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sábado 24 2012

Fui única sobrevivente de queda de avião sobre a Amazônia

Ela tinha 17 anos quando o avião em que estava caiu de 3 mil metros de altura na selva. Ela narra sua história 40 anos depois 
  
BBC Brasil 
  
Juliane Koepcke, uma jovem alemã-peruana, viajava de avião com sua mãe quando a aeronave, que sobrevoava a Amazônia peruana, caiu após ter sido atingida por um raio. 
  
Juliane Koepcke sobreviveu uma queda de 3 mil metros de altura 
  
Ela sobreviveu uma queda de 3 mil metros de altura e, com apenas 17 anos de idade, se encontrou sozinha no meio da selva, já que todos os outros passageiros, entre eles sua mãe, morreram no desastre. Mais de 40 anos após o incidente, ela contou sua história ao programa de rádio da BBC, Outlook.
  
Era a véspera de Natal de 1971 e todos queríamos chegar em casa. Estávamos de mau humor porque o voo estava sete horas atrasado. De repente, entramos dentro de uma nuvem muito escura. Minha mãe estava apreensiva, mas eu não. Eu gostava de viajar de avião.
  
Mas dez minutos mais tarde, estava claro que alguma coisa não ia bem.
  
Houve forte turbulência e o avião se mexia para cima e para baixo. Malas caiam dos bagageiros. Presentes de Natal, flores e panetones voaram para todos os lados.
  
Quando vi raios do lado de fora, senti medo. Minha mãe e eu demos as mãos, mas não conseguíamos falar. Outros passageiros começaram a chorar e a gritar.
  
Dez minutos depois, eu vi que o motor externo estava em chamas, do lado esquerdo do avião. Minha mãe me disse em tom calmo: ''É o fim, tudo se acabou''. Essas foram as últimas palavras que eu a ouvi dizer.
  
Gritos e escuridão
  
O avião começou a cair de bico. Estava escuro e pessoas gritavam. Naquele momento, a única coisa em minha cabeça eram os rugidos dos motores.
  
De repente, o rugido parou e eu me encontrei fora do avião. Estava em queda livre, presa pelo cinto de segurança à minha poltrona. A única coisa que eu ouvia era o vento.
  
Me sentia completamente sozinha.
  
Pude ver o manto da selva se aproximando. Então eu perdi a consciência e não me lembro nada do momento do impacto. Depois, soube que o avião se partiu em vários pedaços, quando estava a uns três quilômetros de altura.
  
Acordei no dia seguinte e olhei para a selva. Meu primeiro pensamento foi: "Eu sobrevivi a um acidente de avião''.
  
Gritei por minha mãe, mas só ouvia os ruídos da selva. Estava completamente sozinha.
  
Havia quebrado a clavícula e tinha alguns cortes profundos nas pernas, mas as feridas não eram sérias. Depois descobri que havia rompido um dos ligamentos do meu joelho, mas eu ainda assim podia andar.
  
Fome, calor e frio
  
Antes do acidente, eu havia passado muito tempo com meus pais na estação de pesquisa que eles mantinham na selva, a uns 30 quilômetros de distância. Aprendi muito sobre a vida na selva. Não é tão perigosa. Não é um inferno verde que muitos pensam ser.
  
No quarto dia, ouvi o som de um abutre, que eu reconhecia por conta do tempo que passei na reserva de meus pais. Tive medo porque sabia que eles só pousam quando há muita carniça e sabia que era a dos corpos dos mortos no desastre. 
  
Podia ouvir aviões passarem procurando os destroços do avião, mas a selva era muito densa e eu não podia vê-los.
  
Eu estava usando um vestido muito curto e sem mangas e sandálias brancas. Havia perdido um sapato, mas guardei o outro porque, como tenho vista ruim e havia perdido meus óculos, eu utilizei o outro sapato para ir tateando o terreno em frente enquanto eu andava.
  
Na selva, as serpentes se camuflam e parecem folhas secas. Tive sorte de não encontrar com nenhuma ou ao menos de não me tê-las visto.
  
Encontrei uma pequena anseada e caminhei pela água porque sabia que seria seguro.
  
No local onde o avião caiu, encontrei um saco de doces. Quando eles terminaram, eu não tinha mais o que comer e tive muito medo de morrer de fome.
  
Fazia muito calor e umidade e chovia várias vezes ao dia. Mas de noite fazia frio e foi muito difícil não ter com o que me abrigar, ainda mais usando aquele vestidinho.
  
Cena macabra
  
No quarto dia, ouvi o som de um abutre, que eu reconhecia por conta do tempo que passei na reserva de meus pais. Tive medo porque sabia que eles só pousam quando há muita carniça e sabia que era a dos corpos dos mortos no desastre.
  
Quando eu virei em um canto da enseada, encontrei uma poltrona com três passageiros que haviam caído de cabeça no chão.
  
Fiquei paralisada pelo pânico. Foi a primeira vez que vi uma pessoa morta.
  
Pensei que minha mãe poderia ser uma das pessoas mortas, mas mexi no corpo com um pedaço de madeira e vi que as unhas do pé da mulher eram pintadas e minha mãe não as pintava.
  
Senti alívio na mesma hora, mas depois senti vergonha desse pensamento.
  
Resgate
  
No décimo dia, eu mal podia ficar de pé, por isso me deixei ficar à deriva de um grande rio que encontrei. Me sentia tão sozinha. Era como se estivesse em um universo paralelo longe de qualquer ser humano.
  
“Eu tinha um ferimento em meu braço direito que estava infectado com vermes de cerca de um centímetro cada um. Me lembrei que nosso cão havia tido a mesma minha infecção e meu pai pôs querosene na ferida. Resolvi então usar a gasolina em minha ferida.
  
Pensei que estava tendo alucinações quando vi um grande barco. Quando o toquei e me dei conta de que ele era de verdade, era como se tivessem me aplicado uma injeção de adrenalina.
  
Mas então eu vi um pequeno caminho na selva onde encontrei uma cabana com um teto feito de folhas de palmeira. Havia também um motor de barco e um litro de gasolina.
  
Eu tinha um ferimento em meu braço direito que estava infectado com vermes de cerca de um centímetro cada um. Me lembrei que nosso cão havia tido a mesma minha infecção e meu pai pôs querosene na ferida. Resolvi então usar a gasolina em minha ferida.
   
A dor foi intensa, já que os vermes tentaram se aprofundar na ferida. Eu arranquei cerca de 30 vermes e fiquei muito orgulhosa de mim mesma. Decidi passar a noite ali.
  
Voz de anjos
  
No dia seguinte, ouvi a voz de vários homens do lado de fora. Foi como ouvir a voz de anjos.
  
Quando eles me viram, ficaram assustados e pararam de falar. Pensaram que eu era alguma espécie de deusa das águas - uma personagem do folclore local que é uma espécie de híbrido entre um golfinho e uma mulher loira e branca.
  
Mas eu me apresentei em espanhol e expliquei o que havia acontecido. Eles trataram de meus ferimentos e de deram algo para comer e, no dia seguinte, eu retornei à civilização.
  
Um dia depois do meu resgate, vi o meu pai. Ele mal podia falar e no primeiro momento nós apenas nos abraçamos.
  
Nos dias seguintes, ele tentou avidamente obter notícias sobre o paradeiro de minha mãe. No dia 12 de janeiro, eles encontraram o corpo dela.
  
Mais tarde, eu descobri que ela também havia sobrevivido à queda, mas estava gravemente ferida e não podia se mexer. Ela morreu vários dias depois. Chega a me dar medo pensar como foram seus últimos dias.
  

São Raimundo vence de virada o Independente

Do Blog ivaldorolandoabola
    
O São Raimundo finalmente conseguiu neste sábado a sua primeira vitória no segundo turno do campeonato paraense. 
  
O Pantera do Tapajós derrotou de virada o Independente de Tucuruí pelo placar de 3 a 1, chegando a 5 pontos deixando a lanterna no segundo turno e na classificação geral. 
  
O Resultado tambem ajudou o São Francisco que subiu para o segundo lugar, superando o Independente no saldo de gols.
  
O São Raimundo  saiu perdendo o primeiro tempo por 1 a 0, mais no segundo tempo com a entrada de Fernando Caranga o time subiu de produção e chegou a virada. 
  
Caranga que ainda não tinha feito nenhum gol, finalmente deixou a sua marca depois de passar em branco nos quatro primeiros jogos neste segundo turno.
  
Independente 1 x 3 São Raimundo.
  

sexta-feira 23 2012

Ônibus escolares viram sucatas no pátio da Secretaria de Educação Municipal

Vejam a situação de diversos ônibus escolares que a exemplo de inúmeras ambulâncias estão virando ou viraram, sucatas e ferro velho por falta de cuidado e manutenção da administração da Prefeitura de Tucuruí.

Enquanto isso as crianças da zona rural se quiser estudar tem que andar vários quilômetros a pé.


Ônibus escolar vira sucata por falta de manutenção.

Ônibus escolar vira depósito de ferro velho.

Esta é mais uma Van escolar que virou sucata.

Colonos desocupam a Sec. de Educação e saem em passeata.

Os colonos do ass. Reunidas estão saindo da Secretaria Municipal de Educação e vão fazer uma manifestação em frente da PMT e depois em frente ao MPE.

Logo após, vão se desmobilizar provisoriamente, mas se enganam se pensam que eles desistiram de lutar pelos seus direitos.

Equipe Folha. Celular.

quinta-feira 22 2012

Colonos do Assentamento Reunidas ocupam pacificamente o prédio da Secretaria de Educação Municipal em Tucuruí

Colonos em frente e nas dependências da Secretaria de Educação Municipal.
Os colonos do Assentamento Reunidas, que estavam ocupando o pátio da Escola Pólo I localizada no referido assentamento e foram retirados do local por ordem judicial, vieram a Tucuruí e ocuparam o Prédio da Secretaria de Educação Municipal. O objetivo dos colonos é abrir uma mesa de negociação das suas reivindicações com o prefeito e a Secretária de Educação.
   
Olha, na democracia a força, a justiça e os órgãos de repressão somente são utilizados como último recurso, quando todas as possibilidades de negociação fracassarem. Esse negócio de "atirar" primeiro e perguntar depois não existe na democracia. Os colonos têm razão em reivindicar professores para a zona rural, melhorias nas estradas vicinais, meio de transporte para os alunos e principalmente respeito por parte dos gestores públicos.
   
O costume do cachimbo é que faz a boca ficar torta.
   
Tanto o Prefeito quanto a Secretária de Educação, estão acostumados a serem obedecidos através da força e da intimidação, ora isso funciona relativamente quando se trata de categorias como o funcionalismo público e outras, que direta ou indiretamente estão sob suas ordens ou de alguma forma dependem economicamente da Prefeitura. No caso dos colonos, além de não dependerem financeiramente do prefeito, estão organizados e não tem medo do enfrentamento.
   
Se em países com governo autoritários que tem o poder de mandar prender e matar, a população enfrenta e não se deixa dominar, imaginem em um país relativamente democrático como o Brasil. O mundo mudou, mas o prefeito e a sua secretária de educação não perceberam, ficaram para trás, querem dominar pelo terror, mas isso não é mais possível no Brasil de hoje.
   
Fomos informados que o prefeito está entrando com novo pedido de reintegração de posse, como na primeira a segunda reintegração de posse deve ser concedida novamente em tempo recorde, mas os colonos prometem fazer inúmeros protestos pela cidade, mas  não é possível solicitar reintegração de posse de toda a cidade, incluindo as ruas e logradouros públicos, e expulsar os colonos de Tucuruí.
   
Perdido em seu orgulho e espírito de grandeza


O prefeito até por uma questão de tática política e de inteligência, deveria conter o seu conhecido e reconhecido orgulho e espírito de perseguição, concordando em negociar com o povo da zona rural. Até porque ele desta vez não está lidando com uma classe que amarela diante de ameaças e situações difíceis, e muito menos tem medo dele e da sua secretária de “educação”. O prefeito já está queimado com a maioria dos funcionários públicos municipais e estaduais, com os professores, com os alunos, com os mototaxistas e agora com os moradores da zona rural.
   
Ninguém acredita mais nos cadastros de casas e empregos do prefeito e nas suas promessas vazias, os milhares de contratos ilegais sem concurso público na prefeitura que são tolerados pela justiça e muito menos o bolsa esmola da PMT de R$ 60,00 (sessenta reais), são suficientes por si para reelegê-lo.
   
Mas se o prefeito acredita que o ódio, a perseguição e o terrorismo de governo são o melhor meio de se fazer política, o problema é dele.
   
A SEMEADURA É LIVRE, MAS A COLHEITA É OBRIGATÓRIA. (Jesus Cristo)