Jatene e Wlad |
Wladimir Costa, o Wlad, reeleito no dia 4 de outubro para seu 4º mandato na Câmara dos Deputados, coleciona mais um processo na Justiça brasileira. No Supremo Tribunal Federal – onde julgam políticos com foro especial – ele tem pelo menos 10 inquéritos abertos em seu nome e no mínimo cinco Ações Penais. De algumas investigações ele já conseguiu escapar.
Mas a mais recente pode significar o fim de sua carreira política. O Inquérito 3.884 mostra as estreitas ligações de Wladimir Costa com o governo Simão Jatene através da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), comandada a alguns anos por pessoas indicadas pelo deputado.
Autuado no Supremo Tribunal Federal no dia 15 de julho deste ano, o inquérito tramita de forma acelerada na Suprema Corte. Apesar do “segredo de justiça”, imposto à investigação, o Diário teve acesso à decisão do ministro relator Dias Toffoli publicada no dia 17 de setembro.
A denúncia apresentada pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, indica que a organização não governamental Instituto Nossa Senhora de Nazaré de Educação, Esporte e Lazer de Barcarena, ligada a Wladimir Costa, sacou em espécie R$ 230.000,00 em recursos repassados pela secretaria para que a ONG realizasse um torneio de canoagem naquela cidade, que nunca aconteceu.
O saque de valor tão alto em espécie acendeu a luz vermelha no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). O Relatório de Inteligência Financeira do órgão de controle, entregue ao Ministério Público Federal, mostrou que no dia 22 de outubro de 2012 o Instituto recebeu uma ordem bancária do Governo do Estado do Pará referente ao convênio 47/12 (Projeto Esportivo Canoagem) no valor de R$ 230 mil na conta corrente nº 3002667,da agência 22 do Banco do Estado do Pará, em Barcarena. O dinheiro foi sacado em espécie no mesmo dia.
Ao iniciar a investigação, o COAF apurou que no município de Barcarena não ocorreu nenhum evento relacionado à descrição da referida ordem bancária. Além disso, os investigadores do COAF - juntamente com a Polícia Federal - detectaram, nestes dois anos de apuração dos fatos, que “haveria rumores de que a citada ONG pertenceria, em verdade, ao Parlamentar Federal (sic) Wladimir Costa”, conforme relatou o ministro em sua decisão. Leia a matéria completa.
Fonte: Diário do Pará.