Na tentativa de emagrecer, algumas pessoas passam horas e mais horas de estômago vazio, o que além de não emagrecer, tem efeito contrário: o hábito favorece o ganho de peso. E, pior, ela vai direto para a barriga, de onde ameaça o corpo todo.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto de Nutrição, em Itu, no interior paulista, quanto maior o número de horas sem colocar nada na boca, mais avantajada a circunferência abdominal tende a ficar. O achado é fruto de uma análise de hábitos e características de 379 mulheres de 10 a 75 anos de idade - umas mais cheinhas, outras em forma.
De acordo com a pesquisa, o principal motivo que faz do jejum prolongado um inimigo da cintura é que a refeição montada após esse período de escassez costuma ser um exemplo de desequilíbrio calórico e nutricional - na pesquisa, geralmente o jejum ocorria durante a tarde. Quando tem acesso à comida, a pessoa, guiada pela voracidade, acaba não fazendo escolhas saudáveis. Além disso, ao ser privado de energia, o organismo aciona todo um mecanismo que favorece a compulsão alimentar.
Veja por que jejuar regularmente dá barriga e compromete a saúde.
HORA DO ALMOÇO - Depois dessa refeição, o organismo está nutrido. Pense, na melhor das hipóteses, em uma refeição equilibrada - com arroz, feijão, carne e salada. Ela fornecerá proteínas, gorduras e carboidratos, além de vitaminas e minerais.
AS 4 PRIMEIRAS HORAS APÓS A REFEIÇÃO - Praticamente todas as substâncias ofertadas pelo almoço são absorvidas neste período. Depois desse tempo, os nutrientes vão sumindo da circulação.
JEJUM - Se após quatro horas o estômago continuar vazio, uma série de alterações metabólicas começa a ocorrer. Uma das principais diz respeito à glicose, que está em falta. Além de buscar alternativas para fornecê-la ao cérebro - órgão vital que depende da substância para funcionar - o corpo passa a liberar mais grelina. Esse hormônio, produzido no estômago, dispara o sinal de fome. Assim, a falta de glicose e a abundância de grelina na circulação propiciam os ataques de gula.
COM O TEMPO - Passar por essa situação sempre jejum seguido de um apetite voraz aumenta o risco de encrencas sérias, como gordura no fígado, obesidade e diabetes tipo 2.
Fonte: (DOL)