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segunda-feira 27 2017

LBV - Grão de mostarda e tempos melhores

Grão de mostarda e tempos melhores
   
Paiva Netto
    
Atravessamos um momento de transformação no mundo, radical e turbulento sob muitos aspectos, o que exige de nós capacidade superior no enfrentamento de obstáculos de todos os matizes. Assim comecei mais uma palestra no rádio. E prossegui: Não me refiro a uma correria neurótica — porque há gente que corre, corre, corre sem chegar a ponto algum. Falo aqui de uma preparação sistemática e corajosa em prol de tempos melhores, sempre desejados, mas até agora não devidamente conseguidos pela Humanidade (...). O que lhe anda talvez faltando é perspicácia e perseverança no tocante a certos ensinamentos básicos que Jesus, o Profeta Divino, farta e esperançosamente, nos transmite. Bom exemplo encontramos na Parábola do Grão de Mostarda, em que um homem planta pequena semente e, apesar de miúda, ela desabrocha, cresce e se torna frondosa árvore, de modo que as aves, dela se aproximando, formam morada nos seus ramos (Evangelho, segundo Mateus, 13:31 e 32).
      
O semeador teve, digamos, uma visão profética, porque possuía conhecimento acerca do extraordinário valor contido na sementinha e seu consequente futuro. É essa uma das lições que Jesus, nessa parábola, nos quer transmitir. O contrário seria deixar o diminuto grão largado no caminho, e lá abandoná-lo sem germinar. Assim, quando não temos ciência da força que traz a Palavra Divina, arriscamo-nos a chutar a semente e desprezar a grande fortuna que Deus nos oferece, prejudicando o porvir. Ora, o que hoje aprendemos senão que aquele que possui informação e comunicação é dono do mundo?...
    
Vê-se logo que o chutador de semente anda desinformado. Imaginemos o que ocorre com quem desconhece Evangelho e Apocalipse, de preferência em Espírito e Verdade, à luz do Novo Mandamento de Cristo Rei. Quantas oportunidades perde! Não considerar isso é andar mal avisado.
    
Todos os empreendimentos espirituais e humanos, dos modestos aos mais destacados, foram antes pequeninos, assim como um novo ano que se inicia. A origem pode ter sido um diálogo familiar, uma reunião de trabalho, uma intuição... E, se a ideia nova é cultivada segundo os princípios humanitários evangélicos e apocalípticos, os benefícios para a coletividade hão de ser incontáveis.
     
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
   
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
      

domingo 26 2017

Marchinhas do Fora Temer ganham as ruas no Carnaval 2017

   

'Fora, Temer!' ganha o carnaval e presidente é tema de marchinhas.

Bordão gritado por foliões em várias cidades do país está também na letra de marchinhas que fazem sucesso na internet
    
       

Chuvas fortes e falta de conservação de ruas e pontes causam alagamentos e desmoronamentos em Tucuruí

Com mais de uma década de descaso e falta de manutenção e conservação, ruas, pontes e aterros desmoronam em Tucuruí. 
                
Depois de doze anos de falta de conservação e manutenção nos Governos Furman e Sancler, as pontes e aterros na cidade desmoronam, isso sem contar com as inúmeras crateras nas ruas da cidade.
               
Com chuvas diárias que perduram por todas as noites em Tucuruí, a cidade está uma calamidade e o pior é que sem uma estiagem fica complicado para a prefeitura iniciar as obras definitivas. A PMT está fazendo obras emergenciais por toda a cidade, que está sofrendo com o inverno severo deste ano.
               
Na Passagem São Francisco na Matinha algumas casas na beira do Igarapé desmoronaram, é bom frisar que a Prefeitura já havia indenizado quase todas as casas às margens dos igarapés e áreas de risco em Tucuruí, no entanto estas áreas foram ocupadas devido à omissão da Prefeitura e até mesmo as ocupações em áreas de risco e em áreas de preservação ambiental foram incentivadas por políticos irresponsáveis e incompetentes nos últimos doze anos. Assim o poder público perdeu a autoridade e a moral para impedir a população de fazer a mesma coisa, e o resultado é este que estamos vendo, alguns dias de chuva e Tucuruí literalmente desmorona.
               
É o que se diz, ou a Lei é para todos, ou a cidade vira terra sem lei e casa da Mãe Joana.
               
Vejam algumas imagens dos alagamentos e desmoronamentos pela cidade.
   
     
     
Desmoronamentos de casas na Passagem São Francisco Matinha.
     
         

sábado 25 2017

Vampiro brasileiro...


O Brasil e a grande suruba, o Brasil de hoje faria inveja os habitantes de Sodoma e Gomorra...

     
Do Blog Conversa Afiada

Joan Edesson de Oliveira
Morreu na última terça-feira, 21, a dona Bené, ou Tia Bené, como era chamada por muitos. Foi, provavelmente, depois da Dozinha e da Chica Fulepão, a mais famosa e mais importante das “madames” de Sobral. O cabaré da Bené é um sobrevivente, dos últimos de uma instituição que entrou em crise com a “modernidade” do final do século passado a estas duas primeiras décadas do vinte e um. Mulher forte, dona Bené granjeou o respeito de muitos, clientes ou não, que lamentaram sinceramente a sua morte.
No mesmo dia em que dona Bené partiu a Comissão de Constituição e Justiça do Senado fazia a segunda rodada da sabatina ao candidato a ministro do STF, brilhante cabeça de muitos predicados (ou seria brilhosa?). Digo segunda, porque a primeira rodada da sabatina ocorreu duas semanas antes, a bordo de um (...) flutuante, com um grupo mais reduzido de senadores, todos de ilibada reputação, a maioria com pequenas pendengas judiciais, nada de muito grave.
Claro que, num país em que uma proeminente autoridade afirma, candidamente, que “as instituições estão funcionando”, o rega-bofe na chalana, The Love Boat em língua mais culta e civilizada, não constituiu nenhum escândalo. Afinal, era apenas um pequeno grupo de investigados confraternizando alegre e inocentemente com o seu futuro juiz, nada que mereça uma manifestação de homens e mulheres de bens, com camisas amarelas da CBF e expressando sua cívica indignação.
Jucá, aquele dos diálogos edificantes com Machado, defensor da solução Temer, pregador da conciliação nacional, com Supremo e tudo, democrata convicto que é, havia bradado na segunda, 20, que suruba é pra todo mundo, não pode ser suruba selecionada. Prócer da Nação, Jucá quer que todos tenham direito à suruba: é preciso acabar com a seletividade.
Além de democrata, Jucá é também uma espécie de vidente. Das suas previsões naquela famosa e educativa conversa com Machado quase todas se realizaram. Parece que ainda não se concretizou aquela em que ele previa que Aécio seria o primeiro a ser comido.
Por falar em Aécio, outro exemplo de honradez, foi ele um dos mais aguerridos defensores de Alexandre Moraes na suruba no Senado. Desculpem, na sabatina. Sabatina imortalizada, aliás, pelo fotógrafo Dida Sampaio, que captou a emblemática piscadela de Moraes para Lobão, outro dos probos senadores envolvido em minúsculas questões judiciais.
O certo é que, nas últimas semanas, Jucá acertou mais uma vez. Convescote num (...) flutuante, sabatina de faz de conta, plágios, pós-doutorados inexistentes, falsas honrarias da ONU, cartões corporativos presidenciais com gastos secretos e astronômicos, careca que entra e careca que sai, tudo isso remete a uma grande suruba, como quer Jucá.
Recatada, do lar, como convém a esse governo ilegítimo, mas de qualquer forma uma suruba.
Dona Cármen, que como vidente não acerta tanto quanto Jucá, deve estar surpresa com o funcionamento das instituições. Afinal, contrariando suas previsões, o escárnio e o cinismo estão vencendo: o crime já venceu a justiça, a imunidade confundiu-se com a impunidade, e a Constituição foi rasgada à luz do dia.
A Justiça, frente a isso, cada vez mais é uma estátua com os olhos vendados.
Voltando a dona Bené, a última madame de cabaré de Sobral, não há dúvidas que no seu estabelecimento havia muito mais honra, decoro, respeito e pudor do que na infame suruba do Jucá.
Joan Edesson de Oliveira é educador, Mestre em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará.