O que acontece com quem não acredita em Deus?
A resposta é simples: o mesmo que acontece com quem acredita.
Explico: O Universo é regido por Leis Perfeitas e Imutáveis, estando toda a criação divina submetida a elas.
Pelo que sabemos sobre a espiritualidade, todas as criaturas são iguais perante Deus, estando tudo sugeito as suas Leis.
Se um criminoso, um santo ou mesmo um cachorro pularem de um prédio alto, todos os três morrerão ao se chocarem com o chão, devido a Lei da Gravidade pois a Lei é igual para todos.
Pelo que sabemos, não existe uma Lei Universal que obrigue e muito menos castigue quem não acredita em Deus, até porque, cada cultura acredita em um Deus diferente, mesmo que seja aparentemente o mesmo Deus.
Os cristãos, por exemplo, acreditam em Deus de diversas formas, conforme a sua interpretação da Bíblia.
O Deus Cristão tanto pode ser um Deus misericordioso como vingativo, bom e justo ou cruel e sanguinário, sua personalidade depende de quem interpreta a bíblia.
Então, diante de tanta diversidade e contradição, como poderia haver algum julgamento, pelo simples fato de uma pessoa não acreditar em um determinado Deus, ou não acreditar em Deus nenhum?
Existindo um Deus que governa todo o universo, e em sendo a humanidade menor que um grão de poeira diante do infinito, que diferença faz para Deus ou para o Universo se acreditamos ou não em Deus e na alma?
Se Deus fizesse tanta questão de acreditamos nele, em sendo o Deus cristão o verdadeiro, o que seria, por exemplo, dos budistas, dos hinduistas e dos adeptos das mais de 4.000 religiões que existem no mundo e o que serias das pessoas que nascem nestas outras culturas, e o que seria dos ateus?
Seriam renegados ou lançados ao inferno, pela vingança e vaidade de um Deus infinitamente bom e justo?
O que estas pessoas fizeram de mal? Elas não escolheram o país e a cultura em que nasceriam.
As pessoas não escolhem acreditar, elas simplesmente acreditam ou não, de acordo com a educação que receberam desde crianças, ou conforme suas experiências de vida.
Para Deus não faz diferença se acreditarmos nele ou não, pois ele não precisa da nossa crença para existir.
Se acreditarmos que a terra não é redonda, nem por isso ela se tornará plana, não faz diferênça alguma a nossa crença ou descrença.
Deus não se ofende por algum de seus filhos não acreditar nele, pois se sentir ofendido é sinal de fraqueza e vaidade.
Acreditar em Deus ou não, só tem importância para a própria pessoa, pois acreditar em Deus nos consola, nos dá resiliência e nos fortalece nos momentos difíceis da vida.
As orações nos dão confiança e esperança para com o futuro. As orações também elevam os nossos pensamentos, nossa frequência, e nos protege como um escudo das energias e seres negativos, portanto, é uma vantagem, no entanto, a crença em Deus também tem seus riscos, como nos tornar fanáticos e insanos, nos dividir em credos e seitas, e nos tornar presas fáceis de pessoas oportunistas, ambiciosas e sem caráter.
No entanto, se as pessoas que acreditam em Deus mantiverem sua lucidez, seu espírito crítico, seu raciocínio e seu discernimento, estes riscos podem ser superados e a crença em Deus pode nos beneficiar imensamente.
Olhando pelo lado espiritual, a crença sadia e racional em Deus e no mundo espiritual, também pode facilitar a readaptação do espírito em paz com a sua consciência após o desencarne, já que ele não fica tão perturbado com a nova realidade, com a perda do corpo e de tudo que deixou no mundo físico, assim como não teme o seu futuro no mundo espiritual, pois sabe o que fazer e para onde vai, aceitando com mais tranquilidade a ajuda importantíssima dos socorristas.
Já quem não acredita em Deus ou no mundo espiritual, mas é uma pessoa honrada, boa, digna, inteligente e não fanática, pode viver bem e e assim como o crente, pode superar suas próprias vississitudes com técnicas de auto-ajuda, terapias, ou mesmo recorrer a filosofia ou meditação.
Estas em sendo pessoas lúcidas e práticas quando desencarnam, no primeiro momento ficam confusas, mas depois percebem e admitem que estavam erradas, procuram se inteirar da nova vida, e seguem em frente em seu caminho evolutivo sem maiores problemas.
Neste caso, sua descrença em Deus durante a vida terrena, não fará a menor diferença no mundo espiritual, pois o que vai fazer diferença é o que a pessoa é, e os seus atos durante a sua existência, se ele aprendeu as lições que a vida lhe apresentou, se foi uma pessoa honrada e digna, e o que fez pelo próximo e pelo mundo.
Já os fanáticos e extremistas tanto religiosos como ateus, se tornam revoltados e decepcionados com a realidade que não é a que pensavam que fosse, muitos se recusam a aceitar a realidade com que se deparam, podem então entrar em negação e em perturbação, perdendo muito tempo em reabilitação no umbral ou em hospitais nas colônias, conforme seu estado mental.
O umbral (como o nome já diz), podemos dizer, é um grande hospital psiquiátrico e um local de transição para reabilitação mental, antes da entrada no mundo espiritual de fato, onde os espíritos prosseguem aprendendo e evoluindo.
Acreditar em Deus não nos torna melhores que ninguém, pois os maiores tiranos e criminosos da história também acreditavam em Deus: Os inquisidores na Idade Média rezavam e cantavam louvores a Deus, enquanto torturavam e queimavam inocentes, Hitler um católico praticante, rezava na igreja, enquanto mandava milhões para serem torturados e mortos em campos de concentração. Crer em Deus sem uma reforma íntima e a prática do amor ao próximo não significa nada. Crer em Deus promovendo a divisão, a intolerância e a discórdia, ou tentar impor a seu pensamento aos outros, como se a sua crença fosse a melhor e a única verdade é apenas ilusão e vaidade.
Crer em Deus verdadeiramente é não precisar de validação pela crença alheia, é saber que ninguém é melhor que ninguém apenas por ter uma crença. Deus não abandona ninguém, e todos sem excessão, mesmo os filhos pródigos são seus filhos amados e nenhum é abandonado, se sofrem é pelas consequência de seus atos equivocados, para que aprendam com os seus erros. Se você crê em Deus não se sinta melhor que os que não crêem, este sentimento é apenas vaidade e prepotência.
Todos nós somos herdeiros de Deus, pelo simples fato de termos sido criados por um ser perfeito, todo e qualquer ser criado por um ser perfeito está destinado a perfeição, não tem como ser de outra forma.
No mundo espiritual ninguém pergunta qual é a sua crença, lá o que importa é quem você é, seus pensamentos, sentimentos e atos.
No mundo espiritual não tem disfarce, você é um livro aberto, todos os seus defeitos e virtudes estão escancarados, todos vêem quem você é de fato, pela energia emitida por sua mente e seu perispírito.
Acreditar em Deus ou ser ateu não define o seu caráter, não o torna mais especial para Deus, e tão pouco define o seu destino no mundo espiritual.
Acreditar ou não em Deus neste mundo, é somente mais uma opção de vida como qualquer outra, no entanto, religioso ou ateu, o importante é amar a humanidade e a natureza, procurando ser uma pessoa melhor e procurando fazer do mundo, um lugar um pouco melhor de acordo com as nossas possibilidades, lembrando que quando partirmos, nossos entes queridos e amados, herdarão o mundo e o exemplo que deixarmos para eles.
Todos somos filhos de Deus, aceitando ou negando esta realidade. Deus nos ama incondicionalmente e não abandona ninguém, por isso nos deu a promessa e a esperança, de que nenhuma ovelha se perderá.
Namastê