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sexta-feira 31 2019

Por que a Câmara Municipal não funciona em Tucuruí e a cidade está um caos?


                         
Por que a Câmara Municipal não funciona em Tucuruí?
            
Bom, existem vários motivos, entre eles estão:
              
1 - Custo da campanha – Uma eleição para vereador em Tucuruí custa muito caro, já que uma parte da população só vota em quem lhe oferece alguma vantagem pessoal, então o candidato precisa de muito dinheiro para se eleger.
                 
2 – Como o candidato a vereador precisa de muito dinheiro, ele precisa de quem banque a sua candidatura, e é nestas horas que a maioria dos candidatos se compromete com empresários e agiotas, que vão cobrar seu “investimento” após as eleições, neste caso o vereador precisa dos favores do Prefeito para quitar seus compromissos e começa o famoso toma lá, dá cá, caso contrário, um calote do vereador em seus financiadores de campanha pode lhe custar muito caro.
                             
3 – Outra forma de angariar votos e apoio é com emprego na Câmara e principalmente na Prefeitura. Antigamente os votos não eram tão caros e o emprego em Tucuruí não era tão difícil, como havia a construção da barragem, emprego era o que não faltava, já a PMT pagava muito mal e com atraso, ninguém se importava com emprego na Prefeitura e Câmara Municipal, no entanto hoje em Tucuruí existe pouco emprego e a Prefeitura é o maior empregador, com cerca de sete mil postos de trabalho. Desta forma, prometer emprego na PMT é um ótimo negócio para ganhar voto. Hoje a PMT tem mais de dois mil contratados, fora cargos de confiança, some estes votos aos votos dos familiares e amigos dos contratados e cargos comissionados?
                               
Se levarmos em conta os custos da campanha eleitoral em Tucuruí, os compromissos com empresários e agiotas, e os empregos na Prefeitura, chegamos à conclusão que os vereadores dependem do Prefeito para cumprir com seus compromissos de financiamento de campanha, e dar emprego a seus amigos, parentes e cabos eleitorais. Isso para o vereador pode não ser apenas questão de dinheiro ou de cumprir com a sua palavra, pode ser caso de vida ou morte (literalmente).
                          
Diante de tudo o que foi dito, o eleitor deve se conscientizar e aceitar, que é inútil esperar que o vereador trabalhe para o povo e fiscalize o Prefeito, como o legislativo pode fiscalizar o prefeito se depende dele para tudo?
                         
Então, quando um vereador lhe disser que não pode fazer nada, ele está dizendo a verdade, ele não pode, não porque seja um só, mas porque precisa e depende do prefeito para tudo, mas ele depende do Prefeito apenas porque foi (é) irresponsável e ambicioso, ganhou voto e se elegeu com promessa de emprego público, com promessas de favores, e assumiu compromissos que e com quem não devia...
                       
Então a tendência é a Câmara Municipal continuar mandato após mandato, cada vez pior, nas eleições do ano que vem nós vamos novamente trocar seis por meia dúzia, pois a história vai se repetir, acredito pelos resultados de eleições anteriores que os atuais vereadores provavelmente não se reelegerão, o que é bem merecido, e a vida vai seguir, até que Tucuruí eleja um bom prefeito, que não precise comprar apoio de vereador, e o dinheiro economizado possa ser utilizado em benefício de TODA a população de Tucuruí.
                 
   NÃO EXISTE MAL QUE SEMPRE DURE, TUDO CEDO OU TARDE SEMPRE MUDA!
               

quarta-feira 29 2019

SINSMUT continua negociação da Data Base com a Prefeitura

     
O SINSMUT, representado pelo seu presidente Raimundo Concursado continua em negociação com a Prefeitura Municipal, com relação à Data Base da categoria dos Servidores Municipais no presente ano.
      
Por enquanto, a prefeitura (segundo seus representantes), aguarda um levantamento da Folha de Pagamento para prosseguir nas negociações.
       
O Presidente do SINSMUT, em entrevista, explica detalhadamente como estão as negociações com a PMT, e  fala também sobre a preocupação do sindicato com demora na definição dos reajustes da Data Base, tendo em vista que a Data Base é em Maio, e já estamos no final do mês.
      
       

MPE flagra Escola Municipal na Vila Pederneiras em estado de abandono

                   
            
"O trabalho de fiscalização do Ministério Público Estadual nas escolas de Tucuruí, inclusive nas da zona rural, já dura meses. 

Hoje o promotor Charles Pacheco flagrou a situação de abando na Escola Municipal Perpétuo Socorro, na Vila de Pederneira. Escola registrada no MEC, mas que funciona no barracão da comunidade, que foi cedido pelos moradores, para que a escola pudesse funcionar, infelizmente em condições precárias."
      
Este é o resultado de uma cidade que não têm vereador de fato.
     
Tucuruí só tem legislativo quando a PMT repassa mais de R$ 1.000.000,00 um milhão todos os meses para a Câmara. Dinheiro público desperdiçado que deveria beneficiar a população de Tucuruí.
     
Vejam a matéria da Rádio Energia.
   
      

sexta-feira 24 2019

LBV - Segurança infanto-juvenil

          
Segurança infanto-juvenil
        
Paiva Netto
          
Abuso e exploração sexual infanto-juvenil. Assuntos que não podem ser ignorados. Problemas de magnitude global que exigem alerta constante de todos nós, principalmente dos pais e dos governos. 
       
Nada melhor que procurarmos caminhos eficientes em prol da assistência aos pequeninos. Juntamos nossos esforços aos de numerosas organizações do Terceiro Setor e aos do próprio governo no combate a essa terrível violência.
         
A Boa Vontade TV (Oi TV — Canal 212 — e Net Brasil/Claro TV — Canais 196 e 696), no programa Sociedade Solidária, trouxe elucidativa entrevista com a professora Dalka Chaves de Almeida Ferrari, membro da diretoria do Instituto Sedes Sapientiae, de São Paulo/SP, e coordenadora-geral do Centro de Referência às Vítimas de Violência (CNRVV). 
         
A segurança das crianças e dos jovens, segundo a professora Dalka, carece de uma mobilização geral: “Trata-se de trabalho contínuo que merece uma atenção constante da política pública para fazer esse enfrentamento. E hoje são necessárias a capacitação e a sensibilização dos hotéis, com seus gerentes e todo o corpo de trabalho, dos taxistas, do pessoal da rodoviária, dos ônibus, dos aeroportos. Se for pensar em política, todos os ministérios teriam que ser capacitados para fazer esse enfrentamento”.
           
Quebrar o pacto do silêncio
            
Durante sua conversa com o sociólogo Daniel Guimarães, apresentador do Sociedade Solidária, a professora Dalka Ferrari enfatizou também a imprescindível providência de proteção da criança dos abusos sexuais nos ambientes doméstico e social: “Quebrar o pacto do silêncio, conseguir falar desse assunto, porque ainda é muito velado, é meio tabu dentro da sociedade. Se a gente tiver jovens esclarecidos, conscientizados, sensibilizados sobre os cuidados que têm que ter com o próprio corpo, os limites que são dados, eles se sentirão bem e não deixarão que esse corpo seja invadido. 
           
Então, é quase que uma reeducação do autoconhecimento. A pessoa tem que se conhecer, saber exatamente o que ela quer para sua vida, os riscos que pode correr com os envolvimentos”. (...)
          
E prossegue, enfática: “Isso tudo é algo que precisa ser discutido, porque, se a gente não conscientizar, desde a criança, o adolescente, o jovem até os pais, os educadores, que cuidam dessa criança e desse adolescente todo dia, a gente não vai fazer esse problema vir à tona. 
          
As pessoas têm vergonha de falar, não querem enfrentá-lo. E, à medida que o jovem ficar autônomo, sabendo como se defender, ele poderá ajudar outro jovem, poderá ser um multiplicador desses conhecimentos”.
            
Psicóloga, especialista em violência doméstica, ela reforça: “Então, o objetivo maior de tudo isso é fazer com que eles conheçam (...) quais são as situações perigosas em que podem se envolver, ou em que precisam se defender dentro e fora da família. Porque é assim: a proteção dos pais existe por um tempo, mas há uma hora que vai depender da criança e do jovem fugirem, saírem ou pedirem ajuda por causa do risco que estão enfrentando”.
           
Estamos tratando de tema realmente complexo e que deve ser salientado e discutido na mídia, em casa, nas igrejas, nas escolas, nas universidades, no trabalho, em toda a parte, de modo a ampliarmos a guarda em torno da infância e da juventude. E tenhamos em nossas agendas o Disque 100 (Disque Direitos Humanos), para fazer denúncias, procurar ajuda.
          
Riscos das novas gerações
           
Aproveitemos, então, o 18 de maio (Dia Nacional de Combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes) para refletir seriamente sobre o futuro das novas gerações, ameaçadas, desde já, pela prática hedionda de crimes como a exploração sexual. Sem contar o crescimento da violência envolvendo-as, as inomináveis pedofilia e efebofilia, até em ambientes nos quais devem imperar a segurança e o desenvolvimento socioafetivo: o lar e a escola.
          
Hoje, esses problemas não mais se restringem a meninos e meninas que se encontram tristemente abandonados pela rua. Há crianças que vivem em moradias aos pedaços, nas favelas, embaixo dos viadutos, como vemos na mídia, ou mesmo outras que residem em belos apartamentos e casas que são, no entanto, tão indigentes, tão carentes quanto aquelas que não têm um travesseiro sobre onde reclinar a cabeça.
          
Urge que todos, cidadãos e os órgãos constituídos, mudem esse quadro.
          
Não me canso de afirmar que a estabilidade do mundo começa no coração da criança. Protegê-la é acreditar no futuro.
        
José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.
       
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com