O sexo dos anjos. Os Anjos tem sexo?

 

O sexo dos anjos. Os Anjos tem sexo?

Como sempre em se tratando de temas espirituais a resposta começa com depende.

Em sua essência o espírito não tem sexo, no início da sua jornada quando a centelha divina inicia sua evolução, ela não tem individualidade ou consciência de si mesma, então durante milhões de anos ela vai adquirindo instintos e uma inteligência rudimentar cada vez mais aperfeiçoados.

Em animais mais avançados os instintos e a inteligência ainda rudimentar avança rumo a consciência de si mesma e da precepção abstrata, fora da realidade puramente material do seu meio ambiente.

Até este momento a sexualidade é puramente instintiva e automática, o ser espiritual que anima o animal, pode reencarnar em qualquer sexo sem nenhum problema.

Pois o animal não tendo consciência de si mesmo, não tem uma auto imagem e assim não tem uma afinidade com o principio masculino ou feminino da energia sexual, que na verdade é a energia da criação, uma das forças mais poderosas do universo.

Quando o ser avança no processo evolutivo e adquire a consciência de si mesmo, forma uma identidade única, ele pode adquirir uma afinidade por um dos polos da energia sexual, optando pelo princípio masculino ou feminino em suas infinitas graduações intermediárias, ou mesmo assumir os dois princípios, ou mesmo a neutralidade. De qualquer forma, masculino ou feminino todos nós temos em nosso ser o princípio masculino e feminino, só que normalmente um se sobrepõe ao outro por afinidade, ou se igualam. Isso define o gênero do indivíduo.

É bom lembrar que no caso da neutralidade não quer dizer ausência da energia sexual, ou criativa, significa apenas que esta energia é transferida da sexualidade física e carnal para a criação em outros níveis, como o amor sem sexo ou libido.

Então um espírito com afinidade pelo princípio masculino será homem, inclusive em sua aparência, preferências, pensamentos e atitudes, este ser se vê como homem, sua autoimagem é de um homem, então seu espírito terá a aparência de homem, o mesmo acontece com o espírito que tem afinidade com o princípio feminino, neste caso pensará, agirá, se verá e sua aparência será de uma mulher, mesmo encarnado em um corpo masculino.

Quando um espírito com uma forte afinidade com o princípio feminino reencarna em um corpo masculino por algum motivo evolucional, é comum ele se ver e se sentir como uma mulher presa em um corpo masculino, e isso é causa de grande sofrimento e problemas de convivência e aceitação social na maioria das culturas.

O mesmo acontece quando um espírito com grande afinidade com o princípio masculino, encarna em um corpo feminino.

Desta forma, durante uma longa fase da sua trajetória evolutiva, o espírito mantém sua afinidade com o princípio masculino ou feminino, ou intermediário em inúmeras graduações, não existe regra fixa. Pode inclusive nesta faze alterar encarnações como homem ou mulher sem grandes problemas.

Então durante esta fase o espírito tem sexo sim, mas isso perdura apenas no período em que o espírito está ainda materializado e denso.

Conforme o espírito evolui e progride ele vai atingindo o equilíbrio da sua energia sexual, ou da criação, equilibrando o princípio masculino e feminino, que é a única forma de dominar e controlar esta poderosa energia.

No estágio de espírito puro, ou anjo como querem alguns, o espírito não tem sexo, na verdade tem os dois princípios em equilíbrio como na figura do yin e yang, pois neste estágio imaterial ser homem ou mulher não faz sentido, o mesmo podemos dizer de Deus, considerar Deus como masculino ou feminino é limitar o criador que neste caso deixaria de ser Deus, pois Deus é tudo o que existe portanto não pode ser limitado ou rotulado por um aspecto de uma determinada energia, no caso a energia sexual ou criativa em seu principio masculino ou feminino. Se Deus tivesse, por exemplo, somente o principio masculino não seria completo pois lhe faltaria um atributo, o princípio feminino, então seria preciso encontrar uma mulher, ou uma deusa para lhe completar, o que é um absurdo.

Resumo: Em essência espírito não tem sexo. No entanto, durante uma fase da sua evolução pode ter afinidade pelo princípio masculino ou feminino em suas infinitas graduações intermediárias, durante esta fase ele tem sexo sim, inclusive pode praticar o sexo no mundo espiritual como troca de energia, ou vampirizar os encarnados que lhes dão acesso, participando do sexo carnal dos mesmos e sentindo as mesmas sensações como se tivessem um corpo físico.

Não é incomum um espírito masculino ou feminino se apaixonar por um espírito encarnado do sexo oposto e se julgar seu dono, não permitindo que esta pessoa mantenha um relacionamento estável e duradouro, incentivando nesta pessoa a uma vida sexual promíscua. Pode parecer contraditório, mas ter muitos parceiros é como não ter nenhum e o espírito obcessor, pode manter seu domínio sobre o outro e ainda se "beneficiar" sugando as energias sexuais liberadas durante as práticas sexuais desregradas.

Sexo entre espíritos desencarnados e encarnados é mais comum do que se pensa. Existem relatos de casos de obcessão que um espírito subjuga e faz sexo com um encarnado todas as noites, estes casos são difíceis de resolver pois o encarnado sofre mas ao mesmo tempo sente prazer no assédio, é como o vício em drogas.

Quem nunca praticou sexo durante o sono? Quem já praticou conhece a sensação que chega a ser mais intensa que a praticada fisicamente, pois o sexo é mental, o corpo é apenas uma ferramenta muitas vezes desnecessária.

Nesta fase em que o espírito ainda sob influência da matéria se identifica como homem ou mulher inclusive no mundo espiritual, o espírito pode assumir a aparência que desejar independente da sua identidade sexual, no caso dos vampiros de energia sexual (incubus e súcubos), os espíritos podem assumir a aparência mais conveniente para seduzir os encarnados durante o sono ou em certos casos até mesmo estando acordados. Sobre o vampirismo de energias, inclusive a energia sexual, falaremos sobre isso em outra oportunidade.

Já como espírito puro em sua fase angelical e livre da influência da matéria ele não tem sexo, na verdade tem os dois princípios mas em total equilíbrio, assim é como não ter sexo, nesta fase o espírito já é energia e consciência pura, um estado incompreensível para nós, impossível até de ser descrito em palavras.

Na verdade a evolução não se dá de forma uniforme, geralmente evoluímos primeiro em alguns aspectos, podemos evoluir muito em conhecimento e menos em amor e compaixão, por exemplo, ou pode ser o contrário, o espírito pode evoluir mais em amor e compaixão, mas pode ser carente em conhecimento.

No caso de espíritos mais avançados, mas que ainda não atingiram a condição de espíritos puros, estes podem adquirir o controle e o equilíbrio da energia sexual antes de se tornarem espíritos puros, neste caso não possuem mais um sexo definido podendo se manifestar como desejarem, pois os princípios masculino e feminino estão em equilíbrio, e a energia sexual se manifesta agora como um amor puramente espiritual e criativo.

Quanto mais evoluido for o espírito mais adquire equilíbrio em sua energia sexual, pode até manter uma aparência feminina, masculina ou andrógena, conforme a conveniência, no entanto, sua sexualidade na verdade é neutra, e sendo assim, pode-se dizer que o espírito não tem mais sexo.

Namastê

Existe alma gêmea?

 

Existe alma gêmea?

Se alma gêmea se refere uma pessoa que nos completa e que nascemos um para o outro, a resposta é não.

Existem sim, espíritos afins, que construíram um amor mútuo através de séculos e milênios. Seres que se sentem imensamente felizes quando estão juntos, tanto no mundo espiritual como durante a experiência terrena.

Mesmo estando separados por estarem em mundos vibracionais diferentes, ou estarem encarnados e cobertos pelo véu do esquecimento, sentem a falta um do outro a falta de alguém que não sabem quem é, mas sentem que em algum lugar está o seu amor verdadeiro, e não são poucos os que se perdem nesta busca não conseguindo se relacionar verdadeiramente nesta vida, e isso pode ser uma prova. Não se deve buscar o amor verdadeiro, pois quando ele tiver de vir, virá.

E quando ele vir, se vier nesta vida, aproveite sua presença, e quando tiver que partir, deixe ir. Todos temos um caminho evolucionário para trilhar, e nem sempre compartilharemos este caminho o tempo todo com quem amamos, temos responsabilidades e lições individuais para aprender sozinhos, e uma das mais importantes é o desapego.

O desapego não é desinteresse e falta de amor, muito pelo contrário, o desapego é a prova do amor verdadeiro  que está acima do egoísmo e do sentimento de posse.

O amor verdadeiro por uma pessoa é tão profundo e duradouro entre duas almas que chega a ser divino, no entanto, ele ainda é a característica de um espírito que ainda está longe da perfeição.

Os espíritos perfeitos, amam a todas as criaturas e todos os seus irmãos da mesma forma, um amor profundo, ilimitado e incondicional.

Enquanto o espírito amar um determinado ser acima dos outros, ele ainda será um espírito imperfeito.

O espírito inferior ama poucas pessoas, ou apenas a si mesmo, e em alguns casos, nem isso. Então podemos afirmar que a perfeição de um espírito pode ser aferida na razão direta da sua capacidade de amar. É claro que um espirito para ser perfeito deve ser perfeito em todas as áreas, inclusive em conhecimento, autoconhecimento e domínio próprio, assim como em atributos que sequer conhecemos, no entanto, quanto maior for a capacidade de amar, mais o espírito está próximo da perfeição.

Os espíritos puros tem um amor infinito para com todos de forma igual,  sem qualquer tipo de preferência ou exclusividade.

Agora imaginem o grau de dificuldade para chegarmos a tamanha evolução, e imaginem a ventura dos que chegam à perfeição?

Mas enquanto não chegamos à perfeição, o espírito ao amar verdadeiramente outra pessoa, tem um vislumbre da felicidade que experimentam os espíritos puros, ao amarem verdadeiramente e incondicionalmente, todos os seres e toda a criação.

É maravilhoso saber que temos um ser a quem amamos verdadeiramente, e que também somos amados da mesma forma através de tempos imemoriais.

Podemos estar afastados dos seres que amamos nesta vida por vários motivos.

Isso acontece as vezes por necessidade evolutiva, a separação temporária dos nossos amores, pode ser necessária em nossa jornada espiritual.

As encarnações podem não coincidir no tempo ou no local impedindo temporariamente o reencontro.

Pode acontecer de um estar em desequilíbrio no umbral, e o outro em uma colônia, ou em um mundo superior.

Pode ser que ambos estejam em desequilíbrio no umbral, em tal estado de perturbação temporária que não se encontrem ou se reconheçam.

Pode ser que a separação seja uma prova devido a erros cometidos, por um ou por ambos.

Enfim, são inúmeras as situações em que almas que nutrem amor sincero entre sí, estejam temporariamente separadas.

No entanto, mais cedo ou mais tarde as almas que se amam de verdade sempre se encontram e reencontram, pois naturalmente se atraem e se procuram, pois o que o amor une, Deus jamais separa indefinidamente.

Sendo amor, Deus não destrói, pelo contrário, promove, cultiva e incentiva.

A separação de almas que se amam pode ser uma prova, mas normalmente são lições para que pratiquem o desapego, o equilíbrio e o controle sobre nossas emoções e nossos instintos. Ou simplesmente falta de merecimento.

Pode acontecer também que devido a erros conjuntos em que foram cúmplices, a programação reencarnatória de ambos prevê que as almas que se amam se reencontrem nesta vida, mas não possam formar um casal, para aprenderem a se amar sem a paixão e os desvarios do sexo inconsequente irresponsável, então nascem na mesma família como parentes de sangue como pai e filha, irmãos, como filho e mãe e assim por diante. Pode acontecer ainda que nasçam em duas famílias que se odeiam de morte, o que forma a união quase impossível.

Não basta que as almas que se amam de longas eras se encontrem e se reconheçam, é preciso que as circunstâncias e que as respectivas programações encarnatórias permitam a união nesta vida, mais que a felicidade transitória de uma união nesta vida, o que está em jogo é a evolução das almas, que é o destino de toda a criação. Quanto mais evoluídos, mais perto o casal estará de merecer a felicidade perene e duradoura de estarem juntos pela eternidade.

No entanto, muitos não conseguem reprimir ou sublimar a atração que sentem um pelo outro nesta vida, e surgem os problemas e os dramas do incesto, ou das tragédias provocadas pela vingança entre as famílias.

Então o que deveria ser uma prova que se bem suportada resultaria na união dos dois no mundo espiritual e em outras encarnações, resulta em agravamento do desequilíbrio, retardando a união e a a felicidade juntos.

O amor é uma virtude que pode nos levar a sentir a felicidade plena neste mundo, mas como toda virtude e toda emoção, se não for equilibrada e controlada se transformar em paixão, nos levando ao erro, aos abusos, ao sentimento de posse, a obcessão, a loucura, a perturbação, a infelicidade e até mesmo a morte e consequentemente a uma estada prolongada no umbral e nas reencarnações difíceis.

Nós não temos uma alma gêmea que nos complete, Deus já nos criou completos.

Mas temos almas a quem nos ligamos a séculos ou milênios, a quem dedicamos profundo amor e carinho, um amor verdadeiro que supera encontros e desencontros na estrada sem fim.

Seres que se amam, quando se encontram, sentem a felicidade que só o amor puro pode proporcionar, e que nos dá um vislumbre da felicidade dos espíritos puros.

Somos seres individuais e completos, que no entanto fazemos parte de um todo.

Namastê

Os espíritos vão ao cemitério no dia de finados?

Os espíritos vão ao cemitério no dia de finados?

Depende do espírito, se o espírito é menos esclarecido pode ir atendendo ao chamado dos seus entes queridos, no entanto, isso pode até atrapalhar em ambos os lados.

Vejamos: O cemitério no dia de finados está muito movimentado e envolto em uma atmosfera densa e cheia de pensamentos de tristeza, desespero, revolta e inconformismo.

Neste caso a vibração é baixíssima tanto no mundo material, como no mundo espiritual. O cemitério tem a sua própria população espiritual composta por espíritos apegados ao corpo, entidades das trevas, guardiões e também socorristas.

No dia de finados o cemitério recebe milhares de encarnados acompanhados de espíritos familiares e até mesmo de obcessores, então esta multidão gera uma atmosfera negativa e caótica.

Se o familiar encarnado está mental e emocionalmente equilibrado ele consegue adentrar nesta psicosfera sem grandes problemas, no entanto, se a pessoa está desequilibrada pela tristeza, saudade e inconformismo pela perda do ente querido, neste caso, será atingida e vai absorver esta negatividade ambiente em maior ou menor grau. Se o espírito familiar desencarnado estiver também desequilibrado, a negatividade por afinidade vai se somar, prejudicando a ambos.

Se o espírito for mais esclarecido pode não comparecer ao cemitério por alguns motivos: O primeiro é que seu corpo nem existe mais, o que tem ali é uma veste inútil, um monte de ossos e carne apodrecida. Ele sabe que a nossa consciência não é o nosso corpo, que apenas servia a ele como uma ferramenta e um meio de manifestação no mundo material.

É penoso e inútil o comparecimento do espírito mais esclarecido ao cemitério no dia de finados, primeiro por ser um ambiente negativo e sufocante para ele, segundo porque vai presenciar inutilmente seus entes queridos, ainda muito apegados à matéria, render homenagem e sofrer por um corpo agora inútil e sem vida.

É claro que seu ente querido, neste caso, compreende sua saudade ele também sente saudade, mas assim como você os quer bem e felizes no outro mundo, eles também querem lhe ver bem e feliz neste mundo.

Os nossos entes queridos ficam felizes em ser lembrados, mas se entristecem quando a sua lembrança nos traz tristezas e amarguras, neste caso, eles prefeririam até o esquecimento para que não sofressemos.

Não existe problema algum em ir ao cemitério no dia de finados, mas conscientes de que é apenas um ritual, que seu ente querido não está ali e que ele não quer lágrimas e sofrimento, ele quer a sua felicidade e ser lembrado com amor e ternura.

Quando lembrar do seu ente querido, o faça com gratidão por uma pessoa tão especial que conguistou o seu amor, ter feito parte da sua vida e por fazer parte da sua história ontem, hoje e sempre.

Agradeça a Deus pelo amor que os une, não transforme este presente e esta bênção em motivo de dor, sofrimento e lamentações, auxilie e incentive o seu ente querido a ter paz e alegria em sua nova vida, e que prossiga em sua jornada e evolução livre das correntes e amarras do passado.

Lembre que a vida é eterna e que vocês se reencontrarão no mundo espiritual, e em inúmeras outras encarnações pela eternidade afora.

Em vez de lágrimas de sofrimento e revolta, ofereça ao seu ente querido a sua gratidão, o seu amor, o seu carinho e a sua bênção.

Não prenda seu ente querido e não se prenda ao passado, tenha esperança e faça planos para o futuro, aguarde com fé o reencontro, pois o amor vence até mesmo a morte.

Namastê

Devemos e podemos ser 100% honestos o tempo todo?

Devemos e podemos ser 100% honestos o tempo todo?

A resposta é NÃO. A honestidade é sem dúvida alguma uma das mais importantes e fundamentais virtudes, pois uma pessoa desonesta prejudica os outros, a si mesmo e a toda a sociedade.

Sem honestidade não existe confiança, não existe paz interior, e portanto sem sermos honestos, não podemos ser equilibrados e felizes.

A honestidade e sua filha a confiança, criam e mantém bons relacionamentos em todos os níveis da convivência humana.

No entanto, a honestidade, como toda virtude precisa de controle e discernimento, caso contrário a honestidade passa a ser cruel, desrespeitosa e antisocial, levando a consequências ruins e as vezes muito graves.

Para sermos honestos de forma sensata e correta, precisamos ter empatia e compaixão, além de avaliar as consequências dos nossos atos.

Existem verdades, que se forem ditas de forma cruel e irresponsável, podem destruir a vida do outro, destruir relacionamentos, famílias, sociedades, causar sofrimento moral, ferir e até mesmo causar a morte do outro.

Antes de ser 100% honesto, se pergunte se o que você vai dizer é útil a você e ao outro.

Se pergunte se a pessoa está emocionalmente preparada para ouvir a verdade.

Se pergunte se ao dizer a verdade voçê não está se metendo indevidamente na vida dos outros.

Se pergunte se o outro quer ouvir o que você tem a dizer, muitas vezes a pessoa sabe a verdade, mas a realidade o faz sofrer tanto, que ele prefere ignorar e fingir que não sabe.

Você não tem o direito de dizer o que é melhor para os outros, o que é bom para você, pode não ser bom para o outro, a pessoa ao negar a verdade a si mesmo, pode estar consciente ou inconscientemente, tentando ganhar tempo para conseguir lidar com a situação.

Antes de ser 100% honesto, se pergunte se o que você tem a dizer é um assunto pessoal de alguém, algo que não é da sua conta. Se não for da sia conta, se cale.

Antes de ser honesto 100%, verifique se o que você vai dizer não vai destruir desnecessariamente uma família, ou um relacionamento amoroso, de amizade ou profissional. Verifique se a sua honestidade não vai prejudicar e fazer os outros infelizes.

Antes de ser 100% honesto, verifique as circunstâncias e se a pessoa está preparada mental e emocionalmente para o que você vai lhe dizer.

Antes de ser honesto 100%, verifique se a sua honestidade não passa de vaidade, soberba e intromissão em assuntos indevidos, e que não lhe dizem respeito.

Por fim, ser honesto 100% só vale se for consigo mesmo, e mesmo assim, você deve ser totalmente honesto mas com gentileza, amor, compreenção e compaixão para com você mesmo.

Entenda que você não está certo o tempo todo, sendo humano, você estará errado algumas vezes, e em certos casos na maioria das vezes a sua verdade pode não ser tão verdade assim, ou pode ainda ser uma verdade completamente equivocada, neste caso, você está sendo honesto quando diz a verdade que acredita, no entanto, sua verdade é falsa, não passa de uma mentira em que você realmente acredita, ou pior, quer acreditar.

Portanto, para que a verdade seja realmente uma virtude, ela deve ser exercida com discernimento, empatia, compaixão, generosidade e amor ao próximo.

Ser honesto consigo mesmo e com os outros, nos ajuda a progredir e a lutar contra os nossos defeitos e imperfeições. A honestidade gera confiança, e ao se tornar uma pessoa confiável, você atrairá pessoas boas e também confiaveis.

Mas você deve estar preparado, pois ser honesto também tem seu preço, alguns se aproximarão de você para tirar proveito, pois muitos associam a honestidade a ingenuidade e burrice.

Outros se afastarão, ou o manterão distante deles por antipatia por você ser diferente deles, ou por medo do seu julgamento e comentários, e alguns por inveja do seu caráter e postura.

Esteja ciente também que ao ser honesto, perderá algumas oportunidades, principalmente em questões financeiras, perderá alguns amigos e até amores. Muitos lhe farão oposição pelo simples fato de ser o que é. Mas esteja ciente que nestes casos, estas aparentes perdas, na verdade são livramentos, o que lhe pertence de fato ninguém lhe tira.

Mas preste atenção, ser honesto não é ser burro como alguns dizem e pensam, ser honesto é valorizar a virtude e a integridade moral, acima dos bens materiais e do convivido social transitório, é valorizar o ser acima do ter.

Ser honesto é confiar nas pessoas certas, lembrando que o fato de você ser honesto, não quer dizer que o outro também seja.

Ser honesto não é ser tão burro a ponto de contar para todo mundo a sua intimidade, seus planos, seu passado, seus erros e as suas fraquezas. Antes de falar sobre sua vida para os outros, lembre que tudo o que disser, pode e provavelmente será usado contra você.

Não é porque você é honesto, que você não possa ter intimidade ou ser uma pessoa reservada, discernimento e equilíbrio é tudo.

A virtude exercida de forma exagerada e sem discernimento, se torna um defeito e nos leva ao desastre.

Por isso todas as virtudes dependem do equilíbrio e discernimento. Sempre o equilíbrio, sem extremismo seguindo o caminho do meio.

O que dia a bíblia e o budismo sobre o caminho do meio?

Biblia:

Ecl 7:15-17  Tudo isto vi nos dias da minha vaidade: há justo que perece na sua justiça, e há ímpio que prolonga os seus dias na sua maldade. 

Não sejas demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo? Não sejas demasiadamente ímpio, nem sejas louco; por que morrerias fora de teu tempo

Buda:

O budismo prega o caminho do meio. Um ponto equidistante entre os extremos. Assim como um violão com a corda frouxa não produz som algum e um violão com a corda muito retesada acaba por arrebentar a corda, um ser humano somente conseguirá produzir bons frutos espirituais se se mantiver equidistante entre o rigor excessivo e a excessiva permissividade.

Diz a doutrina budista que Buda chegou a esta conclusão, após desmaiar de fome devido a seu rigoroso jejum e ter somente recuperado a consciência após ser alimentado com uma tigela de mingau, por uma camponesa caridosa que passava casualmente por perto.

Após meditar sobre este fato, Sidarta concluiu que o controle excessivo é tão ruim e ineficaz em termos espirituais quanto a excessiva permissividade, e optou por seguir um caminho intermediário entre os dois.

Namastê

Equilíbrio, quando a generosidade prejudica.

Equilíbrio, quando a generosidade prejudica.

É um ponto pacífico na maioria das religiões, enaltecer a generosidade sem limites, como uma das maiores virtudes a alcançar nesta vida, quanto mais generosos formos melhor, até mesmo nos esquecendo de nós mesmos, sacrifício este considerado uma prova de perfeição.

Mas a generosidade excessiva, será mesmo prova de evolução moral e espiritual? Esquecer de si mesmo em prol dos outros, é prova de evolução espiritual?

Considero ser o equilíbrio, uma das maiores provas de espiritualidade e evolução, sem equilíbrio qualquer virtude se corrompe e deixa de ser virtude para se tornar um defeito, pois toda pessoa sábia e espiritualizada é necessariamente é uma pessoa equilibrada.

A idéia do auto-sacrifício pura e simplesmente como prova de espiritualidade e evolução, não faz sentido.

Veja, se o sacrifício de si mesmo não for feito com sobriedade em prol de um objetivo maior, bem definido e lógico, podemos o comparar com o suicídio ou um ato tolo, tresloucado e inútil.

Jesus nos aconselhou a amar o próximo como a nós mesmos, ele não disse para amarmos o próximo MAIS que a nós mesmos.

Quem não se ama e não é bondoso e gentil consigo mesmo, como pode amar e ser gentil com os outros? Nós só podemos dar o que temos, como dar amor ao próximo se carecemos de amor próprio?

Vejamos: Sacrificar ou arriscar a nossa própria vida para salvar a vida do outro, pode ser uma prova de amor ou de tolice, dependendo da situação.

Muitas vezes, o outro se colocou de forma irresponsável em uma situação de risco por escolha própria, neste caso é justo que você troque a sua vida pela dele?

Você sacrifica a sua vida por uma pessoa, tola e irresponsável, e as pessoas que te amam e precisam de você, como ficam?

Você se coloca em uma situação financeiramente difícil, para ajudar quem se endividou por falta de responsabilidade financeira, gastando mais do que pode, as veses com farras e vícios, e que não se esforça o bastante para ganhar dinheiro por seu próprio esforço, então você o ajuda e se arrisca a ficar no lugar dele, neste caso, como fica você e como ficam as pessoas que dependem de você, pessoas pelas quais você tem a responsabilidade de amparar, proteger e sustentar?

Você gasta a maior parte do seu tempo ajudando os outros, e não tem tempo de cuidar de si mesmo, dos que dependem dos seus cuidados, não tem tempo para os que ama e que lhe amam... O que você está fazendo da sua vida?

Não estou dizendo que não devemos ajudar os outros, isso seria egoísmo, o que é talvez o pior defeito do ser humano. Estamos nesta vida para aprendermos a ajudar os outros e a nós mesmos.

Ajudar os outros, não deve ser um sacrifício para nós e para quem amamos. Do que adianta ajudar o outro, sacrificar a nós mesmos, e ao mesmo tempo negligenciar as pessoas para com as quais temos responsabilidades nesta vida?

Outra coisa, se estivermos sempre dispostos a ajudar os outros sem nunca dizer não, corremos o risco de parecermos fracos e tolos, criando a dependência dos outros em nós, o que as desestimularão de resolver seus próprios problemas e por si mesmas, as tornando verdadeiros parasitas.

Além do mais, com o tempo, sua disponibilidade constante em ajudar, não mais será vista como generosidade e sim obrigação, portanto, dispensando os outros de qualquer tipo de dever de gratidão ou reconhecimento. Ai você reclama que ajuda os outros e ninguém reconhece. Acontece que você ajudou de forma errada e com a intenção errada.

Outra coisa, se você ajuda da forma correta, terá o amparo e proteção dos bons espíritos e uma aura positiva como escudo e defesa. Se pelo contrário, ajuda da forma errada, terá os inimigos de quem ajuda como seus inimigos, pois eles não vão gostar nada disso.

Todos os dias, vemos nos programas policiais, pessoas que se deram muito mal ao ajudar pessoas erradas na hora errada.

O equilíbrio está no caminho do meio, não ser uma pessoa egoísta e nem exagerar na generosidade, a diferênça entre o remédio e o veneno é apenas a dose.

Antes de ajudar a velhinha a atravessar a rua, verifique se ela quer, se precisa e se ela sabe para onde está indo, para que ela, se estiver perdida, não se perca mais ainda.

Muitas vezes a pessoa está em um momento difícil na vida, para aprender uma lição e para aprender a resolver seus próprios problemas.

Se você tiver equilíbrio saberá quando precisa ajudar o outro e se sua ajuda será útil, muitas vezes atrapalhamos o outro e nos prejudicamos tentando ajudar, saberá ainda se a sua ajuda vai resolver o problema, e o mais importante: Só ajude quem quiser ser ajudado.

Muitas vezes, a vontade de ajudar os outros, não passa de um desejo de se meter na vida alheia sem ser chamado, ou um sentimento egoísta de ser retribuido pela própria pessoa, ou por Deus.

Dizem que quem dá aos pobres empresta a Deus, e que recebemos em dobro por tudo o que fazemos pelos outros, ora, neste caso, toda essa generosidade é apenas um excelente negócio, um investimento com rendimento de 100%.

Isso não demonstra generosidade autêntica, demonstra apenas que a pessoa é uma boa comerciante e investidora.

Portanto, quando ajudar alguém não espere gratidão ou retribuição de ninguém, nos ajudar mutuamente é nossa obrigação como seres humanos e filhos de Deus.

Ajudar os outros esperando recompensa, e depois ficar reclamando de ingratidão, é falta de noção, espiritualidade e sabedoria.

Só temos controle e certeza do que nós mesmos fazemos, não temos controle sobre o que os outros fazem, ou sobre seus sentimentos, portanto, é tolice nos preocuparmos com isso.

Se ajudar os outros com equilíbrio é o nosso dever como ser humano, façamos a nossa parte e seguimos em frente sem olhar para trás, sabendo que receber gratidão ou reconhecimento dos outros por nossa generosidade, não é uma certeza, não uma satisfação pela qual devemos esperar, mas se vier melhor, sejamos gratos pela oportunidade de sermos úteis contribuindo com o nosso próprio progresso espiritual.

Então como saber se a nossa generosidade é uma virtude ou algo negativo?

Simples, se ajudar os outros lhe causa contentamento, alegria, paz interior e a sensação de dever cumprido, é uma virtude com certeza, mas se a sua "generosidade" lhe causa decepção com as pessoas, tristeza e esgotamento energético, o levando ao arrependimento, ao desânimo e a reclamação, então com certeza tem algo muito errado, você precisa parar o que está fazendo, e olhar para dentro de si mesmo para se conhecer melhor, e assim entender o que está acontecendo de fato.

Assim como o vício e os erros só atraem coisas ruins, as virtudes só atraem coisas boas. Se isso não está acontecendo, é motivo para você reavaliar suas ações.

É normal, estando encarnados em um mundo material e primitivo, que passemos por dificuldades e momentos difíceis, no entanto, se estivermos em paz com nós mesmos e com a vida, e se tivermos equilíbrio e sobriedade, aconteça o que acontecer estaremos bem e em paz em nosso interior, é isso que importa, e é isso que a espiritualidade maior e os nossos amigos espirituais esperam de nós.

Se procurarmos viver em equilíbrio, cultivando e buscando as virtudes, seremos fortes e resilientes, superando qualquer obstáculo na vida.

Então, respondendo a pergunta inicial sobre se a generosidade pode nos fazer mal, a resposta é Não, por ser uma virtude, a generosidade desinteressada, equilibrada e fruto do amor, só pode nos fazer bem.

Portanto, se a sua generosidade te faz sofrer e se decepcionar com os outros, isso significa que o Universo está lhe avisando que algo está muito errado, e que é hora de você parar e procurar conhecer a si mesmo.

Se ocupe apenas do que você pode controlar, e você só tem condições de controlar a si mesmo, então não espere a gratidão e o reconhecimento dos outros, isso você não pode controlar, portanto, seja sábio e ajude desinteressadamente quando quiser e puder depois esqueça e siga sua vida,

Os sentimentos de gratidão e reconhecimento por nossas ações, que realmente são importantes para nós, são os que sentimos por nós mesmos.

Seja grato por ser o que você é agora, se você mesmo não reconhece o que a vida lhe deu, como cobrar reconhecimento pessoal dos outros?

Seja equilibrado, sóbrio, se ame, ame a Deus, ame a vida e seja feliz.

Namastê.