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domingo 23 2017

Porchat Black Friday em Brasília

Criar e Repassar notícias e boatos falsos sobre pessoas na Internet é crime

BOATARIA
     
Divulgação de notícias falsas nas redes sociais pode ter consequências graves.
        
Entenda como identificar boatos, quem são os principais fomentadores e os riscos do compartilhamento indiscriminado.
     
Rodrigo Gomes e Tiago Pereira, da RBA
           
               
Fofoca e boataria são práticas comuns que foram turbinadas com a internet
             
São Paulo – Você soube por meio do Whatsapp ou do Facebook que Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é dono da Friboi? Ou que uma marca chique de chocolates estava distribuindo ovos de páscoa de graça? Ou ainda que crianças estão sendo sequestradas para retirada de órgãos em uma determinada cidade? Se a resposta for sim, você provavelmente foi pego em dos muitos boatos que percorrem as redes sociais todos os dias. Apesar de inofensivos em alguns casos, há relatos de pessoas agredidas e até assassinadas por conta de informações falsas, o que indica que combater sua repercussão é uma necessidade. Até mesmo a última eleição dos Estados Unidos teve muita discussão em torno da influência dessas mentiras no pleito de 2016, que terminou com a eleição do bilionário Donald Trump.
                     
O principal problema nesse caso é que muitas vezes as pessoas acreditam estar fazendo uma coisa boa. Estão passando adiante uma informação que vai ajudar ou proteger alguém. Ou gerar uma recompensa. Mas é justamente essa a intenção de quem constrói o boato. Ele é feito para parecer algo revoltante ou extremamente convidativo, de forma que o leitor compartilhe logo, sem reflexão, sem pensar se aquela informação faz mesmo sentido.
                      
O professor de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Rafael Sampaio, especialista em comunicação política na internet, ressalta que a boataria e a fofoca sempre foram comuns entre a população em geral, mas foram turbinadas com as redes sociais. “As pessoas tendem a compartilhar links que dizem o que elas pensam ou o que gostariam de ver nos noticiários, sem checar, sem pelo menos jogar no Google para ver se acham mais de uma fonte, por exemplo. Tem uma questão patológica, acelerada pela internet: as pessoas não checam as supostas informações que recebem”, disse.
              
Estudo realizado pela agência Advice Comunicação Corporativa, por meio do aplicativo BonusQuest, em novembro do ano passado, indicou que 78% dos brasileiros se informam pelas redes sociais. Destes, 42% admitem já ter compartilhado notícias falsas e só 39% checam com frequência as notícias antes de difundi-las.
               
               
Boatos.org se dedica a desmentir notícias falsas que circulam nas redes
               
Para o jornalista Edgard Matsuki, criador do Boatos.org, site que desmente informações falsas nas redes sociais, existem alguns motivos que levam uma pessoa a compartilhar um boato. “O primeiro é que, normalmente, as pessoas não sabem que a informação é falsa. Com raras exceções, acham que o boato é uma informação real e útil. Além disso, o boato é compartilhado porque ajuda a endossar um posicionamento que a pessoa tem”, afirma.
                
A questão mais séria em relação às falsas notícias é que elas podem afetar seriamente a vida das pessoas. “Em um nível mais elementar, o boato pode ajudar a reforçar um pensamento errôneo. Afinal, mesmo que seja uma tese real, ela não pode se basear em uma mentira. Em um nível mais elevado, pode destruir uma reputação e prejudicar alguém. E, pior ainda, pode acarretar em uma tragédia como no caso de pessoas acusadas de crime que não cometeram ou de tratamentos de saúde que não funcionam”, diz Matsuki.
         
No início deste mês, o casal de fotógrafos Luiz Áureo de Paula e Pamela Martins foi espancado em Araruama, no Rio de Janeiro, após um boato de que eles estariam sequestrando crianças viralizar no Whatsapp. O texto incluía fotos dos dois e do veículo deles, inclusive com a placa de identificação do carro. Em maio de 2014, Fabiane Maria de Jesus foi morta em um linchamento no Guarujá, litoral paulista. Ela também vítima de um boato, que dizia que ela sequestrava crianças e fazia rituais de magia negra.
              
No caso de produtos, a fosfoetanolamina, chamada de pílula do câncer, pode ser um dos grandes engodos alimentados por boatos nas redes sociais. Sem nenhuma comprovação de eficácia na cura do câncer, seu uso passou a ser propagado quase como milagroso e dezenas de histórias de pessoas curadas circularam nas redes sociais. Um dos boatos dizia que “brasileiro descobre a cura do câncer e é preso após dar de graça medicamentos a portadores da doença”.
            
O caso ganhou repercussão nacional, com aprovação, no Congresso Nacional, de uma “lei pela vida” que autorizava a comercialização da substância, sem qualquer estudo que comprovasse a eficácia. No final de março deste ano, o Instituto do Câncer decidiu suspender os testes com a substância porque nenhum resultado satisfatório foi obtido após uso em 72 pessoas com dez tipos diferentes de câncer.
Sacando o boato
              
Mas como evitar cair em um boato? Essa é a principal questão em um momento que a avalanche de informações dos mais variados tipos está acessível, a todo momento, em qualquer plataforma. Em um ponto os especialistas no tema são unânimes: não se deve compartilhar uma informação imediatamente, por mais importante ou revoltante que ela pareça. Uma dica de Edgard Matsuki é nunca difundir uma informação sem esperar, pelo menos, um minuto. “Esses 60 segundos vão ajudá-lo a refletir melhor sobre o assunto”, ressalta.
                       
Nesse tempo que está pensando sobre, que tal ler a tal notícia? “Infelizmente, um dos piores hábitos que temos na internet é o ‘compartilhar sem ler’ ou o ‘comentar sem ler’. Isso acontece demais. Não entender o contexto do conteúdo ou mesmo os absurdos que estão escondidos por trás de um link e repassar para outras pessoas é um dos maiores combustíveis para boatos na internet”, ressalta a Boatos.org, em uma página destinada à orientação sobre como não cair em mentiras nas redes sociais.
        
                          
Boatos envolvendo a família de Lula sempre ganham tom de grave denúncia
                  
Nessa leitura cabem alguns destaques. O uso de expressões como “a imprensa está censurada”, “compartilhem antes que apaguem”, “partido tal quer impedir a divulgação”, “alerta”, “repasse a todos”, “meu amigo policial, médico, piloto, confirmou tudo”, são um indício forte de que a história a seguir pode ser falsa. O mesmo vale para aqueles áudios de Whatsapp em que uma pessoa se apresenta e conta “uma verdade terrível, que o governo quer esconder”.
              
Além disso, relatos sem local, sem data, sem nome de todos os envolvidos também indicam que a informação pode ser mentirosa. Como no caso do pai que teria sido preso por ensinar ao filho o ofício de pedreiro. O relato fala de um “diretor do conselho tutelar”, “seguidores da página”, “Vara da Infância”, mas não cita nomes, nem o local da ocorrência. O uso de fotos distorcidas ou sem possibilidade de identificar rostos e ambientes também pode indicar que se trata de uma mentira. Além disso, os textos sem assinatura ou sites que não indicam seu mantenedor (apócrifos) também podem ser considerados suspeitos.
                 
Tem sido muito comum que a notícia falsa tenha alguma informação verdadeira para confundir o leitor, como no recente boato de que estava tendo início uma guerra civil por conta da reforma da Previdência e que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se declarou “do lado do povo”. Realmente, a Ordem é contra a reforma. Mas não há uma guerra civil declarada no Brasil. Pontos absurdos assim podem ser percebidos com alguma reflexão. Se houvesse tal situação, a imprensa não noticiaria? Eu estaria indo trabalhar normalmente? Meus parentes ou amigos de outra cidade não saberiam?
                
Por fim, uma pesquisa no Google pode resolver bem mais do que imaginamos. Apesar de certos problemas de orientação política, a imprensa profissional não costuma propagar ou fortalecer boatos. Desse modo, cabe pegar um trecho da suposta notícia e lançar no buscador. Se nenhum resultado de um site de notícias profissional surgir, desconfie. Além disso, às vezes o primeiro resultado é justamente de um site que desmente notícias falsas, o que já vai liquidar de vez a história.
              
             
Um boato que viralizou recentemente foi o de um pai que teria sido preso por ensinar ao filho o ofício de pedreiro
             
Alguns sites se profissionalizaram no sentido contrário: na criação de boatos. Outros copiam informações verdadeiras de veículos jornalísticos, mas criam títulos e textos sensacionalistas para valorizar ou depreciar determinadas posições políticas. O objetivo da maior parte deles é lucrar com os acessos às páginas, motivadas pela curiosidade de seus títulos chamativos. Ferramentas de propaganda de massa utilizam a quantidade de cliques como fator de remuneração de páginas na internet.
              
Algumas páginas que trabalham nessa lógica já são conhecidas: Plantão Brasil, Brasil Verde Amarelo, Pensa Brasil, Diário do Brasil, Na Mira da Notícia, Sempre Questione são alguns dos sites que publicam notícias falsas misturadas com informações verdadeiras.
       
Outras, como Folha Política e JornaLivre – ligada ao Movimento Brasil Livre (MBL) – usam informações verdadeiras retiradas de veículos de comunicação para criar versões que enfatizem seus objetivos políticos. Alguns sites, porém, trabalham declaradamente com notícias falsas, com objetivo de fazer piadas. É o caso do Sensacionalista, que se firmou como maior página do ramo nas redes sociais.
Poder moderador: Google e Facebook
              
Em meio à polêmica envolvendo a disseminação de boatos e notícias falsas na internet, dois gigantes da informação ganharam ainda maior protagonismo. Desde o ano passado, quando a questão ganhou maior dimensão, com sites especializados em fake news (notícias falsas) supostamente atuando em favor da eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, Google e Facebook decidiram agir de modo a garantir a confiabilidade dos conteúdos por eles veiculados.
               
Por ora, as ações desencadeadas ainda não se fizeram sentir, principalmente aqui no Brasil. Contudo, essa função de arbitramento entre o que é falso e verdadeiro também apresenta riscos.
              
Com a função Fact Check, o Google pretende marcar as notícias veiculadas com verdadeiras, falsas ou parcialmente verdadeiras. Em todo o mundo, a empresa firmou parcerias com entidades que realizam a checagem. No Brasil, estão envolvidas a Agência Pública, Lupa e Aos Fatos, mas as marcações ainda não apareceram aos usuários.
        
Já o Facebook tem estratégia semelhante, com parceiras na checagem, que após denúncia dos usuários, confirmariam a veracidade dos conteúdos e os falsos, retirados. Todavia, a ferramenta ainda não está ativa, no Brasil. Os usuários podem até denunciar, mas o ‘pool’ de checagem não foi estabelecido, até o momento.
                
Marina Pina, jornalista e integrante do Conselho Diretor do Intervozes, organização que defende o direito à informação, alerta para o acúmulo de poder de Google e Facebook e para a necessidade de transparência nos critérios de julgamento. Soma-se a isso, a capacidade que ambas as empresas já têm, baseados em cálculos algorítmicos sigilosos, em hierarquizar a exibição de conteúdo e determinar como estes são visualizados pelos usuários nos motores de busca e também nas redes sociais.
                
"Ao mesmo tempo em que estão criando agências certificadoras e canais de verificação, isso é muito perigoso. São duas corporações que já têm muito poder de escolher e distribuir conteúdo a partir de um critério próprio", destaca a jornalista.
            

sábado 22 2017

Temer rouba e passa recibo... Kkkkkk.


Do blog Conversa afiada
       
"Folha mostra os recibos do roubo do Temer
Barrocal já tinha descrito a suruba no escritório em SP
     
O André Barrocal já tinha publicado o passo-a-passo da monumental roubalheira que o MTabençoou em seu escritório de advocacia (administrativa) em São Paulo, na imaculada companhia do Eduardo Cunha.
      
Agora, a Fel-lha mostra o batom na cueca:
     
Os recibos da roubalheira.
      
Pois o Treme é tao incompetente, até como ladrão, que permite passar recibo do roubo!
     
Quá, quá, quá!"
         
       

VBV - A extensão da Caridade


Reflexão de Boa Vontade — Por Paiva Netto*

A extensão da Caridade

As Boas Obras são Caridade não apenas na Religião, mas também na Ciência, na Filosofia, na Política, na Economia, no Esporte, na Arte, na vida pessoal e na coletiva. A Caridade é tão fundamental para a sobrevivência da criatura e da Humanidade, que a respeito dela assim definiu o Apóstolo Paulo, na Primeira Epístola aos Coríntios, 13:13: “Agora, pois, permanecem a Fé, a Esperança e a Caridade. Destas três, porém, a maior é a Caridade”.
             
O benemérito dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, ilustre político brasileiro, conhecido como o “Médico dos Pobres”, em seu artigo “O Homem Carnal e o Espiritual”, publicado no jornal O Paiz, no século 19, classificou: “A Caridade é a sublime virtude recomendada pelo Cristo; ela unifica, individualmente, o Amor de Deus e o Amor do próximo”.
               
Erasmo de Rotterdam (?1469-1536) classifica a Caridade, no seu famoso Elogio da Loucura, como fator básico para a subsistência, por ocasião do Fim dos Tempos: “O Juiz de toda a terra (o Cristo), no último dia, (...) pedirá contas apenas pela administração de Seu legado, que foi a lei do amor e caridade”.
         
Lutero, Fé e Boas Obras
Aqui um texto de minha autoria, que publiquei em Reflexões da Alma (2003):
Um dos maiores questionamentos de boa parte daqueles que desejam a salvação espiritual é “O que mais agrada a Deus?”. O grande reformador Martinho Lutero (1483-1546) tem a resposta, citada pelo professor Leônidas Boutin: “Ter Fé verdadeira e inabalável na Palavra de Deus, que está contida nas Sagradas Escrituras. E quem tem verdadeiramente fé há de praticar Boas Obras, isto é, amará ao próximo, pois é impossível ter fé sem praticar Boas Obras, que são, assim, decorrências naturais e inevitáveis dela”.
              
Muhammad, o Profeta, e a prática do Bem
Exercitar o Bem é muito melhor. O contrário leva a criatura a lamentável estado de arrependimento, como demonstra o Profeta Muhammad“Que a Paz e as bênçãos de Deus estejam sobre ele” — no Corão Sagrado, versículo 12 da 32a Surata (A prostração): “Ah, se pudesses ver os pecadores, cabisbaixos, ante o seu Senhor! Exclamarão: Ó Senhor nosso, agora temos olhos para ver e ouvidos para ouvir! Faze-nos retornar ao mundo, que praticaremos o bem”.
               
Sobre o sublime ato de se doar ao próximo e suas consequências sociais, passemos a palavra ao pensador político francês Alexis de Tocqueville (1805-1859): “A caridade dos indivíduos se dedica às maiores misérias, procura o infortúnio sem publicidade e, de maneira silenciosa e espontânea, repara os males. (...) Pode produzir somente resultados benéficos. (...) Alivia muitas misérias, sem produzir nenhuma”.
                
Por isso mesmo, asseverou o Cristo: “A cada um de acordo com as próprias obras” (Evangelho, segundo Mateus, 16:27).
               
Homens, povos e nações serão julgados por essa Divina Lei de Amor e de Justiça.
      
* José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

    

MPPA realiza inspeção no Centro de Recuperação de Tucuruí

MPPA realiza inspeção no Centro de Recuperação de Tucuruí

             
O Ministério Público do Estado realizou, nesta terça-feira (18), inspeção conjunta com o superintendente do Sistema Penal, coronel André Cunha e a equipe de esforço concentrado da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe). A diligência ocorreu em razão de procedimento extrajudicial instaurado em setembro de 2016 na Promotoria de Justiça de Tucuruí para apurar as condições de carceragem no Centro de Recuperação do município.

Em vistoria realizada ano passado foi constado que o estabelecimento em termos absolutos e relativos era o mais lotado do Estado, com capacidade para 120 vagas, mas que abrigava 420 presos, não possuía assistência médica adequada, os equipamentos de fiscalização não estavam funcionando, 70% de presos provisórios e alguns problemas relacionados à execução penal.
     

"A partir dos dados foi oficiado a todos os juízes, promotores e defensores do Polo Tucuruí, informando a relação de presos provisórios com maior morosidade, realizado levantamento processual de todos os processos e solicitado junto a Susipe apoio jurídico para rever a situação dos presos", relatou a promotora de Justiça Adriana Passos.
          
Todo esse trabalho culminou na inspeção realizada nesta terça-feira com a participação do juiz de execuções Penais Leonardo Frota e dos promotores da Região de Tucuruí, Adriana Passos, Amanda Lobato e Carlos Lopes.
         
Nessa nova inspeção constatou-se a revitalização do estabelecimento, reorganização dos espaços com sala mais apropriada para atendimento médico e sala de aula, além da contratação de um médico. E também a confirmação de retomada das obras para ampliação em 220 vagas, com data do certame licitatório para 24 de abril.
                

    
Também houve a instalação e funcionamento de detectores de metais e câmaras de segurança, apresentação pelo diretor de reinserção social de convenio junto ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) para profissionalização, junto com a prefeitura e sociedade civil para utilização da mão de obra carcerário e revisão dos processos com 64 benefícios ajuizados, identificação de 11 benefícios vencidos e interposição de 27 benefícios pré-datados.
     
"Destaco o sucesso da ação extrajudicial do Ministério Publico, que por meio de articulação com as autoridades e promotores do polo conseguimos trazer melhorias reais para para estabelecimento prisional de Tucuruí", comemorou Adriana Passos.
     
Texto e fotos: Promotoria de Justiça de Tucuruí
Edição: Assessoria de Comunicação