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domingo 16 2014

A Operação Lava Jato e o futuro do financiamento político

                 
Não se sabe ainda quais jogadas políticas se escondem por trás da Operação Lava Jato. Se for seletiva em relação a partidos políticos, desmoraliza. O vazamento de depoimentos na véspera das eleições é uma mancha na operação.
Se for, de fato, republicana, muda a história política e a luta contra a corrupção no país. E, por republicana, entenda-se o aprofundamento de todas as relações políticas do doleiro Alberto Yousseff - e aí entram o PT, o PSDB, PMDB, PP e demais partidos.
   
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Até agora, as mazelas políticas do país sempre foram tratadas de forma oportunista pela cobertura midiática. Jornais valem-se das denúncias não como instrumentos de aprimoramento do país, mas como armas do jogo político, em atendimento a seus interesses empresariais e de seus parceiros políticos e empresariais.
                    
Na CPI do Banestado, a Polícia Federal levantou e-mails de um lobista da Andrade Gutierrez alertando José Serra de que, se as investigações não fossem interrompidas, iriam bater nos recursos da privatização. Segundo o procurador Celso Três, que participou das investigações, houve "aberrante morosidade na investigação", devido à atuação do então Procurador Geral da República Geraldo Brindeiro - denominado de "o engavetador-mor" de FHC. A morosidade do MPF permitiu a prescrição dos crimes.
       
A Operação Castelo de Areia envolvendo a Camargo Correa, alguns anos atrás, flagrou pagamento de propinas a políticos de ponta do PSDB paulista, como o ex-Chefe da Casa Civil do governo Alckmin, Arnaldo Madeira. Acabou sepultada no Superior Tribunal de Justiça (STJ), sob a alegação de que se iniciara a partir de uma denúncia anônima. Votaram pela anulação a ministra Maria Thereza de Assis Moura, e os ministros Og Fernandes e Celso Limonge.
   
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Outra operação, a Satiagraha, atingiu o coração de um vasto esquema de corrupção que envolvia do mensalão do PSDB ao do PT. Foi sufocada por uma pressão conjunta do governo Lula, dos grupos de mídia, de aliados de José Serra - cuja filha era sócia de Daniel Dantas - , e do óbvio Ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
O STJ anulou a operação, através dos votos do ministro Jorge Mussi, do relator, desembargador Adilson Macabu, e o ministro Napoleão Nunes Maia Filho. 
No Congresso, Dantas recebeu o apoio entusismado dos notórios senadores Arthur Virgilio (PSDB-AM) e Álvaro Dias (PSDB-PA). Na imprensa, apoio da revista Veja, depois de presenteá-la com dois cadernos de publicidades de empresas de telefonia controlada por ele.
          
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Até agora, a Operação Lava Jato recebeu amplo apoio dos grupos de mídia por visar, por enquanto, apenas o PT e os governos Dilma e Lula. Não se pense, da parte dos grupos de mídia, em nenhuma bandeira desfraldada contra a corrupção, mas em interesses políticos e empresariais bastante objetivos.
A Operação, em si, revela uma imensa teia de jogadas envolvendo a Petrobras, a maior empresa brasileira e montadas a partir de executivos indicados no governo Lula. A liberdade conferida a Paulo Roberto Costa superou todos os limites do bom senso. Se o PT pretendia inserir-se no establishment político brasileiro, conseguiu com louvor. Mas sem blindagem.
      
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Yousseff é muito mais que isso. É mencionado no livro "A privataria tucana" como homem-chave na remessa de recursos de caixa dois de caciques tucanos para o exterior. Participou diretamente de operações que passavam por recursos da privatização, além das operações do notório Ricardo Sérgio - o homem de Serra no Banco do Brasil.
      
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Se houver, de fato, espírito republicano por parte do juiz Sérgio Moro, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, aplica-se um golpe de morte em todo sistema de financiamento clandestino de campanha eleitoral.
Depois da prisão de executivos, nenhuma grande empresa irá correr mais riscos de continuar nesse jogo.
O STF já votou contra o financiamento privado de campanha. A votação não foi homologada ainda devido ao vergonhoso Gilmar Mendes que, mesmo já sendo voto vencido, pediu vistas do processo e engavetou-o.
             
               

Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot apresenta denuncia contra o Dep. Wladimir Costa

Jatene e Wlad

Wladimir Costa, o Wlad, reeleito no dia 4 de outubro para seu 4º mandato na Câmara dos Deputados, coleciona mais um processo na Justiça brasileira. No Supremo Tribunal Federal – onde julgam políticos com foro especial – ele tem pelo menos 10 inquéritos abertos em seu nome e no mínimo cinco Ações Penais. De algumas investigações ele já conseguiu escapar. 

Mas a mais recente pode significar o fim de sua carreira política. O Inquérito 3.884 mostra as estreitas ligações de Wladimir Costa com o governo Simão Jatene através da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), comandada a alguns anos por pessoas indicadas pelo deputado.
                    
Autuado no Supremo Tribunal Federal no dia 15 de julho deste ano, o inquérito tramita de forma acelerada na Suprema Corte. Apesar do “segredo de justiça”, imposto à investigação, o Diário teve acesso à decisão do ministro relator Dias Toffoli publicada no dia 17 de setembro.
         
A denúncia apresentada pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, indica que a organização não governamental Instituto Nossa Senhora de Nazaré de Educação, Esporte e Lazer de Barcarena, ligada a Wladimir Costa, sacou em espécie R$ 230.000,00 em recursos repassados pela secretaria para que a ONG realizasse um torneio de canoagem naquela cidade, que nunca aconteceu.
           
O saque de valor tão alto em espécie acendeu a luz vermelha no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). O Relatório de Inteligência Financeira do órgão de controle, entregue ao Ministério Público Federal, mostrou que no dia 22 de outubro de 2012 o Instituto recebeu uma ordem bancária do Governo do Estado do Pará referente ao convênio 47/12 (Projeto Esportivo Canoagem) no valor de R$ 230 mil na conta corrente nº 3002667,da agência 22 do Banco do Estado do Pará, em Barcarena. O dinheiro foi sacado em espécie no mesmo dia.
       
Ao iniciar a investigação, o COAF apurou que no município de Barcarena não ocorreu nenhum evento relacionado à descrição da referida ordem bancária. Além disso, os investigadores do COAF - juntamente com a Polícia Federal - detectaram, nestes dois anos de apuração dos fatos, que “haveria rumores de que a citada ONG pertenceria, em verdade, ao Parlamentar Federal (sic) Wladimir Costa”, conforme relatou o ministro em sua decisão. Leia a matéria completa.
           
Fonte: Diário do Pará.
       

sexta-feira 14 2014

MPE vai abrir investigação para apurar denuncias de vereadores e da vice-prefeita de irregularidades na Prefeitura de Tucuruí.


Os líderes do Movimento Viva Tucuruí se reuniram hoje com o Ministério Público Estadual para pedir ao MP providências quanto ás denuncias de irregularidades na Prefeitura de Tucuruí e a apuração das denuncias do Vereador Deley (PPS) e da Vice-Prefeita Nilda (PSDB). O Ministério Público abriu uma investigação e vai chamar todos os envolvidos, tanto os denunciantes quanto os que foram denunciados para se explicarem.
          
No mandato do Cláudio Furman, o atual prefeito Sancler Ferreira (PPS) quando era vice-prefeito também denunciou uma sangria na Prefeitura de Tucuruí e chegou a comparecer no Ministério Público, na ocasião o vice se comprometeu a entregar documentos da tal sangria. Acontece que ele se lembrou de que os contratos das empresas que seriam denunciadas foram assinados por ele mesmo e ele desistiu ficando o dito pelo não dito.
          
Este tipo de coisa e esta bandalheira têm de acabar em Tucuruí, os vereadores denunciam o prefeito na Tribuna da Câmara e até na imprensa, e de vez em quando ameaçam até abrir CPI, depois Prefeito e vereadores entram em acordo e os vereadores recebem algumas vantagens e o povo é quem paga a conta, afinal o fim do ano está chegando...
               
Ora com a denuncia e a “briga” dos vereadores com o prefeito em Tucuruí, sempre quem perde é a cidade e o povo, pois no final eles se entendem, protegem uns aos outros, fica o dito pelo não dito e a cidade que já estava no prejuízo fica mais pobre ainda com as benesses do Prefeito aos vereadores.
         
Agora o MPE quer mudar esta armação e este circo, chamando denunciantes e denunciados para explicar as acusações e as denuncias. Agora esperamos que o cidadão e a Prefeitura não tenham que pagar a conta desta vez.
         
O Movimento Viva Tucuruí vai acompanhar passo-a-passo a investigação e não vai dar trégua até que a verdade seja apurada até o fim.
          

Prefeito do Breu foi afastado do cargo pela Câmara Municipal

       
O Prefeito Adimilson Mezzomo e afastado por 90 dias pela Câmara de Vereadores de Breu Branco devido a denuncias de irregularidades na Prefeitura.
          
A votação ficou empatada por cinco votos a cinco e o afastamento foi desempatado pelo voto do Presidente da Câmara. O mesmo não aconteceria em Tucuruí, pois o presidente da Câmara do Breu mostrou que é cabra macho e tem aquilo roxo, já em Tucuruí o presidente é uma Flor (Florivaldo) e o próximo é um homem de “maneira livre” (Free Way).
    
Outra diferença é que no Breu Branco tem vereador, já em Tucuruí infelizmente não tem.