Os Justiceiros
Autor: André Luiz (Andréresistência).
Em toda a história da humanidade, os que ousaram fazer justiça com as próprias mãos a pretexto de combater o mal, se tornaram, eles mesmos parte deste mal e em muitos casos, um mal ainda maior do que o mal que diziam combater.
Justiça sem controle e sem regras não é justiça, já que os homens não são perfeitos e a sua justiça obviamente não tem como ser perfeita.
Sempre que um grupo de homes se reúne em comunidade, surge a necessidade de se criar normas e leis. Mesmo que um homem, pela força, pelo carisma ou por conhecimento e uma inteligência superior assuma o poder total, ele precisa criar regras e leis, pois em comunidade sem regras e sem leis não funciona e se desagrega.
Houve uma época, na década de 1960, em que a criminalidade assustava a população, principalmente nas grandes cidades, essa estória de antigamente a criminalidade era controlada é uma grande farsa.
Pois bem, em 1960, foi criado a Scuderie Le Cocq apelidada Esquadrão da Morte composta por policiais e o seu “objetivo” era eliminar a bandidagem, esta associação de matadores teve início para vingar a morte em serviço de Milton Le Cocq, famoso detetive de polícia do estado do Rio de Janeiro. O emblema da Scuderie Le Cocq era uma caveira em cima de ossos cruzados.
Pois bem, logo que as atividades do Esquadrão da morte teve início e os criminosos começaram a serem mortos, à medida em aumentava o número de criminosos mortos, aumentava o apoio popular, afinal o Esquadrão da Morte matava apenas criminosos que eram nocivos à sociedade e aos "homens de bem” (sempre eles).
A associação era liderada pelos chamados "Doze Homens de Ouro" (um para cada casa do zodíaco), eram doze famosos policiais escolhidos pelo Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Luis França, para "limpar" a cidade.
Integravam o grupo os policiais Anibal Beckman dos Santos (Cartola), Euclides Nascimento Marinho, Hélio Guahyba Nunes, Humberto de Matos, Jaime de Lima, Lincoln Monteiro, Mariel Mariscot, Nelson Duart, Neils Kaufman (Diabo Loiro), José Guilherme Godinho (Sivuca), Vigmar Ribeiro e Elinto Pires. Segundo o delegado Sivuca, "o grupo foi criado para dar satisfação à sociedade".
Os doze homens de ouro eram agentes que mataram proeminentes bandidos da época, a começar pelo "Cara de Cavalo", depois "Mineirinho" e muitos outros bandidos famosos da década de 60, que foram mortos em suas próprias comunidades. Zé Pretinho, por exemplo, foi morto na porta de seu barraco, no Morro dos Macacos, em Vila Isabel. Bidá morreu no Morro do Querosene, no Catumbi, e Passo Errado, no Morro do Tuiuti, em São Cristóvão.
Membros do Esquadrão da Morte ao executar criminosos ligavam para a imprensa e assumiam a morte do criminoso e assim ganharam o apoio da imprensa e da sociedade. Isso lembra alguma coisa?
Quando o Esquadrão da Morte (Assim como a Lava Jato) ganhou o apoio irrestrito da sociedade, seus membros passaram a obedecer somente às suas próprias Leis e regras, eles mesmos se corromperam, se tornaram criminosos e começaram a cometer crimes para ganhar dinheiro e atender aos seus interesses pessoais, isso lembra alguma coisa?
O Esquadrão da Morte então passou a dar cobertura para atividades ilegais e a eliminar rivais em sua atividade criminosa, a eliminar desafetos pessoais de membros do esquadrão e a praticar assassinatos por encomenda (pistolagem).
Assim, mais uma organização criminosa de justiceiros se tornou pior que o mal que diziam combater.
Não se pode combater o crime cometendo crimes, não se combate o mal fazendo o mal, mesmo a pretexto de fazer o bem.
O crime não se combate cometendo crimes. O mal se trata com JUSTIÇA. Porque no momento em que você comete um crime para combater um criminoso, você se torna igual a ele.
Esta é a grande armadilha e a maior astúcia do mal, ele te faz acreditar que os fins justificam os meios, lhe insufla o ódio, o desejo de vingança, o orgulho, e sem perceber você se torna o monstro criminoso que acreditava combater.
Leia mais sobre a Scuderie Le Cocq
Autor: André Luiz (Andréresistência).
Em toda a história da humanidade, os que ousaram fazer justiça com as próprias mãos a pretexto de combater o mal, se tornaram, eles mesmos parte deste mal e em muitos casos, um mal ainda maior do que o mal que diziam combater.
Justiça sem controle e sem regras não é justiça, já que os homens não são perfeitos e a sua justiça obviamente não tem como ser perfeita.
Sempre que um grupo de homes se reúne em comunidade, surge a necessidade de se criar normas e leis. Mesmo que um homem, pela força, pelo carisma ou por conhecimento e uma inteligência superior assuma o poder total, ele precisa criar regras e leis, pois em comunidade sem regras e sem leis não funciona e se desagrega.
Houve uma época, na década de 1960, em que a criminalidade assustava a população, principalmente nas grandes cidades, essa estória de antigamente a criminalidade era controlada é uma grande farsa.
Pois bem, em 1960, foi criado a Scuderie Le Cocq apelidada Esquadrão da Morte composta por policiais e o seu “objetivo” era eliminar a bandidagem, esta associação de matadores teve início para vingar a morte em serviço de Milton Le Cocq, famoso detetive de polícia do estado do Rio de Janeiro. O emblema da Scuderie Le Cocq era uma caveira em cima de ossos cruzados.
Pois bem, logo que as atividades do Esquadrão da morte teve início e os criminosos começaram a serem mortos, à medida em aumentava o número de criminosos mortos, aumentava o apoio popular, afinal o Esquadrão da Morte matava apenas criminosos que eram nocivos à sociedade e aos "homens de bem” (sempre eles).
A associação era liderada pelos chamados "Doze Homens de Ouro" (um para cada casa do zodíaco), eram doze famosos policiais escolhidos pelo Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Luis França, para "limpar" a cidade.
Integravam o grupo os policiais Anibal Beckman dos Santos (Cartola), Euclides Nascimento Marinho, Hélio Guahyba Nunes, Humberto de Matos, Jaime de Lima, Lincoln Monteiro, Mariel Mariscot, Nelson Duart, Neils Kaufman (Diabo Loiro), José Guilherme Godinho (Sivuca), Vigmar Ribeiro e Elinto Pires. Segundo o delegado Sivuca, "o grupo foi criado para dar satisfação à sociedade".
Os doze homens de ouro eram agentes que mataram proeminentes bandidos da época, a começar pelo "Cara de Cavalo", depois "Mineirinho" e muitos outros bandidos famosos da década de 60, que foram mortos em suas próprias comunidades. Zé Pretinho, por exemplo, foi morto na porta de seu barraco, no Morro dos Macacos, em Vila Isabel. Bidá morreu no Morro do Querosene, no Catumbi, e Passo Errado, no Morro do Tuiuti, em São Cristóvão.
Membros do Esquadrão da Morte ao executar criminosos ligavam para a imprensa e assumiam a morte do criminoso e assim ganharam o apoio da imprensa e da sociedade. Isso lembra alguma coisa?
Quando o Esquadrão da Morte (Assim como a Lava Jato) ganhou o apoio irrestrito da sociedade, seus membros passaram a obedecer somente às suas próprias Leis e regras, eles mesmos se corromperam, se tornaram criminosos e começaram a cometer crimes para ganhar dinheiro e atender aos seus interesses pessoais, isso lembra alguma coisa?
O Esquadrão da Morte então passou a dar cobertura para atividades ilegais e a eliminar rivais em sua atividade criminosa, a eliminar desafetos pessoais de membros do esquadrão e a praticar assassinatos por encomenda (pistolagem).
Assim, mais uma organização criminosa de justiceiros se tornou pior que o mal que diziam combater.
Não se pode combater o crime cometendo crimes, não se combate o mal fazendo o mal, mesmo a pretexto de fazer o bem.
O crime não se combate cometendo crimes. O mal se trata com JUSTIÇA. Porque no momento em que você comete um crime para combater um criminoso, você se torna igual a ele.
Esta é a grande armadilha e a maior astúcia do mal, ele te faz acreditar que os fins justificam os meios, lhe insufla o ódio, o desejo de vingança, o orgulho, e sem perceber você se torna o monstro criminoso que acreditava combater.
Leia mais sobre a Scuderie Le Cocq