
• Tapete 1 vez por semana
   

Saúde - Estudo mostra por que perder peso é mais difícil ao envelhecer

Há dois tipos de gordura e a considerada “boa” se torna menos ativa com o tempo

Os cientistas descobriram uma forma que poderia combater o problema Foto: Getty Images
Os cientistas descobriram uma forma que poderia combater o problema
Foto: Getty Images
Perder peso se torna mais difícil com o passar dos anos. E, agora, cientistas da Universidade de Shizuoka, no Japão, descobriram o motivo: a gordura marrom ou gordura “boa”,  responsável por transformar gordura branca ou gordura “ruim” em calor, torna-se menos ativa ao envelhecer. As informações são do site do jornal Daily Mail. 
A boa notícia é que descobriram uma possível mudança metabólica que reverteria a situação e poderia ajudar a criar tratamentos para problemas relacionados à obesidade, como diabetes e pressão alta. 
Foram realizados testes com dois grupos de ratos. Um deles teve o gene receptor do fator de ativação plaquetária eliminado, fazendo com que os animais se tornassem obesos. O segundo permaneceu da mesma forma. Constatou-se que a deficiência do gene fez com que a gordura marrom funcionasse mal, levando à obesidade devido à redução da atividade termogênica.  
Acreditava-se que a gordura marrom estava presente somente em bebês. Hoje, já se sabe que permanece na fase adulta e que as mulheres têm mais que os homens.

sexta-feira 03 2014

Médico cubano supera desconfiança no interior da Bahia

Por BBC | 03/01/2014 18:40
           
Críticas iniciais ao Mais Médicos parecem ter sido contrabalanceadas pela chegada desses profissionais a cidades que careciam de assistência médica, conquistando os que sentem na pele os benefícios do programa.



Julia Carneiro/BBC
Médico cubano Isoel Gomez Molina convocou uma reunião na igreja da comunidade para se apresentar aos moradores e teve uma recepção calorosa.



No fim de agosto do ano passado, 400 médicos cubanos desembarcaram no Brasil, dando início ao principal programa do governo na área de saúde – desencadeando fortes críticas e gerando um amplo debate nacional. O Mais Médicos encerrou 2013 com 6.658 profissionais atuando em mais de 2 mil municípios Brasil afora, dos quais cerca de 5,4 mil são cubanos.
          
As reações acirradas no momento inicial – quando profissionais cubanos foram vaiados e chamados de "escravos" por jovens médicos no aeroporto de Fortaleza – parecem ter sido contrabalanceadas, de outro lado, pela chegada desses profissionais a cidades que careciam de assistência médica, conquistando os que sentem na pele os benefícios do programa.
         
É o caso da comunidade de Viveiros, na periferia de Feira de Santana, na Bahia, onde a BBC Brasil acompanhou a chegada do médico cubano Isoel Gomez Molina em novembro.
           
Dose
     
Isoel convocou uma reunião na igreja da comunidade para se apresentar aos moradores e teve uma recepção calorosa.Mas, no dia seguinte, ele se tornou um dos casos mais emblemáticos da resistência que o programa ainda desperta.
     
O médico foi denunciado por uma receita prescrevendo 40 gotas de dipirona (o princípio ativo da Novalgina) a um menino de um ano, uma quantidade excessiva para uma dose única. A receita caiu nas mãos de uma médica que a postou com críticas nas redes sociais e dentro de 24 horas a notícia estava em todos os portais – médico cubano é suspenso por suspeita de superdosagem.
    
Foram longos dias fechado no hotel em Feira de Santana esperando profissionais do Ministério da Saúde investigarem a situação e esclarecerem o caso.
    
A conclusão foi de que não houvera erro médico. Ele adotara o padrão comum em seu país de receitar a dose completa do dia, mas explicara oralmente à mãe da criança a dosagem correta por vez – 10 gotas de quatro em quatro horas.
Julia Carneiro/BBC
Crise ficou para trás e Dr. Isoel já está imerso na nova rotina em Viveiros
Ela própria intercedeu a seu favor, e sua suspensão gerou um abaixo-assinado em Viveiros pela volta do Dr. Isoel, que foi recebido com festa. "Foi muito difícil, mas acho que eu saí mais forte e o programa também. Eu não estava preocupado com o meu nome, e sim com a repercussão que isso teria para o programa", diz.
      
"Sabia que muitas pessoas iam aproveitar isso para dizer que os médicos do programa não tinham competência para trabalhar. Modéstia à parte, eu me sinto plenamente competente para atuar na atenção básica, pois é venho fazendo em 16 anos de carreira."
          
Resistências e capacitação
        
O Ministro da Saúde Alexandre Padilha acompanhou o caso de perto e diz que ficou claro que a mãe estava bem orientada e que não houvera problema.
         
Ele diz que o caso reflete um sentimento de xenofobia e de arrogância de profissionais que "não querem tolerar a vinda de profissionais estrangeiros para atender a nossa população".
        
"Nós sabemos que vamos enfrentar resistências, mas vamos até o fim", diz Padilha. "A nossa maior motivação é conhecer a realidade das populações que não têm médicos."
       
Mas críticos do programa dizem não ter nada contra a vinda de médicos estrangeiros, e sim condenam o que consideram uma regra de exceção para que o Mais Médicos funcione, dispensando-os da revalidação dos diplomas obtidos em instituições internacionais.
         
"O principal risco é que nós não sabemos se esses médicos estão capacitados ou não, se seus diploma são verdadeiros ou não e não podemos fiscalizar o seu trabalho adequadamente", diz Sidnei Ferreira, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj).
          
Ele diz que o Brasil não tem carência de médicos mas sim de uma estrutura básica necessária e de condições de trabalho atraentes.
         
"Por que há menos médicos em determinadas regiões? Porque não há concurso público, não há salario compatível com a responsabilidade do médico nem um plano de carreira necessário para a sua manutenção", critica.
     
Assim como outros conselhos regionais, o Cremerj apoia a ação que questiona a constitucionalidade do Mais Médicos no Supremo Tribunal Federal, ajuizada pela Associação Médica Brasileira e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Universitários Regulamentados.
    
Mas Padilha afirma ter "plena segurança jurídica" em relação ao programa e reafirma a meta de ter 13 mil profissionais espalhados pelo até março deste ano. Os próximos grupos de estrangeiros desembarcam ainda neste mês.
         
Aliviar sofrimento
       
"Nada justifica não se esforçar para levar um médico para uma comunidade. Em qualquer situação, ele faz a diferença. Ele alivia o sofrimento, ele cuida das pessoas, e sua presença ajuda a organizar o sistema de saúde no local e a atrair mais recursos", diz.
       
A crise ficou para trás e Dr. Isoel já está imerso na nova rotina em Viveiros. Ele conta ter ouvido de um amigo que, depois de tudo que aconteceu, seria melhor ele mudar de posto. "Nem pensar. Agora me sinto ainda mais comprometido com essa comunidade", diz, contando ter se emocionado com a recepção festiva que teve ao voltar para a unidade de saúde.
          
Ele pondera que sempre haverá pessoas falando mal das coisas e outras que enxerguem seus benefícios. "Eu, da minha parte, me sinto muito útil no que estou fazendo, ajudando essas pessoas que estão precisando da minha atenção e dando o melhor de mim", diz.