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terça-feira 16 2021

Cuidado - Estórias de superação, uma faca de dois gumes

Cuidado - Estórias de superação, uma faca de dois gumes.

É preciso tomar cuidado com histórias e exemplos de superação. Estes exemplos são usados sem levar em conta as limitações pessoais de cada um. O problema que pode ser superado por um, pode não ser superado por outros.

O resultado são comparações que fazem muitas pessoas sofrerem se julgando incapazes ou inferiores às outras, por serem incapazes de superar ou sair de dificuldades em que outros venceram. Este é o problema de acreditar que todos podem obter o mesmo sucesso em lidar com situações semelhantes na vida.

É claro que existem pessoas que superam situações terríveis, mas para cada um que consegue superar, outros milhares ou milhões falham na mesma situação, portanto quem consegue é uma exceção.

Enquanto alguns superam um câncer, a miséria ou a perda de um ente querido, milhares ou milhões de outros sucumbem.

Você acha justo aumentar o sofrimento dos outros lhes jogando a culpa pelas suas limitações e infortúnios, ao os comparar com os que venceram? Nós não conhecemos as fraquezas, os traumas, as limitações psicológicas, mentais e físicas, e a história de vida dos outros, para fazer comparações os culpar pelas suas próprias deficiências, fraquezas e desgraças.

Se alguém consegue superar uma situação difícil, não significa que todos conseguem, simplesmente porque todos nós somos semelhantes, mas não somos iguais.

Estória de superação é uma faca de dois gumes, tanto pode animar e incentivar as pessoas as ajudando a superar obstáculos, como também pode envergonhar, humilhar e destruir a autoestima de alguém, porque que fracassou onde outros venceram.

Ao fazer comparações, você pode até ter boas intenções e pensar que está ajudando, e algumas vezes pode até ajudar mesmo, mas em muitos casos pode estar simplesmente agravando o sofrimento do outro e sendo cruel. 

Pense muito antes de julgar e se meter na vida dos outros. Se você quer ajudar, ajude sem cobranças e sem julgamentos e principalmente sem autopromoção. E ao ajudar o próximo não pense que por isso Deus ou o universo lhe devem alguma coisa, pois ajudar nesta vida é apenas obrigação e questão de sobrevivência.

A vida é complexa, tanto a sociedade como as pessoas tem de aceitar as diferenças e evitar comparações, que não raramente provocam dores, sofrimentos, e até mesmo suicídios.

Autor: André Resistência

terça-feira 09 2021

A responsabilidade civil e criminal dos Conselheiros do IPASET de acordo com a Lei 9.717/98


IPASET Tucuruí tem um rombo de quase 219 milhões, qual a responsabilidade dos Conselhos?

Até agora já foi apurado um rombo de quase 219 milhões, mas finanças do IPASET, rombo este acumulado desde a criação da Previdência Municipal em Tucuruí.

Vários ex-dirigentes do IPASET já foram presos e respondem a processos por irregularidades desde a criação do Instituto.

No entanto de acordo com a Lei, os Membros dos Conselhos Administrativo e Fiscal das Previdências Próprias também respondem pelos atos dos gestores das Previdências próprias, mas até agora estranhamente somente temos notícias de dirigentes administrativos do IPASET sendo responsabilizados e processados.

Só nos últimos três anos o rombo nas contas do IPASET aumentou 134 milhões, segundo levantamento preliminar da auditoria que está sendo feita no Instituto.

Cara de pau

Mesmo assim causa-me espanto a cara de pau de um Conselheiro do IPASET ao vir à público em rádio local criticar a intervenção e auditoria no Instituto, como se ele como conselheiro não tivesse nenhuma responsabilidade no rombo milionário no IPASET. O Conselho é responsável sim, pois é isso o que diz a Lei.

Ao apurar as responsabilidades pelo rombo acionário no IPASET, a Administração Municipal tem o dever de apurar também a responsabilidade dos conselheiros por omissão e ou conivência, e se for o caso apurada a falta, tem o dever de responsabilizá-los civil e criminalmente perante a justiça, além de tomar as medidas administrativas disciplinares cabíveis através de Processo Administrativo.

Responsabilidade civil e criminal do Conselho nas irregularidades administrativas das Previdências Municipais.

Vejamos o que diz a Lei:

A Lei Federal  e os Regimes Próprios

As regras previdenciárias, tendo como objeto os Conselhos do Regime Próprio, é a inclusão dos membros destes na responsabilidade civil e criminal, na qualidade de participantes da condução dos trabalhos juntamente com os dirigentes do órgão ou entidade, assim expressada no art. 8º e parágrafo único da Lei nº 9.717/98.

Art. 8º - os dirigentes do órgão ou entidade gestora do regime próprio de previdência social dos entes estatais, bem como os membros dos conselhos administrativos e fiscal dos fundos de que trata o art. 6ª, respondem diretamente por infração ou disposto nesta Lei, sujeitando-se, no que couber, ao regime repressivo da Lei nº 6.435, de 15 de julho de 1977, e alterações subsequentes, conforme diretrizes gerais.

Vale destacar também que o parágrafo único da mesma lei diz que: 

As infrações serão apuradas mediante processo administrativo que tenha por base o auto, a representação ou a denúncia positiva dos fatos irregulares, em que se assegure ao acusado o contraditório e a ampla defesa, em conformidade com diretrizes gerais. 

Como se pode concluir, busca-se assegurar o fim da impunidade diante da má gerência ou gestão da coisa pública. Trazer para o Regime Próprio de Previdência Social é oferecer aos segurados (servidores) e ao patrocinador (Município) segurança de que os recursos e os benefícios estarão sendo geridos em estrita consonância com a Lei, a lisura, a probidade e o bom senso. 

Editado por: André Resistência

sexta-feira 05 2021

Câncer de mama


Câncer de Mama

Paiva Netto

O Dia Mundial Contra o Câncer e o Dia Nacional da Mamografia (respectivamente em 4 e 5 de fevereiro) chamam-nos a atenção sobre um mal que acomete cada vez mais pessoas.

Segundo informa o Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 66 mil novos casos de câncer de mama deverão ser diagnosticados no país para cada ano do triênio 2020-2022. E ainda ressalta que esse “valor corresponde a um risco estimado de 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama feminino ocupa a primeira posição mais frequente em todas as regiões brasileiras, com um risco estimado de 81,06 por 100 mil na Região Sudeste; de 71,16 por 100 mil na Região Sul; de 45,24 por 100 mil na Região Centro-Oeste; de 44,29 por 100 mil na Região Nordeste; e de 21,34 por 100 mil na Região Norte”.

Conforme ressalta o Inca, o “câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim a possibilidade de tratamentos menos agressivos e com taxas de sucesso satisfatórias”. E mais: “o Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sintomas suspeitos) seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos”.

Quando detectado nos estágios iniciais, as chances de cura são de aproximadamente 95%. Contudo, aponta Ricardo Caponero, presidente do Conselho Científico da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), “ainda falta conscientização das mulheres para a importância da realização periódica da mamografia. (...) Apenas 30% das mulheres fazem o exame”. Desde 2009, o procedimento tem cobertura gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), direito assegurado pela Lei no 11.664/2008. Em prol de sua saúde, as mulheres não podem abrir mão desse benefício.

Prevenção

Para melhor conhecimento de todos sobre o assunto, vale consultar o site do Inca (www.inca.gov.br). Vejam, por exemplo, algumas dicas de prevenção: “Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como praticar atividade física; alimentar-se de forma saudável; manter o peso corporal adequado; evitar o consumo de bebidas alcoólicas; amamentar; e evitar uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal”.

Não prescindamos igualmente de recorrer ao Amparo Celeste, que tem em Jesus, o Divino Médico, o inesgotável manancial da saúde almejada por todos. Saúde espiritual e corpórea.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 


quinta-feira 04 2021

A maldição da vida eterna

 Vida eterna

Muita gente e até mesmo a ciência buscam a vida eterna.

Será uma maldição se conseguirem.

Imaginem Hitler, Bolsonaro e Marcola com vida eterna?

Se ninguém morrer em poucas décadas o mundo estaria superlotado e faltaria alimentos e água potável, a não ser que a procriação fosse proibida, assim ninguém mais poderia ter filhos (a não ser os muito ricos é claro).

Imagina o tédio da eternidade neste mundo, depois de algum tempo nada seria novidade.

Mesmo tendo vida eterna haveria acidentes e muitos teriam que viver mutilados, cegos e alguns seriam tetraplégicos eternos.

A família perderia o sentido sem os filhos, assim como as religiões não fariam sentido, já que ninguém mais ia ter medo de ir pro inferno.

E quando a terra for engolida pelo sol, iríamos viver dentro de um inferno de fogo por bilhões de anos até o sol se apagar, então passaríamos a eternidade no escuro e no frio eternos.

Uma das passagens da bíblia diz que uma das pragas do final dos tempos seria as pessoas querendo morrer mas não conseguindo (Naqueles dias os homens procurarão a morte, mas não a encontrarão; desejarão morrer, mas a morte fugirá deles... Apocalipse 9:6).

Portanto a humanidade deve tomar cuidado com o que deseja.🤔

André Resistência

quarta-feira 03 2021

MACACOS EM RENEGAÇÃO


 MACACOS EM RENEGAÇÃO

– Léo Rosa de Andrade \\ Psicanalista

Qualquer criança bem-educada sabe que aves evoluíram de dinossauros. Aliás, se alguém se der ao gosto de comparar os respectivos esqueletos perceberá que um é a miniatura do outro. Ademais, na Internet há farto material sobre o tema. Um adulto religioso, porém, não acredita nisso. Não acredita em dinossauro por dois motivos: porque não crê em evolução e porque aqueles bichos enormes não caberiam na arca de Noé.

A arca media 300 côvados de comprimento, 50 de largura e 30 de altura (Bíblia, Gênesis, 6:14-16). Um côvado corresponde à medida do cotovelo à ponta dos dedos de um homem. Religiosos estão de acordo que o côvado a ser usado na medida da arca é de 45 cm, o que a deixa com 135 metros de comprimento, 22,5 de largura e 13 de altura. Quem desejar aprofundar-se no assunto deve saber que um holandês construiu uma réplica.

O projeto, que almejava resgatar a fé, deu argumento para a descrença. Como colocar toda a bicharada (8,7 milhões de espécies) e mais os dinossauros dentro disso? Impossível. Para o crente, em não cabendo, não existem. E está resolvida “cientificamente” a questão. Mas com ou sem crença, evolução e dinossauros estão aí, gritando nas descobertas arqueológicas, expostos nos museus, descritos em livros de ciência.

Apesar disso, mesmo alguns ateus se equivocam sobre o que seja evolução. Veem-na como um processo ativo de aperfeiçoamento, quando é, muito mais, um processo ´passivo de sobrar vivo na adversidade do mundo. As espécies se modificam por mutação seleção natural. Nem uma nem outra coisa decorre de algo superior, mas de acaso. Os humanos, entretanto, se atribuem superioridade, não um simples estado. 

Ora, a qualidade humana, para a qual o humano não contribuiu, é, segundo o que mais ou menos sabemos e mesmo assim com muita discussão e sem nenhuma conclusão definitiva, o cruzamento bem-sucedido de três bichos compatíveis para o cruzamento: temos genes do Denisova, do Sapiens e do Neanderthal. O estado evolutivo da humanidade: somos um híbrido que deu certo, mas isso não nos faz menos primata.

E esse macaco tem sido lamentável. Ernest Cline, em Dancem, macacos, dancem (editado), mordazmente põe o mono divinizado no seu lugar: “Existem bilhões de galáxias no Universo avistável. Cada uma contém bilhões de estrelas. Numa dessas galáxias, orbitando uma estrela, encontra-se um pequeno planeta azul. Este planeta é habitado por um bando de macacos. Esses macacos não pensam em si mesmos como macacos.

Esses macacos nem sequer se pensam como animais. Adoram enumerar coisas que eles pensam que os separam dos animais. Mas eles são animais. Está bem, são macacos com polegares opostos, autoconsciência. Macacos com tecnologia, mas, ainda assim, macacos. São espertos, há que se lhes conceder isso: pirâmides, arranha-céus, jatos, a Grande Muralha da China. Para um bando de macacos, tudo isso é impressionante.

Quer dizer, eles são inteligentes. Temos de dizer isso. Macacos cujo cérebro evoluiu e se tornou incontrolável; agora é praticamente impossível ficarem felizes por muito tempo. Eles são os únicos animais que pensam que deveriam ser felizes; todos os outros animais simplesmente são felizes. Mas não é tão simples assim para esses macacos. Eles são amaldiçoados com consciência, então, têm medo, preocupam-se.

Preocupam-se com tudo, mas sobremaneira com o que os outros macacos pensam, porque cada macaco quer desesperadamente se enturmar com outros macacos. Isso é difícil, porque a maioria dos macacos odeia. Esse ódio é o que realmente os separa dos outros animais. Odeiam macacos que são diferentes, de lugares diferentes, de cores diferentes. Esses macacos se sentem sozinhos, todos os 8 bilhões deles.

Alguns macacos pagam um macaco para ouvir seus problemas. Buscam respostas. Eles sabem que vão morrer, então inventam deuses e os adoram. Discutem quem fez o deus melhor, e se irritam; então decidem que é uma boa hora de começar a matar uns aos outros. Fazem guerras, fazem bombas. Têm o planeta inteiro preparado para ser explodido. Eles já não sabem o que fazer, mas fazem troféus e os dão para si mesmos.

Existem alguns macacos bem confusos. Alguns acham que controlam tudo. Outros fazem planos. Outros se apaixonam, fazem sexo, fazem mais macacos. Macacos são barulhentos. Fazem música, dançam. Dancem, macacos dancem! Os macacos têm potencial. Se ao menos se dedicassem a bem usá-lo. Os macacos raspam o pelo do corpo em renegação da sua natureza. Os macacos traçaram linhas artificiais na Terra.

Macacos poluem e saqueiam o Planeta como se não houvesse amanhã. Esgotam sua precária civilização, mas fingem estar tudo bem. Acreditam que o Universo existe para seu benefício. Macacos são simultaneamente os animais mais belos e mais feios da natureza. Macacos não querem ser macacos, querem ser algo mais. Mas não são”. Em nome, pois, dos macacos, apelo aos macacos por sensatez. Sem macacos não há salvação.