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sexta-feira 24 2023

Quem fomos nós em outra vida?


Quem fomos nós em outra vida?

Não seria útil saber quem fomos em outra vida, muito pelo contrário, este conhecimento poderia nos paralisar, nos tornar orgulhosos ou nos humilhar. Poderia ainda nos trazer revolta, sofrimento e constrangimentos.

Se fomos ricos em outra vida e somos pobres nesta, isso poderia nos causar revolta e inconformismo. E se fomos criminosos e tivermos feito mal aos nossos familiares e amigos de hoje?

E se lembrarmos da inimizade e do ódio que cultivamos pelos nossos pais ou filhos em outras vidas, antigos adversários que hoje estão próximos a nós para a reconciliação? 

E se a nossa irmã, filha ou mãe foi nossa esposa ou amante em outra vida? E se fomos do sexo oposto? Isso certamente causaria problemas e constrangimentos nos relacionamentos em geral.

Mesmo após a "morte" e de volta ao mundo espiritual, poucos se lembram das vidas passadas imediatamente, as vezes esta lembrança leva anos para acontecer e normalmente acontece aos poucos, a lembrança completa e imediata, poderia causar perturbações que prejudicariam a readaptação ao mundo espiritual, o que poderia levar o espírito ao desequilíbrio e a permanecer mais tempo do que o necessário no umbral mais denso.

Mas não é difícil ter uma idéia de quem fomos em vidas passadas, tendo como parãmetro o que somos hoje. É só analizar as nossas tendências, qualidades e defeitos de hoje, levando em conta o progresso feito nesta vida e no período em que vivemos na erraticidade no mundo espiritual, com certeza fomos um pouco ou muito piores do que somos hoje, pois a evolução não retroage.

A lógica nos diz que fomos mais imperfeitos na vida passada do que somos hoje, mais um motivo para não lembrar.

Um exemplo: Desde pequeno tenho uma grande aversão a jogos de azar, isso indica este vício de alguma forma me prejudicou muito em outra vida, por isso adquirí tanta aversão a ele, se foi assim, essa aversão é definitiva, não tenho mais como ser tentado pelo jogo, o que é um progresso. Dessa tentação pelo menos já estou livre.

No entanto, luto hoje, por exemplo, contra o egoísmo, sinal de que fui muito mais egoísta em outras vidas e que preciso eliminar mais este defeito para seguir em frente.

Assim, pelos nossos defeitos e qualidades atuais, podemos avaliar razoavelmente quem fomos em vidas passadas.

Vejam que existem pessoas sem estudo mas com boa educação, excelete caráter e porte digno, e tem pessoas com excelente formação acadêmica mas são ignorantes, viciados e despresíveis. E vice-versa.

Com certeza, nossa postura, caráter, inclinações e atitudes refletem a evolução do nosso espírito, que independe de conhecimento acadêmico, religião, ideologia, raça, orientação sexual ou classe social.

Conhecimento acadêmico, posição social  sexo ou religião não significam nada no mundo espiritual, em que é impossível esconder seu interior, no mundo espiritual o que importa é o que nós somos, a nossa essência, e não o que nós temos, nossa religião, costumes, preconceitos e as nossas conquistas materiais.

Conquistar títulos e riquezas no mundo material é relativamente fácil, caso saibamos aproveitar as oportunidades, no entando, conquistar o equlíbrio, o conhecimento espiritual, e o controle emocional e mental de nós mesmos, que são conquistas permanentes e eternas, isso sim é tão difícil que necessitamos de inúmeras vidas e milênios para conquistar.

No entanto, cada vida é um passo para a perfeição, então devemos aproveitar todos os nossos acertos e erros assimilando conhecimento e experiência agora, nesta vida, para deixarmos este mundo melhor do que o encontramos, e assim trabalhar para que o nosso espírito esteja mais evoluído ao retornar ao mundo espiritual, do que ao nascer neste plano.

Mas não exija demais de si mesmo, tenha compaixão, carinho e tolerância para consigo mesmo, pois tudo tem o seu tempo no universo, nosso destino é a perfeição pois este é o presente de Deus. O segredo da vida é não parar nunca e sempre seguir em frente, mas enquanto isso aproveitemos a viagem, os amores, as amizades, e a paisagem maravilhosa do caminho, não se detenha olhando e temendo os espinhos, as pedras e os abismos que vez ou outra surgem na estrada da vida, 

Como aos Anjos, Deus também deu asas para a nossa alma, temos apenas que ter coragem e aprender a voar superando os obstáculos.

Todo o Universo conspira a favor de quem ama e valoriza a vida e o bem de todos.

Então, vamos todos abrir as nossas asas espirituais, e fazer uma imensa revoada louvando o infinito amor de Deus, cantando e seguindo sempre em frente e sem olhar para trás, nesta longa e maravilhosa Estrada Sem Fim.

André Luiz M e Silva.
Blog Folha de Tucuruí Percepção.

quarta-feira 22 2023

Vícios e virtudes, e a escolha certa...


Vícios e virtudes, e a escolha certa...

Em nossa vida somos forçados a tomar decisões a todo momento, muitos acreditam que estão sempre diante da opção de tomar uma decisão certa ou uma decisão errada.

Mas não é assim que funciona, temos que levar em conta as experiências de vida, o controle emocional, o conhecimento e as capacidades que dispomos. Tem ainda a questão de desconhecermos o futuro, sendo assim, o que nos parece certo e bom hoje, pode não ser amanhã, e a escolha certa pode se mostrar no futuro ser a escolha errada.

Por isso muitas pessoas hesitam em tomar decisões por medo de fazer a escolha errada, o que elas não percebem é que não tomar decisões, já é uma decisão.

Como então reconhecer qual é a decisão mais correta?

Podemos partir do princípio de que sempre que for possível, devemos tomar a decisão que não cause sofrimento aos outros, se não houver alternativa, que a nossa decisão cause o menor sofrimento possível ao próximo, pois todo sofrimento causado ao próximo se refrete em nós mesmos.

Temos que nos concientizar que na verdade não existem decisões certas ou erradas, existem apenas decisões que nos trazem consequências alegres ou decisões que nos trazem sofrimentos, no entanto, devemos nos lembrar que as decisões que nos fazem sofrer, ao mesmo tempo, nos dão mais conhecimento e experiência sobre a vida e sobre nós mesmos, desta forma, Deus nos dá mais um exemplo da sua sabedoria e bondade, tornando uma decisão e uma consequência ruim, em uma experiencia positiva para a evolução humana. 

Se Deus nos livrar das consequencias ruins das nossas decisões equivocadas, estará inutilizando a experiência do ser e atrazando o seu desenvolvimento, pois a dor não é má, e sim uma excelente mestra.

Eu mesmo tomei decisões que me levaram a décadas de alcoolismo e tabagismo, como muitos, eu acreditava que beber e fumar para me divertir era "aproveitar" a vida. Ledo engano, já livre dos vícios, percebo que hoje aproveito e valorizo muito mais a vida que antes.

Mas e as décadas perdidas no vício? Dirão algumas pessoas, não foi uma decisão errada? 

Acredito que não, hoje sei que os vicios, no meu caso, eram consequencia de um transtorno de ansiedade (não estou justificando nada), mas depois de um tratamento adequado com profissionais me livrei dos vícios.

Outra coisa, hoje tenho aversão aos vícios e esse sentimento agora faz parte de mim como espírito, desta forma, este problema não mais me afetará na próxima vida e no restante desta, portanto, esta foi uma conquista da alma e sendo assim é definitiva. 

Livre dos vícios, agora e no futuro posso me dedicar a corrigir outros defeitos rumo à perfeição, portanto, na verdade toda decisão que tomamos em nossas vidas, qualquer que seja, contribui para a nossa evolução. 

Evoluir não é opção e sim uma Lei Divina, só existem duas alternativas, evoluir por vontade própria e por amor, ou evoluir tangidos pela dor, neste caso, estas duas escolhas são o limite do nosso livre arbítrio, poder escolher entre evoluir de forma agradável em menos tempo ou em sofrimento prolongado. Não é apenas um pensamento religioso, estes são fatos da realidade da vida.

Portanto, perder tempo lamentando por decisões equivocadas do passado é perda de tempo e sofrimento inútil.

Só o fato de reconhecer que errou, já é uma bênção, muitos levam muitas vidas e sofrem muito até aprender, portanto, agradeça a Deus a lição e o conhecimento adquirido, siga em frente e não perca mais tempo com autopiedade, pois o caminho para a perfeição é longo.

Também não sofra demasiadamente pelas decisões equivocadas dos outros, mesmo daqueles que amamos, eles tem o direito de aprender com os seus próprios erros e acertos, se não pode ajudar pelo menos não atrapalhe, saiba que um dia o conhecimento os libertará. Diante da eternidade, uma vida é quase nada.

André Luiz M Silva
Blog Folha de Tucuruí Percepção

segunda-feira 20 2023

Proteja seu filho dos perigos e não da vida

Aceite que Deus pode ver o futuro, mas você não! Ao protejer um filho da vida, você o impede de viver.

Deus, como um bom pai, só interfere em nossas vidas quando é necessário e em último caso, assim permite que tomemos decisões certas ou erradas, mas nos intima a assumirmos a consequencias dos nossos atos.

Pedir a Deus algo além de nos dar resiliência e capacidade para lidar com as adversidades da vida, é duvidar da sabedoria e do amor divino que sabe o que é melhor para todos, e que nos oferece as lições de acordo com a nossa capacidade e no momento certo.

O pai que leva o filho para tomar uma injeção, parece mau para a criança que não tem capacidade para entender o gesto de amor, às vezes o que parece ser algo ruim no momento, na verdade pode ser uma bênção e um livramento mal compreendido. 

Se nós, com todas as nossas limitações, acreditamos saber o que é melhor para nossos filhos, imagine Deus que tudo sabe e tudo vê?

Façamos o que estiver sob nossa responsabilidade e ao nosso alcance, pois o que não podemos mudar está nas mãos de Deus, portanto, tudo no final dará certo em seu devido tempo e lugar.

Qualquer decisão que você tomar é a decisão certa, que lhe fará feliz ou lhe fará sofrer como consequência, mas ambas são igualmente importantes, pois lhe darão experiência e sabedoria. 

Muitas experiências podem ser adquiridas de forma agradável, mas outras experiências são adquiridas apenas na dor, se você não sofreu, como poderá compreender e ajudar os que sofrem? 

O segredo é aprender as lições sofridas da primeira vez, caso contrário terá que repetir, e isso não me parece muito inteligente.

Se quem você ama é adulto e tem capacidade mental para tomar as próprias decisões, não interfira, deixe que ele viva e aprenda as suas lições, para que não desperdice uma vida que é uma bênção tão preciosa.

Deus está no controle.

André Luiz M Silva.
Blog Folha de Tucuruí Percepção.

terça-feira 14 2023

Qual é o limite entre a fé e o fanatismo?

A fé e o fanatismo.

Qual é o limite entre a fé e o fanatismo?

Primeiro, antes de prosseguir, é preciso definir o que é fé e o que é fanatismo.

é uma palavra que significa "confiança", "crença", "credibilidade". A fé é um sentimento de total de crença em algo ou alguém, ainda que não haja nenhum tipo de evidência que comprove a veracidade da proposição em causa.

Fanatismo - "Segundo o dicionário Aurélio, fanático é aquele que segue cegamente uma doutrina ou partido, o termo não está ligado unicamente a doutrinas políticas ou religiosas, pois tudo aquilo que leva o indivíduo ao exagero é considerado como forma de fanatismo."

Podemos ver que a diferença entre fé e fanatismo está basicamente na intensidade e exagero. O fanático é aquele que tem uma fé tão intensa e exagerada, que se a fé se torna uma paixão alucinada, uma obcessão e um objetivo de vida. O fanático perde a razão  o senso crítico e até a própria personalidade é deformada.

Já a fé está mais ligada a cultura e as experiências pessoais do ser, e no caso do VERDADEIRO espiritismo, também está ligada ao pensamento lógico e racional.

"A diferença entre o sábio e o tolo é a certeza. O sábio tem certeza que nada sabe, e o tolo a certeza de que tudo sabe." Edna Frigato.

Quem tem fé mas raciocina, sabe que diante da sabedoria infinita, quase nada sabe, já o fanático tem certeza que tudo sabe, portanto, tem o direito de impor a sua verdade aos outros.

Quase todos nós em algum momento da vida, tivemos experiências que de alguma forma, nos colocaram em contato com o mundo espiritual. Eu tive várias destas experiências e eu acredito no que eu vi e senti. No entanto, não posso descartar a possibilidade, de que estas experiências foram produto da minha própria mente, não tendo nenhuma causa sobrenatural, portanto a minha fé é uma escolha, não é imposta, o que a torna autêntica e responsável.

é acreditar na espiritualidade, mesmo sem comprovação, no entanto e ao mesmo tempo, admitindo a nós mesmos a nossa limitação cognitiva  e admitindo também, a capacidade da nossa mente de criar fantasias e realidades paralelas.

Fanatismo é abrir mão do raciocínio e da consciência da nossa falibilidade e limitação, acreditando cegamente em uma teoria, pessoa ou filosofia, sem questionamentos, sem espírito crítico, e não admitindo que é possível a existência de outra verdade e outra narrativa, mesmo que não acreditemos nelas.

Lembro da passagem do evangelho, quando Jesus disse na cruz: "Pai, porque me abandonaste?"

Mesmo tendo fé, Jesus por um momento questionou o amor e da lealdade de Deus para com ele. Isso demonstra que Jesus era humano e tinha uma fé lúcida.

Já um fanático explode bombas em sua cintura, sem a menor dúvida de que este ato tresloucado de suicídio e assassinato, o levará direto para o céu após a sua morte. 

Percebem a diferença?

Agora voltemos ao espiritismo VERDADEIRO.

É perfeitamente coerente o espírita acreditar no mundo espiritual, e ao mesmo tempo admitir que a realidade possa ser diferente da realidade que ele acredita.

Kardec diz que: "se um dia a ciência provar que o espiritismo está errado, devemos ficar com a ciência".

Isso significa que Kardec admitia a possibilidade do espiritismo estar errado, ou seja, Kardec não era um crente fanático, caso contrário jamais admitiria a hipótese do espiritismo estar errado.

Ao abdicar da fé cega, o verdadeiro espírita em primeiro lugar demonstra humildade, desta forma, não se julga o dono da verdade e sim um eterno aprendiz, e se colocando no mundo como aprendiz, ele se abre a novas concepções, conhecimentos e evoluir como ser humano e espírito, reconhecendo que não é superior aos outros, em sendo assim, não se julga um ser especial para Deus em relação aos seus irmãos em Deus, ou em relação a toda a criação.

Por último, quero deixar um raciocínio lógico, de como devemos tratar a questão da espiritualidade harmonizando a fé e o raciocínio.

ciência nunca conseguiu provar a existência ou a inexistência da vida espiritual, portanto, para a ciência, a existência do mundo espiritual é uma incógnita, ela não tem certeza de nada sobre a espiritualidade (por enquanto).

Sabemos entretanto, que a fé sadia no mundo espiritual torna as pessoas melhores e mais equilibradas, o que é positivo e desejável para toda a humanidade.

Sendo assim, em considerando que todos vamos morrer, a preparação para a vida espiritual é benéfica para o ser humano como um todo, ao nos tornar seres humanos melhores, e ao mesmo tempo nos ajudando muito na readaptação quando chegarmos no outro mundo, evitando decepções, enganos, sofrimento e perda de tempo, da mesma forma que a preparação adequada para uma viagem definitiva a um país estranho, nos livra de muitos perigos e problemas com seus habitantes, clima, cultura e Leis.

Por outro lado, se somos apenas carne e ossos, e o mundo espiritual não exista, que diferença fará para nós após a nossa morte?

Vamos simplesmente "apagar", a diferença é que com fé sadia e tolerante, nos tornamos melhores e teremos ao "apagar", deixado um mundo melhor para nossos descendentes que perpetuarão nossos genes nos tornando "imortais", e um mundo melhor também para toda a humanidade, e isso justifica toda a nossa existência.

Portanto, quem lhe pede uma fé cega, ou é um idiota fanático, ou é muito velhaco e quer somente dominar a sua mente e o seu espírito. Nos dois casos acima, ceder é se tornar um escravo, ou pior, um verdadeiro zumbí, sem raciocínio e sem vontade própria, e condenado à decepção e desperdício de uma preciosa vida.

A fé liberta, o fanatismo escraviza.

André Luiz M e Silva
Blog Folha de Tucurui Percepção

quinta-feira 09 2023

Afinal Deistas ou Ateus, quem está com a verdade?

 


Afinal Deistas ou Ateus, quem está com a verdade?

Há muitos séculos os Deistas e Ateus travam uma feroz batalha, cada um dos lados tentando convencer o outro a sua própria versão, não raro, recorrendo à violência e brutalidade para impor a sua opinião.

Quanto sofrimento, quanta dor e quanto sangue derramado em vão?

No fim, a meu ver, tudo não passa de uma guerra de egos, como dois grupos de cegos de nascença, brigando e se matando para determinar a existência ou não da luz.

Em sendo muito limitados em percepção e conhecimento, recém saídos da animalidade (existem controvérsias quanto a isso), poderíamos fazer o seguinte raciocínio quanto a existência de Deus: Existindo Espíritos Puros (calma ateus, estou só partindo de um pressuposto para prosseguir meu raciocínio, não me crucifiquem ainda), como eles veriam a Deus?

Na minha modesta opinião, esta pergunta não faria sentido para espíritos puros, sendo impossível uma resposta objetiva compreensível para nós.

Como espírito puro, o espírito simplesmente se funde com o criador se tornando parte dele, antigas religiões como o Hinduismo e o Budismo afirmam isso a milhares de anos.

Então quando o espírito atinge a pureza, ele e o criador são um só, então como ele poderia ver Deus como um ser individual e personalista como nós o concebemos?

O Espírito Puro no máximo poderia dizer: "Deus é tudo, eu sou Deus e Deus sou eu, Deus é tudo o que existe existiu ou existirá.

Jesus disse: "Eu e o pai somos um." E é mesmo. Só que ainda hoje, depois de dois mil anos a humanidade ainda não compreendeu o alcance do ensinamento.

Quando Jesus nos exorta a amarmos ao próximo como a nós mesmos, ele novamente reafirma que somos todos um em Deus e Deus é tudo.

Portanto, amando o próximo amamos a nós mesmos e a Deus, e tudo o que fazemos ao próximo fazemos a nós mesmos, por isso ao fazer o mal sofremos as consequências, fazer o mal é literalmente dar um tiro no próprio pé.

Assim, os Deistas estão certos quando dizem que Deus existe, e que ele é o criador e todo poderoso.

Quando os Ateus dizem que Deus não existe, se referindo a uma personalidade, com emoções, ego, aparência, virtudes e defeitos semelhantes aos seres humanos imperfeitos, eles também estão certos.

É tão sem sentido o Deista afirmar que Deus existe como um ser semelhante ao homem, com personalidade, emoções, sentimentos, virtudes, defeitos e um ego imenso como o seu imensurável poder.

Da mesma forma, o Ateu afirmar que o homem e tudo o que existe é fruto do acaso, o que também não se sustenta dentro da lógica, pois tudo tem uma causa (mesmo o "acaso" precisa de uma causa), sendo assim, sempre haveria algo antes, que causou algo depois, e neste caso, iríamos retroagir indefinidamente no tempo e no espaço, e isso a meu ver, é uma impossibilidade lógica, os Ateus apenas mudaram o nome, em vez de Deus eles chamam o criador do universo de "Acaso", mas o atributo do Deus dos Deistas e o "Deus" Acaso dos Ateus, acabam sendo o mesmo no final, conceitos sem qualquer fundamentação lógica. São os dois lados da mesma moeda.

Deus existe de fato, pois para tudo existe uma causa, mas não é o Deus dos Deistas ou dos Ateus, ele é simplesmente incompreensível para o nosso estágio evolutivo.

Deus, Acaso, Brahma, Rá... O que importa o nome que damos ao criador, que mantém o universo funcionando com tanta perfeição, com todo o universo sincronizado, na medida certa e no tempo certo? 

Uma coisa é certa, os Deuses criados pelos homens, mesmo com todo o poder atribuido a eles, são apenas homens, com emoções e sentimentos humanos, mesmo que em algumas culturas eles tenham a forma de animais ou um velho barbudo.

O Deus acaso criado pelos ateus, também não pode ser explicado, pois o acaso precisa de uma causa, que poderia ser as leis da física, no entanto, até mesmo as leis da física precisam de uma causa, a não ser que sempre existiram, o que nos leva ao conceito de eternidade ou a inexistencia do tempo como o conhecemos, portanto, um conceito incompreensível para seres que nascem e morrem e estão limitados no espaço e no tempo em quatro dimensões (altura, largura, profundidade e tempo).

Todos os Deuses criadores do Universo, incluindo o Deus Acaso, são criações humanas e imperfeitas e limitadas como seus criadores, cuja existência é necessária para explicar o que desconhecemos, nos consolar nas atribulações e dominar o povo.

Qualquer atributo, forma ou sentimento atribuido  a Deus é apenas uma projeção da nossa humanidade imperfeita, a única forma aproximada de definir a Deus é afirmando que Deus é tudo e está em tudo. 

Deus nos ama, pois fazemos parte dele, mas as plantas, os animais e a própria terra também fazem parte dele, portanto merecedores do mesmo amor, não somos seres especiais por sermos seres humanos, mas como todos os seres da criação, somos especiais por sermos parte de Deus.

Qual a diferença que faz o nome que atribuimos a Deus?

Portanto, acredito que o mais lógico seria parar esta discusão sem sentido e inútil de quem está com a verdade, e seguir os conselhos que há milênios os sábios, vem repetindo como ensinamento para a nossa felicidade e para um mundo melhor:

Trabalhemos para o bem de toda a criação, trabalhemos para a nossa evolução em conhecimento e sentimento, nos tornando melhores a cada dia, sem pressa, com calma e persistência, mas acima de tudo, amemos uns aos outros e a terra será um paraíso, não só para a espécie humana, mas para todos os seres que nela habitam.

Paz a todos.

André Luiz M Silva
Blog Folha de Tucuruí Percepção.