Alterar o idioma do Blog

terça-feira 16 2019

Os Justiceiros - A Grande Astúcia do Mal

      

Os Justiceiros
             
Autor: André Luiz (Andréresistência).

          
Em toda a história da humanidade, os que ousaram fazer justiça com as próprias mãos a pretexto de combater o mal, se tornaram, eles mesmos parte deste mal e em muitos casos, um mal ainda maior do que o mal que diziam combater.
               
Justiça sem controle e sem regras não é justiça, já que os homens não são perfeitos e a sua justiça obviamente não tem como ser perfeita.
               
Sempre que um grupo de homes se reúne em comunidade, surge a necessidade de se criar normas e leis. Mesmo que um homem, pela força, pelo carisma ou por conhecimento e uma inteligência superior assuma o poder total, ele precisa criar regras e leis, pois em comunidade sem regras e sem leis não funciona e se desagrega.
              
Houve uma época, na década de 1960, em que a criminalidade assustava a população, principalmente nas grandes cidades, essa estória de antigamente a criminalidade era controlada é uma grande farsa.
                
Pois bem, em 1960, foi criado a Scuderie Le Cocq apelidada Esquadrão da Morte composta por policiais e o seu “objetivo” era eliminar a bandidagem, esta associação de matadores teve início para vingar a morte em serviço de Milton Le Cocq, famoso detetive de polícia do estado do Rio de Janeiro. O emblema da Scuderie Le Cocq era uma caveira em cima de ossos cruzados.
                   
Pois bem, logo que as atividades do Esquadrão da morte teve início e os criminosos começaram a serem mortos, à medida em aumentava o número de criminosos mortos, aumentava o apoio popular, afinal o Esquadrão da Morte matava apenas criminosos que eram nocivos à sociedade e aos "homens de bem” (sempre eles).
              
A associação era liderada pelos chamados "Doze Homens de Ouro" (um para cada casa do zodíaco), eram doze famosos policiais escolhidos pelo Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Luis França, para "limpar" a cidade.
         
Integravam o grupo os policiais Anibal Beckman dos Santos (Cartola), Euclides Nascimento Marinho, Hélio Guahyba Nunes, Humberto de Matos, Jaime de Lima, Lincoln Monteiro, Mariel Mariscot, Nelson Duart, Neils Kaufman (Diabo Loiro), José Guilherme Godinho (Sivuca), Vigmar Ribeiro e Elinto Pires. Segundo o delegado Sivuca, "o grupo foi criado para dar satisfação à sociedade".
           
Os doze homens de ouro eram agentes que mataram proeminentes bandidos da época, a começar pelo "Cara de Cavalo", depois "Mineirinho" e muitos outros bandidos famosos da década de 60, que foram mortos em suas próprias comunidades. Zé Pretinho, por exemplo, foi morto na porta de seu barraco, no Morro dos Macacos, em Vila Isabel. Bidá morreu no Morro do Querosene, no Catumbi, e Passo Errado, no Morro do Tuiuti, em São Cristóvão.
            
Membros do Esquadrão da Morte ao executar criminosos ligavam para a imprensa e assumiam a morte do criminoso e assim ganharam o apoio da imprensa e da sociedade. Isso lembra alguma coisa?
              
Quando o Esquadrão da Morte (Assim como a Lava Jato) ganhou o apoio irrestrito da sociedade, seus membros passaram a obedecer somente às suas próprias Leis e regras, eles mesmos se corromperam, se tornaram criminosos e começaram a cometer crimes para ganhar dinheiro e atender aos seus interesses pessoais, isso lembra alguma coisa?
         
O Esquadrão da Morte então passou a dar cobertura para atividades ilegais e a eliminar rivais em sua atividade criminosa, a eliminar desafetos pessoais de membros do esquadrão e a praticar assassinatos por encomenda (pistolagem).
                  
Assim, mais uma organização criminosa de justiceiros se tornou pior que o mal que diziam combater.
                   
Não se pode combater o crime cometendo crimes, não se combate o mal fazendo o mal, mesmo a pretexto de fazer o bem.
                    
O crime não se combate cometendo crimes. O mal se trata com JUSTIÇA. Porque no momento em que você comete um crime para combater um criminoso, você se torna igual a ele.
                      
Esta é a grande armadilha e a maior astúcia do mal, ele te faz acreditar que os fins justificam os meios, lhe insufla o ódio, o desejo de vingança, o orgulho, e sem perceber você se torna o monstro criminoso que acreditava combater.
               
        
Leia mais sobre a Scuderie Le Cocq
        

segunda-feira 15 2019

IPASET - Nos Bastidores da Política IV

     
Atualmente estou afastado do IPASET por motivo de doença, mas quando minha licença terminar eu volto para o meu cargo efetivo na Prefeitura, já que não tenho nenhuma intenção de permanecer no IPASET. 
                 
Como o IPASET é financiado com dinheiro do funcionalismo e com o dinheiro do povo de Tucuruí, eu estou prestando contas do período em que exerci o cargo de Diretor Administrativo e Financeiro do IPASET. 
             
Continuação da matéria: IPASET - Nos Bastidores da Política III.
                
Logo no início da atual Administração do IPASET, houve um seminário na cidade de Guarulhos em São Paulo, com a participação de Auditores do TCM, representantes de RPPS de vários Municípios de vários Estados e representantes do Próprio INSS, este Seminário foi muito útil para a Diretoria, já que estávamos começando a Administração de um RPPS (Regime Próprio de Previdência Social). 
                
O Superintendente resolveu que o IPASET seria representado por ele mesmo, pelo Diretor Administrativo Financeiro, pelo Diretor de Benefícios, pelo Procurador Jurídico e pela Assistente de Contabilidade. 
                
A viagem durou cinco dias, o IPASET custeou as diárias, o aluguel do carro para ir e voltar a Belém mais combustível, o valor do seminário e as passagens de avião ida e volta Guarulhos/Belém. As demais despesas com hotel, alimentação e locomoção em Guarulhos foram custeadas com as diárias dos Diretores, a locomoção em Belém foi feita com o carro alugado. 
             
No fim do Seminário todos recebemos um Certificado. Não vou comentar sobre o Seminário porque a matéria ficaria muito extensa. 
                 
Quanto ao pedido de exoneração do Professor representante do SINTEP, basicamente foram três motivos principais para a tomada de decisão. 
                         
Primeiro: O salário de Diretor de Benefícios era menor que o salário que o Professor recebia na Prefeitura, como não havia um MEIO LEGAL para que o IPASET completasse a sua remuneração, ao permanecer no IPASET o Professor teria prejuízo financeiro. O Superintendente queria encontrar uma forma de fazer a complementação pelo IPASET, mas o Professor não concordou e eu também não. 
                
Segundo: O Professor discordava de algumas decisões e pareceres, que dificultava sem necessidade a concessão de alguns direitos e benefícios dos segurados do IPASET, no que eu concordava e concordo plenamente, já que o objetivo do IPASET não é economizar para beneficiar a Prefeitura, que ficava (e acredito que ainda fica), com parte dos repasses do IPASET (Vamos falar sobre isso nas próximas matérias). 
                      
Inclusive eu mesmo discuti muito com o Superintendente e com Assessoria Jurídica, sobre as dificuldades para o recebimento dos direitos dos Segurados no IPASET, para “economizar” dinheiro do IPASET, sendo que no fim, eu mesmo fui mais uma vítima desta postura de dificultar para o segurado do IPASET, mas facilitar para o Prefeito e sua Administração (Vamos falar muito sobre isso em futuras publicações).
                  
Terceiro: O Professor não concordava com as indicações políticas no IPASET, e a gota d'água foi a indicação da filha de um ex-diretor do IPASET, diretor este que inclusive foi preso por supostas irregularidades na direção do órgão. 
                 
Houve outros motivos, mas acredito que estes três motivos foram os mais decisivos. 
                 
Cumpre aqui, até por uma questão de reconhecimento e interesse público, dizer que o Professor exerceu o Cargo de Diretor de Benefícios do IPASET, com seriedade e dignidade. Foi uma perda irreparável para a Diretoria do IPASET a saída do Professor. 
                 
Como esta postagem já está muito extensa, vamos continuar esta Prestação de Contas em outras publicações. 
               
André Luiz. (André Resistência). 
                  

sexta-feira 12 2019

Brasil o país do atraso, de volta para a Idade das Trevas

 
Árvore má não dá bons frutos, nada de bom pode vir do ódio! (André Resistência).
       
"Bolsonaro quer um país pobre, triste, assustado, violento e preconceituoso"
     
Texto do Portal: JustificandoYahoo Notícias
        
Bolsonaro não tem propostas, tem desejos. Deseja o caos para falar do caos. E é por isso que ele não faz nada. Pois se algo melhorar ele perde o palco.
      
Por Martel Alexandre del Colle, policial militar
         
Domenico de Masi lançou, em 2013, a obra intitulada O Futuro Chegou. Basicamente, o livro procura examinar vários exemplos de formas de organização das sociedades modernas. 
         
O autor apresenta o modelo econômico e social de alguns países que se destacavam no cenário global da época. China e Estados Unidos da América, por exemplo. Em outros capítulos, ele retrata o modo de produção capitalista, alguns exemplos de capitalismo mais social, comunismo e mais. 
         
A ideia de Domenico é apresentar pontos fortes e fracos de cada modelo e, no capítulo final, mostrar qual seria o melhor modelo para as sociedades do futuro.

Domenico de Masi é um sociólogo italiano. E é importante saber da nacionalidade do autor para entender o peso do capítulo final do livro. Após apresentar os modelos mais relevantes e conhecidos de nossa época e épocas passadas, Domenico apresenta o que para ele era o modelo mais avançado de sociedade e que deveria ser um sul (não gosto dessa visão de norte sempre sendo o referencial positivo) para todos os países do mundo. Domenico apresenta o Brasil. O Brasil de 2013.
         
Na visão do autor, o Brasil era um país capaz de reduzir a pobreza, sair do mapa da fome e ainda gerar riqueza. Era um país com uma cultura de tolerância do diferente, do aproveitamento do ócio e da procura da felicidade. Era assim que esse gigante da sociologia apresentava o nosso país para o mundo. O Brasil era o modelo que o mundo deveria seguir para ser feliz.
          
Quem diria, Domenico, que em 2019 teríamos um presidente perguntando sobre golden shower no twitter. Quem poderia imaginar um país dando aval para execuções em comunidades. Quem sonharia com uma nota lançada à imprensa pelo exército brasileiro acusando um pai de família de atirar contra as forças armadas, sem nenhuma investigação prévia do fato. O que deu errado?
         
Talvez Domenico não saiba, ou talvez tenha escolhido o título do seu livro de propósito, mas o Brasil já brincava de dizer que era o país do futuro. E a frase terminava dizendo que o futuro nunca chegava. Novamente o futuro foi para longe e ficamos com um passado que deixa o medievo com inveja.
         
Parece que o Brasil tem medo do futuro. E não só parece; ele tem. Por quê? Porque o fantasma da igualdade rondava o país.
        
Em 2018, o Brasil figurava na posição de número 99 do coeficiente Gini, o que indica que o Brasil é um dos países mais desiguais do mundo, já que nada mudou desde que colocaram você sabe quem no poder. No ranking da desigualdade, perdemos apenas para o Paraguai, para a Namíbia e alguns outros.
         
Lula acreditou que o bolo poderia crescer por tempo indeterminado, ou seja, seria possível acabar com a pobreza sem mexer no lucro. E as margens de lucro das empresas instaladas no Brasil eram superiores as instaladas na Europa ou Estados Unidos até 2016.
          
Domenico, provavelmente, via que o bolo não cresceria para sempre, mas que, com um bolo grande e um país democrático, o Brasil teria a chance de ser mais igual (Domenico procura enxergar sinais de progresso nas ondas de pequenas violências, como no caso de crianças contratas em países pobres para trabalhos manuais).
        
E essa ideia não veio desacompanhada de outras análises. Thomas Piketty afirma, no livro O Capital no século XXI, que a tendência natural de um planeta globalizado e capitalista é um desenvolvimento mais acelerado de países mais pobres e desiguais, enquanto países mais ricos assistiriam a um esfriamento de suas economias. 
            
Essa previsão indica que os países subdesenvolvidos se tornariam desenvolvidos e as economias mundiais entrariam em uma espécie de equilíbrio. Algo muito semelhante as idealizações de Adam Smith e algumas projeções de David Ricardo. O mundo fantástico de Bob. Quer dizer: o mundo fantástico do livre mercado.
        
De fato, o início da derivada da ascensão econômica pelo tempo que Piketty previu aconteceu. Mas os países subdesenvolvidos não se tornaram desenvolvidos. Aconteceu o óbvio. Países desenvolvidos meteram a mão invisível no mercado para criar barreiras e dificuldades contra esse equilíbrio, pois ele significaria menos lucro, e talvez menos pessoas morrendo de fome. Mas o foco é o lucro.
           
Tivemos, com Trump, o aumento taxas de importação nos EUA, e outros países instituindo barreiras para produtos de nações subdesenvolvidas a fim de impedir um mundo mais igual. Existem muitos fatores para esse fenômeno, mas tudo começa com átomos, quarks, strings – as partículas essenciais.
         
Pois, antes de gregos ou troianos, somos indivíduos. E existe uma negação, um nihil que alguns tentam preencher com superioridade diante de outros, com sensação de poder, de razão de existência na visão de si como superior.
          
“Make America Great Again” é um jeito fofo de dizer: Ninguém pode descobrir que somos iguais, humanos! É preciso manter o folclore de que “lá nos estados unidos” tudo é perfeito. Lá o policial fala “PARADO” e se o cidadão não parar o policial pode dar 25 tiros nele. E no outro dia a população fará uma passeata em homenagem ao policial. Deixa esse povo descobrir que lá morrem cerca de 160 policiais/ano, enquanto existem países semelhantes em que a taxa não passa das dezenas.
           
“Make o pobre pobre again”. O risco do mundo mais igualitário é justamente a sua igualdade. Imagine se a eleição não tivesse o empurrãozinho do dono da Havan, da mamadeira erótica e da Record entrevistando um indivíduo, que propõe a morte ou a expulsão de todos que não pensam igual a ele, durante o processo eleitoral. Numa competição igual Bolsonaro não teria a mínima chance, pois ele não tem capacidade para ocupar nenhum cargo que exija inteligência. A parte boa é que ele mesmo admite isso. Acho fofo.
          
Na igualdade, o mero fato de nascer com privilégios não lhe daria a certeza de ascensão sobre o outros, não lhe daria o medíocre orgulho de ser mais que alguém. Orgulho que gente medíocre precisa para se sentir importante. Então é preciso manter a desigualdade e justificá-la, legitimá-la, colocá-la dentro de falácias.
          
São diversas as falácias, mas a mais comum é a que se resume no termo Foucaltiano “empreendedor de si”. Essa falácia incentiva o indivíduo a acreditar que ele é o único fator relevante para o seu próprio sucesso. O ambiente em que nasceu, o país em que nasceu, a tonalidade da pele, nada disso importa. Basta se esforçar. E é por isso que você nasceu na classe que nasceu. E é por isso que nasceu no Brasil, porque você não foi um zigoto dedicado o suficiente para nadar até a Suíça. Tudo culpa sua.
          
E nesse movimento, os ritos ganham importância como formas de sustentar a falácia. Você não é um brasileiro, você é um Hickmann. Você não é um humano, você é um americano. Você não é uma pessoa, você é um cristão conservador, mas que assiste pornografia em nome de… Deixa pra lá. Você é perfeito. E é perfeito porque merece, e aquele bandido merece a morte. Afinal ele nasceu assim, né?
        
Ele nasceu bandido e você nasceu santo. Hitler bem que tentou acabar com as pessoas que nasciam más.
          
E por falar em Hitler… Bolsonaro entra para um seleto panteão juntamente com Adolf, Mussolini e outras figuras históricas. Pois, apesar de muitos governantes usarem a ideia da divisão como um caminho para a vitória nas urnas – vide Trump com a visão de que é preciso extirpar os estrangeiros e os de matriz religiosa diversa da cristã do país – pouco líderes falaram de extirpar os seus.
         
Até mesmo Trump fala de união quando assumiu o governo, enquanto Bolsonaro fala de dividir, acabar, exterminar.
        
E talvez a minha fala lhe cause mágoas daqui para a frente, mas todos nós temos de admitir que Bolsonaro tem feito um ótimo serviço. Ele está cumprindo o que propôs como poucos fizeram. O problema é que ele não propôs melhorar nada.
          
Se você reparar bem, os discursos dele sempre diziam que “tem que acabar com isso aí” – a tosquíssima frase virou até chacota para se referir a uma fala sem conteúdo. Repare que ele não falou em melhorar o país, mas em mudar. E mudar pode ser para melhor ou para pior.
          
E tem gente surpresa com o fato dele se calar quando um cidadão brasileiro é executado pelo exército de seu país. Obviamente ele não falará nada, pois é exatamente isso que ele espera para o país. Bolsonaro não ficou triste nem surpreso, pois é exatamente esse o país que ele quer. Ou você acha que ele teria a mínima chance de vencer uma eleição ou se perpetuar no poder se o país progredisse?
          
Bolsonaro não tem propostas, ele tem desejos. O desejo dele é o caos para que ele fale do caos. E é por isso que ele não fez nada pelo Rio De Janeiro nesse longo tempo de legislativo que ele tem, porque se algo melhorasse ele perderia o palco. O caos é o palanque de Bolsonaro.
          
E nada disso é sem motivo. Domenico De Mais apontou um futuro o qual Bolsonaro não podia suportar. Um país no qual os preconceitos dele fossem malvistos. Onde a ignorância dele não lhe daria aval para colocar a família toda na política. Onde ele andaria diariamente vigiado por olhares de piedade.
          
Bolsonaro tinha duas opções: mudar a si ou mudar o país. E eu já disse em outros textos que mudar a si é coisa para gente corajosa.
          
Bolsonaro criou um país pobre, triste, assustado, violento e preconceituoso dentro de sua mente. E dessa ideia ele criou sua procissão política. Em nome de dias melhores para ele, onde ele não fosse visto como um ser fraco, mas como um mito. O mito da maldade em um sistema mal. Mito! Mito! Mito!
        
E o mundo permite a aproximação quando há afinidade. Ele bem que tentou ser amigo do Donald, mas não deu muito certo, já que Trump não quer um amigo, ele quer um servo, e isso o Bolsonaro sempre foi (o famoso militar que presta continência para a bandeira estrangeira. Eita desejo de ser americano). E foi assim que começou a relação do mitomaníaco com o Olavo de Carvalho. Pois ambos são muito parecidos. Ignorantes até os ossos, covardes, medrosos e orgulhosos.
          
Olavo era ruim demais para o Brasil que era feliz. Então ele foi embora daqui para não ver o nosso progresso. E lá de longe criou o Brasil dos sonhos dele. O Brasil das conspirações comunistas alienígenas que só poderiam ser derrotadas pelos cristãos assassinos em Cristo. E Olavo atirou pedras até que não houvesse mais nenhuma pelo chão. Jesus saiu de perto e apareceram os mestres do capitalismo para tentar ressuscitar aquele que tem o pensamento morto.
              
Olavo idealizou o Brasil da mais miséria, da mais desigualdade, da mais violência. E, juntamente com Bolsonaro, está construindo esse sonho. A educação está sendo sucateada, os policias podem matar e negociar preços sem maiores riscos, o tráfico de drogas segue lucrativo e as milícias agradecem. As evidências são queimadas em uma fogueira simbólica na Nova Berlim.
         
O Brasil se deteriora para você, cidadão brasileiro, mas se torna um paraíso para estes dementadores.
           
Não sou o único a tentar explicar esse fenômeno, e talvez sequer seja o mais claro. Portanto, segue uma lista de nomes de canais do Youtube que dissecam o quadro narrado acima: Normose; Henry Bugalho, Canal Púrpura, Coisas que você precisa saber, Meteoro Brasil, Frank Jaava, Tese Onze, Quadro em Branco, leitura Obrigahistoria, Justificando.
           
Martel Alexandre del Colle é policial há 10 anos. É aspirante a Oficial da Polícia militar do Paraná.
            

terça-feira 09 2019

LBV - Vá sem pressa, faça uma prece!

        
Vá sem pressa, faça uma prece!
           
Paiva Netto
         
Sempre tenho chamado a atenção das pessoas para que tomem cuidado com o trânsito nas estradas e nas metrópoles.
          
Há muitos anos, num editorial do conceituado jornal brasileiro Folha de S.Paulo, encontrei este pensamento de Goethe (1749-1832), famoso vate e escritor alemão: “A morte é, de certa forma, uma impossibilidade que, de repente, se torna realidade”. 
            
Realmente, a maioria dos seres humanos não pensa que um dia terá de “passar desta para melhor ou para pior”, de acordo com o seu comportamento na Terra.
         
O grande equívoco da humanidade é viver como se depois da morte nada houvesse. Certamente, conforme nos revelam os Mentores Espirituais, um dos maiores dramas na Pátria da Verdade é a chegada de multidões livres das algemas da carne, mas completamente ignorantes do que seja o Mundo Invisível.
          
Mas voltemos ao editorial da Folha de S. Paulo sobre violência no trânsito, cujo conteúdo, infelizmente, ainda é atualíssimo: “(...) a frase do grande poeta alemão reflete com admirável precisão a maneira como muitos encaram a morte. 
             
E não resta dúvida de que essa visão é especialmente comum entre os jovens, cuja inexperiência aliada a um arrebatamento natural como que lhes confere um sentimento de onipotência e imortalidade. E esse sentimento, por ser extremamente enganoso, tem muitas vezes consequências terríveis. 
             
As mais notáveis e perversas se fazem ver no alto índice de envolvimento de jovens em acidentes de trânsito no mundo inteiro. Desastres do tráfego já são a principal causa de morte nessa faixa etária, fazendo mais vítimas do que a aids ou outras doenças incuráveis”.
         
Não adianta apenas dispor leis para os seres humanos. É preciso prepará-los para a Lei. O código de trânsito já existe. Todos sabem que têm de utilizar o cinto de segurança, diminuir a velocidade e respeitar sinais e faixas. No entanto, por que muitos não cumprem essas normas? Talvez porque não valorizem a própria existência.
            
A campanha Vá sem pressa, faça uma prece!, promovida pela Legião da Boa Vontade (LBV), visa à conscientização de motoristas e pedestres, para que venham a acatar as leis de trânsito por Amor à sua vida e à dos semelhantes.
            
Fica aqui, portanto, a nossa contribuição para o fim da violência no trânsito, de forma que a velocidade irresponsável ainda existente nas ruas se sublime em atos cada vez mais velozes de respeito a todos e de socorro às pessoas em situação de pobreza. Eis o nosso lema: Promover Desenvolvimento Social, Solidário e Sustentável, Educação e Cultura, Arte e Esporte, com Espiritualidade Ecumênica, para que haja Consciência Socioambiental, Alimentação, Segurança, Saúde e Trabalho para todos, no despertar do Cidadão Planetário.
          
Vá sem pressa, faça uma prece!
          
LBV — trânsito livre para a Vida
Educação e trânsito
         
Lamentavelmente, poucos refletem no fato de que, no Brasil, o trânsito tem feito um número maior de vítimas do que muitas guerras. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em média 130 pessoas morrem por dia nesses acidentes no Brasil. Boa parte desses casos não ocorreria se motoristas e pedestres fossem mais prudentes e observassem dicas simples ao conduzir um veículo ou ao atravessar uma rua. 
       
Atitudes iguais a essas evitariam o sofrimento de milhares de famílias e o prejuízo que, todos os anos, é superior a R$ 56 bilhões, segundo estimativas do Denatran, em consequência dos acidentes de trânsito nas rodovias e vias urbanas. 
        
Por isso, é fundamental:
        
— não dirigir cansado, sob a influência de emoções ou sob efeito de bebidas alcoólicas e/ou de qualquer substância entorpecente;
         
— não trafegar acima dos limites de velocidade;
          
— usar obrigatoriamente o cinto de segurança;
        
— conhecer bem o veículo que se dirige e mantê-lo em boas condições de funcionamento;
         
— desenvolver uma direção defensiva, prevenindo, dessa maneira, acidentes; e
           
— levar as crianças até 10 anos de idade no banco traseiro do carro.
          
A conscientização é o primeiro passo para o fim da “guerra” nas estradas e ruas brasileiras. Para isso, é muito importante, acima de tudo, que a Boa Vontade esteja presente entre motoristas e pedestres.
            
Vivamos, todos nós, em paz no trânsito!
           
A Prece do Motorista*
        
Extraída da revista BOA VONTADE no 26, de agosto de 1958, a oração ficou famosa na interpretação de Alziro Zarur (1914-1979), saudoso fundador da LBV e Proclamador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, em seus programas radiofônicos.
          
“Jesus,
“quero que sejas
“a Luz dos meus olhos,
“para que eu veja sempre o caminho certo!
“O Guia dos meus braços,
“para que eu me dirija sempre para o Bem!
“A Força da minha vida,
“para que eu resista na luta diária pelo pão!
“O meu Amigo constante,
“para que eu sirva a todos com Boa Vontade!
“O Amor do meu coração,
“para que eu ame a todos como a mim mesmo!
“Que a Paz de Deus ilumine os nossos caminhos.
“E viva Jesus!”
          
José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
        

segunda-feira 08 2019

IPASET – Nos Bastidores da Política III

             
Atualmente estou afastado do IPASET por motivo de doença, mas quando minha licença terminar eu volto para o meu cargo efetivo na Prefeitura, já que não tenho nenhuma intenção de permanecer no IPASET. 
                
Como o IPASET é dos Servidores Municipais é financiado com dinheiro do funcionalismo e com  o dinheiro do povo de Tucuruí, eu estou prestando contas do período em que fui Diretor Administrativo e Financeiro do IPASET.
         
Os Órgãos Públicos são custeados com o dinheiro da população, portanto, nas Instituições Públicas, TODO ATO administrativo, assim como todos os fatos que influenciam direta ou indiretamente a administração, são de interesse público. 
                  
Logo no início da Administração do IPASET, houve algumas situações com a Controladoria do IPASET. A Controladora e o Superintendente não se entendiam, em minha opinião houve uma disputa de mando e vaidades, e como era de se esperar, até devido à hierarquia o Superintendente venceu a queda de braço.
                
Teve também uma situação desgastante envolvendo a Controladora do IPASET e o Diretor Administrativo Financeiro. Motivo: A Lei Original do IPASET dizia que os Diretores do órgão, teriam que ter formação de Nível Superior, já o Diretor Administrativo Financeiro tem o Nível Médio completo, desta forma a Controladora acreditava que o Diretor Administrativo Financeiro não poderia assumir o cargo, só que havia uma Lei posterior, sendo que a exigência de Nível Superior para a Diretoria foi retirada do texto na Nova Lei. 
               
Diante da polêmica, solicitei parecer jurídico do Procurador do IPASET e do advogado do SINSMUT, sendo que os dois pareceres foram de que, com a nova legislação, a exigência de Nível Superior para os Cargos de Direção foi suprimida. 
           
Com tudo isso, devido à incompatibilidade com o Superintendente, a Controladora do IPASET foi exonerada, no entanto assumiu em pouco tempo, outro cargo ainda melhor remunerado na Administração da Prefeitura Municipal. 
                  
A saída da Controladora foi muito desgastante para o IPASET, com direito a postagens com críticas no Facebook e Boletins de Ocorrência Policial de ambas as partes, da Ex-Controladora Geral e do Superintendente. Isso causou constrangimentos para a Direção do IPASET, mas tudo com o tempo foi superado, já que os dois faziam e fazem parte e defendem a gestão do Prefeito Artur Brito, e caso o atrito continuasse (pelo menos publicamente), causaria degaste desnecessário para o Prefeito. 
             
Em minha opinião, foi uma pena a Controladora não ter permanecido no IPASET, seus conhecimentos teriam contribuído muito para com a Administração do IPASET, e acredito que alguns erros administrativos poderiam até ter sido evitado, no entanto, a incompatibilidade da Controladoria com o Superintendente, tornou impossível à convivência entre os dois no mesmo Ambiente de Trabalho. 
              
Bom, esta matéria já está de bom tamanho. Na próxima vamos falar sobre o Seminário de Regimes Previdência Própria (RPPS), que membros da Direção do IPASET compareceram na cidade de Guarulhos no Estado de São Paulo, logo no início da atual gestão. Falaremos também, sobre os motivos que levaram o professor, que representava o SINTEP no IPASET, ter solicitado a sua exoneração do Cargo de Diretor de Benefícios, pouco tempo depois da sua nomeação. 
                 
Dentro deste mesmo assunto, vamos começar a falar também, sobre a MALDIÇÃO da interferência político/pessoal nos órgãos públicos, que provoca prejuízos acabando com qualquer gestão pública. 
                
O assunto é muito interessante e informativo, daria até um livro, mas tentarei fazer a prestação de contas neste Blog o melhor possível. 
               
Leiam a matéria anterior: IPASET - Nos Bastidores da Política II.
        
Um abraço e até a Próxima.