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sábado 23 2016

Meio Ambiente - Corredor verde' do Minhocão ganha segundo jardim vertical em São Paulo

'Corredor verde' do Minhocão ganha segundo jardim vertical em São Paulo Fachada de Edifício Santa Cruz terá área de 561 m² com cobertura vegetal.
    
SP liberou empresas a fazerem compensação ambiental com os projetos.
                   
Isabela LeiteDo G1 São Paulo

      
Segundo jardim vertical em prédio vizinho ao Minhocão, em São Paulo, terá 561 metros quadrados de cobertura vegetal com espécies da mata atlântica (Foto: Newton Menezes/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Jardim vertical suspenso começa a ser montado no
Edifício Huds
O segundo jardim vertical permanente instalado em prédios vizinhos ao Elevado Presidente Costa e Silva - o Minhocão - será inaugurado neste sábado (23) no Edifício Santa Cruz, perto ao Largo Santa Cecília, em São Paulo (SP), segundo o Movimento 90º, responsável pela instalação.
    
A cobertura vegetal composta por espécies de plantas da mata atlântica começou a ser montada em dezembro. O projeto desta segunda instalação é do artista Daniel Mangranè e faz parte de uma proposta para implantar um "corredor verde" no Minhocão, com o plantio de 8 mil metros. Veja a matéria completa.
                   

sexta-feira 22 2016

Nota das organizações e movimentos sociais contra a condenação de militantes do MAB em Tucuruí/ Pa

Ilustração do Folha

Nota das organizações e movimentos sociais contra a condenação de militantes do MAB em Tucuruí/ Pa

Organizações e movimentos sociais do estado do Pará recebem com preocupação a notícia de condenação de militantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) de Tucurí: Roquevam Alves da Silva, Euvanice de Jesus Furtado e Roger Balieiro da Veiga. Estes foram condenados em sentença decretada pelo juiz federal Marcelo Honorato, da 1ª Vara da Subseção Judiciária de Marabá. Roquevan, Euvanice e Roger são lideranças do MAB e foram penalizados por participarem de uma mobilização dos atingidos pela barragem de Tucuruí em 2007, que reivindicavam o cumprimento de acordo sobre a garantia dos direitos dos atingidos, que a mais de 30 anos, desde a inauguração da hidrelétrica, não foram assegurados.
                   
Ainda é mais preocupante o fato da justiça federal ter condenado Roquevan Silva a mais de 12 anos de prisão, representando uma verdadeira afronta ao estado democrático de direito, pois se por um lado os direitos dos atingidos não foram garantidos, por outro, sua luta ainda é criminalizada pelo judiciário brasileiro, o que leva à dupla penalização destes brasileiros.
           
A sociedade paraense de Defesa dos Direitos Humanos já recorreu da decisão, mas é necessário que as instituições do estado democrático, incluindo o judiciário, possam pensar em melhores mecanismos de intermediação de conflitos socioambientais que envolvam grandes projetos hidrelétricos na Amazônia. Consideramos que o caminho da criminalização daqueles que já tem seus direitos violados pelo modelo de implementação destes projetos não é o mais adequado para solucionar os conflitos gerados. 
                                     
O modelo de construção de hidrelétricas em nosso país tem causado ao longo da história graves violações de direitos humanos, como reconheceu o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CDDPH). Isso acontece, especialmente, pela inexistência de uma política nacional de direitos dos atingidos por barragens que deva ser seguida pelas empresas em todo país. 
                             
A ausência dessa política deixam vulneráveis não só famílias atingidas por obras antigas, que deixaram passivos sociais e ambientais muito grande, mas também as atingidas por casos recentes como o rompimento das barragens da mineradora Samarco (Vale-BHP Billiton), que atingiu milhões de pessoas ao longo da bacia do rio Doce.
                       
A hidrelétrica de Tucuruí, construída ainda no regime militar, é um dos símbolos desse modelo e guarda um histórico de repressão à luta dos atingidos e violações de direitos que perduram até hoje, em que aqueles que foram atingidos viram suas condições de vida piorarem e que ainda são obrigados a lutarem por direitos básicos.
             
Ao longo dos mais de 20 anos de existência do MAB, vimos que a justiça tem sido utilizada como um instrumento de criminalização dos defensores de direitos humanos e violação ao direito de organização e luta. Pesam contra o Movimento uma série de interditos proibitórios de norte a sul do país, inibindo milhares de famílias atingidas que fazem a justa luta por direitos.
                     
Por isso, entendemos que a condenação dos militantes do MAB de Tucuruí representa mais um triste episódio de criminalização daqueles que deveriam ter seus direitos respeitados e garantidos. Portanto, defendemos a não criminalização destes, com a devida absolvição no processo criminal que tramita na Justiça Federal de Marabá e a adoção por parte do estado brasileiro de medidas aptas a garantir os direitos dos atingidos, não somente de Tucuruí, mas também em projetos em andamentos para que estas situações de violações não se repitam novamente, como é o caso de Belo Monte.
                  
Belém, 20 de janeiro de 2016.
       
Água e energia não são mercadorias.
      
Assinam esta:
             
Sociedade paraense Defesa dos Direitos Humanos;
Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB);
Comissão Pastoral da Terra Norte II - CNBB;
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST);
Via Campesina;
Levante Popular da Juventude
           

segunda-feira 18 2016

"Não vem ao caso!!!"


Justiça Federal condenou o Diretor Financeiro do IPASET a devolver mais de um milhão para a Prefeitura de Barra do Corda MA

A Justiça Federal condenou o Diretor Financeiro do IPASET Ademildo Alves de Medeiros a devolver R$ 1.035.054,15 (Um milhão, trinta e cinco mil, cinquenta e quatro reais e quinze centavos) para a Prefeitura de Barra do Corda Maranhão e pagar R$ 345.018,05 (Trezentos e quarenta e cinco mil, dezoito reais e cinco centavos), montante correspondente a um terço do prejuízo verificado, proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios direta ou indiretamente e teve seus direitos políticos suspensos por oito anos.
                           
Pois bem população de Tucuruí, é este senhor quem administra e controla as finanças do IPASET, a Previdência Municipal em Tucuruí.
                      
Vejam a sentença do processo 0007504-06.2007.4.01.3700

Clique na imagem para ampliar
     
Entendam o caso, vejam a matéria da CGU
           

      
por Publicado
: 18/11/2003 00h00Última modificação
: 01/05/2014 23h06
                  
A Prefeitura de Barra do Corda, no Maranhão, poderá devolver R$ 1,6 milhão aos cofres do Fundef. A recomendação foi feita por fiscais da Controladoria-Geral da União, que, em recente fiscalização realizada a partir de denúncias, constataram diversos indícios de irregularidades na aplicação de recursos federais. Os fiscais pedem ainda que sejam glosados R$ 92 mil de recursos do Fundef. O município, que tem 78 mil habitantes, recebeu nos últimos dois anos quase R$ 17 milhões do Fundo. A fiscalização ocorreu entre julho e agosto.
                  
No relatório, os fiscais consideraram a situação do município de extrema gravidade. Foram encontrados indícios de procedimentos ilegais e irregulares não-sanáveis, como falta de planejamento, de controle, gerenciamento, de cuidado com a coisa pública e de respeito à população.
                  
Embora as denúncias tenham sido feitas com base na aplicação dos recursos do Fundef e da Saúde, os fiscais descobriram indícios de irregularidades também na aplicação de recursos destinados a outros programas federais, como o FNDE e a Merenda Escolar, bem como em convênios com os Ministérios das Cidades e do Meio Ambiente. Os auditores só puderam avaliar documentos de 2001 e 2003 e, ainda assim, em apenas dez processos. A documentação de 2000 e 2002 não foi apresentada pelo gestor municipal.
          
Acúmulo de poder
                
No município, que fica a 350 quilômetros de São Luiz, uma única pessoa controla a aplicação dos recursos do Fundef e julga as licitações municipais. Ademildo Alves de Medeiros é o presidente do Conselho do Fundef e da Comissão Permanente de Licitação há três exercícios consecutivos, contrariando a Lei de Licitações. Ele também é presidente do Conselho de Alimentação Escolar e do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundo. Ademildo não é funcionário da Prefeitura, mas recebe R$ 3 mil mensais como consultor, prestando serviços de implantação do sistema burocrático de matrículas, reciclagem de secretarias e implantação da sistemática de contas do Fundef. Seu salário é pago, indevidamente, com recursos do Fundo.

A prefeitura não cumpre as regras do Fundef, que determina a aplicação de, no mínimo, 60% dos recursos no pagamento de professores do ensino Fundamental, em efetivo exercício do magistério. Os auditores constataram pagamentos com recursos do Fundef a pessoas que nunca exerceram atividades em sala de aula. Dos 861 servidores pagos à conta dos 60% do Fundef, os fiscais constataram que 311 não são professores, mas ocupantes de cargos comissionados, zeladores, vigias e secretários.
                       
Voto e jaca
                  
Para contratação de mão-de-obra destinada às escolas municipais do Ensino Fundamental, a Prefeitura realizou uma licitação, da qual participou apenas a empresa Contrucom – Indústria, Construções, Comércio e Imobiliária, considerada vencedora e afinal contratada pelo valor de R$ 648 mil. Os fiscais constataram irregularidades no processo licitatório e descobriram que a Secretaria Municipal de Educação, principal interessada no objeto do contrato, não participou do processo de contratação da empresa nem foi consultada sobre a necessidade de prestação de serviços ou contratação de mão-de-obra.
           
Os fiscais localizaram uma relação de abril de 2002, com dez nomes de prestadores de serviços em escolas, em cargos de zelador e vigia, terceirizados por meio da Contrucom. Da relação, consta ao lado dos nomes dos prestadores de serviço uma indicação sinalizando que a escolha de seus nomes decorreu da indicação de alguém, principalmente do prefeito, Raimundo Avelar Sampaio.
                               
Na lista, chamou atenção, por exemplo, a nomeação de uma zeladora indicada por Avelar, que tem ao lado do seu nome a inscrição: "mulher do olho verde, que traz jaca"; outra zeladora contratada pela empresa tem ao lado do nome a indicação: "votou em Avelar só no 2º". Há ainda indicações do "vereador Carlito" e de uma "conselheira do Fundef".
               
Pendência fiscal
                  
A J. Carnib é uma das quatro empresas que forneceram alimentos para a merenda escolar em 2002. Entre março e julho, a Prefeitura pagou R$ 340 mil à Carlib, que se encontra com pendência fiscal desde 2000. Já o fornecedor Gonçalo Nunes da Silva também está com pendência fiscal, apesar de ter recebido R$ 25,6 mil pela entrega de 25,6 mil litros de leite. Portanto, nenhuma das três empresas poderia ter participado dos certames licitatórios, segundo os fiscais.
                          
Nos últimos dois anos, o município recebeu R$ 764 mil do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Os fiscais constataram que, em 2002 e 2003, a Prefeitura não disponibilizou um nutricionista para elaborar o cardápio da merenda; faltou merenda por até 15 dias e não houve formalização dos procedimentos licitatórios. Nos últimos três anos o Conselho de Alimentação Escolar (CAE), que deveria fiscalizar o programa, não desempenhou suas atribuições.
                         
Segundo o presidente do CAE, Ademildo de Medeiros, os membros do Conselho não são convocados para reuniões, não existe livro de atas e o Conselho não examina nenhum comprovante de despesas, nem tem conhecimento dos processos licitatórios realizados para aquisição de alimentos. Mas ele, por ser presidente da Comissão de Licitação, tem acesso às informações.
        
Sem comprovantes
           
Na área da Saúde, os fiscais pediram a instauração de Tomada de Contas Especial, visando à devolução, pelo município, de R$ 308 mil, referentes a despesas inelegíveis, inadequadas e pagas por meio de cheques sem os respectivos comprovantes. Os serviços médicos são realizados por clínicos não-especializados e contratados com a finalidade de repassar parcela dos seus salários.
       
Também nessa área, os fiscais tiveram dificuldade de acesso aos documentos que comprovam despesas com recursos federais. Só analisaram os comprovantes de despesas e folhas de pagamento dos exercícios de 2002 e 2003. Segundo a Prefeitura, a documentação de 2001 foi encaminhada ao Tribunal de Contas do Estado. O Ministério da Saúde repassou, nos últimos três anos, quase R$ 1,5 milhão, do Piso de Atenção Básica (parte fixa).
                     
Entre as irregularidades apresentadas estão os dados epidemiológicos registrados pela Secretaria Municipal de Saúde, referentes a 2001 e 2002, que não correspondem aos números registrados na Secretaria Estadual de Saúde. Com relação ao Programa Saúde da Família, foi constatado que das 11 equipes formadas, cinco estão atuando sem médicos e sem enfermeiros. Na maioria dos Postos de Saúde os médicos e enfermeiros dão atendimento somente duas vezes por semana. Os agentes de saúde é que fazem o atendimento diário.
                        
Saúde indígena
                 
Por meio de convênios, a Fundação Nacional de Saúde repassou R$ 3,2 milhões às Associações de Saúde das Sociedades Indígenas Kaneguatim, de Apoio à Saúde dos Kanela e de Saúde e Desenvolvimento aos Povos Indígenas Katu Ipe'e. Mais uma vez a falta de documentação acerca dos convênios firmados e de comprovação das despesas aparece como problema. Os fiscais não puderam comprovar a devida aplicação dos recursos federais. A Associação Kaneguatim, por exemplo, não apresentou os comprovantes das despesas referentes ao convênio no valor de R$ 956 mil, para promover as condições de saúde da população indígena do Pólo Base de Barra do Corda.
                      
Em outro convênio, firmado entre a Funasa e a Associação Kaneguatim, no valor de R$ 603,7 mil, para implantação de sistemas de abastecimento de água, só foram apresentadas notas fiscais no valor de R$ 337 mil. Os fiscais constataram também que foram emitidas notas fiscais, no valor de R$ 237 mil, com datas posteriores à vigência de um contrato firmado, como parte do convênio, com a empresa Ágil Motores e Bombas Ltda. Existe divergência entre os povoados beneficiados relacionados no plano de trabalho e os existentes no contrato firmado com a Ágil Motores; os povoados de Sumaúma e Nova Jerusalém não receberam obras.
                     
Segundo informações da população e agentes de saúde de duas aldeias beneficiadas, os poços foram perfurados, mas a comunidade não está sendo beneficiada, pois não há reservatório, rede de distribuição ou uma torneira sequer para abastecimento comum. Outra irregularidade constatada foi o comprovante da aquisição de um veículo Mitsubishi, apresentado pela mesma associação indígena. A nota fiscal do veículo está com data anterior à liberação dos recursos de um terceiro convênio, no valor de R$ 619 mil, firmado entre a associação e a Funasa, que teve como objetivo garantir ações básicas de saúde aos 3.030 indígenas da etnia Guajajara. Os fiscais constataram ainda que o objetivo do convênio não está sendo atendido, pois as instalações e o funcionamento dos postos de saúde são precários.
         
Contas reprovadas
                
A prefeitura firmou convênio com o Ministério do Meio Ambiente, no valor de R$ 150 mil, para perfuração de poços artesianos em três localidades, mas em apenas duas delas os poços foram construídos, ficando a obra inacabada. Existe um parecer técnico da Secretaria de Recursos Hídricos recomendando a devolução de R$ 74 mil (mais correção monetária) ou a conclusão da obra. Já foram enviados ofícios ao atual prefeito, Raimundo Avelar Sampaio, e ao ex-prefeito, Manoel Mariano de Souza, responsável pela obra.